Novos Tempos Em Hogwarts 3 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 10
Entre Aurores e Monitores


Notas iniciais do capítulo

Olá leitoras, espero que tenham curtido o ultimo capitulo.
Espero que tenham aproveitado o feriado de dia dos pais.
Eu só ia postar amanhã, mas resolvi fazer hoje quando vi que tinha leitoras novas entre nós.
Sejam bem vindas garotas, espero ver mais comentarios de vocês por aqui: lianyjackson, Carol Malfoy e LaraPetenuci.

Sem mais demora, capitulo novo para vocês.



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Lestrange nunca saberia quanto tempo se passou desde que ele desmaiara, apenas sabia que havia acordado com a cabeça doendo muito como se ele estive com a pior ressaca que já tivera. Ao olhar ao redor pode perceber que não se encontrava mais no castelo de sua família na Alemanha.


O lugar possuía paredes escandalosamente brancas com uma janela pequena fechada por onde entrava a luz do dia, ele se encontrava deitado em uma cama de alumínio sobre um colchão fino e macio com vários travesseiros sob sua cabeça. Aquele lugar, era certamente um quarto de hospital não era um tão grande ou sofisticado era bastante simples.


Ele sentara na cama, então quando tentara se levantar sentira uma pressão de algo preso ao seu braço e ao encará-lo soltou alguns xingamentos mentalmente ao identificar um par de algemas que o prendia ao seu leito. Rodolphus se viu furioso continuou a puxar tentando arrebentar-la para poder sair daquele lugar, não seria pego daquela forma não tão facil. Ainda havia esperanças para sair daquele lugar, tinha que ter.


A porta se abrira e ao se virar para encarar de quem se tratava encontrou a face de uma curandeira vestida nas tradicionais vestes verde ácido do St. Mungus o que significava que ele não estava em qualquer espécie de hospital trouxa. Ele se encontrava em um hospital bruxo, e o pior de tudo estava novamente na Inglaterra. Pode ver o olhar da mulher ao encará-lo surpresa deixando cair algumas toalhas, com uma esponja e bacia que certamente iria ser usada para dar banho nele.


_ oh, merlin - disse a curandeira - ele acordou.


Então duas pessoas entraram no quarto, pelo modo como se vestiam e os distintivos que ambos possuíam presos ao peito denunciavam quem eram a quilômetros bem com suas capas com o símbolo do ministério da magia. Era inegável que se tratava de aurores, um deles era alto e forte de cabelos loiros enquanto o outro possuía os cabelos negros e era ainda maior em altura, mas de aspecto magro e esguio.


Então novas pessoas entraram pela porta depois dos dois aurores. O primeiro possuía os cabelos negros, um par de óculos de aros redondos e olhos verdes enquanto o outro era ruivo com o rosto repleto de sardas e muito alto.


_ finalmente acordou - disse Harry Potter caminhando até a cama onde o comensal da morte estava sentado - temos assuntos para tratar com você Lestrange, que certamente não podem mais esperar.


_ eu e o Harry temos umas palavrinhas para trocar com você - disse Ron Weasley cruzando os braços enquanto ficava de pé ao lado do melhor amigo.


Rodolphus não pode acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Ele praticamente havia sido jogado na cova dos leões ao ter sido entregue para os aurores, então era daquela maneira que ele tratava quem o traia? Não havia sentido em fazer algo daquele tipo. No entanto, com aquele desprezível rapaz era de se esperar que sempre houvesse um significado para cada uma de suas ações. Bastava apenas saber o que significava tudo aquilo ali.


Rodolphus via seu mundo desmoronar. Ele sabia que um dia sua traição seria revelada, mas esperava que fosse levar mais tempo assim como acreditava que teria sua morte como punição para seu crime. Ao que parecia ele também havia se enganado por isto, a pior coisa que podia ter acontecido a um fugitivo de Azkaban tinha lhe ocorrido e agora ele estava ali encarando a face de quatro aurores em um quarto de hospital e não havia como fugir.


