Novos Tempos Em Hogwarts 3 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 20
O Crânio e a Fênix


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, espero que não me matem pela demora.
Espero que gostem do capitulo, nos vemos lá embaixo.



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James sentiu seu estomago voltando para o lugar quando desaparatara na areia fina e pode observar a imensidão do mar a sua frente que parecia se unir num único manto com a noite. Ele sentiu o cheiro da brisa marinha lhe atingir as narinas antes de se encaminhar para o único lugar de onde vinham luzes acesas que iluminavam sua visão daquela praia.

Ao se aproximar pode notar que o lugar parecia empilhado de pessoas conversando quando se aproximava da pequena trilha que levava a casa localizada no topo de uma elevação. Para então se ver frente a porta e abri-la como era esperado, encontrou o lugar cheio de pessoas acomodadas em todo o lugar que fosse possível de se estar em pé quase como se fosse para impedir o trajeto de pessoas por ali com facilidade.

O rapaz não esperava ver tantas pessoas naquele lugar, era como se não fosse o mesmo lugar que costumava ir passar alguns feriados com sua família. Viu rostos conhecidos, cumprimentou pessoas disseram seu nome mesmo que não pudesse se lembrar de se eram desconhecidos ou não. Para ser sincero nunca pensara que eles poderiam ser tantos assim.

_ James – falou uma voz colocando um braço ao redor de seu ombro, ao olhar pode encontrar os olhos claros e os cabelos ruivos de sua prima Dominique e isto o fez sorrir – venha, vamos Fred e os outros estão esperando.

Era a ultima noite de James e Dominique na Inglaterra antes de partirem para iniciar o treinamento na Academia de Aurores. Então era natural que houvesse uma festa de despedida, mas os dois ruivos não esperavam pelos acontecimentos daquela noite, eles e seus amigos planejavam de se encontrar no pub dos Longbottons para uma ultima festa de despedida quando o plano de todos foi frustrado quando receberam o comunicado de uma reunião da Ordem da Fênix.

Agora se encontravam ali no Chalé das Conchas no litoral de Tinworth, Cornwall. A casa de seu tio Bill e Fleur com membros da Ordem e associados que nem ao menos o ruivo vira antes, era raro as ocasiões que havia um encontro em peso da organização como aquela, que certamente era surpreendente quando percebesse a quantidade que eram seus números.

Logo a ruiva lhe arrastou por entre as pessoas até as escadas e subiram até encontrar com o restante de seu circulo pessoal de amigos formado por Frank Longbottom e pelos seus outros primos Fred, Roxanne e Molly. Ele cumprimentou cada um deles antes de tomar seu lugar encostando-se ao lado dos outros no corrimão para observar as pessoas no andar debaixo.

_ sabe o motivo de tudo isto? – disse James para eles que o olharam em silencio trocando olhares entre si – o que foi? Não fazem ideia do que esta rolando por aqui?

_ é uma reunião da Ordem – disse Roxanne dando de ombros – quem sabe ao certo o que se passa pela cabeça destas pessoas afinal.

_ não sabia que existia tantos assim – disse Molly – Merlin, olhe para a quantidade destas pessoas não me lembro da metade delas – o ruivo dirigiu um olhar para a prima e assentiu.

_ veem de outras partes do mundo – disse Fred – lembre-se que não é apenas o reino unido que esta sobre nossa vigilância, mas também outras partes como a Romênia, Bulgária, França, Egito... – ele olhou para o melhor amigo antes de prosseguir - Onde quer que tenhamos passado e foi necessário intervenção nossa ou mesmo pessoas que estariam dispostos a nos dar apoio caso precisássemos.

_ ainda não sei o porquê da Molly e a Dominique estarem aqui – disse Frank – elas não são oficialmente parte disto – ambas as ruivas o encararam – espero que eles não planejem torna-las membros da Ordem.

_ e se tornarem? – disse Molly para o namorado sorrindo levemente - Será tão ruim assim afinal? Nem todos os membros da ordem são soldados que vão em batalha, muitos servem de outras maneiras como você Frank que assim como outros como tia Fleur ou Astoria que usam suas habilidades para remendar e tratar dos feridos.

_ só espero que não seja você uma das que irei tratar algum dia – disse Frank seriamente – se eles te derem a chance de escolher, por favor, quero que me prometa que não aceitara.

_ eu não aceitarei – disse Molly fazendo o medibruxo sorrir antes que ela pudesse completar a frase - a menos que tenha um motivo bom para o faze-lo.

_ bem, eu vou aceitar afinal estar na Ordem é algo que esta em nossa família tanto como cabelos vermelhos e sardas – disse Dominique, ela riu levemente então olhando para os primos morenos que a encaravam – não se sintam excluídos por isto.

_ oh, sério? Sabe por um momento me senti ofendida – disse Roxanne fazendo-os rir então todos encararam as pessoas lá embaixo novamente e a morena viu o seu namorado ao lado do pai tendo acabado de entrar – olha lá esta o Warren, mas por que ele esta aqui?

_ membro novo talvez? – disse James então olhando para o primo que murmurou algo como só me faltava esta, antes de ver Roxanne descendo os degraus da escada para encontra-lo.

_ sério o que ela vê naquele cara? Um monte de músculos e nenhum cérebro – disse Fred – devem ter conversas muito interessantes, sabe que quase não o vejo falar acho que não sabe muitas palavras.

_ Roxy prefere músculos e beleza, não é como eu que me contento com... – disse Dominique em um tom falso de seriedade então percebendo o olhar que o namorado lhe lançava - ah, deixa para lá cada um tem seu gosto mesmo.

_ não teve graça sabia disto? – disse Fred se fazendo de ofendido - Posso parecer forte por fora, mas por dentro sou uma pessoa bem delicada e com sentimentos frágeis.

_ vou dar uma volta por ai – disse James começado a descer os degraus novamente - quero ver as pessoas que estão por aqui.

_ sei quem esta procurando Jay – disse Fred – acredite, ela não se encontra e nem vira porque não arriscaria ter esta conversa com você.

_ você não sabe o que diz Fred – disse James antes de virar as costas para o primo e prosseguir seu percurso até o ultimo degrau.

Viu várias pessoas desde parentes seus de sangue, para aquelas pessoas que em raras ocasiões havia encontrado como Abeoforth Dumbledore, Elifas Doge, Mundungus Fletcher bem como outros que havia visto anteriormente e convivido por um tempo como seus professores de Hogwarts já aposentados como Filius Flitwick ou Sprout.

Pode ver Teddy e Victoire com seu enorme barriga de gravida sendo paparicada pela mãe e sua tia Gabrielle. Além de Roxanne que conversava com Warren e Viktor Krum em um canto, mesmo pode encontrar seu técnico da época de quadribol Oliver Wood ao lado de Lee Jordan, George e Angelina bem como Rúbeo Hagrid e Olímpia Máxime apesar de que estes dois eram quase impossíveis de não se notar.

