One Way Or Another escrita por Lyli


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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– Feliz aniversário, Jules!

Julia acordou com o susto de sua avó e Lena debruçadas sobre sua cama com um enorme sorriso. Ah é, hoje é o dia. Ela se levantou desanimada, com um meio sorriso. Quando percebeu que as garotas não a deixariam em paz, pensou em fazer algo sobre isso. Tirou um pirulito discretamente de sua mochila no chão e quando ia coloca-lo na boca, foi surpreendida com o tapa na mão que levou de Vovó.

– Agora não, Julia! – Ela ficou revoltada. Qual é a graça de ser uma Sirena se eu mal posso usar o meu poder? – Vai poder fazer muito isso depois de hoje.

Sirena. Era difícil de acreditar. Julia ultimamente tinha se tornado o tipo de garota que consegue convencer qualquer cara a fazer o que ela quiser, mas isso era algo normal de qualquer adolescente linda. Porém, nem toda adolescente linda tem o poder de persuasão, só Julia tinha. Antes ela não sabia controlar, mas depois que descobriu o truque do pirulito tudo ficou mais simples. Com uma ou duas lambidas podia ficar sem fazer algum trabalho de escola ou ser convidada pra alguma festa dos populares do colégio facilmente. Isso era algo que muitas garotas queriam, mas só uma Conjuradora tinha. Só uma Sirena.

Pelo menos foi disso que seu tio Macon a chamou em seu aniversário de quinze anos quando foi lhe visitar. Ela ainda se lembrava das palavras exatas do tio. “Quando você for Invocada, vai ser capaz de fazer qualquer um se jogar de um penhasco quando você mandar”. Isso ela ainda não conseguia, mas já tinha feito Vovó mudar o cardápio do jantar algumas vezes só com uma lambida no pirulito. A cada dia seu poder aumentava mais e mais. E hoje era o dia mais importante de todos: o dia de seu aniversário. Dezesseis anos, dezesseis luas.

Julia se arrumou pra escola bem otimista. Já que está todo mundo tão confiante, eu devia ficar também! Qual era a possibilidade de ela ir para as Trevas? Ela era uma menina ótima, a melhor amiga de Lena e as meninas tinham um pacto de serem amigas para sempre. Antes e depois da Invocação das duas. Sua amizade era forte demais, sem dúvida elas iriam para a luz.

– Jules, feliz aniversário! – Seu namorado Dave lhe abraçou quando a viu caminhando como uma supermodelo pelos corredores da escola. Para uma simples escola pública em Savannah, Julia era um pouco demais. Linda demais, extravagante demais, cabelo um pouco loiro demais. Quando pintou as pontas do cabelo de rosa então, foi motivo de escândalo em toda a escola. Mas Dave e todos os outros garotos amavam, e isso parecia ser o mais importante pra Julia agora. – Te amo, pequena. – Dave a beijou intensamente e saiu andando com ela de mãos dadas. Por um segundo, Julia esqueceu que Lena ainda estava ali. Quando recobrou a consciência, virou o rosto e piscou para a prima. Tudo estava bem, ia dar tudo certo hoje.

Julia avistou Lena sentada excluída do mundo na arquibancada da escola e foi correndo sentar ao seu lado. Ela detestava a maneira como a prima sempre era rejeitada nas escolas.

– Você precisa mesmo ficar aqui o horário de almoço inteiro?

– Eu não sou popular como você, Jules. Eles me odeiam. – Julia ajeitou uma mecha do cabelo de Lena e o colocou para trás, revelando o rosto um pouco triste.

– Não é que eles te odeiem... Até uns meses atrás eles me tratavam igualzinho a você e agora eu sou um deles. Você só tem que socializar! – Lena riu. Parecia que a ideia de socializar com aquelas pessoas era um absurdo pra ela.

– É, aposto que isso não tem nada a ver com... – Ela foi parando de falar até ficar sem voz. Julia entendeu o recado.

– Não, eu não estou manipulando eles se é isso que você está insinuando. Vocês não precisam levar esse lance de Sirena tão a sério o tempo todo...

