Os Diários De Thalia - O Último Raio EM HIATUS escrita por Gigi Castellan


Capítulo 2
Capítulo 2 - Minha primeira profecia




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Quando eu tinha 9 anos, fui para uma ilha perto de Nova York passar o dia com minha mãe e meu irmãozinho, Jason. Foi uma ótima manhã, e depois do almoço fui para um playground para crianças brincar com meu irmão. Quando estava chegando lá, tropecei em alguém e levei um tombo, a pessoa na qual eu tropecei me ajudou a levantar. Ele era um pouquinho mais velho que eu, loiro com olhos azuis e me olhou com um sorriso.

–Você está bem? Se machucou? – ele perguntou.

–Não, eu to bem. – respondi e sai.

Percebi depois de um tempo que ele ainda estava me observando enquanto eu brincava. Quando fui embora ele ainda me observava.

Uma semana depois, meu irmão foi para um internato e minha mãe começou a beber muito, estava muito ruim morar com ela. Decidi fugir pra algum lugar.

Fui ao Central Park e comprei um sorvete e lá estava aquele mesmo garoto que eu havia visto na ilha.

–Você tá me seguindo? – perguntei.

–Não. Eu moro aqui perto. Como é seu nome?

–Thalia e o seu?

–Eu sou o Luke.

O tempo passou e Luke me levou ao acampamento após perceber que eu era uma semideusa. Ele sempre foi muito companheiro, muito protetor e sempre olhava nos meus olhos como se fossem diamantes. Luke era a minha pessoa preferida no mundo. O tempo passou, eu estava com 12 anos e ele com 14 e ainda éramos os mesmos, com apenas duas diferenças: Luke já era um “crescido” e tínhamos uma companheira.

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–Luke? – perguntei para o garoto com a minha faca na mão. Eu sabia que era ele, mas só não conseguia acreditar que ele estava ali. – Você está bem?

–Melhor agora.

Fui correndo e dei um pulo ao o abraçar que derrubou nós dois no chão, eu o apertei e não queria mais soltar.

–Ei, calma – ele riu. – Então, o que eu perdi?

–Hoje eu consegui usar meus poderes, finalmente. – respondi. – Venci Lucy.

–Eu não acredito! Thalia você é incrível!

–Na verdade não, estou sendo punida por ter machucado a Clarisse fora de batalha.

–Você feriu a filha do Deus da Guerra? – ele deu uma gargalhada. – Você é o máximo. Puxou de mim.

Eu dei um empurrão nele, de brincadeira.

–Cadê nossa garotinha? – perguntei

–Do jeito que você acabou de falar parece que nós temos uma filha. – ele riu.

–Meus Deuses, Luke! Desde que você “cresceu” tá com umas ideias...

–“Cresceu”, isso soou muito estranho, Thalia. – ele olhou pra mim. – Ela foi pro chalé.

–Ah, cale a boca – eu ri.

Nós fomos até os chalés e todos vieram cumprimentar Luke. Ele era o líder do chalé de Hermes e todos gostavam dele. Eu fui ao chalé de Atena. Aliás, aquela companheira que eu citei, é Annabeth, filha de Atena.

–Annie! Você ta aí dentro? – gritei na porta.

Ela abriu a porta e foi correndo me abraçar. Tive que abaixar um pouco por ser muito alta e ela ter apenas 10 anos. Annabeth lembrava muito sua mãe, tinha cabelos loiros cacheados e olhos cinzentos, sempre carregava sua faca de bronze celestial pendurada em seu braço.

–Você está bem? Enfrentou muitos monstros? – perguntei.

–Só um. Luke não me deixou lutar muito.

–Ele estava te protegendo, como sempre fez.

–Pois é, mas eu tenho mais sangue pra luta do que ele.

–Eu sei, Annie, você é filha da sabedoria e guerra. Mas ainda é muito jovem, até eu sou. Só o Luke que agora é “crescido”.

Ela riu e nós fomos jantar.

Sentei sozinha, como sempre na mesa de Zeus, Annabeth sentou-se à mesa de Atena com seus irmãos e fiquei observando Luke rindo com suas dezenas de amigos e irmãos. Teve uma hora que ele finalmente olhou para mim. Ele estava diferente, mais sério, mais crescido. Cheguei a ficar com inveja, pois nós éramos iguais e não era justo ele ser mais velho do que eu, e ele sempre dizia que eu seria uma ótima moça e iria encantar qualquer um com meus olhos azuis elétricos.