Aquele miserável havia tramado contra ele, que espécie de plano idiota era aquele de entregá-lo indiretamente nas mãos de Harry Potter. A morte teria sido mais confortável, rápida e indolor bastava usar a maldição da morte e tudo estaria acabado, mas ao que parecia como tudo que fazia o tal herdeiro das trevas queria algo mais sofisticado e planejado como uma armadilha. Uma partida de xadrez de bruxo, afinal era isso que ele havia tramado.


Ele se lembrava de uma conversa que tinham tido anos atrás quando Eduard Zabini havia sido morto. Ao questioná-lo porque ele, o próprio herdeiro das trevas não havia matado quando teve a chance, quando percebeu que estava sendo traído. A resposta fora uma risada e um olhar superior que o bruxo tanto detestava em ver no rosto daquele rapaz então ele dissera: “Isso não estava na minha estratégia que tinha planejado. Não poderia me deixar corromper pelo ódio que senti da traição que sofri até porque desviaria minha atenção do objetivo então simplesmente deixei que outra pessoa fizesse por mim o que deveria ser feito”.


Agora ele sabia, não iria se aplicar apenas ao fato daquela ocasião a dois anos atrás. Aplicava-se a todas as outras, agora seriam os aurores que iriam fazer o papel que Luciana havia executado naquela ocasião. Claro, ele não esperava que fosse ser morto por eles, mas certamente aquelas pessoas faziam parte do jogo que Alaric havia planejado para o traidor.


Droga, maldição como pudera se deixar se pego daquela forma? Rodolphus Lestrange sentia ódio do modo como simplesmente fora descoberto, ele poderia ter sido mais cuidadoso quem sabe conseguira criar seu complô para derrubar os planos daquele moleque miserável como estivera planejando.


No entanto, se mostrara inútil, tudo aquilo que pensara era nada mais do que motivado pelo ódio que sentia pelo rapaz, mas ele não estava com remorso ou arrependido de sua ação também não acreditava em remedição dos seus pecados passados fazendo coisas como aquela. O que ficara no passado não havia porque mexer ou recordar, o que ele queria era destruir aquele moleque estúpido que tanto odiava por ser fruto da traição de sua amada com o homem que um dia ele admirou.


Agora nada mais importava, tudo havia sido destruído antes de acontecer como um castelo de areia inacabado na praia. O que ele estava querendo afinal? Jogar de agente duplo para os dois lados como fizera Severus Snape há mais de vinte anos atrás para Dumbledore? Ridículo, ele não faria isso até porque quem acreditaria que ele quisesse ajudar. Não havia chances mais para ele, estava acabado.



_ parece que ele esta em estado de choque – disse Ron Weasley com um sorrisinho bobo no rosto que despertara o prisioneiro de seus pensamentos.


_ o que faço aqui? - disse Rodolphus tentando controlar sua raiva que sentia - Como conseguiu me capturar?


_ recebemos uma denuncia anônima do seu esconderijo - disse Harry Potter - quando chegamos lá encontramos você inconsciente e o trouxemos para cá.


_ você deveria tomar cuidado com a quantidade e com o que bebe - disse Ron Weasley - não que devesse se preocupar afinal para onde você vai não existe qualquer espécie de bebida que não seja água então não corre o risco de entrar em coma alcoólico como desta vez.


_ coma alcoólico? - disse Rodolphus já havia compreendido o que tinha acontecido. Aqueles miseráveis o haviam colocado em algum lugar enquanto estivera incapacitado e tinham encontrado uma forma de alertar aos aurores a sua localização.


_ parece estar surpreso com isso – disse Harry Potter seriamente arrancando um risinho do auror ruivo.


_ certamente deve ter achado muito saboroso uma bebida após você e seus soldados devastarem a vida de milhares de inocentes não é mesmo? – disse Ron Weasley - então, vamos ser justos e leva-lo a um interrogatório sem mais demoras.


