– Sieg Narra -

Corremos imediatamente para o arsenal.

Vestimos as armaduras e corremos de imediato para a frente do QG onde Lothos nos aguarda.

Victor e Azin estavam dispostos a nos ajudar e prontos para a luta.

Jin ainda tinha alguns ferimentos leve e eu algumas dores leves pelo corpo. Novamente, isso não me abalou.

Arme não hesitou em nos teleportar diretamente para a vila principal aonde o ataque devia estar acontecendo.

Assim que o teleporte se conclui, Arme cai sem forças no chão.

Novamente vejo os soldados negros pondo fogo nas casas, furtando estabelecimentos e atacando qualquer aldeão com suas lanças.

Vejo Cazeaje e Gadosen ajudando no ataque massivo.

– ONDE ESTÃO OS OUTROS?!– Grita Lin enquanto se aproxima de Cazeaje já com seu leque em mãos.

– Temo que isso não seja da sua conta queridinha...–Diz Cazeaje levantando o cajado.– RAIOS E TROVÕES!– Raios potentes e lilases caem do céu.

Lin pula para trás, se livrando do que deveria atingi-la.

Gadosen aproveita a brecha e avança contra ela, porém Ronan o bloqueia rapidamente.

– É SÓ ISSO QUE VOCÊ PODE FAZER?–pergunta Gadosen, logo chutando Ronan, que por conta do desequilíbrio estava indefeso.

Aproveitando o momento Gadosen prepara sua espada para um corte elétrico, até que leva uma flechada de Lire, o que o faz cair para trás.

– RELÂMPAGO! – Conjura Arme. A reação é rápida um raio horizontal acerta Gadosen e Cazeaje o que faz os raios lilases cessarem.

Arme parecia meio zonza, mas Lass está cuidando de dar cobertura para ela, então não me preocupei.

Minha verdadeira preocupação é localizar Elena, Rey e Dio.

Olho para o céu e para as construções até que vejo algo batendo na altura de uma casa alta feita de pedra.

As asas, pelo seu tom, deviam pertencer á Dio.

Penso num jeito de chegar lá rapidamente, até que percebo o que devia fazer.

Avanço em direção a Cazeaje e pulo nela, usando suas costas como impulso para um pulo alto que me levou para cima da casa de pedra.

– Sentiu saudades?– digo, com um sorriso irônico no rosto.

A surpresa estava estampada em seu rosto, ele não esperava que eu o encontrasse, estava a procura de algo em um baú grande e antigo com o símbolo dos cavaleiros de prata.

– Morra.- ele diz levantando sua foice e logo conjurando sua habilidade– CHOQUE FANTASMAGÓRICO! - pulo para o lado desviando com facilidade da lança que perfura o chão onde me encontrava.
– Você não cansa dessa lança, não é? -digo com um sorriso.

– Haha...Parece que já aprendeu a desviar dela, não? e que tal...ISSO! ESTRELA DA MORTE! - ele joga sua foice em minha direção, novamente desvio com facilidade.– nada mal...Está veloz hoje, não?

– Huhu...Claro. Acho que agora é minha vez...ONDA DE CHAMAS!- arrasto minha espada no chão, o que fez a "onda" de chamas surgir o acertando em cheio.

– É realmente uma pena saber que não lutaremos hoje.- diz se levantando e fazendo a foice sumir.

– Como assim?

– Rey está sentindo algo perto da base das sacerdotisas e Elena algo na casa do líder dos cavaleiros de prata...-Diz de forma indiferente– Se fosse você corria para proteger minha irmã...

– Do quê? Vocês não são ameaça para ela! Ela é forte o suficiente pra te quebrar no soco!- digo.

– Pode até ser...Mas não estava falando da gente. Em breve a Terra de Prata irá se tornar uma Terra Sombria e sem vida.- ele termina o aviso com um sorriso sádico.– Rey, já pode me teleportar. -diz, logo em seguida sumindo no ar com um portal.

Elesis.

Corro rapidamente em direção da base das sacerdotisas , que está ardendo em chamas e de onde Rey sai com uma Gema Vermelha que reluz no tom do fogo que a cerca. Ela possui um sorriso doentio em seu rosto.

Jin.

Agora estou indo até a base dos cavaleiros de prata de onde sai Elena com um sorriso idêntico ao de Rey, porém em suas mãos tem uma caixa negra em vez de uma gema.

– VOLTEM PARA LUCIFÊNIA! - Ordena Azin

– POR QUE?! - questiona Holy.