Depois do jantar eu tava indo pro meu chalé, quando ele vem atrás de mim e me dá um susto. Típico dos filhos de Hermes.

–Não vai dizer “boa noite” não? – Luke perguntou.

–Boa noite, Luke. – me virei de dei um beijo em sua bochecha.

–Ei, você está bem? O que aconteceu?

–Nada, Luke. Estou bem.

Finalmente me deitei, ainda cansada da batalha de hoje e fechei os olhos.

Meu sonho foi muito parecido com o último, só que dessa vez, eu estava dentro da água azul e brilhante e algo me puxava, me impedia de nadar até a costa. Consegui reconhecer a menina que corria pelo deque, era Annabeth. Eu insistia que tinha que ir. E acabou.

Continuei essa noite de sono normal, sem sonhos e acordei com uma pessoa sentada me observando. Era Annabeth, outra vez.

–O que foi? – perguntei com a voz de sono.

–Você está suando. Teve pesadelo. – ela confirmou

Assenti, mas disse que estava melhor.

–Está tendo uma reunião na floresta. Recebi ordens de te chamar. Vamos! Levante!

Vesti-me e fui até a floresta, lá, em volta a fogueira estava Mila, Anne e seu namorado, Clarisse, Silena – filha de Afrodite –, Lucy, Luke, Travis, Pollux - filho de Dionísio e Grover, um sátiro muito amigo de todos.

–O que está havendo? – perguntei.

–Eu não acredito nisso! – resmungou Clarisse – Quem a chamou?

–Ela não deveria estar lavando os banheiros? – riu Lucy.

–Fui eu quem a chamei! – Luke se levantou dando um sorriso pra mim. – Ela é a única do chalé 1, ela precisa estar aqui.

–Luke, você pode até ser o mais velho, um cara legal, mas você tem certeza disso? Aposto que muita gente não a quer aqui, mas só tem medo de falar. – disse Clarisse.

–Certo, podemos fazer uma votação. Quem vota contra a participação da Thalia? – ele perguntou para todos.

Lucy, Clarisse e Travis levantaram a mão. Acho que Travis estava enjoado de eu perguntar sobre Luke pra ele, por isso levantou a mão.

–Quem vota a favor? – Luke continuou.

Annabeth, Luke e Anne levantaram a mão rapidamente. Logo, Grover, Mila, Pollux, Silena e Ric, namorado de Anne levantaram a mão.

–Ótimo! Thalia sente aqui. – Luke falou.

Lucy e Clarisse bufaram e Annie sentou-se do meu lado.

–Então qual é o motivo da reunião pessoal? – perguntou Ric.

–Preciso contar umas coisas sobre a missão minha e Annabeth e alertar outras.

–Se for uma longa história, preciso aumentar esse fogo – disse uma voz vinda das árvores.

Apareceu uma garotinha usando uma capa marrom que cobria seu corpo e rosto, mas deixava fagulhas como traços.

–Héstia – disse Annabeth – Junte-se a nós.

Enquanto Héstia, a deusa do lar e da fogueira aumentava o calor, Luke começou a falar.

–Quando nós estávamos em Geogia, recebemos um recado da mãe de Annabeth. Ela nos disse: “estão procurando o Louro no reino errado, achem o mapa, o navio, o capitão e 3 companheiros, e irão encontrar”.

–Sra. A anda brincando de pirata? – Travis comentou se referindo a Atena com Sra. A.

–Não, minha mãe usa metáforas para guiar os semideuses, ela pensa que isso os deixa mais inteligentes. Nesse caso ela usou características de histórias de piratas para guiá-los. – Ric explicou.

–Mas piratas, ficam na água com seus navios, até Sra. A comentou isso. Quer dizer que o tesouro não está em terra firme? – questionou Silena.

–Não necessariamente. – comentou Anne – Se fosse mesmo uma metáfora de piratas, então poderia ser qualquer meio de transporte.

–Tá, então nós sabemos que o navio seria o nosso transporte para o tesouro, agora, precisamos do mapa certo. – disse Luke.

–Você não poderia perguntar ao seu pai, se ele acha no meio de suas cartas? – perguntou Póllux.

–Não é tão fácil assim – respondeu Travis.

–Eu acho que no momento o mais importante é descobrir quem é o capitão e quem são os 3 companheiros. – comentou Mila.

–Obviamente, o capitão é Luke – afirmou Annabeth.

–Eu poderia ser uma das companheiras – comentou Lucy.

