À Prova De Som escrita por Tenteitudo


Capítulo 1
A Menina da Casa da Frente


Notas iniciais do capítulo

Eu estava escrevendo meu atrigo sobre surdez quando tive essa ideia e simplesmente precisei escrever... São 4 capítulos, como O Contrário, e vai funcionar da mesma forma, me deem comentários que eu postarei um capítulo por dia. (:

Runaways virá depois do dia 6, por que tenho trabalhos para entregar nessa data e preciso me dedicar a eles...

Totalmente universo alternativo, tem um 'twist' envolvendo a Quinn.

Espero que leiam e gostem e comentem, é uma história mais leve e relativamente meiga...

...



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Idade, 6.

A pequena morena de seis anos de idade apoiou as mãos na cintura e analisou seu quarto criticamente por um segundo antes de sorrir consigo mesma. Fazia alguns dias que ela e seus pais haviam se mudado para a casa nova e depois de duas semanas tendo que dormir no meio de Leroy e Hiram, seu quarto finalmente estava pronto.

Ela dançou silenciosamente por alguns segundos, passando as pontas de seus dedos pelas paredes amarelas (cor que ela havia escolhido sozinha). A menininha subiu na cama de dossel e pulou algumas vezes contra o colchão macio, rindo alegremente até que seu pai apareceu na porta.

"Então, minha princesa? O que você achou?"

A menininha não respondeu, apenas levantou da cama e correu em sua direção abraçando suas pernas. Leroy riu suavemente e se abaixou para abraçar sua filha.

"Ficou tão bonito, papai!" Ela exclamou quando ele a pegou no colo. "Agora eu posso abrir a caixa dos meus bichinhos e das minhas bonecas e da minha música?" Ela se balançou ansiosamente, apoiando uma mão no ombro do homem alto que a segurava.

"Claro que sim, Estrelinha... Seu pai já está no porão trazendo as caixas pra cima."

Ela bateu palmas e o abraçou com força, animada com a perspectiva de libertar seus amigos de pelúcia. "E as minhas roupas da dança? Eu posso brincar com elas também?"

"Mhum..." Concordou ele, caminhando até o closet e abrindo a porta para revelar todos os vestidos coloridos pendurados em cabides. Os olhos muito escuros da pequena morena brilharam e ela se contorceu até que seu pai finalmente a colocou no chão.

Ela correu até suas roupas e escolheu um tutu cor de rosa clarinho. "Quantos dias faltam pra aulas voltarem, papai?"

"Um mês, querida..."

"Isso é muito tempo!" Exclamou ela, batendo o pé. Ela amava suas aulas de dança e canto e estava especialmente ansiosa para entrar no colégio das crianças grandes naquele ano, que nem seu primo Léo, que já tinha oito anos e estava indo para a terceira série.

Ela adorava o jardim de infância, mas também, como toda a criança, mal podia esperar para crescer.

"Vai passar rápido, você vai ver." Leroy respondeu gentilmente, prendendo o cabelo de sua filha em um rabo de cavalo perfeito. "A senhora Martines disse que alguns vizinhos têm crianças também... Logo, logo você vai fazer amigos e depois não vai querer mais que as aulas comecem..."

A pequena morena respondeu com um aceno de cabeça distraído, perdendo o foco da conversa ao ouvir a voz de seu outro pai anunciando que seus bichinhos estavam esperando para conhecer o quarto.

...

Depois de três dias se dedicando a explorar o interior de sua nova casa, agora totalmente construída, a pequena morena finalmente decidiu que era hora de investigar os arredores. Era Agosto e o dia estava lindo, aberto e ensolarado. O pátio da casa de tijolos onde morava era amplo e seu pai, Hiram, trabalhava habilmente com um cortador de grama enquanto Leroy se dedicava em pendurar um balanço na grande árvore plantada no centro do jardim.