– VÃO, É UMA ORDEM! - Berra Victor entrando em posição de combate.

– NÃO PODEMOS ABANDONÁ-LOS! - grita Ronan de forma contraditória.

– FICAREMOS BEM, APENAS VÃO! - Grita novamente Azin de forma desesperada e em posição de combate.

Arme prepara seu teleporte com uma área de círculo demarcada num verde claro no chão.

Todos os aldeões dos agricultores até cavaleiros de prata se encontram dentro do círculo, e antes de sermos teleportados escuto um grito de socorro.

E não hesito em correr em sua direção.

Todos somem junto com o círculo.

Claro, todos menos Jin e Eu.

Ele está ao meu lado.

– Você também ouviu o grito, certo? - pergunto.

– Sim. Vamos logo, é questão de tempo até Arme sentir nossa falta.- diz logo começando a correr.

Victor e Azin nos gritam coisas que ignoramos.

Chegamos ao lugar dos gritos: é uma casa em chamas e no alto uma menininha está se esforçando para tentar quebrar as barras metálicas da janela, que deveriam lhe dar segurança de queda. Ela continua gritando e chorando até que Jin grita:

– NÃO SE PREOCUPE, NÓS VAMOS TE SALVAR!

A verdade é que ele não faz a menor ideia de como salvá-la, mas ela parou de gritar. Seu choro se mantém, mas ela nos encara da janela com esperança de que a salvaremos.

Uma ideia me vem em mente.

– Jin, faz pezinho que eu subo e tiro ela de lá!- digo. Ele afirma com a cabeça e me dá impulso o suficiente para subir.

– Se afaste da janela! - digo para a garotinha. Ela me obedece de imediato.

Uso minha espada para destruir as barras e estendo a mão para ela.

Ela não hesita em segurar, e então a puxo pro telhado, onde a pego no braço e desço.

Ela ainda chorava de medo , procuro acalmá-la junto com Jin, mas ela aponta para nossa frente onde está uma Cazeaje furiosa e uma Rey bastante satisfeita.

– Ah, como são idiotas. Voltaram por causa de uma garotinha desconhecida e inútil? - Diz Rey com desprezo.– Patético.

– Ela merece viver mais do que vermes como você. - diz Jin, odioso.

– Como ousa?! ELENA, ABRA A CAIXA!-grita Rey irritada.

Assim que Elena abre a caixa uma rajada de vento sai, jogando todos para trás. Finco minha espada no chão onde eu e Jin seguramos até a rajada acabar e dar lugar a uma Grande fada de pele roxa , com cabelos ruivos e olhos vermelhos.

– Quem libertou a Rainha Negra? - Ela diz, provavelmente se referindo a si mesma. Todos ficam em silêncio.

– REY! O TELEPORTE, AGORA!- Grita Elena, ferida e jogada no chão.

Todos somem dali de imediato.

Restam apenas seis pessoas aqui:

A Rainha Negra, Azin Tairin, Victor, a garotinha, Jin e eu.

– A gente disse para irem embora! - Diz Azin desesperado.

– Não podíamos deixar essa garotinha para trás.- diz Jin

– Como irão sair daqui agora?! Não tem mais nenhum mago restante!- diz Victor raivoso.

– Lamento muito interrompê-los criaturinhas insignificantes, mas creio ter solicitado uma resposta.- diz franzindo a testa de irritação.– Quem me libertou?

– A maga de cabelos azuis que fugiu agora a pouco.- digo calmamente.

– Hoho...Entendo...Agora que sei quem foi...Acho melhor arrumar meu reino.

Ela olha pros lados e analisa o local.

–Humanos só sabem bagunçar.- diz de forma um pouco descontraída.– Começando pelo exército.- diz, logo colocando as mãos encima da cabeça e conjurando um feitiço negro.

Mortos começam a sair do chão enquanto ela ri loucamente.

Seguro minha lâmina e mantenho a menina fortemente em meus braços. Ela chorava em silêncio com medo dos zumbis que saiam do chão e agarravam nossos pés.

Matei os que me seguravam, puxei Jin pelo braço e subi até o telhado de uma casa.

– O que faremos?-Ele pergunta.

– Estou pensando...Onde estão Tairin e Victor?- pergunto preocupado.

– Estão em outro telhado.

A garotinha não parava de tremer.

– Shh...Está tudo bem, ok? Não vamos deixar que ninguém te faça mal.- enxugo suas lágrimas com a ponta do meu casaco e bagunço seus cabelos como meu pai costumava fazer.