Apesar de tantas pessoas não havia qualquer sinal daquela que buscava, ela não estava ali mesmo sendo parte daquilo ao que parecia a briga que ambos haviam tido tinha sido mais séria do que ele estava considerando. Afinal James, Narcisa e Fred entraram para a Ordem da Fênix na mesma época e sabia que a loira não faltaria a uma reunião apesar de duvidar que ele fosse realmente o motivo dela estar ausente.

Então, os olhos de James se cruzaram com um par de olhos cinzentos que lhe encaravam seriamente e no lugar de ignora-los caminhou até eles sem medo, pois a anos aprendera a não desviar ou ignorar um Malfoy especialmente quando se tratava de seu sogro que pela feição que trazia não estava em seus melhores dias.

_ Boa noite, senhor Malfoy – disse James para o loiro que fez apenas lhe lançara a sombra de um sorriso de desdém como se aquilo fosse o suficiente.

_ você e eu temos que ter uma conversa Potter – disse Draco ainda com as mãos no bolso do casaco – a coisas que vão além desta estupida reunião que foi convocada, muito mais do que se pode esperar.

_ entendo e até imagino o assunto que queira tratar comigo – disse James – só que devo lembra-lo que isto não vem a ser mais importante que...

_ cale a boca, apenas me siga – falou Draco indicando com a cabeça a porta dos fundos e ambos seguiram para o lado de fora com o loiro empurrando o rapaz para que fosse o primeiro a sair.

_ ao que se refere? – disse James – eu não fiz nada, meu senhor.

_ oh, não fez é? – bradou Draco então dando um soco no rosto do rapaz que sentiu quase perdendo o equilíbrio – isto talvez sirva para fazê-lo se lembrar e vou logo lhe avisando que posso ser mais difícil de se lidar, então escolha o que vai me dizer.

_ é sobre ela que quer falar – disse James se recompondo ainda sentia dor ao falar, mas não iria deixar transparecer isto – é sobre Narcisa.

_ você se lembrou, que pena achei que teria que dar outro soco em você para que começasse a falar – disse Draco – me escute... – ele suspirou pesadamente fechando a mão em punho para então abri-la novamente ao que parecia o soco havia sido forte o bastante para causar dor em ambos - eu não sou o tipo de pessoa violenta tudo bem? É que, eu confiei em você para ser a pessoa que iria fazer a minha menininha feliz James, e agora percebo que cometi um erro com você.

_ não, o senhor estava certo porque nada mais neste mundo vale apena para mim se não tiver sua filha do meu lado – disse James – ela é muito importante para mim senhor Malfoy.

_ não duvido disto, a questão é o quanto? – disse Draco – vocês brigaram, ela não aparece em casa nem manda cartas soube pelos meus contatos na Academia que ela tem faltado as aulas ao que parece planeja deixar tudo aquilo para trás e você certamente sabe o porquê disto.

_ eu não pensava que ela fosse fazer isto, nós já tivemos discussões antes – disse James tentando não soar tão culpado como realmente era e sentia – me desculpe, mas não queria que isto acontecesse é que as coisas tem sido difíceis para mim.

_ fala do que te aconteceu naquele massacre? Sobre ter sofrido nas mãos de comensais da morte e agora querer vingança para cima deles – se pronunciou Draco fazendo o rapaz lhe encarar surpreso e antes que falasse o loiro continuou – você não me engana James, entendo pelo que estava passando é difícil ser um homem e ter a droga de seu orgulho ferido só entenda que não vai recuperá-lo tomando decisões idiotas como esta.

_ não quero falar sobre isto com o senhor – disse James – não espero que entenda o que aconteceu comigo – o loiro sorriu então colocando as mãos no bolso e começando a caminhar sendo seguido pelo ruivo.

_ durante a segunda guerra – disse Draco - minha família perdeu prestigio aos olhos do Lord das Trevas, é fato de que durante algum tempo fui visto para ser o substituto para Voldemort uma vez que ele precisasse de um herdeiro afinal não possuía um de seu próprio sangue então alguém que ele pudesse criar como seu era a melhor escolha. Bem, eu fui visto a crer nisto em meu quinto ano até que ocorreu a batalha no departamento de ministérios em que meu pai falhou em uma missão depois disto fui culpado e paguei pelos seus erros, fui humilhado junto da minha mãe senti medo em minha própria casa, pois lá não era um lugar mais seguro... E tudo por quê? Meu pai tomou a decisão errada ao pensar que só porque somos puros sangues significa que sejamos melhor que outros, ele queria poder, queria se melhor que os outros e eu quis por muito tempo ter tomado um caminho diferente em minha vida.

_ senhor Malfoy, não entendo o que queira dizer com tudo isto – disse James e o loiro o encarou – não me entenda mal, é uma ótima historia a que acaba de me contar só não entendo o que eu tenho haver com ela.

_ você esta tomando um caminho perigoso, ele poderá fazê-lo se arrepender mais tarde e se perguntar se não poderia ser diferente e tudo por ambições tolas – disse Draco – você se machucou da ultima vez Potter, quer mesmo que aconteça algo pior da próxima vez? Com você ou quem sabe com alguém próximo?

_ eu morreria antes de permitir alguém a tocar em sua filha – disse James o loiro lhe pós a mão em seu ombro.

_ não duvido disto – disse Draco – a questão é que reveja suas decisões, pois diferente do que pensa, elas não afetam apenas você como as pessoas com quem se importa e não falo apenas da minha Narcisa como também de sua família.

_ eu tentarei evitar que isto ocorra – disse James o que fez o sogro sorrir novamente.

_ espero que tenha êxito para o bem de todos – disse Draco – é uma pena, caso você acabe morto, ficaria feliz em tê-lo oficialmente como parte da minha família.

_ o senhor fala serio? – surpreendeu-se James - Digo, bem isto é algo que eu não esperava que pudesse ser dito por você um dia.

_ não fique se achando Potter, posso gostar de você, mas isto não significa que eu não vá soca-lo novamente se souber que fez algo mínimo que seja que possa ter magoado minha filha novamente – disse Draco – amanhã você parte para a Academia de Aurores, quero que a procure e se desculpe com ela pessoalmente.

_ eu já planejava fazer isto – disse James então o inominável lhe estendeu um pedaço de papel – o que é isto? – ele pegou o pergaminho e o desdobrou.

_ é o numero do quarto e as aulas em que se matriculou – disse Draco – tente usar isto para conseguir falar com ela, leve flores se perceber que as coisas estão difíceis para o lado dela.

_ narcisos amarelos – disse James – seus favoritos.

_ é, você ainda tem jeito – disse Draco – vamos voltar, agora podemos escutar o que seu pai tem para nos dizer de tão importante para ter feito toda essa gente se reunir num mesmo lugar.

Eles se encaminharam novamente para dentro do chalé das conchas pela mesma porta por onde haviam saído anteriormente e cada qual seguiram em direções opostas. James seguiu para um canto da sala onde reconheceu um sorriso conhecido de alguém que raramente vinha desta forma logo estava ocupando um lugar próximo a janela onde estava recostado seu tio Charlie.