Rachel estava sentada na mureta que separava a rua da porta de entrada enquanto observava os dois homens trabalharem. Ela havia tentado ajudar, mas Hiram dissera para ela ficar longe até que o cortador estivesse desligado. Ela cantarolava baixinho consigo mesma e olhava em volta, tentando encontrar algum sinal de outras crianças pela vizinhança, mas todas as casas pareciam tão silenciosas e as únicas pessoas na rua eram senhoras que passeavam com seus cachorrinhos e uma mulher empurrando um carrinho azul de bebê.

A criança dentro dele era muito pequena e Rachel nem se prestou a cumprimentar a mulher, preocupada em encontrar uma pessoa mais apropriada com quem brincar, de preferencia outra menina. Ninguém que se encaixasse nessa descrição apareceu e no final do dia, a pequena morena voltou para casa um pouco desapontada.

Dois dias se passaram e depois de uma caminhada pela rua (acompanhada por seus pais), ela desistiu de encontrar outras crianças e se conformou em conversar com seus brinquedos e em fingir que dava aula e apresentava pequenos shows para eles. Leroy se sentia um pouco culpado ao ver sua filha brincando sozinha, ele havia esperado que outras crianças morassem naquela rua, mas aparentemente, a senhora Martines estava enganada.

...

Foi em uma quarta feira que ela apareceu pela primeira vez.

Rachel balançava preguiçosamente no balanço vermelho que seu pai havia pendurado quando a porta da casa da frente se abriu e uma menina não muito maior do que ela se materializou na entrada. A pequena morena pulou para o chão imediatamente, correndo em direção a mureta.

A menininha tinha cabelos amarelos que refletiam a luz do sol e traços delicados. Ela segurava um ursinho de pelúcia rosa com um arco-íris na barriga e Rachel sorriu ao constatar que tinha um igual em seu quarto, descansando em cima de sua cama. A loirinha sentou cuidadosamente nos degraus de sua porta e abraçou o ursinho, olhando em volta até que seus olhos encontraram os da morena e se arregalaram em surpresa.

Rachel sentiu seu rosto partir em um grande sorriso e prontamente acenou para sua mais nova descoberta. Sua forma tremia em excitação e ela queria correr em direção a outra casa, mas seus pais haviam ensinado que era falta de educação entrar em lugares sem ser convidada. A menina passou seu ursinho para a mão esquerda antes de acenar timidamente em resposta.

"Oi! Eu sou a Rach! Quer brincar? Qual o seu nome? Seus pais estão em casa?" Ela perguntou, sem conseguir conter o turbilhão de palavras que borbulhavam por sua garganta.

Os olhos da menininha se arregalaram ainda mais e ela olhou para trás, como se esperasse ver alguém parado na porta atrás de si. Ela ficou imóvel por um segundo antes de voltar a olhar para Rachel, que acenou mais uma vez.

"Qual é o seu nome?" Ela apoiou as mãos na pedra, sentindo as irregularidades do muro arranharem suas palmas.

A loirinha fez que não com a cabeça levemente e Rachel franziu o cenho.

"Não precisa ter vergonha, eu sou amiga!" Ela exclamou, caminhando até o portão baixinho e o abrindo para enxergar melhor.

A menina levantou uma mãozinha, fazendo um sinal com o polegar e o mindinho erguidos e encostando os dedos fechados no queixo.

Rachel imitou o gesto com um olhar questionador, sem saber o que aquilo significava. "O que é isso?" Ela perguntou, dando um passo para frente e olhando para os dois lados antes de atravessar a rua.

Mais uma vez, a menininha fez que não com a cabeça, mais firmemente dessa vez, usando o dedo indicador para apontar para sua orelha e sua boca. Ela repetiu o movimento algumas vezes e a pequena morena não entendia por que ela fazia aquilo.

"Você está sem voz?" Ela perguntou, parando na cerca da grande casa branca. "Isso acontece com meu pai as vezes quando é inverno..." Tendo chego mais perto, ela pode perceber que os olhos de sua possível futura melhor amiga eram de um tom bonito de verde que ela nunca havia visto antes. "Você tem olhos bonitos." Ela sorriu, tentando fazer a menininha perder a vergonha.