Um dos aurores que ainda permanecia calado ao lado da porta fizera um aceno de varinha fechando as portas e janelas magicamente como se já não houvesse feito o suficiente detê-lo. Certamente todo o hospital ou aquele quarto já estava protegido por outros encantamentos, mas aquilo era para impedir as pessoas interromperem o trabalho deles concluiu o comensal da morte.


Por alguns segundos eles ficaram na escuridão por conta da janela ter sido selada, até que com um clique um monte de bolinhas luminosas apareceu se romper de alguma coisa metálica e pequena que havia nas mãos do Weasley, agora olhando melhor dava para ver uma incrível semelhança com um isqueiro o objeto de onde se originara as luzes.


_ interessante não? Isto é um apagueiro, uma peça única no mundo – disse Ron sorrindo enquanto exibia seu pertence – é um objeto que ganhei a alguns anos de herança de um antigo professor nosso.


_ vão fazer o que comigo? Interrogar-me neste lugar em vez de estar no ministério – disse Rodolphus encarando os olhos dos aurores, agora os outros dois se aproximando da cama e do ponto de visão em que o moreno estava deitado.


_ e dar chance de você escapar daqui durante o transporte até lá, ou que seus amigos tentem um plano para resgatá-lo? – disse um dos aurores, o loiro de nariz empinado e arrogante – francamente, como se não tivéssemos esperado por uma ação deste tipo vinda de gente de seu tipo.


_ se vocês soubessem da verdade – disse Rodolphus num resmungo.


_ então porque não nos conta – disse Harry firmemente – sejamos sensatos Lestrange, todos os outros comensais da morte que foram presos e interrogados indicaram que o líder por trás do atentado na copa de quadribol era você – ele ajeitou os óculos – e também não há como negar como eu vi você mantendo retido e ameaçando meu filho durante a batalha.


_ isso é ridículo, eu não sou o líder de droga alguma – disse Rodolphus gritando exaltado – não importa o que disseram para vocês sobre eu estar no comando, eu não estou.


_ daqui a pouco vai dizer que é inocente – disse Ron recebendo um olhar serio de Harry.


_ seria bom, para você se lidasse com isto da melhor forma possível, sem negar a sua participação – disse Harry, mas foi interrompido pelo prisioneiro.


_ eu não estou negando que participei, mas sobre estar no comando é outra historia – disse Rodolphus se sentando melhor para encarar o auror frente a frente – eu não sou insano ao ponto de querer tanta destruição como daquele tipo.


_ é difícil acreditar – disse o auror loiro num sorrisinho de desdém.


_ o motivo de estar aqui e ainda não ter sido transferido para Azkaban foi as circunstancias que foi encontrado – disse Harry seriamente – a verdade é que seus esforços para negar o que está sendo colocado frente a você são inúteis.


_ seus próprios soldados admitiram que você é o comandante deles, o que levanta a hipótese se também foi o responsável pela execução de Kingsley – disse Ron irritado – sendo traído pelos seus seguidores, isto sim é a prova o suficiente para que você não vá a julgamento e passe o resto de sua vida naquela ilha do inferno, o que não faz muita diferença já que é a terceira prisão perpetua que entra para sua lista.


_ vai com calma Ron – disse Harry ao perceber a face do amigo começando a ficar rubra de raiva – do contrario terei que pedir que se retire.


_ deveria por uma coleira no seu cão de guarda – disse Rodolphus sem expressão quase fazendo com que o ruivo avançasse para cima dele sendo impedido pelos dois aurores e por seu melhor amigo.


_ eu te avisei Ron, agora saia do quarto – disse Harry e o ruivo se levantara da cama se distanciando sumindo do ponto de visão e então o som da porta abrindo e se fechando fortemente foi escutado – desculpe-me – ele se voltara para o comensal da morte - temos passado por alguns problemas... Principalmente desde que temos sido pressionados por conta do problema que vocês causaram a nós.