_ ai esta ele, o grande apanhador da seleção britânica – disse Charlie cumprimentando o sobrinho com um aperto de mão e um abraço – eu te ofereceria uma bebida – ele indicara uma caneca cujo odor que exalava denunciava ser fire whisky - mas sei que tem de ficar afastado disto e por uma razão.

_ eu fiz uma promessa a mim mesmo tio de que nunca beberia novamente – disse James desviando o olhar para as pessoas – tenho cumprindo-a desde então, mas me diga como andam as coisas na Romênia?

_ o que posso dizer? A mesma coisa de sempre, sem problemas graves desde dois anos atrás, graças a Merlin odiaria ter que lidar com mais dores de cabeça do que aquela Reserva já me causa normalmente – disse Charlie – um dia você saberá do que falo quando digo que responsabilidades nada mais é do que se fazer algo que se gosta sem que se tenha diversão – ele deu um gole – mas e você, me diga onde esta sua bela namorada Malfoy?

_ na Holanda – disse James - na Academia de Aurores, a aula para os veteranos começa antes da dos novatos se é que se pode considerar que eles possuem férias não? É um treinamento e eles estão sempre treinando.

_ sabe que a proposta que te fiz esta de pé – disse Charlie – a Reserva da Romênia sempre estará de portas abertas para qualquer filho de meus irmãos, posso ensina-los a cuidar e treinar dragões, além de saber como lidar com eles e cá entre nós o salario não é de todo o mau, tentei tirar do seu pai e do seu tio Ron quanto os dois ganhavam o que aparentemente deve não ser lá a melhor das quantias já que não me disseram.

_ eles ganham por tempo de trabalho – disse James – todos sabem disto, e sobre a sua proposta pode ser que eu a aceite afinal quem não gostaria de correr o risco de virar churrasco todos os dias da semana.

_ menos a cada quinze dias – disse Charlie levando a bebida à boca - onde você tem um dia de folga, um ótimo período que a maior parte prefere gastar se embebedando e visitando bordeis em vilarejos próximos.

_ agora sei o porque sente falta da sua função de pesquisador – disse James e o tio lhe lançou um sorriso malandro – não deve pegar bem para um homem em sua posição frequentar estes lugares.

_ oh, vai por mim meu caro quando eu tinha sua idade não havia outra vida que eu achasse melhor no mundo do que a que levava, mas com o tempo você percebe o quanto é vazio tudo aquilo – disse Charlie - quero dizer, pagar por mulheres é tão baixo que chega a ser vergonhoso sendo por isto que nesta idade da vida invejo cada um dos meus irmãos pelas vidas que eles possuem, afinal hoje não é fácil para um homem acordar toda a manhã do lado de uma mulher sentindo o mesmo amor de quando a conheceu.

_ nunca se arrependeu de nunca ter se casado? – disse James e o tio lhe encarou pelo canto dos olhos antes de levar a caneca aos lábios e dar um curto gole – desculpe, se eu fiz uma pergunta indelicada.

_ deixe de besteiras, você é teve a coragem para fazer esta pergunta que muitos que não eram da família já me fizeram – disse Charlie - se quer mesmo saber a resposta é que eu nunca encontrei uma mulher que pudesse amar ao ponto de me dedicar a ela inteiramente, estou casado com meu trabalho a tanto tempo que não sei se encontrei ainda apesar de ainda ter esperanças de isto acontecer um dia.

_ entendo, eu mesmo não esperava alguém especial quando a conheci – disse James – sei lá, algo naquele momento me fez perceber que aquela garota seria minha mesmo que eu a tivesse feito chorar e ofendido sua família se saber que era a dela e provavelmente causado seu ódio por mim.

_ é, eu conheço a historia e devo dizer que você foi persistente e creio que a chave para acabar com esta rixa dos Weasleys e Malfoys que nunca favoreceu nenhum dos lados – disse Charlie – acredite, desde Septimus e Abraxas existe desavenças entre nossas duas famílias e você e sua garota podem criar um laço que ira desfazer isto o que é realmente brilhante se fomos considerar.

_ eu nunca entendi porque isto tudo tio – disse James e Charlie deu de ombros – mas estou feliz por ter a encontrado e isto não ter impedido de ficarmos juntos.

_ ah, o amor jovem é algo tão doce – disse Charlie – espero que não de decepcione nem ao contrário, vai por mim o que vocês têm é algo valioso e isto vem de um velho solteirão que é seu tio aqui – ambos riram antes de terem a atenção chamada por Harry.

O auror se encontrava parado no primeiro patamar das escadas tendo como companhia como sempre se encontravam Ron e Hermione cada qual de um lado. James achou estranho afinal sua mãe não se encontrava perto de seu pai nem em qualquer parte em que a procurasse naquela casa onde pudesse passar seus olhos. Foi então que percebeu toda a casa se silenciando antes que ele pudesse se voltar para seu tio e questiona-lo onde estaria Ginny de modo que tudo que teve para fazer foi olhar para a face do pai que parecia transparecer seriedade de alguém que não gostava de ser interrompido.

_ boa noite, estamos aqui para mais uma reunião da Ordem da Fênix sendo que desta vez chamei a todos nossos membros atuantes por uma bela razão que se deve a ser por varias razões primeiramente sei que muitos ainda sentem falta de Kingsley Shacklebolt sendo que já se dois meses e meio desde seu assassinato bem como o ultimo ataque dos comensais da morte de modo que devemos eleger um novo líder que ajude a mim e McGonagall a comandar nosso grupo – disse Harry – e isto será feito através de uma eleição então digam quem vocês acham que seria digno para tal cargo sendo que peço que façam de modo ordenado se não for pedir muito.

_ Bill – disse Dominique de onde estava – meu pai merece esta posição, ele é um dos membros mais antigos nesta sala e um ótimo duelista.

_ est doidê Dominique? Su pere non podê serr unê dus trois – disse Fleur no canto da sala onde se encontrava ao lado da filha mais velha e da irmã – es arriscarr demãs.

_ o que há para se arriscar afinal? – resmungou Abeoforth Dumbledore de onde estava - simplesmente por ele ser um membro da Ordem da Fênix é arriscado, viver já é um ato de grande perigo porque neste mundo podre onde vivemos aqueles que vivem para o mal conseguem prosperar tão rápido mais do que aqueles que lutam pela luz.

_ você é aceito como um dos comandantes se quiser Ab, é um ótimo conselheiro e sua inteligência nos seria útil em momentos difíceis – disse Hermione, o velho ignorou o elogio que recebera.

_ alguém mais acredita que Bill seja apto para a posição? – disse Harry e muitos concordaram – bem, você aceita a indicação? - ele se voltou para o cunhado cujo o rosto marcado pelas cicatrizes se encontrava serio enquanto estava de braços cruzados encostado numa parede ao lado de Percy.

_ não, eu não aceito – disse Bill – considero uma honra que tantas pessoas me veem como alguém deste tipo só que não creio que seja a pessoa mais adequada – ele se voltou para Dominique que a olhava espantada - concordo com sua mãe garota de que ser um dos três comandantes é perigoso porque são eles que serão alvos, apesar de qualquer um de nós pode ser o primeiro a cair.