– É que hoje é um dia tão importante e você não parece nem um pouquinho preocupada... – A voz de Lena falhava, ela já estava quase chorando. – E se hoje à noite as coisas não darem tão certo quanto você acha que vão dar?

Julia riu e mexeu nos cabelos loiros de ponta rosa.

– Relaxa, Lena! Vai dar tudo certo, eu tenho certeza! – Ela abraçou a prima. – Eu vou para a luz e nós vamos ficar juntas, aconteça o que acontecer. E ano que vem, depois da sua Invocação, vamos juntas para o baile da escola!

– E Dave? – Julia bufou.

– Dave é um idiota! Fica com ciúme dos outros caras e briga comigo só porque eu deixo eles fazerem coisas pra mim.

Lena riu da história engraçada de Julia, que fez cara feia. O sinal tocou e Lena se levantou pra voltar pras aulas, mas Julia ficou parada no mesmo lugar.

– Não vem pra aula?

– Não mesmo! Conversei com o diretor e consegui uma folguinha essa tarde. Afinal, é meu aniversário!

Lena foi embora rindo, sabendo que “conversar com o diretor” só podia significar alguns minutos lambendo o pirulito.

– Belo discurso, prima. – Uma voz se dirigiu à Julia quando Lena se afastou. Ela procurou a voz conhecida, mas não viu ninguém.

De repente, quando voltou a prestar atenção em si mesma, notou que estava envolta em cobras. Elas se enroscavam em seus pés, subiam por suas pernas, passeavam por seus braços e se enrolavam em seu pescoço. Qualquer garota morreria de medo, mas não Julia.

– Larkin! – Ela gritou, rindo da situação. – Tira essas coisas nojentas de cima de mim!

As cobras desapareceram num vulto rápido, quase imperceptível. De trás da arquibancada, seu primo Larkin apareceu ajeitando a jaqueta de couro e sorrindo pra ela. Julia se levantou e foi correndo abraçar o primo, que não via há meses.

– Quando vocês chegaram?

– Chegamos a menos de cinco minutos, foi todo mundo pra sua casa, mas eu quis vir te ver. Saber como você estava lidando com isso... – Ele hesitou um pouco. – Grande noite hoje, hein?

– Pois é... Mas eu estou tentando não pensar nisso. Pra mim vai ser só mais um aniversário qualquer!

– E quando chegar a meia noite? – Larkin parecia ansioso por sua resposta.

– Como assim? Eu vou ser Invocada como todo mundo é...

– E já pensou sobre isso? E se você for pras Trevas?

Julia fez uma cara feia e balançou a cabeça em sinal negativo.

– Isso não vai acontecer, Larkin! Não pode acontecer!

– A questão é que pode sim! Tudo pode acontecer hoje. E sabe, as coisas não são tão ruins quanto parecem às vezes... – Ele parecia bastante enigmático.

– O que você quer dizer com isso, Larkin?

– Não conta pra ninguém?

Larkin olhou pra Julia, bem no fundo de seus olhos e ela correspondeu ao olhar. Mas por um segundo, algo mudou. Os lindos olhos verdes de seu primo já não eram tão verdes. Eles estavam... dourados.

– Larkin! – Julia deu alguns passos para trás, horrorizada com o que tinha acabado de ver. Larkin, o primo com quem ela cresceu, o palhaço da família, era das Trevas. E graças aos seus dons de Ilusionista, ninguém sabia. Ninguém além de Julia.

– Fica calma! Não é tão ruim quanto todo mundo diz! É até... divertido. Aposto que é muito mais divertido do que ser de Luz. Pelo menos eu me divirto muito. E é ainda melhor porque ninguém nem desconfia.

Julia ainda estava paralisada, tentando entender aquilo tudo. Como é possível ninguém saber nada sobre aquilo?

– Isso é a prova de que não existe tanta diferença assim entre Luz e Trevas. Se fosse mesmo uma diferença tão grande, a família inteira já teria descoberto de mim, certo? Mas ninguém sabe.