–Não, primeiro precisamos ver se há alguém com alguma relação do que nós vamos atrás. – disse Luke.

–Eu, preciso entender as coisas com minha mãe – disse Annie – Ou Ric.

–Vocês vão precisar de mim pra lutar – comentou Clarisse.

Anne olhou para mim

–Thalia? Você? – todos olharam para mim.

–Eu? Eu não tenho nenhuma relação com ninguém nessa missão. - respondi

–Mas quanta discussão para algo que pode ficar tão simples! – exclamou Héstia que havia ficado quieta o tempo todo. Todos olharam para ela. – Eu posso descobrir quem são os 3 companheiros.

Héstia levantou o fogo tão alto, que chegou a subir 8 metros ao ar. Ela chamou um por um para parar em frente das chamas e observar. Quando todos haviam feito isso ele começou a perguntar para cada um o que eles haviam visto.

–Vi uma guerra – disse Clarisse

Lucy havia visto flores, Anne viu fogo apenas, Ric viu livros, Mila viu uma orquestra, Silena viu garotos, Travis viu risadas, Pollux viu comida, Grover viu um deserto, Luke viu uma caverna, Annabeth viu o mar e eu vi a entrada do Acampamento Meio Sangue.

–A maioria viu coisas normais, relacionadas aos seus pais e mães, mas teve alguns inexplicáveis, como o sátiro ver um deserto. E o moço loiro ver uma caverna e ouvir ruídos de monstros. E a garotinha ver o mar? Ela não é uma filha de Poseidon, com certeza. E o mais interessante foi a garota vestida de preto que viu a entrada do lugar que estamos. Já está escolhido.

–Grover, Annabeth, Thalia e Luke? Você tá brincando né? – reclamou Clarisse. – Um sátiro, uma garotinha e uma louca? O que presta aí só o loiro mesmo!

Avancei em direção a Clarisse.

–Nunca mais fale assim dos meus amigos ou de mim – falei seriamente – E o loiro tem nome.

Todos ficaram admirados com minha coragem de enfrentar Clarisse.

–Garota, como você tem coragem de vir aqui e falar assim comigo? – ela reclamou.

–Não tenho medo de você. – me virei e voltei para meu lugar, ela me deu uma rasteira e eu caí no chão. Luke avançou e entrou no caminho de Clarisse, ele era bem mais alto.

–Clarisse, eu acho melhor você ir! – ele exclamou

–Por que você defende os fracos Luke? Você não é assim.

–Você não me conhece.

Ela deu uma risada discreta e foi embora junto com Lucy. Luke me ajudou a levantar. A esse ponto já percebi que muita gente havia ido embora, inclusive Héstia.

–Você está bem? – ele olhou para os meus olhos como sempre olhava.

Assenti e disse que ia tomar café.

–Nós temos que descobrir onde e como nós vamos achar o Louro! – exclamou Annabeth – Vamos falar com o Sr. D e Quíron!

–Faremos isso mais tarde, loirinha. Relaxe! – disse Luke passando a mão em sua cabeça, ela recuou. – Você é muito esperta pra sua idade!

Fomos todos tomar café como sempre, fiz a oferenda ao meu pai e fomos eu, Luke, Annabeth, e Grover para a Casa Grande.

Ah, caso eu ainda não tenha dito, Grover é um sátiro que vive cambaleando pelo bosque do acampamento. Todos gostam dele; e eu o chamo de Garoto-Bode.

–Luke, Annabeth! Bem vindos de volta, e estão intactos! Algum recado para nós? – disse Dionísio ao entrarmos no saguão.

–Por isso estamos aqui, recebemos um recado de uma deusa. – Luke afirmou.

Sr. D fez um sinal para nós irmos para uma sala mais reservada. Luke foi na frente, depois Annie, Grover e quando eu estava indo atrás, ele me olhou com uma cara de decepção. Mas conseguimos explicar tudo para ele, que ficou pensando um pouco enquanto tomava uma sua 7ª taça de vinho naquela manhã.

–Vocês são os semideuses da missão? Certeza? – Dionísio interrogou.

–Sim, somos nós, mas ainda precisamos do mapa. – disse Grover.

–Mas isso é fácil de achar, ainda mais com o Luke junto com nós. – eu afirmei – Seu pai, Luke.

–A garota tem razão. Hermes tem mapas do mundo inteiro. Eu vou atrás dele e um de vocês vai ver o Oráculo.