Ela se acalma e para de chorar.

– E-eu...Acho que sei de uma saída.- diz baixinho.

– Como? - pergunto da mesma forma.

– M-minha mãe é sacerdotisa...E ás vezes ela usa um teleporte especial da base dela pra ir de um lugar á outro...- responde num sussurro.

– Consegue nos levar até lá? - pergunta Jin, se juntando a conversa sussurrante.

Ela apenas assentiu positivamente e se ajeitou novamente em meus braços pronta pra me guiar.

Jin faz um sinal de "vem" discreto para Victor e Tairin, que até então distraiam a Rainha Negra.

Os mesmos parecem entender o recado, e estão correndo na mesma direção que a gente.

Seguro a garota o mais forte que posso, enquanto ela aponta a direção em que devemos correr.

Jin me dá cobertura e mata qualquer zumbi lutador que aparece.

Aparentemente, alguns foram enterrados com suas armas, roupas ou qualquer pertence antigo, pois alguns voltam armados e furiosos.

Quando estamos perto da base a garota diz que tem uma entrada secreta que leva ao subterrâneo, onde o portal está instalado.

– A-acho que se chegarmos lá consigo ativá-lo...Espero conseguir.- diz no fim da explicação.

– Você conseguirá.-digo com firmeza, cortando a cabeça de um zumbi que estava na minha frente com a lâmina.

– C-como pode ter certeza?- pergunta curiosa.

– Confiamos em você.- digo.

– Mas nem me conhece!

– Mas gostaria de conhecer.- Digo sorrindo, e percebo o brilho em seus olhos.

– Lucy.

– Lucy? -pergunto arrombando a porta que deveria ser a entrada do corredor secreto e tentando acostumar meus olhos a presente penumbra do local.

– S-sim, meu nome é Lucy.-afirma timidamente.

– O meu é Sieghart.- Digo correndo pelo corredor junto a Jin.

Andamos um pouco até chegarmos ao lugar, a porta estava visível.

Quando nós estávamos quase chegando nela - andando calmamente por conta da fadiga. - Eis que ela surge de um portal.

– Ora! Finalmente achei vocês...Nunca pensei que humanos fossem tão rápidos assim.–ela ri de forma maléfica.- Mas como todos sabem, ninguém foge da Rainha Negra.– termina, logo concentrando seus poderes- Agora, morram porque é isso que os humanos fazem melhor. LANÇA DE GELO!– Dito e feito, uma lança de gelo veio em nossa direção, Victor a parou com um chute poderoso, logo se arrependendo por conta da dor excruciante que devia estar sentindo.

– NÓS SEGURAMOS ELA, FAÇAM O QUE DEVE SER FEITO.– Ordena Victor, se levantando do chão com ajuda de Tairin.

Sem pensar duas vezes, Jin e Eu -que por sorte não tinha colocado Lucy no chão- corremos até a porta.

– Está presa!– digo - Algo do outro lado está prendendo!

– Sieghart, saia da frente! – Ele diz logo se afastando e retornando numa voadora seguida de uma série de socos e chutes, mas a fadiga e os ferimentos o vencem.

A porta continua de pé ali, e aparentemente Azin e Victor não aguentarão mais tempo.

– Vamos nós dois ao mesmo tempo no três!–Digo e o vejo assentir positivamente com a cabeça e se posicionar.

Coloco Lucy no chão e peço para se afastar um pouco, a mesma o faz rapidamente enquanto me afasto com Jin.

– Um...- Ele começa.

– Dois...-Eu completo.

– Três...

– JÁ!

Corremos em direção a porta e a arrombamos com as voadoras.

Sem perder tempo pego Lucy no braço de novo e atravessamos a porta.

O que prendia a porta metálica era vários pedaços do que deveria ser o chão da parte de cima, que por ser feito de madeira, deve ter cedido.

– Droga, consegue enxergar algo?!– Jin me pergunta, tossindo em seguida.

O lugar parece estar sendo engolido em chamas enquanto a fumaça dificulta nossa visão. Consigo ver apenas uma espécie de elevação de pedra do outro lado da sala em chamas.

– ALI! –Grita Lucy apontando para a elevação.- AQUELE É O PORTAL!

– JIN! -Grito.

– OK, EU SIGO VOCÊS!– Grita de volta.

Começamos a atravessar a sala com cuidado e olhando para todos os lados.