Os lábios cor de rosa da loira se abriram e Rachel cerrou os punhos, esperando que ela dissesse alguma coisa, mas o único som que ouviu foi um balbuciar incoerente que fez o rosto da outra menina corar.

"O que é que foi?"

Mais uma vez o mesmo som chegou aos seus ouvidos, mais alto dessa vez e logo seguido por um grito agudo que a fez tapar as orelhas.

"Por que você está gritando?!" Ela perguntou, elevando a voz.

A menininha loira olhou para trás mais uma vez e apertou seu bichinho de pelúcia, repetindo o gesto que havia feito em seu queixo (com o polegar e o mindinho levantados) com olhos marejados antes de correr para dentro de casa.

"Espera! Eu só queria...!" Tentou a pequena morena, mas a porta se fechou com um estrondo em sua cara e ela se viu sozinha, sentindo-se desamparada. Será que ela havia feito algo errado? Por que a menina fugira dela?

Ela fungou, sentindo um aperto no peito e atravessou a rua de volta para sua casa, secando as lágrimas que escorriam por sua face com as costas da mão.

"O que aconteceu?" Leroy perguntou quando a viu entrar correndo. Rachel o abraçou com força e limpou o nariz na camisa branca que ele usava. "Rach, estrelinha, você se machucou?"

"A menina da casa da frente não quer ser minha amiga!" Ela exclamou entre soluços e ele a embalou suavemente, tentando acalmá-la antes de pedir mais informações.

A pequena morena respirava tremulamente contra seu pescoço e agarrava sua camisa com toda a força de uma criança de seis anos e ele estava prestes a perguntar novamente o que acontecera quando a campainha tocou. Leroy a apertou gentilmente, beijando seus cabelos antes de coloca-la no chão.

"Vai passar uma água no rosto, estrelinha.. Depois você me explica o que aconteceu, está bem?"

Ela fez que sim e entrou no banheiro, subindo em um banquinho para alcançar a pia enquanto seu pai ia atender a porta.

"Oi, posso ajudar?" Rachel ouviu a voz de seu pai enquanto fechava a torneira.

"Não tenho certeza." Respondeu outra voz masculina, também muito grave. "Minha filha entrou em casa gritando e quando eu perguntei o que tinha acontecido ela simplesmente me trouxe até aqui."

A morena desceu de seu banquinho e secou as mãos, espiando pela porta do banheiro para encontrar um homem loiro e a menininha da casa da frente parada a sua porta. Uma luz pareceu percorrer os olhos esverdeados e a loirinha puxou a camisa de seu pai, apontando para a morena.

"Rachel?" Leroy chamou, olhando por cima do ombro e fazendo um sinal para os vizinhos. "Essa é a menina de quem você me falou?"

"É ela sim!" Rachel parou ao seu lado, se escorando em sua perna, querendo sorrir para a menininha, mas preocupada que ela pudesse gritar novamente. "Eu fui dar oi pra ela e ela fugiu de mim..."

"Oh..." Fez o homem loiro, olhando para sua filha em entendimento.

"Eu juro que não falei nada feio! Eu só dei oi!" Rachel se apressou em explicar.

"Eu acho que houve um mal entendido aqui..." O homem continuou, passando uma mão protetora pelas costas de sua filha. Os olhos da pequena loira estavam fixos em Rachel e a morena mordeu o lábio.

"O que você quer dizer com mal entendido?" Leroy questionou, assumindo a mesma postura defensiva com relação a Rachel sem perceber o que fazia.

O homem ficou de cócoras e olhou para a pequena morena. "Quinn não quis assustar você... Ela correu para dentro para me chamar por que..." Ele limpou a garganta, lançou um olhar para o homem negro ainda em pé atrás de Rachel, e fez o gesto com o indicador, movendo-o da orelha para a boca, como Quinn havia feito antes. "Quinn é surda."

...

"Surda?" Rachel perguntou, olhando para a loira, que ainda a encarava intensamente.