_ falam como se fosse haver uma guerra – disse Gabrielle Delacour – não haverá mais perigos, o líder dos comensais da morte esta preso em Azkaban numa cela totalmente isolado e impedido de se comunicar com seu bando do lado de fora...eles estão fracos e não irão agir sem aquele que os comanda.

_ quanta ilusão tola – disse Salazar Salvatore que se encontrava sentada em um dos bancos do balcão que dividia a cozinha da sala de estar – você realmente acredita que por que um homem, apenas um foi capturado essa guerra foi impedida de ocorrer? Então creio que seja verdade o que dizem sobre meia-veelas de que é só beleza que lhes resta e nenhum bom senso – um murmurinho foi escutado bem como afrontas em desafio ao que o ex-auror havia dito, no geral vindas dos amigos e familiares das mulheres que ele havia ofendido com o comentário – calem-se seu bando de idiotas e me escutem, a droga da guerra esta chegando e vira bater em nossa porta e devemos estar preparados para ela, Rodolphus Lestrange não é o líder deles e creio que muitos aqui saibam disto afinal homens como aquele preso estupido não nasceram para serem lideres como as pessoas o julgam ser.

_ entrõn querrên mass serria? – disse Viktor Krum fuzilando o homem que havia ofendido sua ex-esposa anteriormente – varrmôs crêo qui urun horrmen tôn sabiô sobrre o quê estarr porr virr saibãn di quên se trratá o suposstô lidrêr nãon?

_ não é assim que as coisas funcionam, eu não sou um homem sábio apenas sei reconhecer quando há algo errado – disse Salazar Salvatore – se Rodolphus Lestrange é realmente o novo lord das trevas por que seus homens não procuraram liberta-lo?

_ por que são ratos covardes? Que assim como quando Voldemort caiu pela primeira vez colocaram o rabo entre as pernas e fugiram ou se esconderam – disse Ron – já pensou nesta possibilidade Salvatore?

_ na verdade, já e mesmo se ocorre o que garante que não tivessem uns pirados que tão cegos de devoção tentassem resgata-lo – disse Salazar Salvatore – Weasley podem me chamar de vários nomes assim como apontar todos os defeitos que existem em mim, mas de uma coisa tenho certeza de que um deles não será tolo porque eu não sou um de me iludir com estas mentirinhas que o ministério conta para acalmar a população como crianças pequenas na cama que escutam Contos do Beddle dos pais como uma forma de tentar evitar que elas tenham pesadelos.

_ ele tem razão – disse Hermione – você sabe disto Ron, eu sei que sabe mesmo que tente negar de que se ele fosse realmente o líder dos comensais da morte haveria pessoas que tentariam liberta-lo – ela então encarou Harry - Eles poderiam tê-lo feito enquanto estava no hospital se recuperando, na sua transferência para a prisão ou na mais louca das hipóteses quando ele já estivesse lá em vez disto nada ocorre o que quer dizer que diferente do que foi apontado Lestrange é apenas mais uma das jogadas deles, ou melhor, dizendo do ministro.

_ acha que eu não sei disto Hermione? – disse Harry – o ministro usou a prisão dele para evitar o pânico dos bruxos ainda mais do que já existe, mesmo com as confissões dos que foram capturados não podemos garantir que seja verdade.

_ isto não resolve o problema de quem ira ocupar a posição de Kingsley dentro da Ordem apenas aponta que devemos trabalhar ainda mais – disse Ron a Harry que assentiu então se voltando para os outros que ainda se mantinham em silencio.

_ alguém mais se candidata ou indica alguém? – disse Harry então olhou alguém no meu da multidão como se quisesse se passar por despercebido – Neville, você não vai se candidatar ao cargo?

_ eu? Ora, Harry você sabe que pode contar comigo sempre só não sei se sou a escolha mais adequada para esta posição – disse Neville Longbottom – eu sou apenas um herbologista meu amigo, não sei se poderia ocupar a posição de um auror tão experiente como Kingsley como um dos comandantes.

_ isto realmente esta saindo da boca do líder da Armada de Dumbledore? – disse Seamus Finnigan – Merlin, deixe a droga da modéstia de lado Longbottom e aceite o cargo.

_ você nos comandou na Batalha de Hogwarts com bravura naquele momento difícil – disse Luna ao lado do amigo - é mais do que apenas um herbologista – muitos dos antigos membros da AD concordaram e apoiaram a indicação do rapaz.

_ Ron é uma melhor escolha que eu – disse Neville Longbottom e o ruivo citado riu.

_ eu sou auror, mas isto não me faz tão experiente ou ainda mais que me faça querer tal posição – disse Ron – eu sou um estrategista não um líder... Não sou alguém que as pessoas confiariam para seguirem porque não tenho a fala fácil como o Harry aqui ou você.

_ não se menospreze Ron – disse Harry – eu confiaria a você a minha vida e a de meus filhos assim como o seguiria se fosse preciso – então se voltou para Neville – então, Professor Longbottom vou perguntar novamente: você aceita o cargo de terceiro comandante da Ordem da Fênix? – as pessoas vibraram e apoiaram o diretor da grifinoria que sorriu levemente envergonhado antes de se voltar para o chefe dos aurores.

_ eu aceito – disse Neville Longbottom.

_ muito bem, outro assunto a ser resolvido é a iniciação de alguns membros novos a nossa organização – disse Harry – abram espaço e aqueles que estão aqui para entrarem na Ordem se dirijam ao centro vago na sala.

Conforme fora ordenado por Harry um circulo vazio se abriu na sala sendo logo ocupado por cerca de dez pessoas. James com espanto reconheceu algumas, o mais chocante certamente era seus primos Dominique e Louis porque ambos não haviam mencionado nada e porque o loiro ainda tinha dezessete anos e frequentava Beauxbatons. Outros eram Warren Krum como já esperava, mas a surpresa certamente veio ao reconhecer dois rostos familiares que a tempos não via um deles era Nickollaus Karkaroff que fora o campeão de Durmstrang quando ocorrera o Torneio Tribruxo a dois ano e outro era da filha do falecido ministro da magia, Adanna Shacklebolt.

_ Digam o juramento – ordenou Harry enquanto todos os dez iniciantes se colocavam em posição eretos e com a mão direita sobre o peito esquerdo enquanto na outra a varinha havia sido erguida e queimava com a ponta em acesa por um fogo azul espectral.

A fênix queima em chamas

E renasce das cinzas

Com ela surge meu dever,

Minha vigilância contra as sombras

Serei um soldado da luz

Defenderei aquilo pelo qual acredito

Protegerei os inocentes,

Velhos e crianças

Homens e mulheres

Que não possam cuidar de si mesmos

Lutarei quando for convocado

Derramarei sangue se for preciso

Sacrificarei minha vida lutando

Ou para salvar a de outros

Porque tempos sombrios se aproximam

E com ela o canto da fênix é ouvido

Indicando que minha luta se inicia

Agora até meu ultimo suspiro

Sempre

Uma salva de palmas foi escutada por toda a dimensão de cada um dos antigos membros enquanto Hermione e Ron desciam os degraus cada um com uma caixa em mãos. Ao abri-las em frente aos recém-adquiridos membros, no interior se encontrava o símbolo de reconhecimento da Ordem da Fênix o mesmo relógio de bolso que todos os que ali se encontravam havia recebido. Era de prata com uma fênix de asas abertas sobre sua tampa em seu interior havia gravado a inscrição do juramento que todos haviam acabado de recitar.