O Oráculo é uma pessoa que guia os heróis antes de suas missões.Geralmente são mulheres. Elas ditam a profecia e são protegidas pelo espírito de Delfos. Mas, como eu não havia a conhecido, pra mim era apenas uma múmia com olhos brilhantes que ditava profecias com rimas e vivia no sótão escuro e frio da Casa Grande.

–Você deveria ir – Luke cochichou perto de mim. – Essa será sua primeira grande missão e você nunca a visitou.

–Mas e Annabeth? São instruções da mãe dela e ela é muito mais inteligente. – cochichei de volta.

–Ela ainda é muito nova. Vá!

Assenti e comecei a subir as escadas. O andar de cima era muito silencioso e com pouca luz, fazendo parecer um daqueles filmes de terror. Comecei a sentir cheiro de velas aromáticas e vi feixes de luz por baixo da porta. Estava muito quente lá, respirei fundo e abri a porta.

Quando estava entrando olhei para o teto, depois olhei reto e vi uma pessoa sentada em uma cadeira. Parecia uma múmia, toda coberta com pano branco, estava com seus olhos fechados. Havia armários cobertos com lençóis, muitas velas e incensos.

–Ah, olá? – perguntei para a pessoa sentada, que eu sabia que era o Oráculo.

Fiquei esperando alguma coisa, mas nada aconteceu. Fiquei com medo de chegar perto.

–Thalia Grace. – disse o Oráculo com uma voz assustadora. – Filha de Zeus.

–Ah, eu preciso da profecia.

–Sim, está dita. “Quatro, o mapa irão encontrar, um será feito refém, nos mares do sul um ficará pra trás. E na hora heroica irão falhar e outro sacrificará tudo que tem”.

Quando desci as escadas, lá estava Luke me esperando, esperançoso.

–E aí? Recebeu a profecia?

–Sim. – eu ditei toda a profecia e Luke ficou desapontado, acho que não é normal ouvir tanta desgraça em uma profecia.

Já havíamos almoçado, treinado um pouco e agora era hora do meu trabalho extra: limpar o estábulo de Pégasos.

–Olá cavalinhos, tudo de bom com vocês? – disse para os cavalos mesmo sabendo que eles não iriam responder.

O estábulo estava encardido! Havia palha espalhada no chão, cordas caídas, teias de aranhas no teto, baldes sujos com água velha e muito esterco. O estábulo fica perto da plantação de morango e da floresta das ninfas. Eu conseguia ouvir as meninas de Deméter colhendo morangos e os cascos de sátiros pela floresta, e as ninfas dando risadinhas. Fiquei pensando na minha primeira profecia, tentando decifrá-la.

“Quatro, o mapa irão encontrar” logicamente seria eu, Luke, Annabeth e Grover. “Um será feito refém”, isso não me agradou muito, não gostaria que fosse eu, nem Luke, e Annabeth é muito jovem pra acontecer essas coisas com ela, talvez fosse Grover, infelizmente, pois eu gostava do Garoto Bode. “Nos mares do sul, um ficará pra trás”, isso não é bom, mas felizmente estaremos no território de meu tio, Poseidon; ele pode nos ajudar. “Na hora heroica irão falhar, e outro sacrificará tudo que tem”, certo, essa é a pior parte, pois obviamente alguém irá morrer, não consigo admitir isso.

Se fosse Luke, eu não teria mais motivo para existir, pois Luke é tudo que tenho, é quem me entende, quem me ama como minha mãe e pai não amaram, quem me protege. Se fosse Annabeth ficaria muito triste, ela é apenas uma criança, muito jovem, inteligente e muito boa para tanta desgraça. Grover também não tem motivo para morrer, todos no acampamento gostam dele, principalmente as ninfas, acho que seria muito ruim para todos se fosse Grover.

E eu, a doida, aquele pedaço de nada que ganha somente batalhas em treinamentos, a parte vergonhosa de Zeus.

Todos os meus pensamentos foram interrompidos com alguém chegando da floresta. Anne.

–Você pegou a pior tarefa do acampamento – ela disse saindo de trás das árvores. – Limpar esterco de cavalo não é muito agradável, que Poseidon a ajude – ela riu.

–Ainda bem que quando fico pensando o tempo passa rápido, já estou acabando. Aliás, o que você estava fazendo no meio da floresta?

–Hã, nada – ela disse discretamente e começou a corar.

–Anne?

–O.K, estava com o Ric, mas não conte pra ninguém.

–Sua doida!

Ela fez um sinal com a cabeça e encolheu os ombros, eu já sabia tudo.