_ compreensivo – disse Rodolphus friamente – agora que não temos o senhor esquentadinho aqui, talvez nós possamos... Ter uma conversa mais civilizada... Então acredito que será perda de tempo falar que eu não sou o líder dos comensais da morte não é mesmo? – o silencio foi sua resposta e com um suspiro ele prosseguiu - poderiam talvez falar o que querem de mim?


_ diga o local onde seus amigos estão escondidos – disse o auror loiro dando de ombros – é uma boa idéia afinal você não tem nada a perder.


Rodolphus ficara tentado responder, quando percebeu que não podia algo o impedia de falar e ele sabia exatamente o motivo. Ele estava sobre a condição do feitiço fidelius, não poderia informar o lugar ou qualquer informação relacionado aos esconderijos ou mesmo sobre a identidade de Alaric havia sido algo que o rapaz havia trabalhado e aplicado a todos os comensais da morte que o seguiam como questão de segurança sendo o próprio lord das trevas o fiel do segredo.


_ estamos esperando Lestrange – disse Harry chamando atenção para si e fazendo o bruxo erguer os olhos para encará-lo - seria bom que você começasse a falar.


_ desculpe, mas não posso – disse Rodolphus desviando o olhar.


_ acredito que não conheça nossos aurores – disse Harry apontando para os colegas - deixe apresenta-los a você, aquele é Zacharias Smith e foi o responsável por sua captura – o auror loiro sorrira com certa arrogância e orgulho.


_ você vai me render uma Ordem de Merlin 2ª Classe – disse Smith fixando seus olhos no comensal da morte com um ar divertido na voz – só espero que o ministro seja em pessoa que entregue as minhas mãos o premio.


_ oh, merlin... Cala a boca Smith – disse o auror moreno revirando os olhos, era a primeira vez que ele se pronunciava - dá para parar de ser tão idiota?


_ e aquele é Theodore Nott – disse Harry apontando para o outro auror que fizera um breve cumprimento com a cabeça quando fora encarado pelo comensal da morte.


_ tinha ouvido falar mesmo que o filho do Nott tinha virado um auror – disse Rodolphus – seu pai morreu em desgraça em Azkaban quando soube da noticia de que o seu herdeiro havia traído os interesses da família.


_ eu e meu pai tínhamos rompido os laços muito antes disto – disse Nott seriamente – mas ainda assim sua morte foi algo realmente lamentável.


_ pois bem – disse Harry – o Nott aqui tem um talento bastante interessante para nós, e ele ira demonstrar-lo para você agora.


_ isto não vai doer, não que isso seja importante – disse Nott enquanto se aproximava de Rodolphus já removendo a varinha e apontando-a para a cabeça do comensal da morte – Legilimens.



Rodolphus sentiu ficar tonto por alguns segundos, mas retornou a encarar o auror como se nada estivesse acontecido mesmo que este a sua frente ainda mantivesse a varinha erguia e parecesse concentrado e estranhamente os olhos dele brilhavam de um jeito estranho quase fantasmagórico.


_ o que está havendo? – disse Smith sem entender.


_ Nott – disse Harry Potter preocupado – não prossiga.


_ não – disse Nott, seus olhos tão luminosos como se possuísse os globos oculares em chamas – eu consigo, nunca falhei antes... E não vai ser apenas porque ele é um bom oclumente que vou desistir.


_ não seja teimoso, é uma ordem de um oficial superior – disse Harry Potter aumentando o tom de voz e o tornando mais firme e seguro para mostrar autoridade.


_ não é oclumência – disse Nott com a voz firme como se estivesse sendo difícil manter a varinha apontada para a cabeça do prisioneiro então finalmente cedeu se distanciando enquanto esfregava os olhos que já haviam retornado ao normal – ele possui uma barreira...


Assim que o contato parara, Rodolphus sentiu uma forte pressão na cabeça e ele tombou para trás esfregando a região onde há varinha tinha apontado. A dor era insuportável agora que havia acabado o que o fazia pensar como não havia sentido antes. Seus olhos se fecharam de cansaço, mas ele ainda se mantinha acordado ouvido o que diziam.


