O Que Não Tem Remédio... escrita por Finchelouca


Capítulo 4
Quem ri por último... humilha!


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu AMO os comentários de vocês!!!! Obrigada!!
Faz todo o trabalho valer a pena...
Espero que gostem do capítulo, que é especialmente dedicado à Dani e à Mi, que pediram para eu escrever algo assim. Espero que esteja como pensaram, moças. =)
Beijão!!!



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O novo bar de Puck estava lotado, em sua noite de inauguração oficial, mas felizmente, com uma barriga de cinco meses, Rachel tinha preferência para usar o banheiro, porque todo mundo sabe que grávidas ficam com a bexiga cheia mais rápido. Enquanto ajeitava a roupa, para sair da cabine individual, escutava o vai e vem das mulheres, que batiam seus saltos finos contra o assoalho, mas o que chamou a atenção dela foi uma conversa que começou de repente entre duas garotas.

"Ele é um estúpido!" Uma delas falou. "Sempre dorme vendo jogo na TV e me deixa a ver navios... e, quando não dorme, é sempre uma rapidinha e olhe lá."

"A Molly disse que EU fazia isso com ela. Disse que eu não prestava atenção nas necessidades dela e que, por isso, ela me traiu. Não aguentava mais só fingir... precisava TER um orgasmo de verdade."

"O Finn era tão carinhoso... o Paul nem isso é, San!" Suspirou. "Pra falar a verdade, o Finn era melhor em tudo. Eu não fingi tantas vezes assim... eu te falei aquilo no calor da hora... porque a gente tava transando."

"O Finn é um fofo mesmo, Quinn. E, no meu caso, eu só fingia porque eu nunca gostei de homens, de verdade. Fingi com ele, como fingi com todos!"

Depois de mais um tempo, Rachel decidiu sair de onde estava e ir lavar a mão bem perto das duas criaturas, que retocavam a maquiagem, enquanto se lamentavam. Fez questão de olhar bem para elas, com cara de pena, mostrando que tinha escutado tudo.

"Ai, meu Deus! Que horror." Foi Quinn quem disse, sem graça. "Você deve estar pensando que nós somos duas infelizes." Deu um risinho para Rachel.

"Eu tenho certeza!" A desconhecida das duas respondeu e elas se entreolharam, incrédulas. Normalmente, uma pessoa responderia algo como 'acontece' ou 'é assim com todo mundo', mas ela não hesitou em confirmar que as achava infelizes. "A vida de vocês tá parecendo aquelas novelas mexicanas BEM ruins, sabe? De gosto extremamente duvidoso? Mas é assim mesmo! Nem todo mundo merece uma história tipo a minha, que se parece com uma comédia romântica SUPER fofa!" Rachel continuou.

"Que... absurdo! Cala a boca, garota! Quem você pensa que é..." Santana se manifestou, enfim.

"Cala a boca você, Santana Lopez!" Rachel apontou o dedo para ela, surpreendendo-a com a atitude e por saber seu nome. "Vocês sabem de quem é esse bebê que eu to esperando? Claro que não, mas eu esclareço. Eu vou ter um filho do Finn." As outras duas voltaram a se entreolhar. "Sim, o mesmo Finn de quem vocês estavam falando há uns minutos. Mundo pequeno, não? Oooops! Não é bem isso... é que vocês tão no bar do melhor amigo dele."

"Nós fomos convidadas!" Quinn cruzou os braços, desafiadora.

"Tenho certeza que sim, porque o Noah pensa com a cabeça de baixo... deve ter chamado todas as gostosinhas que ele conhece. Mas não é isso que interessa, e sim o quão patéticas vocês duas são! Eu já achava o que vocês tinham feito com o Finn um absurdo, mesmo pensando que apenas estavam falando a verdade uma pra outra, porque existia alguma incompatibilidade... sei lá. Agora que eu sei que nem verdade era... eu sinto PENA de vocês duas! Não sabem dar valor às pessoas e vão acabar sozinhas, enquanto ele, que vocês humilharam, que vocês fizeram se sentir um nada... ele tá formando uma família linda, com uma mulher que se sente a pessoa mais sortuda do mundo, todos os dias, ao lado dele." Rachel secou as mãos e saiu do banheiro, deixando as duas de queixo caído e sem reação.

Ela ignorou as ex-namoradas de Finn durante um bom tempo e, aparentemente, elas fizeram o mesmo. Porém não demorou tanto assim para que, mais uma vez, a morena tivesse que se levantar e fazer o caminho até o banheiro, enquanto, de outra mesa do bar, alguém a observava, durante todo o trajeto, se levantando em seguida.

"Vai ao banheiro, Quinn?" Santana questionou, curiosa.

"Não, amadinha. Eu vou dar uma palavrinha rápida com meu ex." Sorriu, irônica.

"Q, não inventa! Ele tá com a namorada... e ela já falou um monte pra gente hoje."