–Você sabe que isso não é permitido, Anne!

Ela riu

–Você é uma fofa, Thalia. Vem, quero te dar umas coisas.

Nós fomos para o salão de armas, era uma sala fechada com vários armários e suportes. Lá havia dezenas de arcos, aljavas com flechas, espadas de vários tamanhos, lanças, facas, adagas, machados, martelos, foices, escudos de vários tipos e tamanhos, armaduras, capacetes e muitas outras coisas como fogo grego e armadilhas.

Anne me levou para um armário no fundo do corredor que e tinha uma palavra em grego que era: “ΕΦΕΣΤΟ”, que rapidamente traduzi para: “HEFESTO”. Ela abriu o armário e lá havia armas, escudos diferentes e armadilhas muito complexas, deduzi que eram o que os filhos de Hefesto faziam. Anne tirou uma pequena faca de uma gaveta, era de prata e brilhava com um estranho tom de verde.

–Veneno. – ela disse entregando a faca para mim. – A faca tem veneno, mas só funcionará se você arremessar ela, por isso é pequena. Você arremessa em algum monstro, por exemplo, e o veneno faz a pele queimar e se desintegra.

–Uau! – fiquei admirada. – Você está me dando isso?

–Sim, você tem uma grande missão pela deusa da sabedoria, tem que estar bem armada e isso exige as melhores técnicas de meu pai. E tem mais!

Ela pegou um cinturão que estava pendurado em um cabide e me entregou. Fique analisando e percebi que tinha compartimentos espalhados em volta do cinto.

–O que vou colocar aqui? – perguntei apontando.

–Bombinhas de vapor mágico. Foi um presente de Hécate para meu pai. Funciona como uma granada, você puxa o gatilho e joga em um monstro, a visão dele irá falhar por 30 segundos mais ou menos, tempo suficiente para você tomar posição e o pegar de surpresa, ou fugir. Podemos testar uma na lagoa.

–Obrigada Anne! – dei um abraço nela. Ela me prendeu as bombinhas no cinturão, coube 10 e me deu junto com a faca com a cinta pra por no braço.

– Aqui. E vou pegar sua lança e fazer umas melhoras por que naquele estado você não vai conseguir matar nada.

Concordei e fui direto mostrar minhas novas armas para Luke, estava ansiosa para minha primeira missão. Acho que Anne é a aquela pessoa que me faz sentir mais confiante a respeito de tudo, da minha capacidade, de meu poder. Percebi depois daquele momento que eu era capaz de fazer qualquer coisa. Comecei a definir Anne como meu ídolo, pois ela era perfeita.

Vi Luke sentado na margem da lagoa de canoagem, com um papel na mão. Antes de sentar-me perto dele percebi que ele lia um tipo de carta com uma cara triste, decepcionada. Finalmente me sentei e ele ficou mais feliz.

–O que é isso?

–Meu pai me deixou uma carta, não muito agradável. É sobre minha mãe.

–Sua mãe? Você não fala com sua mãe à 2 anos!

–Pois é ela vive tentando mandar mensagens pro meu pai perguntando sobre mim e chegou uma hora que ele não aguentou mais e me mandou isso aqui, dizendo para eu ir visitá-la. Mas não se devo fazer isso depois de ter fugido de casa; seria egoísmo.

–Se ela estiver preocupada, não. Mães sempre vão ficar felizes em ver seus filhos, principalmente após tanto tempo. Eu queria que minha mãe fosse assim, ou pelo menos, cuidasse de meu irmão. – admiti.

–Seu irmão. Nunca ouvi dele depois daquele recado desagradável de seu pai. – Luke tentou mudar de assunto, acho que não gostava de falar da mãe.

–Ele ainda está na escola para meninos. Faz tempo que eu não o visito.

Luke ia falar alguma coisa quando Grover veio correndo em direção a nós, quando chegou quase caiu no chão, pois seus cascos escorregavam na areia.

–Hã, desculpe... cortar o clima, mas é urgente. – ele disse com a voz exausta. – Sr. D tem uma novidade, bom, mais ou menos.

Fomos até a Casa Grande com Grover e ainda estava tentando entender o que ele quis dizer com o “cortar o clima”. Quando chegamos, Annabeth já estava lá apoiada na mesa com Dionísio observando um pedaço de papel.

–Esse é o mapa? – Luke perguntou olhando para o papel. – Você conseguiu com meu pai?

–Basicamente sim, mas temos um problema. – Sr. D olhou para nós. - Ele está incompleto.






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