_ era isto que estava tentando dizer, nós encontramos uma parecida no irmão dele há alguns anos – disse Harry seriamente – não há como destruí-la sem matá-lo no processo, é impenetrável.


_ é muito densa sim, mas não quer dizer que não possamos tentar desfaze-la – disse Nott pensativo – deve haver um jeito para isto, eu sei – ele encara o seu líder - não há como passar ainda... Então vamos tentar descobrir como fazer isto.


_ por que não tentamos faze-lo beber o soro da verdade? – disse Smith – talvez isto o faça falar acredito que no caso dele seja aceitável o uso.


_ pode ser, mas por enquanto vamos deixá-lo descansar – disse Harry Potter se levantando da cama – até porque tenho certeza de que ele não é o único que está cansado... – seu olhar caiu em Nott que dera um meio sorriso.


_ eu estou bem, não se preocupe comigo senhor – disse Nott apesar de que parecesse estar abatido e muito mais pálido do que o natural.


_ o motivo de não ter deixado você continuar é que tive medo de que perdesse o controle por alguns momentos – disse Harry pondo a mão sobre o ombro do auror – aquela barreira não é algo que você...


_ desculpe-me mas você esta me subestimando Potter – disse Nott parecendo levemente ofendido e tento uma expressão seria no rosto – eu sou um mestre legismente e já li sobre barreiras ocultas, pode ser a primeira vez que lido com um pessoalmente mas isto não significa que eu não sei o que elas fazem.

_ e o que realmente estas barreiras fazem? – disse Smith chamando a atenção dos dois aurores para si.


_ barreiras de ocultação ou barreiras ocultas são construídas por bruxos para proteger pensamentos e lembranças pessoais ou de terceiros de qualquer outro bruxo que tente acessá-las – disse Nott – isso é algo realmente complicado de se fazer, são extremamente raras em todos esses anos de historia mágica alguém que tenha conseguido executar com perfeição e verdadeiramente impossíveis os casos de alguém que tentou atravessar tal barreira sem ter perdido a sanidade no processo.


_ e você ainda acredita que pode consegui-lo, acredite amigo se realmente pensa assim então acho que você já está com a sanidade afetada – disse Smith – deixe de lado esse estúpido orgulho sonserino... Não vale a pena se arriscar, até porque de toda a forma vamos conseguir achar aqueles idiotas mesmo que não tenhamos a ajuda dele para isto.


Os três aurores deixaram o quarto fechando a porta atrás de si, o comensal da morte abrira os olhos seriamente. Então eles não conseguiram acessar sua mente através da legismência para descobrir onde os outros comensais da morte estavam o que significava que não iriam descobrir a verdade. Rodolphus queria gritar com aquilo, quando aquela maldita barreira oculta fora criada que ele não conseguia se lembrar?


Alaric havia pensado em tudo para preservar sua identidade e seus planos, não podia ser que existisse alguém tão perfeito daquela forma. Ele deveria ter falhas, e mesmo indo para Azkaban, Rodolphus iria descobrir e entrega-las a alguém que pudesse fazer bom uso delas.


Albus se encontrava no Caldeirão Furado desde que retornara para a Inglaterra com os pais, por conta de que com seu pai fazendo horas extras no ministério por causa de toda aquela loucura que acontecera no final de Julho e sua mãe estava de acompanhante com James enquanto ele se recuperava.


Ele e a irmã estavam hospedados ali a pedido de Ginny aos Longbottons para que cuidassem dos dois durante este período difícil, os dois ficariam no pub por ele ficar mais próximo do St. Mungus desta forma podendo ir visitar o irmão mais velho quando ele estava ainda internado.


Mesmo que na opinião do sonserino não fosse necessário que tivessem alguém para fazer isto quando eles próprios poderiam se virar sozinhos. Acabara, no entanto aceitando mais pela idéia de poder ficar próximo de sua namorada e da família dela.