"Ela HUMILHOU a gente e eu não vou deixar barato, San!" Assegurou a loira. "Ela foi ao banheiro de novo e eu vou aproveitar pra ir até lá agora, porque eu to doida pra ver aquele mundinho cor de rosa com nuvens de algodão doce, em que ela pensa que vive, melar completamente, quando ela voltar e vir o Sr. Perfeito todo babão pra cima de mim, como ele sempre fica." Ajeitou os seios dentro da roupa e corrigiu a postura. "Só observa, ok?"

Finn conversava com os amigos e ria de alguma piada, quando sentiu uma mão em seu ombro, e se virou, segurando-a, por pensar que ela pertencia a Rachel. Logo que viu Quinn, no entanto, largou a mão da garota e trocou o sorriso que ostentava por um semblante de surpresa e questionamento.

"Olá, Finn. Tudo bem?" Perguntou, sedutora, enquanto batia as unhas no ombro dele.

"Tudo ótimo, na verdade." Respondeu, simpático, mas tirando a mão dela de onde estava.

"Você parece realmente bem... mais forte talvez?" Ela não se deu por vencida e ainda ocupou a cadeira vaga de Rachel.

"Quinn, o que você quer, hein?" Questionou, deixando claro que não cairia no jogo dela.

"Nossa, Finn! Que grosseria! Eu só... sinto sua falta." Tentou fazer uso de seu charme, que normalmente funcionava, porque a maior parte dos homens acredita em qualquer coisa quando dita em uma vozinha angelical e meio cantada.

"Sério?" Ele riu debochado. "E por que você sentiria falta de uma pessoa tão sem graça como eu, hum?"

"Finn, aquilo tudo foi um mal entendido. Eu não pensava realmente aquilo sobre você." Continuou, dengosa.

"Que pena, então, não?" Ironizou. "Se bem que... você não sabe e nem precisa entender por que, mas no fundo eu tenho que te agradecer. Eu não estaria tão bem agora, se aquilo tudo não tivesse acontecido."

"Você vai ser pai, não é?" Ele não se surpreendeu porque era natural que ela já tivesse visto Rachel com ele, ao longo da noite, bem como a barriga da gestante, que tinha se levantado mais de uma vez.

"Vou ser pai." Confirmou, orgulhoso. "E também me casei." Completou, mostrando a aliança. Sorria largamente para Quinn, ao falar das novidades, o que fez Rachel, que saía do toilet naquele momento e os via, mas não ouvia, paralisar e sentir as pernas fracas.

"Ai, Finn, eu sinto muito." A garota afirmou, acariciando a mão dele que estava sobre a mesa, e fazendo a Sra. Hudson sentir como se seu coração falhasse, por alguns segundos. No entanto, o alívio veio logo em seguida, quando Finn, após olhar da mão de Quinn para o rosto dela, e do rosto para a mão novamente, tirou-a de cima da sua, com ar de desdém.

"Sente muito por quê?" Ele perguntou, confuso.

"Por você ter tido que se casar assim, correndo... por causa de uma gravidez não planejada."

"É isso que você pensa que aconteceu?" Ele riu.

"Lógico, Finn." A menina falou, como se fosse óbvio. "A gente terminou há mais ou menos um ano e meio só, então você e ela..."

"Estamos juntos há pouco mais de um ano. Isso!" Ele a interrompeu. "Mas quem liga pra isso, quando tem certeza que encontrou a pessoa certa, hum?" Indagou, retoricamente. "Eu amo a Rach de um jeito que eu nem sabia que alguém era capaz de amar. Sem contar o sexo que é... uau!" Completou, fingindo estar sem fôlego e deixando claro que palavras não poderiam descrever algo tão bom.

"Todo mundo acha que encontrou o amor verdadeiro quando se apaixonada, Finn. Principalmente, se o sexo..." Quinn tentou desmerecer a felicidade alheia, mas Finn finalmente viu que a esposa tinha saído do banheiro, então não estava prestando a menor atenção ao que ela dizia. Fez um sinal para que sua mulher voltasse logo para a mesa, e a abraçou pela cintura, quando ela chegou perto o suficiente.

"Tá tudo bem, meu amor?" Questionou, e ela assentiu. "Eu ia dizer agora pra Quinn que nós vamos ter uma princesinha. Q, será que você pode devolver o lugar da minha barrigudinha?" Pediu, fingindo simpatia, e a garota se levantou, sem jeito. "Ela tá se mexendo muito?" Continuou conversando com a morena e a loira não teve outra atitude a tomar a não ser voltar de fininho para a própria mesa, mais humilhada ainda do que antes.

Não ficou muito tempo no bar, pois era difícil ignorar os risos do casal feliz, que, na sua cabeça, estavam sempre debochando dela, a partir daquele momento.

Deve ser muito chato e irritante mesmo, quando quem ri por último ri da gente... e, obviamente, ri muito, muito melhor!


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