_ muitos de vocês já serviam a Ordem antes de hoje como associados de nossas ações – pronunciou Harry sendo ouvido por todos – nesta noite se considerem oficialmente fênixes, suas obrigações para com os nossos aumentaram como devem ter notado pelo juramento que acabaram de declarar e que levaram sempre consigo como prova de sua lealdade, o relógio que acabaram de receber vai além de um acessório, ele é a prova de que são um dos nossos e também servem como comunicadores se iluminando quando uma reunião for marcada e podendo ser usada por vocês para contatarem outros membros bastando dizer o nome da pessoa com ele aberto é claro.

_ uma salva de palmas para nossos novos companheiros – anunciou Ron e as pessoas na sala vibraram e o som dos aplausos foi ouvido novamente por toda a extensão dos cômodos.

_ é só por isto que tínhamos a tratar hoje por acaso Potter? – falou Salazar Salvatore logo que as palmas se extinguiram – a decisão do Longbottom como um dos comandantes e a iniciação de alguns pirralhos para a causa? Francamente, quando dito que era algo urgente eu pensei que fosse ser mais interessante e importante.

­ _você não tem muitos amigos com este seu humor horrível não é Salvatore? – disse George - Por que sinceramente, lamento dizer isto apesar de que acho que já desconfia que sua companhia não seja das mais agradáveis e nem estou falando sobre a sua feiura isto podemos ignorar afinal Ron esta na Ordem há mais tempo que você, a questão é que diferente do meu irmão você não sabe a hora de manter sua estupida boca grande calada – muitas pessoas contiveram os risos enquanto Salazar fuzilava o dono da Gemialidades Weasley com o olhar.

_ Há mais um assunto a tratar, e certamente é o mais importante desta noite – disse Harry antes que seu cunhado fosse atingido por algum feitiço do professor de DCAT que parecia estar muito ansioso com sua varinha na mão – meu escritório no ministério da magia foi invadido e meu cofre foi arrombado.

_ isto é o mais importante desta noite? O que somos agora, a polícia trouxa para cuidar de roubos comuns – debochou Salazar Salvatore – fale com os aurores, a me esqueci de que você é o chefe deles que vergonha Potter deveria manter a porta de seu escritório mais bem protegida.

_ é só dizer Harry – disse Ron baixo o suficiente para que só algumas pessoas escutassem - que eu dou uma lição neste cara.

_ como alguém pode ter invadido seu escritório para rouba-lo se para isto teria que passar por toda uma equipe de aurores antes? - disse Angelina – não pensa que pode se tratar de um trabalho interno de alguém da sua equipe ou mesmo uma pessoa de dentro do ministério?

_ nós cogitamos esta hipótese, e pode ser a verdadeira até porque não roubaram nada de valor apesar de haver uma boa quantia no meu cofre – disse Harry – eu havia recebido o dinheiro do ministro para efetuar o pagamento dos aurores, havia uma considerável quantia lá que seria tentadora demais para um ladrão comum.

_ vai me dizer agora que acredita que tenha sido um comensal da morte que arrombou seu cofre? Ora, vamos... Eles não são ladrõezinhos baratos agora são? – disse Salazar Salvatore – até onde sei pode ser até mesmo o próprio ministro que mandou que alguns dos cães ministeriais entrassem lá para espiona-lo conseguir alguma prova contra você, ou acha mesmo que o grande Harry Potter não esta na mira do grande Pietrus Rockfield...

_ Rockenfeld – corrigiu Percy Weasley.

_ que se dane o nome do desgraçado daquele merdinha do ministro – cuspiu Salazar Salvatore - não devo respeito para um sujeitinho metido que acha que pode interferir mesmo em Hogwarts, vocês sabiam que ele planeja uma visita a escola para uma “supervisão” sobre nossas atuações como profissionais lá dentro e não querem admitir que nós estamos na mira de Rockstein e sua corja.

_ nós sabemos desta visita, e não é motivo para tanta preocupação de sua parte afinal Minerva faz um bom trabalho dentro daquela escola – disse Harry – não podemos dizer o mesmo no entanto de seus professores – antes que Salvatore rebatesse aquela indireta o chefe dos aurores se voltou para os outros e continuou – a provas que incitam a ação dos comensais da morte neste fato ocorrido ainda esta semana no meu escritório e uma delas é a marca que encontramos queimada sobre meu piso.

Harry puxou um bolo de papeis do bolso e os jogou em direção as pessoas, os pedaços caíram como uma chuva de panfletos que as pessoas pegaram entre elas James. Eram fotografias, todas mostravam a mesma imagem a do escritório do chefe dos aurores mais especificamente o piso onde havia a marca negra queimada como se alguém tivesse usado um feitiço de fogo para fazer aquilo o que certamente ocorrera.

_ isto não prova que seja realmente um comensal da morte – disse Salazar Salvatore mais uma vez discordando das afirmações de um dos líderes da Ordem – pode ser apenas alguém querendo que você pense que se trata deles.

_ duvido muito, comensais da morte são orgulhosos – disse Draco – há sim uma possibilidade de não serem eles, mas é pouco provável afinal nós os conhecemos o suficiente para saber que gostam de ganhar credito pelas coisas que fazem.

_ Malfoy tem razão – disse Harry – e não seria a primeira vez que minha família se encontra como vitimas deles, por isto mesmo espero que estejam atentos porque podem ser convocados a qualquer momento para uma batalha que se aproxima ou para que protejam algum de nós de perigos do tipo.

_ você falou que eles arrombaram seu cofre – disse Luna com sua voz sonhadora de sempre – tem ideia de algo que eles possam estar procurando Harry? Seria uma boa ideia saber, pois dai poderia ser protegido antes que eles conseguissem.

_ ainda não – respondeu Harry – quando souber irei tomar as devidas providencias até lá peço a todos que protejam suas casas e objetos de valor, do contrario podem receber a mesma visita inesperada que a minha.

_ pensei que houvesse dito que apenas a sua família estava em perigo – questionou Astoria intrigada com aquele aviso – agora diz que nós devemos nos proteger também, não nos falou que poderíamos estar perigo também.

_ somos membros da Ordem qualquer um pode ser um membro em potencial e se não cuidarmos de nós mesmos quem ira faze-lo por nós? – respondeu Harry – todos estão dispensados por hoje, tenham uma boa noite.

As pessoas começaram a sair da casa sendo que assim que estavam a uma distancia considerável aparatavam nos jardins. James pode ver um grupo em sua maioria formado por em sua maior parte de sua família, eles seguiam escada acima certamente para alguma espécie de conversa pós-reunião.