Não que fossem realmente tratados como hospedes durante sua estadia, Hannah os tratava como verdadeiros filhos pedindo a ajuda deles para os deveres domésticos que deveriam ser realizados.


Então toda a manhã eles teriam que ser assim como a família os primeiros acordar para abrir o pub para os fregueses e aqueles que queriam usar a passagem para o Beco Diagonal bem como arrumar as mesas do bar e lustra-las da mesma forma que deveria ser feito com o corrimão, balcão e prateleiras de bebidas antes de abrirem o lugar.


Quando terminavam, todos iam para a cozinha preparar o café da manhã para os hospedes e deveria estar na mesa antes que eles acordassem. Após isto ter acontecido, Lily e Augusta eram responsáveis por arrumar os quartos enquanto eles tomavam café da manhã neste meio tempo Albus e Alice poderiam descansar.


O casal aproveitava para comer algo da mesa dos hospedes enquanto conversavam com eles para conhecê-los melhor, a maioria eram famílias que tinham ido às compras dos materiais escolares de seus filhos para o novo ano letivo que iria começar mesmo que as listas com os materiais ainda não houvesse chegado e bruxos viajantes que haviam se hospedado ali para passar a noite ou apenas alguns dias.


Após a refeição eles estavam liberados por algumas horas para irem passear pelo Beco Diagonal, graças as Longbottom, o casal de irmãos havia conhecido grande parte do maior centro de compras da Grã-Bretanha indo a lojas e lugares que nem mesmo eles haviam pensado existir claro que tendo juízo para não se meterem na Travessa do Tranco.


Eles iam paravam na Gemialidades Weasley para dar um alô ao tio George e ganharem alguns itens da loja, algumas ocasiões iam à loja Artigos de Qualidade para Quadribol para verem algumas coisas que pudessem interessar (Lily sempre saia dali com alguns bottons ou pôsteres das jogadoras das Harpias Holyhead pelo menos) e sempre passavam para tomar sorvete que era uma cortesia do dono, enquanto eles faziam as tarefas que os professores haviam deixado para serem feitas nas férias.


Durante os pontos de maior freqüência que necessariamente era o final da tarde e começo da noite, todos os adolescentes ajudavam a servir as mesas e depois ainda tinham que limpar todo o estabelecimento antes de fechar então eles finalmente se reuniam a mesa para o jantar ao lado da família e dos hospedes que haviam permanecido para passar a noite antes de irem para a cama.


Estava sendo uma estadia tão agradável com aquela família, não importava muito a quantidade de serviço e o quanto eles tiveram de trabalhar duro, aquilo até que era divertido tendo a companhia certa e fazia tanto tempo que Albus não experimentava tarefas domesticas tão pesadas sendo que Lily nem mesmo havia feito qualquer daquelas coisas antes (mesmo que para a ruiva, mesmo a contragosto acabara por gostar de executar as tarefas depois de alguns dias) ia ser horrível quando tivessem que retornar para casa.


Então, mesmo após seu irmão ter tido a alta do hospital, Albus e Lily conseguiram convencer a mãe a permitir que os dois permanecessem no pub pelo menos até as cartas de Hogwarts chegassem.


No meio do oitavo mês do ano eles foram surpreendidos quando de manhã por visitas inesperadas na hora do café da manhã quando a chaminé se ligou com o sistema de rede de flu e dela saltaram dois garotos loiros idênticos até mesmo na fuligem em suas roupas. Albus sorrira para os amigos quando eles se aproximavam, chamando a atenção dos outros para si.


_ olá meninos – disse Neville ao ver os Scamanders, ele apertara fortemente a mão de Lorcan bem como Lysander o fizera em seguida.


_ como vai tio Nev? – disse Lorcan recebendo uma cotovelada do irmão – desculpe-me, como está Professor Longbottom?


_ não precisa me chamar de professor, ainda não começaram as aulas – disse Neville sorrindo levemente para os dois.


