Terror Ao Anoitecer escrita por Srta Winchester


Capítulo 9
Capítulo 9




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Não quis voltar para casa deles, o clima estava estranho Dean e eu não conseguíamos nos olhar, e Sam no meio disso tudo tentando argumentar.

 Fui para meu apartamento, estava tudo abafado e muito empoeirado, decidi que estava na hora de uma faxina da pesada, coloquei roupas leves e tirei tudo do lugar, primeiro passando um pano úmido nos moveis depois um seco e limpando minimamente cada cantinho no chão com sabão e água sanitária. Mudei os moveis de lugar, e ao mudar o sofá lembrei-me da noite em que Dean, Sam e eu dormimos nele. Lembrar daquilo me fez lembrar da discussão que tive com Dean mais cedo, meus olhos se encheram de lágrimas porem não as deixei cair, percebi que não havia motivos para choro e nem para tanta desconfiança da parte de Dean, seria melhor que os dois sentassem e conversassem para que ele pudesse acabar com essa rixa com Petter. Iria propor isso a ele quando voltasse para a casa dele. De repente a campainha tocou, olhei no olho magico e era Nora.

 - Olá Nora. – disse eu com um meio sorriso enquanto ela me abraçava – Olhe eu estou cheirando a agua sanitária e você bem, não curti muito isso então...

 - Pode ter certeza que esse é o melhor cheiro.

 - Bom eu estou arrumando a casa, mas entre, por favor.

 Nora era uma colega que eu tinha nos tempos de escola, nos aproximamos mais quando fomos para o terceiro ano do colegial, não conhecíamos ninguém na sala, então começamos a nos falar. Ela era mimada, patricinha e um pouco nojenta, às vezes dava uns ataques muito irritantes, mas era uma boa pessoa.

 - O que aconteceu com você naquele dia, te liguei varias vezes mais só dava caixa postal? – perguntou ela ao sentar-se no sofá.

 - Eu fui ate a discoteca, mas vocês não estavam lá também liguem e esperei muito tempo e nada de vocês. Eu que deveria está perguntando o que aconteceu?

 - Fomos à discoteca Nina chegamos as oito em ponto, olhávamos para todos que chegavam e nada de você, às vezes parece que não me importo com ninguém, mas fiquei preocupada com você. Liguei no seu celular e nada, vim na sua casa e nada, fui até a policia para rastrearem seu numero, mas eles não o acharam.

 - Naquela noite quando sai da discoteca fui assaltada, levaram tudo, talvez por isso a policia não achou meu numero.

 Obviamente menti, não iria contar tudo para ela.

 - Caramba! Eles fizeram algo com você?

 - Graças a Deus não, só me roubaram mesmo. Depois disso tenho a impressão de esta sendo seguida e vigiada a todo o momento, estou passando um tempo na casa de uns amigos meus. Hoje vim aqui só para deixar o ambiente tomar um ar.

 Ela assentiu se levantou.

 - Que bom que está bem, quando comprar um novo aparelho me avise, espero que fique bem e consiga superar esse trauma. Se quiser uma psicóloga, posso te indicar.

 - Não precisa muito obrigada.

 A acompanhei até a porta e voltei para a faxina.

 Perdida em pensamentos, terminei de limpas tudo muito rápido meu estômago roncava, olhei no relógio já eram quase cinco horas da tarde, subi para meu quarto, tomei um longo banho, ao sair coloquei jeans, all star, camisa branca com um casaco grosso e modelei meus cachos, já que eles gostavam do meu cabelo cacheado, quis deixa-lo natural para ajudar na reconciliação.

 Ao chegar a casa deles, Dean estava sentado, aparentemente pensando.

 - Oi. – disse a ele.

 - Olá, precisamos conversar.

 - Também acho. Queria pedir desculpa por ter tocado nesse assunto do Petter, sei que você não gosta dele...

 - Não é que eu não goste dele, é que você confia cegamente nele e isso me preocupa, as pessoas mudam Nina, quem te garante que ele não mudou? Porque ele apareceu do nada?

 - Eu sei que ele não mudou, porque toda vez que olho para ele, vejo o mesmo olhar meigo e inocente de quando éramos crianças, eu ponho minha mão no fogo por ele. Você tem que aprender a confiar um pouco nas pessoas, eu nunca confio em ninguém, mas Petter, você e Sam, são as únicas três exceções.

 Dean fitava o vazio e respirava fundo algumas vezes, abria a boca para falar, mas nada saia, sentei ao lado dele e levantei seu rosto obrigando-o a olhar para mim.

 - Olhe eu tenho um plano – comecei a falar – quero que vocês se conheçam melhor, você disse que o carro precisava de uma revisão, leve-o ate lá, sente-se e converse um pouco com ele, em dois minutos de conversa você vai ver o que estou falando, tenho certeza de que toda essa desconfiança vai acabar, mas se depois de sair de lá, você ainda não gostar dele, tudo bem eu fico na minha e não argumento mais nada.

 Ele respirou fundo.

- Tudo bem posso tentar, mas não garanto nada.

 - E nós, como ficamos?

 - Nós vamos ficar bem desde que nada desse assunto de Petter de novo.

 Eu sorri, ele aproximou-se e me beijou, estava tudo dando certo só faltava expulsar o demônio e pronto.

 - Olha só o casalzinho se acertou. – disse Sam entrando.

 - É e você acaba de interromper o nosso momento. – disse Dean.

 - Não fale assim Dean, Sam ajudou muito. Aposto que lhe deu muitos concelhos.

 - E dei mesmo.

  Sam vinha trazendo uma sacola pequena com dois escapulários bentos, um para cada. Não queria pensar na hipótese de esse demônio possuir um dos dois, ou melhor, um dos três incluindo Petter, iria ser cruel de mais para mim.


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