O rapaz não estava interessado em ficar ali resolvendo por cruzar a porta também, mas antes de sair sentiu uma mão em seu ombro e ao se virar encarou o rosto de seu pai que lhe lançava um sorriso singelo que o ruivo retribuiu.

_ precisamos conversar meu filho – sussurrou Harry – é importante, apenas aguarde aqui para que possamos ir juntos para casa.

_ não vai me dizer o assunto da conversa? – perguntou James – e por que não me falou sobre a invasão ao seu escritório? – o auror parecia já esperar todos aqueles questionamentos da parte do filho mais velho porque simplesmente permaneceu em silencio - Quando que isto aconteceu pai?

_ tudo isto será falado mais tarde – disse Harry – espere aqui, não saia do Chalé das Conchas esta bem? Será uma conversa rápida que terei com seus tios e os outros antes que possamos ir para casa.

James ficou irritado com aquilo tudo, odiava todo aquele mistério pela parte de seu pai que podia simplesmente falar o que lhe incomodava apesar de entender toda aquela discrição de não falar do assunto que lhe incomodava em um local onde outra pessoa inesperada pudesse ouvi-lo.

O rapaz pode ver que todo o lugar se encontrava completamente vazio quando desviou os olhos do pai que já havia alcançado as escadas. Sua atenção então foi chamada para o lado de fora, sendo que ao olhar a janela pode ver uma pessoa parada não muito distante de onde o ruivo se encontrava, no casa a garota parecia distraída e estava sentada num dos degraus que levava a porta da casa, ao sentir que estava sendo observa o olhar dela com o do rapaz se cruzaram e não pode conter um sorriso que fez seus olhos cor de bronze faiscarem brilhantes de um jeito meio felino.

O ruivo se levantou da beirada da janela onde estava encostado e se encaminhou até a porta meio aberta só que ao chegar lá pode notar que ela não se encontrava mais no mesmo lugar e se encaminhava para longe da casa. James não permitiria que ela escapasse tão de repente assim, afinal Adanna Shacklebolt seria sua colega na Academia de Aurores sendo agora que ambos já tinham algo a mais em comum.

_ Adanna – chamou James fazendo que a garota parasse e se voltasse para encara-lo – eu só queria dizer que seja bem vinda a Ordem, espero que possa ter a chance de trabalhar ao seu lado.

_ que gracinha, bem obrigado agora se não se importa – respondeu Adanna continuando a caminhar sendo que o ruivo levou alguns segundos antes de tornar a segui-la.

_ você sempre ignora as pessoas que tentam se aproximar de você? – falou James ainda surpreso por tamanha a falta de importância que a garota lhe dera – estou apenas querendo ser gentil com você e seria interessante se também fosse.

_ oh, claro e me diz uma coisa – disse Adanna se olha-lo – quando foi que eu pedi que fosse legal comigo? Pelo que me lembre, eu não fiz isto.

_ bem, não precisa fazer – respondeu James ainda a seguindo – é apenas o correto, eu sei que ainda não lidou bem com a perda de seu pai e quem sabe eu não possa ajuda-la afinal eu poderia... – mas sua voz falhou ao vê-la se voltar tão de repente em sua direção.

_ sabe de uma coisa Potter? Eu não gosto de pessoas caminhando atrás de mim, para ser sincera – ela puxou a varinha e logo que o ruivo pode notar já se encontrava com a ponta dela abaixo de seu queixo – eu também não gosto de pessoas que acham saber de toda a minha vida, sim eu perdi meu pai, mas isto não quer dizer que eu vá ficar por ai magoada e chorando no seu ombro como uma garota fraca.

_ chorar não te torna fraca – disse James – me escuta, sinto muito se toquei num assunto delicado é apenas que você é o tipo de pessoa forte e independente e eu gosto disto se fiz parecer que estava forçando algo, me desculpe é que você parece tão deslocada sempre sozinha em seu canto.

_ e se eu gostar de ficar sozinha? – disse Adanna – já se perguntou isto? – ela fincou ainda mais a ponta da varinha no pescoço do rapaz – ou simplesmente definiu que não é importante o que eu goste desde que você esteja fazendo a coisa que pensa ser certo?

_ eu não penso nada, apenas queria te conhecer melhor entende? – falou James contendo a careta de dor – agora se puder abaixar esta varinha, eu agradeceria porque eu gosto muito do meu pescoço e não quero você deixando uma marca maior do que já fez – ela removeu com um sorriso discreto nos lábios enquanto ele massageava a área – obrigado.

_ não vou me desculpar por isto – disse Adanna ainda com a varinha em mãos - você que provocou, da próxima vez tenha mais cuidado com as palavras.

_ terei – falou James – animada para amanhã? Nós começamos nosso treinamento para nos tornamos aurores, creio que esteja tão ansiosa quanto eu.

_ bem, de fato estou – respondeu Adanna – ser auror é algo que sempre quis apenas não havia seguido a carreira anteriormente por alguns empecilhos.

_ que seriam? – disse James e a morena sorriu levemente antes de virar as costas e continuar caminhando sendo que o ruivo se apressou a alcança-la e ambos caminharam lado a lado – não precisa responder se não quiser, apenas achei curioso que uma garota de tanto talento como o que você demonstrou não estar na Academia ainda.

_ somente que eu tinha outros planos, eu estava pensando em viajar um tempo para me encontrar isto é o que desejava entende? Um tempo para mim, todos nós precisamos disto para colocar a cabeça no lugar – disse Adanna – é claro que o que ocorreu acabou apressando um pouco as coisas e eu decidi antecipar o meu treinamento até porque posso viajar pelo mundo quando quiser até porque agora possuo uma pela herança a minha disposição apesar de ainda não ter coragem de gasta-la no momento – ela parou e olhou ao redor ambos se encontravam no alto de uma colina de onde podiam observar a praia e o mar lá embaixo – e quanto a você, o que leva o jogador de quadribol renomado jogar para o alto sua vida de glamour e fama para algo tão banal como a carreira de auror?

_ eu queria fazer a diferença – respondeu James ao seu lado encarando o mar - ajudar as pessoas de verdade e achei que me tornando um auror teria esta oportunidade.

_ a quem queremos enganar, nós dois queremos vingança contra quem nos feriu – disse Adanna rindo e o rapaz a encarou – vai me dizer que não é? Enfim, se quer mesmo saber estamos fazendo o certo até porque não irei descansar até ter o coração do desgraçado que matou meu pai em minhas mãos.

James ficou em silencio ele havia olhado assustado quando ouviu a frase daquela garota que ele mal conhecia, todo o sentimento que ela colocara naquela frase fora tão natural e verdadeiro como se ela não quisesse ou entendesse que o que ele tinha dito era uma mentira. Talvez houvesse algo em comum entre ambos, ou estivesse sendo mesquinho demais em pensar que poderia comparar o seu orgulho ferido pelas coisas que a garota estava passando.

_ vai continuar negando seus motivos? Ótimo, eu já cansei de mentiras porque isto não vai mudar nada o que você e eu queremos – pronunciou Adanna ao perceber o silencio do rapaz.

_ você esta bem exaltada – falou James tentando escolher as melhores palavras e ignorando o que ela havia dito a pouco - pensei que o tempo pudesse diminuir a dor das pessoas que perderam alguém.