Nem Vovó, nem Delphine, nem tio Barclay, nem tio Macon, ninguém... Como é possível?

– Existe muito mais do que eles contam pra nós antes da Invocação, Jules. Você só vai saber se ver com os próprios olhos.

Larkin piscou os olhos de gato dourados e eles voltaram a ser verdes. A ilusão estava de volta. A única coisa que separava um Conjurador das Trevas de um de Luz. Aquele era Larkin, divertido, bonito, atencioso. Ele sempre foi o mesmo pregador de peças e Julia jamais imaginaria que ele era das Trevas se ele não tivesse contado. Então algo estava errado. Alguma peça não se encaixava. Ser das Trevas não era exatamente o que sempre lhe disseram que era...

A volta pra casa foi sem graça. Julia ficou calada, pois estava tentando assimilar tudo que Larkin tinha lhe falado e Lena parecia preocupada demais pra puxar qualquer assunto. Julia sabia que o maior medo da prima era que uma das duas fosse para as Trevas, ou até mesmo as duas. Lena tinha medo de se tornar um monstro, mas agora Julia pensava diferente. Agora ela não achava que ir para as Trevas fosse se tornar um monstro. Afinal, Larkin não era um monstro... Era?

No quintal da casa, vários carros pretos estavam estacionados. A família já tinha chegado para a comemoração. Ela passou pela porta, hesitante. Olhou para Lena que forçava um meio sorriso para acalmar a prima. Julia sabia o que as esperava dentro de casa.

Todos estavam lá. Tio Macon, tio Barclay, Delphine, Ryan, Reece... Até mesmo Boo Radley. Pessoas que ela não via há meses estavam lá. Todos a olhavam um pouco apreensivos e completamente ansiosos. Parecia que estavam tentando ler algo em sua testa. TREVAS ou LUZ. Atualmente, nem ela mesma sabia. Depois da conversa com Larkin, tudo estava estranho. Ela passou pelo primo que piscou pra ela e logo depois viu Reece. Virou o rosto rápido, contando com a sorte para que a Sibila não lesse seu rosto e descobrisse sobre suas dúvidas. Era tudo que ela não precisava. Foi correndo dar um abraço em sua mãe, que não via há tempos. Hoje seria o último dia disso, hoje ela seria Invocada para a Luz e voltaria a morar com sua mãe e fazer parte daquela família, finalmente. Ou não.

Julia se trancou no quarto durante todo o dia e começo da noite. Não abriu a porta nem para Lena. Finalmente ela estava começando a ficar nervosa com o acontecimento dessa noite. Conforme a lua foi subindo, mais ansiosa ela ficava. Por dezesseis anos ela teve certeza de que iria para a Luz, de que as Trevas eram ruins e de que tudo daria certo em seu aniversário, era só mais um dia normal. Mas agora as coisas eram diferentes. Larkin a tinha feito pensar sobre isso pela primeira vez. Pensar que talvez realmente houvesse algo que ninguém esteja contando pra ela. Talvez ela precise mesmo ver com seus próprios olhos.

Julia desceu para o jantar, meio insegura. Depois do ritual de proteção para a Invocação, todos ficaram em cima dela. Ela foi o assunto do jantar, da sobremesa, da conversa na cozinha. Todos só falavam em seu nome, o tempo inteiro. Às vezes Lena tentava mudar de assunto pra ajudar a prima, mas era inútil. Todos olhavam pra ela, o tempo inteiro. Quando tentou desviar dos olhares de Delphine, acabou fazendo contato visual com tio Macon. Ele a encarou sério e começou a girar seu anel. Ele sabe. Desviou o olhar e deu de cara com Boo Radley a encarando. Droga, o cachorro vai me entregar! Olhou para o teto, para o chão, tentou disfarçar, mas não importava o que fizesse algum olhar sempre a achava. Alguns eram confusos, como os de Lena e Larkin e outros acusadores como os de tio Barclay e Delphine. Julia não sabia mais para onde olhar até que não conseguiu mais. Parou de evitar sua família e acabou fazendo contato visual com alguém. Com Reece. Droga!