_ espero não termos chegado a uma má hora – disse Lysander notando que as pessoas ainda estavam sentadas a mesa, os dois haviam chegado bem na hora da refeição pela manhã – não queríamos atrapalhar nada.


_ bobagem, sente-se e comam algo – disse Hannah sorrindo enquanto servia uma caneca de café para o marido, não querendo contrariar os gêmeos sentaram-se na mesa.


_ o que vieram fazer aqui? – disse Albus aos amigos.


_ viemos fazer as compras escolares – disse Lorcan enquanto passava geléia em uma torrada e dava uma mordida – a carta chega hoje – ele dera uma mordida novamente só que maior que a primeira e parecera gostar do que havia provado – isto está ótimo.


_ então viemos cedo para tentar não pegar aquela multidão de pessoas – disse Lysander permanecendo sem comer nada até que tivera colocado a sua frente um prato com um pedaço de pudim de creme dado por Hannah Longbottom – desculpe-me, mas eu realmente não estou...


_ coma, depois Luna vai dizer que não tratamos os filhos dela muito bem em nossa casa – disse Hannah sorrindo e o loiro começara a comer – isto mesmo.


_ é verdade, eu tinha me esquecido – disse Albus – então os outros também devem vir.


_ eu espero que sim – disse Lorcan com canto da boca roxo de geléia de amora – aquele dia que falei com a Chloe ela tinha me dito que viria para cá – ele passou o dedo limpando a boca e depois lambendo o polegar sujo de geléia - nós vamos tentar tapear a tia dela e nos encontrarmos.


_ mulherzinha desprezível aquela Skeeter – disse Hannah com uma careta – ela transformou o Profeta Diário em uma revista de fofocas pior do que o Semanário das Bruxas, já era horrível quando era uma simples repórter... Me lembro bem da matéria sobre o Torneio Tribruxo de 94 o que ela escreveu sobre o Cedric Diggory.


_ ela é pior do que uma sanguessuga da imprensa – disse Alice – mais do que uma idiota que tenta destorcer as informações simplesmente para tornar mais interessante ou atacar alguém... Ela também é uma tia terrível, ela praticamente transformou a Chloe em uma prisioneira dentro da própria casa sem permitir que ela recebesse noticias de ninguém.


_ ela meio que endoidou depois da fuga da sobrinha mais velha – disse Neville – ainda não consigo compreender o porquê de uma garota tão adorável quanto a Raven simplesmente fazer algo deste tipo, ela fugiu de casa e abandonou Hogwarts sem explicação alguma... Sem falar que deixou a irmãzinha dela para trás, não esperava por uma atitude como aquela – ele deu um gole em seu café - ela me surpreendeu... E pensar que eu sempre a achei uma garota tão doce, inteligente e educada e ainda por cima tinha um talento brilhante com plantas mesmo sendo da sonserina – os três garotos encararam o professor no mesmo instante – não que a casa tenha algo de errado, estou apenas dizendo que os sonserinos no geral têm dificuldades em Herbologia.


_ isso é verdade – disse Lorcan – mesmo o Andy tem um pouquinho de dificuldade com Herbologia acho que é uma das poucas matérias que ele não se destaca.


_ não há como ser bom em tudo – disse Lysander levemente serio como se não gostasse de ter suas falhas apontadas.


Enquanto estavam quase terminando o café da manhã, três corujas chegaram voando pela janela e pousaram sobre a mesa com as cartas de Hogwarts cada uma trazendo um par dirigido a cada uma das duplas de irmãos. Albus pegou os dele e da irmã enquanto Alice fazia o mesmo do seu lado.


_ não sei o porquê ainda esperamos receber as cartas, sempre são os mesmos materiais todos os anos só mudando o livro padrão de feitiços e de DCAT – disse Alice – vou chamar as garotas e avisar que chegou... Não sei quanto a Lily, mas minha irmã esta ansiosa com a idéia de poder ir para Hogsmeade este ano.


_ Lily falou disso quase todo o verão – disse Albus enquanto tomava sua xícara de chá então abrindo o envelope para dar uma rápida olhada nós materiais escolares.