Os olhos duros de Leroy se suavizaram e sua postura mudou. Ele olhou para a menina de cabelos dourados e suspirou antes de explicar. "Significa que ela não pode ouvir, estrelinha..."

Rachel franziu a testa e olhou para seu pai sem entender. A ideia de não ouvir não fazia sentido pra ela, que sempre vivera em um mundo de música e sons. "Como quando a gente está embaixo da água na piscina?"

"Mais ou menos..." Ele tentou pensar em uma forma de explicar quando percebeu que Quinn e seu pai ainda estavam parados na porta. "Vocês gostariam de entrar?"

O homem loiro sinaliza para a menininha e ela faz que sim com a cabeça.

"Acho que sim.. Mas não podemos demorar, temos que buscar minha esposa no trabalho daqui a pouco e minha outra filha está sozinha em casa com um amigo." Ele fez uma careta ao dizer a palavra amigo e Leroy sorriu consigo mesmo, pensando que em alguns anos provavelmente estaria fazendo a mesma cara quando Rach começasse a trazer 'amigos' para casa.

Eles entraram e se sentaram na sala. Quinn olhava em volta com olhos bem abertos, como que absorvendo cada milímetro do local.

"Quer brincar comigo?" Rachel perguntou para ela, sem receber resposta.

"Ela não consegue ouvir o que você diz, querida.."

"Mas..." Ela olhou para a pequena loira, que balançava seus pés para fora do sofá. "Como eu faço pra falar com ela?"

"Quando a pessoa não escuta, ela tem usar as mãos para falar." Explicou Russel, como se estivesse acostumado a ter que explicar aquilo.

Rachel olhou para suas mãos, ainda muito pequenas. "Como eu faço pra fazer isso?"

"O que você quer dizer para ela?" Ele perguntou em resposta.

A morena pensou por um segundo. "Oi."

Ele sorriu e fez o sinal de oi, a letra o seguida pela letra i.

Rachel olhou pra o gesto e o imitou. "Assim?"

"Isso..." Ele cutucou o ombro de sua filha, indicando a morena com a cabeça.

"Oi..." Sinalizou Rachel, ganhando um grande sorriso em resposta que fez seu coração saltitar dentro do peito.

Quinn começou a sinalizar freneticamente em sua direção e a pequena morena arregalou os olhos, olhando para Russel sem saber o que fazer. O homem loiro riu e colocou uma mão sobre as de sua filha, ganhando um olhar irritado da loirinha.

"Calma..." Sinalizou ele, falando em voz alta para que Leroy e Rachel pudessem entender o que ele dizia. "Ela não sabe língua de sinais..."

Os ombros de Quinn caíram em desapontamento e mais uma vez a pequena morena sentiu algo estranho em seu coração. A menina loira fez o gesto com o mindinho e polegar contra o queixo.

"O que isso significa?" Rachel perguntou, empertigando-se na beira do sofá.

"Ela está pedindo desculpa..."

"Ahhh... Ela fez isso antes de correr lá fora."

Leroy arqueou uma sobrancelha. "Muito educada..."

Russel traduziu o cumprimento e Quinn sorriu para ele, se endireitando e sentindo-se orgulhosa. Ela olhou para Rachel e sinalizou alguma coisa.

"Meu nome é Quinn." O pai dela repetiu os sinais a cada palavra para que a pequena morena pudesse acompanhar. "Esse é o meu sinal." Ele pediu para que a loirinha repetisse e ela fez um movimento transformando um Q em F rapidamente. "A gente dá um sinal para cada pessoa, é como o seu nome, mas em LIBRAS. É mais fácil do que ter que soletrar o tempo inteiro..." Russel explicou antes que alguém perguntasse. "Esse é o meu sinal." Ele fez a letr colocou sobre o lábio como um bigode.

Quinn chacoalhou seu braço, chamando atenção de volta para si.

"Ela quer saber o seu nome."

"Rachel!" Exclamou a morena. "Como eu digo isso pra ela?"