Bastou meio segundo de descuido para que Reece entendesse o que estava acontecendo. Ela se levantou e apontou para Julia, tomando a atenção de todos.

– Ela está indecisa! – Todos se inquietaram, sussurros começaram a tomar conta. Julia fugia mais ainda do olhar de todos, mas agora parecia impossível. – Julia está pensando em ir para as Trevas! ELA VAI PARA AS TREVAS!

Julia não sabia o que fazer. Viu em sua mãe um olhar preocupado e ao mesmo tempo decepcionado. Viu em tio Macon um olhar calmo e sereno. Ele sempre soube. Viu em Lena um olhar preocupado. Olhou pra Larkin e notou que ele também estava disfarçando, fingindo estar surpreso e, é claro, desviando do olhar de Reece. Julia se levantou enquanto todos a olhavam horrorizados. Seus olhos se encheram d’água.

– Desculpem... Desculpem! – Ela saiu correndo. Percebeu que algumas pessoas tentaram ir atrás dela, mas pararam depois de alguns passos. Ela entendeu. Eles sabiam que por mais horrível que isso fosse, ela tinha que tomar essa decisão sozinha. E era algo que só ela podia decidir.

No quintal dos fundos da casa de Vovó, que por tantos anos foi também sua casa, ela caminhava pela escuridão, chorando. Julia não sabia o que fazer. A Luz era a escolha correta, a escolha óbvia, certo? Por que alguém oscilaria para as Trevas? Porque era divertido? Larkin parecia ser bem feliz, mesmo sendo das Trevas. Talvez eles a aceitassem lá, da mesma maneira que o aceitam. Talvez se soubessem dele, mudassem sua opinião e entendessem que não há tanta diferença entre Trevas e Luz como eles pensam. Talvez ela realmente pudesse ver com os próprios olhos e ainda assim não se tornar um monstro.

– Você nunca vai ser um monstro, querida.

A voz forte e autoritária a surpreendeu. Julia se virou e deu de cara com uma mulher tão bela e imponente que não se parecia com ninguém que ela já tinha visto. Ao seu redor, existia algo como uma aura de poder e autoridade. Algo que ela costumava sentir perto de tio Macon ou tio Barclay. Algo que era bom e ela gostava de sentir. Ela olhou bem para seu rosto e notou que ela se parecia um pouco com um rosto conhecido... Com o rosto de Lena. Mas seus olhos eram como os de Larkin tinham ficado mais cedo. Como o olho de um gato e da cor dourada.

– Quem... Quem é você?

– Ora, o que Macon anda ensinando pra vocês? É claro que ele nunca falou da maçã podre da família, sua irmã rejeitada.

– Irmã?

– Meu nome é Sarafine, Julia. – Ela sorriu cruelmente. Era um sorriso apreensivo, falso. Assustador. – Sou a mãe de Lena.

A mãe de Lena? Mas a mãe de Lena morreu! Julia não conseguia entender o que estava acontecendo. Aquela mulher alegava ser a mãe falecida de Lena, mas seus olhos eram dourados, ela era das Trevas. Aquilo não era possível. Se bem que ela tinha acabado de descobrir que Larkin era das Trevas e estava quase pendendo para esse lado também. Tudo era possível.

– Ela está falando a verdade, Julia.

Larkin se aproximou de Julia e colocou a mão em seu ombro. Ele sorria e a ilusão se fora. Seus olhos eram iguais aos de Sarafine.

– Eu a conheço. Foi graças a ela que eu vi que não tem problema em ser das Trevas. Que é até bem melhor!

Larkin foi andando em direção à Sarafine e ficou ao seu lado. Os dois sorriam para Julia, ainda um pouco assustada. Por mais que Sarafine fosse assustadora, não era um monstro. E Larkin definitivamente também não era.

– Nós não somos monstros, querida. E você também não precisa ser.

Julia se assustou. Ela estava em sua cabeça.