_ sim, mas quanto tempo é preciso para isso me diga? – questionou Adanna – ah, sim me lembrei de nós dois, sou apenas a única que sabe a experiência de perder alguém que se ama.

_ é, tem razão eu não sei – disse James a encarando com um sorrisinho sem jeito de alguém que se sentia culpado – me desculpe por isto, não queria soar indelicado é que eu não posso imaginar pelo que esta passando.

_ tudo bem, sabe o tempo pode amenizar e sedar a dor, mas nunca vai tirar o vazio de uma perda que sofremos ainda mais quando ela vem acompanhada da injustiça de saber que o responsável pela morte desta pessoa ainda não pagou pelo que fez – disse Adanna – espero que nunca entenda pelo que estou passando James, sei que todos morremos só espero que você esteja preparado quando chegar a hora de alguém para você e que isto ocorra de modo natural.

_ obrigado – disse James sorrindo levemente acompanhando a garota que nem parecia mais a garota abarrotada de raiva com quem começara a conversa, e sim outra pessoa tamanha era a mudança do tom de sua voz para algo mais delicado.

_ nos vemos na Academia então, a proposito você foi muito bem durante a última prova de seleção – disse Adanna para o ruivo olhando-o por sobre o ombro enquanto se distanciava.

_ você também foi – disse James tentando ser gentil assim como a garota.

_ sabe que foi sorte sua eu ter caído daquela parede de escalada não? – questionou Adanna fazendo o rapaz a olhar com uma cara de ponto de interrogação – depois foi fácil para você chegar sozinho no topo.

_ desculpe, mas que parte da sua queda teria me ajudado a terminar a minha escalada que eu ainda não entendi? – ironizou James fazendo a garota soltando um sorriso de canto de lábios.

Antes que a garota pudesse responder o som de explosões foram ouvidos bem como clarões vindos a certa distancia na direção da praia. James e Adanna se entreolharam antes de começar a correr em direção aonde parecia que vinha a confusão.

Puderam escutar as vozes de pessoas saindo de frente do chalé e os seguindo apesar de apenas seus passos denunciavam que vinham logo atrás deles. Quando enfim haviam descido até a praia James se viu surpreso ao encontrar a cena que se seguia que nada mais era do que além de uma bruxa de cabelos ruivos que parecia tentar manter o duelo que levava equilibrado um duelo com duas sombras que ao se aproximar pode notar que se tratava de comensais da morte devidamente trajados e com as mascaras ocultando seus rostos.

James pode então notar pelos gritos de desafio e ao ver melhor o rosto da mulher quando seu rosto foi iluminado varias vezes pelos flashes de feitiços que rebatia, não havia duvidas mesmo para o ruivo que se sentiu abalado ao ver que se tratava de sua mãe ali duelando.

_ mãe – disse James gritando porem Ginny estava tão distraída duelando com dois comensais da morte ao mesmo tempo em que não lhe dera atenção – como eles chegaram aqui?

_ FIQUEM FORA DISTO – berrou Ginny para as pessoas ao redor dela que ameaçavam de entrar para ajuda-la – eles são meus, ninguém... – ela ia falar mais alguma coisa antes de um feitiço lhe passasse a centímetros de seu rosto e então retornou a um duelo feroz contra os oponentes.

As pessoas deram alguns passos para trás por conta de todos os feitiços que ameaçavam atingi-los à medida que o duelo prosseguia. James não deu ouvidos ao que a própria mãe dissera e tentara mesmo assim ajuda-la sendo que Adanna tentou impedi-lo.

O som dos feixes de luz se chocando contra as barreiras ou então se desviando por todos os lados conforme a ex-jogadora de quadribol se esquivava e se movimentava nos ataques. James finalmente entrara assumindo o duelo com um enquanto o outro já era derrubado por um feitiço do corpo preso que lhe atingira.

_ desculpe desobedece-la, mas às vezes um filho tem que proteger os pais – disse James para a mãe que assentira já com uma expressão cansada ao olhar para o lado da ruiva pode ver que ela possuía alguns cortes e uma linha de sangue lhe correndo pelos lábios ensanguentados - se importa se eu ajuda-la com isto?

Foram feitiços voando perdidos sendo que mesmo os que viam de fora como Adanna e os outros que haviam chegado ao local tinham que manter distancia por segurança. Eram faíscas se chocando contra o chão e correndo livres com efeitos de estáticas elétricas que iluminavam e cortavam o céu sendo que ao atingirem a praia iam levantando e espalhando a areia como numa tempestade de raios.

Foi então que James lançara o comensal com quem duelava no ar e ele pousara pesado de encontro à beirada da praia caindo e tendo sua mascara retirada, não era ninguém conhecido pelo ruivo o que acontecera fora que simplesmente ficara surpreso ao notar que o rapaz aparentava ter um ou dois anos a menos que ele. E foi se aproveitando da distração que o comensal levantara a manga e com o dedo tocara a marca negra.

_ mas que merda – murmurou James tentando estuporar o bruxo que aparatou antes que o feitiço lhe atingisse – se preparem, logo apareceram outros por aqui se mantenham em alerta.

O comensal da morte desaparatou em algum ponto a suas costas sendo que nem ao menos escutara o som do feitiço sendo pronunciado apenas o claro do jato que fora bloqueado por uma barreira e lhe lançara um feitiço que teria o atingido se não fosse pela intervenção de Adanna que conjurara um escudo que impediu que fosse atingido.

Logo ambos estavam duelando bem como vários sons de aparatação foram escutados assim como jatos negros que cortavam o céu estrelado e pousavam pesadamente na areia revelando as feições sombrias de cerca de dez comensais da morte que antes que atacassem já foram recebendo as investidas dos membros da Ordem que como despertos de um feitiço começaram a duelar. Um dos comensais da morte conjurara no céu a marca negra que brilhava num verde escuro espectral que iluminava os rostos dos combatentes bem como as mascaras metálicas.

As aguas no mar pareciam turbulentas conforme batia contra os rochedos das encostas da praia. James duelava na beirada da praia ainda com seu comensal desconhecido desmascarado, Adanna havia partido para sua própria batalha sendo que próximo de onde estava à garota podia se identificar os cabelos esvoaçantes de sua prima Dominique não havendo qualquer sinal de Fred no meio daquela confusão.

James pode corpos sendo lançados e gritos de pessoas atingidas bem como pronuncias de feitiços, um grande clarão então foi visto as suas costas em seguido veio uma explosão e um calor imenso. O som de gritos de mulheres bem como o de passos apressados o fez querer olhar, mas deveria manter a atenção sobre seu inimigo que permanecia lhe atacando com o rapaz apenas se protegendo tendo raras chances para revidar.

_ é tudo o que você tem? – provocou James para o garoto que continuava a encara-lo enquanto duelavam, sendo que em momento algum os ataques da parte do rapaz paravam – pensei que os comensais da morte tivessem uma linha melhor do que garotos frouxos do seu tipo – ele atacou aproveitando ao perceber que os movimentos do outro pareciam mais lentos afinal lançar feitiços ofensivos era mais desgastante que os de proteção.