Estamos na metade do caminho quando pedaços de madeira flamejantes começam a cair encima de nós. Desviamos e acabamos nos queimando um pouco, o que tornou o avanço um pouco mais complicado, porém possível.

Chegamos na elevação de pedra, solto Lucy e a analiso: agora consigo perceber os símbolos desenhados nela.

– TAIRIN, VICTOR! AQUI! –grita Jin, animado por termos conseguido chegar enquanto faz movimentos com os braços com o objetivo de ser visto pelos dois, porém tudo que se aproxima é uma Rainha Negra animada e ensaguentada. No mesmo instante que a vê, a sua animação por ter chegado até aqui desce pelo ralo e some.

– LUCY, FAÇA! – Grito enquanto puxo um Jin inerte.

Ela me obedece, logo recitando palavras de um feitiço antigo e a medida que o realiza, um brilho claro e esverdeado ilumina os símbolos.

E antes que a Rainha Negra pudesse se teleportar para perto de nós, Lucy conclui o feitiço.

Incrivelmente ela nos leva exatamente pro nosso QG em Lucifênia, onde ouço berros furiosos:

– ...COMO PÔDE DEIXÁ-LOS PARA TRÁS?!- Esta voz seria...A da Elesis?

– EU NÃO DEIXEI NINGUÉM PARA TRÁS! TODOS DEVIAM ESTAR NO CÍRCULO!

– ELES ESTAVAM LÁ ARME, EU VI! O QUE VOCÊ FEZ?!

– Oe. – Digo enquanto eu , Jin e Lucy entramos no cômodo,porém, ninguém repara.

– JURO QUE NÃO FIZ NADA!

– Sobre o quê estão discutindo? – pergunta Jin sutilmente após cutucar Arme.

– É QUE O JIN E O SIEG SUMIRAM E ELA ACHA QUE A CULPA É MINHA E...–Ela repara que está falando com o Jin e antes que qualquer um o fizesse pergunta: - Onde estavam?!

– Resgatando Lucy.– Digo mostrando a pequena garota a meu lado.

Agora que parei para vê-la, sem correria e nem escuridão, reparo em sua aparência: Ela possui cabelos negros como os meus porém presos em duas tranças curtas que estão em seus ombros, seus olhos são de um lilás vívido. Sua pele é branca e ela está vestindo um vestido amarelo um pouco chamuscado e sujo devido a nossa aventura.

– Ainda bem que não está ferida. – Digo a colocando no chão com cuidado.

– PODERIAM TER ME AVISADO! SABE O SUSTO QUE ME DERAM?!- Berra Elesis enquanto me sacode pelos ombros.

– Tá tudo bem ruivinha...Seu irmão chegou ok? Passou, passou...– digo a abraçando forte e dando uns tapinhas nas costas.

– ME LARGA! – ela me dá um soco, e vira rapidamente seu rosto para outro lado, estava mais vermelho que um tomate.

Então paro para sentir as queimaduras. Percebo que Jin também começou a sentir, porém sei que suas lágrimas não são por causa delas.

– Espere...Jin, por que está chorando? Onde estão Tairin e Victor?– Pergunta Ryan.

– Tairin e Victor...Se sacrificaram por nós.–Digo triste e cerrando meus punhos.- Rainha Negra ela...ela...apareceu ensanguentada e feliz demais...– Relaxo meus punhos. Tenho que me manter calmo, não quero que "aquilo" se repita.

Percebo que começo a chorar silenciosamente.

– Estão mortos...– diz Jin. Lágrimas continuam a rolar de seus olhos, mas quando vou dá-lo apoio, Amy o abraça.

– Está tudo bem Jin...A culpa não foi de vocês. Foi da Rainha Negra, ela os matou.– Diz Lin se pronunciando.

– IMPERDOÁVEL! EU VOU VOLTAR LÁ E FATIÁ-LA EM MIL PEDACINHOS COM MINHA ESPADA E DEPOIS EU... – Gritava Elesis irritada até ser cortada por Holy:

– É tarde demais Elesis, sem falar que nossa preocupação de hoje é ajudar os feridos não podemos abandoná-los por vingança!– coloca a mão no ombro da ruiva e termina - Os deuses da justiça nos darão uma outra chance pra isso, não se preocupe!

– Sieg, o que fará com essa criança? –pergunta Ronan um tanto duvidoso.

– Devolvê-la pros pais? – digo, como se fosse óbvio. E a pior parte é que é.

Ronan encara Arme por alguns segundos a mesma entende e reage em seguida.