Russel fez letra por letra do nome Rachel e a morena as reproduziu com facilidade, só errando a letra H, que era a mais difícil. "O que ela disse?" A pequena diva perguntou ansiosa ao ver Quinn sinalizar.

"Ela disse que parece o meu nome. Rachel e Russel." Ele riu suavemente e concordou com sua filha, que também sorriu e pediu se Rachel tinha um sinal. "Não, ainda não, por que você não dá um para ela?"

"O que ela está falando?" A moreninha pulou do sofá e apoiou uma mão na perna do homem loiro, não querendo ser deixada de fora da conversa.

"Ela pediu se você tem um sinal e eu disse que era para ela dar um para você." Ele fez uma pausa e a pequena loira continuou a falar. "Ela disse que não pode te dar um sinal por que ainda não te conhece, mas que vai pensar em um bem bonito pra você."

Rachel sorriu abertamente e Quinn a imitou. "Como eu pergunto se ela quer ser minha amiga?"

Russel começou a sinalizar para sua filha, mas a pequena morena o interrompeu.

"Não! Eu quero perguntar!"

Ele piscou algumas vezes, um pouco surpreso com a reação da menininha. Normalmente as pessoas tinham medo de falar com Quinn e ele estava acostumado a traduzir o mundo para ela. Naquele momento ele percebeu que sua filha havia acabado de fazer sua primeira amizade e que aquilo que surgisse entre elas naquele dia duraria para o resto de suas vidas.

Ele ensinou os sinais para a morena rapidamente e ela fez a pergunta, com um pouco de dificuldade no 'quer'. Quinn arregalou os olhos para ela e encarou seu pai. Ela tremeu no sofá, sorrindo e fazendo um som que parecia "Mmmhumm" enquanto concordava firmemente com a cabeça.

Ela olhou para seu pai e apontou para si e para Rachel, fazendo o sinal de amigo e depois o de brincar. "Ela quer saber se vocês vão poder brincar agora que são amigas."

"Claro que sim!" Leroy respondeu. "Ela está convidada a vir aqui sempre que quiser..."

Russel traduziu e Quinn se impulsionou para o chão, pulando ao lado da morena e a envolvendo em um abraço espontâneo. Rachel riu contra seu ouvido enquanto a loira continuava murmurando seu "Mmmhmm".

"Ela pode brincar aqui agora?" A moreninha questionou, pegando a mão de Quinn na sua, pronta para levar sua nova amiga para conhecer seu novo quarto.

O homem loiro consultou seu relógio de pulso e suas sobrancelhas subiram consideravelmente. "Nós já estamos atrasados! Hoje não vai dar, querida..." Ele sinalizou algo para Quinn e a menininha soltou a mão de Rachel para responder. "Mas amanhã de manhã eu posso deixar ela aqui antes de ir para o trabalho, se vocês não se importarem..."

"Não seria problema algum. Estou de férias até setembro, então elas não ficarão sozinhas..." Respondeu Leroy.

"Ótimo... Minha filha mais velha vai ficar feliz em não ter que ser a babá amanhã." Ele se levantou. "Vamos Quinn? De tchau para sua amiga..." Sinalizou ele.

Quinn acenou para Rachel antes de aceitar a mão de seu pai, fazendo um ultimo gesto com o dedo médio na têmpora.

"Sim, filha..." Russel sorriu. "Ela disse 'até amanhã'."

...


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Notas finais do capítulo

Para constar: Os sinais descritos na história são da Língua Brasileira de Sinais (do RS, porque varia de estado em estado), não da Americana, por que a Americana é totalmente diferente (inclusive o alfabeto) e eu conheço muito pouco de ASL para usá-la aqui..

Então, gostaram? Espero que sim... Sei que é diferente, mas quero dizer que apesar da surdez, a Quinn continua sendo ela mesma (vocês vão ver amanhã, se houverem comentários).

COMENTEM PELO PRÓXIMO CAPÍTULO

Abraços, A.