O ruivo lançou um estupore contra o oponente que saltou contra o chão para se esquivar então antes que James pudesse ataca-lo novamente o bruxo aparatou. Ele olhou por sobre o ombro esperando que fosse receber um ataque por trás apenas para ser surpreendido por um ataque de seu lado esquerdo que ara sua surpresa fora físico sendo um grande esbarrão digno de um batedor.

James agarrou as vestes do rapaz o puxando para o chão também onde prendeu o braço da varinha dele para impedi-lo de lançar algum feitiço, então começou a soca-lo sem saber ao certo porque estava partindo para agressividade. Não havia razão era apenas sua raiva falando e seu sangue fervendo com o coração que parecia que iria saltar do peito.

Os dedos de James doíam e se esfolavam conforme o rosto do rapaz desconhecido ia se deformando a sua frente, sangue lhe escapava da boca dos dentes que haviam sido quebrados e um dos olhos parecia ter tido um corte debaixo sobre ele de onde escorria uma quantidade imensa do liquido rubro que descia rasteiro pelo seu rosto.

_ GINNY – o grito de Harry fez James congelar no que fazia e levantar o rosto em busca de sua mãe, pode ver uma ruiva caída próxima de onde ficava antigamente uma relva sendo que naquele momento estava em chamas – fale comigo – o pai dele corria até a esposa caída a pegando nos braços a erguendo do chão, seu corpo estava mole e frágil quando ele a abraçou.

James só teve tempo de sentir a grande pancada na cabeça e depois outra que sofrera do comensal da morte que se aproveitara da distração do oponente. Um pouco desorientado o rapaz recuou o corpo para trás dando oportunidade para o oponente escapar um dos braços de seu aperto e então lhe lançar um gancho de esquerda que lhe fez sair de cima dele.

Ainda com ambos no chão James se protegeu de um feitiço e contra atacou, mas o feitiço acabou se perdendo numa barreira que fora conjurada pelo comensal da morte. Os dois se levantaram e retornaram ao duelo convencional sendo que a mira do bruxo oponente do ruivo parecia ter piorado devido a sua visão prejudicada, isto foi uma grande vantagem para James que se viu na oportunidade de ataca-lo mais vezes.

Em um dos ataques os feitiços se chocaram e um clarão cegou James por um tempo, sendo surpreendido ao ser atingido nas costas por seu adversário que certamente aparatara novamente. O local que o feitiço atingira agora queimava em dor como se tivessem derramado acido sendo que conter um grito de dor fora impossível então um segundo feitiço o atingiu fazendo com que caísse de cara na areia úmida da praia.

Logo seu oponente estava sobre ele colocando um dos pés sobre a ferida enquanto praticamente se ajoelhava sobre o corpo do ruivo pressionando um dos lados de seu rosto na areia o fazendo inclusive sua boca se encher com um pouco dela.

_ Avada Ke... – começou o comensal da morte, e a varinha brilhou sendo que James não o deixou terminar o feitiço já que agarrou sua mão com ambos os braços livres e o arremessou sobre sua cabeça o fazendo ir de costas com uma pancada forte.

James se levantou gemendo de dor mantendo a varinha apontada para seu oponente que rastejava atrás da própria. O ruivo não se aguentava podia sentir as costas queimando ainda quando caminhava meio encurvado na direção do comensal da morte que finalmente recuperara sua varinha e se erguera rapidamente lançando um feitiço que desarmou James.

Quando o comensal da morte já se preparava para lançar novamente a maldição que fora interrompido, um jato de luz o atingiu e ele rodopiou três vezes no ar antes de cair no mar. James seguiu seus olhos até encontrar o primo que corria até onde o comensal da morte havia pousado.

_ Fred – murmurou James quando viu o primo entrando no mar e as ondas lhe atingido de forma violenta nas pernas - Fred...

_ Já era para ele ter saído, será que eu fui longe demais James? – disse Fred apontando a varinha para a agua – vamos lá, fale não é sempre que eu salvo a sua vida não é mesmo? – brincou o moreno então olhou por cima do ombro para o primo bem no instante em que algo emergia lentamente das aguas.

_ cuidado – alertou James, mas foi tarde demais e Fred já tinha sido derrubado pelo comensal da morte que possuía um sorriso macabro no rosto enquanto tentava afogar o adversário.

Fred se debatia tentando se erguer, mas as mãos em sua garganta e a força descomunal daquele comensal da morte pareciam ser superiores a sua vontade conforme se debatia e tentava se livras. James começou a correr na direção do mar berrando o nome do primo, recolhera a varinha do chão e começou a tentar acertar o comensal sendo que seus feitiços se perdiam foi quando pode perceber que Fred não se debatia mais e um sorriso surgiu no rosto macabro do bruxo.

_ não – disse James sentindo as lagrimas queimarem seus olhos bem como quando o comensal erguera o rosto de seu primo para que o encarasse – não, Fred não... – ele então olhou para o comensal da morte que o encarou com seu sorriso vermelho sangue - Você vai morrer, eu vou te matar seu miserável.

Os olhos de Fred estavam fechados e de sua boca entreaberta escapava agua pelos cantos como se ele estivesse babando, como se estivesse dormindo apesar dos ferimentos de batalhas passadas que até então enfrentara. James berrou lançando novamente um feitiço no comensal depois que ele jogou Fred novamente contra o mar. O feitiço de James teria atingido o comensal em cheio se ele não tivesse aparatado sendo que um segundo depois o ruivo ouviu um estampido e sentiu seu pescoço se preso em um mata-leão que começou a fazendo perder o ar e se obrigado a se ajoelhar.

Então seu estomago sentiu uma sensação estranhamente familiar, como um puxão e ao redor dele tudo pareceu se retorcer como o mar e as estrelas mesmo as ondas que vinham ao encontro da praia e traiu o corpo de Fred com elas. Tudo desapareceu num redemoinho como se alguém apagasse o mundo ao seu redor.


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Notas finais do capítulo

Espero que entendam a minha demora, complicações devido a preocupação com as notas da faculdade que atrasarão de sair e com isto veio uma falta de inspiração tremenda e é claro não posso esquecer que fiquei cinco dias sem internet. Legal não é?

Enfim, justificado minha demora, aguardado reviews e a opinião de vocês sobre este capitulo.

~SPOILERS DO CAPITULO A PARTIR DAQUI ~

Para quem não entendeu o titulo, o crânio é por conta da marca negra que é o simbolo dos comensais da morte e a fênix que é o simbolo dos membros da Ordem
.

O juramento da Ordem foi inspirado no juramento a bandeira e ao Patrulha da Noite faz em Game of Thrones ( que eu comecei a ver, e recomendo porque é muito bom) porque percebi que grandes organizações precisam de algo a que se apoiar e que represente seus ideais. E claro, coloquei umas referencias a HP nele, porque é este o clima da historia e não poderia ficar de fora.

Bem, é isto que tinha para dizer, aguardo ansioso o comentário de vocês. Até mais.