– ... Lucy, você quer brincar com a gente?– pergunta Arme sorridente.

– A gente?

– Sim! Eu você e o Lass-kun!– Vejo Lass cuspir o café que estava tomando e cair da cadeira.

– Eu não lembro de ter concordado com isso e...– Diz ele tentado se defender, porém o olhar fofo de Arme o convence do contrário - Ah...Vamos brincar êêêê...– Diz "extremamente animado".

Quando os três vão para o jardim brincar, Ronan se pronuncia.

– Sieg, o círculo de teleporte da Arme pode ter salvado muita gente, mas é evidente que ele pode não ter sido capaz de salvar "todo mundo".

– Isso significa que...

– Sim, os pais dela podem estar mortos agora.– afirma de forma triste.

– O que eu farei?– penso um pouco alto. Mas estava entre amigos, eles poderiam me ajudar.

– Rezar para que não seja verdade.– afirma Lire da mesma forma triste que Ronan e se retirando para ajudar os feridos junto com Ryan.

– Hmm...Eu posso procurar os pais dela se quiser.– sugere Ronan.

– Sério?

– Sério.

– Valeu cara!

– Mas eu não posso confirmar nada, e se o pior realmente aconteceu vamos ter que pensar em outra coisa.

– Certo. Valeu de novo cara.

Ele se retira da sala enquanto Lin,Holy,Elesis,Amy,Jin me encaram pensativos.

– Alguma ideia? –pergunto a todos.

– Não. – todos respondem em uníssono.

– Quando estiver cuidando dos feridos vou procurar informações sobre ela.– afirma Holy, determinada.

– Sim,sim! Eu também!–Afirma a rosada, da mesma forma que Holy.

– E eu posso te ajudar com as roupas de criança!– Diz Lin sorridente

– Você trouxe roupas de criança pra cá quando se tornou combatente de guerra?– pergunta Jin.

– No dia estava na minha mala, e eu só fui ver quando cheguei. Ao menos agora temos um uso para elas.– Explica ela ainda sorridente.

– Ok! Valeu Lin.– Devolvo o sorriso.

– De nada! Eu cansei de não poder fazer nada. Espera que eu vou buscar!– Assim que termina a frase, se retira.

– Como assim "não poder fazer nada"?–pergunto curioso.

– Ah...Quando Lin era menor, a vila dela foi atacada. Na época, ela não dominava os ventos da mesma forma, e por isso não pôde fazer nada a não ser obedecer á sua mãe e fugir. As únicas sobreviventes de Gaon que estavam lá na hora do ataque, foram ela e sua irmã mais velha.– Responde Amy um pouco tristonha.

– Ah. Deve ter sido horrível...– digo um pouco arrependido.

– Relaxa, ela não se importa que os outros saibam. Tudo o que importa é que hoje ela faz muito por todos.– Diz Holy colocando sua mão em meu ombro e me tranquilizando.

– Obrigado Holy. Acho que sei o que vou fazer.– me levanto e ando em direção ao jardim.

Eu sei o que vou fazer.

– Rey Narra -

Já fazia horas que retornamos e nada de Duel aparecer.

– Eu ainda não acredito que ele conseguiu me acertar...–balbucia Dio enquanto enfaixa o ferimento que até agora ele não me explicou.

– Quem?–pergunto curiosa.

– Sieghart. Acho que esse é o nome.– Afirma com uma pontinha de raiva.

– Odeia isso, não é? – o provoco. Um Dio irritado é um dos meus brinquedos prediletos.

– Ah, vai catar coquinho Rey.–Diz, terminando de enfaixar-se.

Cazeaje,Elena e Gadosen estão jogando cartas encima da mesa do jantar.

Por algum motivo Morgana estava um pouco inquieta.

Eu não consigo entender o porque dessa demora absurda.

Até que Duel surge.

– Perdoem a demora, estava resolvendo uns probleminhas com os superiores.

– "Probleminhas"?– questiona Cazeaje.

– Sim, mas não se preocupem, já resolvi tudo. Preciso da atenção de todos agora.

todos focamos nossos olhares em Duel, curiosos para saber o porque de todo essa espera.

– Com a falta de Lupus e necessidade de um combatente adequado, nós fomos até uma família e exigimos os deveres do contrato legal.

– Não pode ser! Você...– diz Gadosen, desacreditado.

– Sim, eu trouxe um colega novo pra vocês. Apresento a vocês...

VEIGAS TERR.

continua....