– Você pode ser muito mais feliz assim, conosco.

– Como isso é possível? As Trevas são o mal, a destruição!

– O mal? Nós somos o mal? – Larkin gritava, parecia muito nervoso. – Eu te digo o que é o mal! Dezesseis anos de mentiras, de enganação. Dezesseis anos de meias respostas, dezesseis anos sem saber quem nós somos, sem nem ao menos saber o nosso próprio nome! Quantos anos mais disso você aguenta, Julia?

Julia estremeceu. Larkin estava completamente certo. Durante toda a sua vida, respostas sempre foram roubadas dela. Ela nunca entendeu muito sobre seu poder, sua origem, porque não podia viver com sua mãe e muitas outras coisas. Julia queria entender e talvez Sarafine pudesse lhe contar. Larkin parecia feliz, parecia satisfeito e não tinha se tornado um monstro. Ele estava certo, nada era o que parecia ser. Ela realmente precisava ver com os próprios olhos.

Sarafine sorriu. Ela já sabia o que se passava na cabeça de Julia.

– Acho que você já tomou uma decisão, certo querida?

Ela estendeu a mão para Julia. Hesitante, ela deu um passo à frente. Larkin sorriu. Julia levantou sua mão que tremia à luz do luar e pegou a de Sarafine, que a segurou firme. A menina soava frio. De repente, algo como uma brisa sutil parecia sair de dentro dela e infectar o mundo. Houve uma mudança dentro de si. Julia já sabia pra que lado tinha sido Invocada. Sarafine e Larkin sorriam e a olhavam nos olhos, triunfantes. Ela entendeu o porquê quando lembrou que eles provavelmente estavam dourados e finos como os de um gato. Julia olhou para o céu e viu a lua exatamente sobre sua cabeça, era meia-noite. Dezesseis luas.

– Você é uma de nós agora, Julia... – Larkin estava mais feliz do que nunca. Esse momento era tão importante pra ele quanto pra ela.

– Ridley. – Sarafine se aproximou mais e colocou as mãos em volta do rosto dela. – Seu verdadeiro nome é Ridley e é assim que vamos te chamar a partir de agora.

Julia não era mais Julia, agora era Ridley. Um novo nome para uma nova fase de sua vida. Ela se sentia mais forte, mais confiante, mais poderosa. Isso era bom, era algo que ela sempre quis sentir. Todo esse poder dentro de si fazia a sensação de manipular os adolescentes da escola algo ridículo. Ela sentia que agora poderia fazer o que quisesse. Poderia fazer alguém pular de um penhasco.

– Venha comigo, Ridley. Temos que ir, não vão te querer mais aqui.

Ridley hesitou e quase soltou a mão de Sarafine.

– Mas... E a Lena?

Sarafine sorriu.

– A Invocação dela é daqui há menos de seis meses. Nós voltaremos pra buscá-la.

Ridley ficou pelo menos um pouco feliz com a possibilidade de Lena ir para o mesmo caminho que ela. Se aconteceu comigo, pode acontecer com Lena! Sabendo que tinha feito o que era certo pra ela, Ridley foi com Sarafine em direção a um futuro desconhecido e, com certeza, maravilhoso que a esperava agora que sua vida tinha finalmente começado de verdade. Elas partiram, sendo a última visão de Ridley naquele jardim os olhos de Boo Radley tomando conhecimento da decisão sem volta da menina.

~

Na mansão, Macon descia as escadas rapidamente com a mala de Lena na mão, pronto para leva-la para Ravenwood. Delphine estava sentada se abanando e segurando um copo d’água. Todos estavam à sua volta, lamentando o triste destino de sua filha. Lena estava sentada no sofá, tentando entender porque precisava sair fugida da cidade de maneira tão prematura.

– Não há tempo pra explicar, Lena. Aqui não é mais seguro pra você.

Vovó colocou a mão no ombro de Macon, preocupada.

– Tem certeza de que é necessário, filho?

– Ridley foi com eles, mãe. Não vou deixar Lena ir também.


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Notas finais do capítulo

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