Não havia muitas novidades, fora o fato de que teriam de comprar novos volumes do livro de feitiços e outro de defesa contra as artes das trevas apesar de que aquilo sempre acontecia todos os anos como havia dito Alice antes de sair. Ele saberia que teria que ir a Floreios e Borrões comprar aqueles exemplares além de novas penas, tinteiros, pergaminhos e frascos para as aulas de poções para o novo semestre nada muito caro apesar de que mesmo assim teriam de dar uma passada ao Gringotes para fazer um saque de algum ouro.


Então eles escutaram um gritinho animado vindo do andar de cima, e o moreno sorriu consigo mesmo ao imaginar a felicidade da irmã ao ter recebido a carta com a autorização para visitar o vilarejo de Hogsmeade. Seus olhos então se dirigiram aos amigos a sua frente para trocar com eles algum olhar significativo, mas então percebeu o olhar surpreso de Lysander sobre sua carta enquanto a lia com cuidado pelo que parecia ser a segunda ou terceira vez. O loiro então tateou o envelope e um sorriso significativo surgiu no seu rosto.


_ pessoal, olha para isso aqui – disse Lysander que removeu a pequena peça de metal que reluziu quando tocada pela luz fazendo os garotos sorrirem ao notar o grande M sobre o brasão de sua casa.


_ é o distintivo de monitor – disse Lorcan encarando o outro de modo curioso para então abrir um grande sorriso – você foi escolhido para ser esse ano.


_ parabéns Lysander, ser monitor é uma grande responsabilidade – disse Neville e o loiro assentira ainda encarando a peça de metal em suas mãos.


_ vocês querem ver? – disse Lysander entregando para Albus que estava a sua frente na mesa, o moreno aceitou e pegou o distintivo o olhando com cuidado.


Era feito de metal, mas estranhamente leve e devia se prender magicamente as vestes do estudante já que não havia qualquer objeto que fizesse esta função, era cortado na forma do brasão da sonserina já bastante conhecido por eles por suas cores verde e prata e a serpente que parecia abraçar o M de monitor no centro do escudo.


O som então das três garotas descendo as escadas chamou a atenção de todos que desviaram o olhar para as três que pareciam sorridentes. Alice estava com o rosto tão corado e um belo sorriso ali enquanto as duas garotas mais novas possuíam um risinho animado atrás dela.


_ mostre para eles – disse Lily querendo fazê-la abrir as mãos da morena onde certamente havia algo escondido.


_ eu já vou mostrar – disse Alice tentando se esquivar das investidas da ruiva – espere...


_ faz logo então, não faça drama – disse Augusta revirando os olhos enquanto se apoiava no corrimão da escada.


_ olhem – disse Alice abrindo as mãos fechadas.


Albus pode ver nas mãos de Alice o mesmo distintivo em suas mãos, só que com os padrões de cores e o símbolo da Lufa-lufa, ela também havia sido eleita monitora. O que veio a seguir foi muito rápido, o moreno sorrira e se levantara para poder cumprimentar a namorada pela conquista, mas não tão rápido quanto os pais dela. E sua mãe soltou um gritinho animado e o pai se levantou logo depois da esposa indo a direção dela para cumprimentá-la.


_ eu sabia que era você, tinha que ser... – disse Hannah realmente emocionada com tudo aquilo – me lembro de quando recebi o distintivo, meus pais ficaram tão orgulhosos... – falava enquanto se separava da filha para deixar que o marido a abraçasse.


_ parabéns querida – disse Neville abraçando a filha fortemente – você realmente merecia isso...


_ obrigada pai – disse Alice sem graça com o tanto de atenções que estava recebendo.


_ o senhor não sabia que ela ia ser escolhida? Quero dizer, pensei que todos os professores soubessem destas coisas todas – disse Augusta cruzando os braços, ela não parecia tão animada como o restante da família.


_ não, eu sei apenas aqueles que eu escolhi para os monitores da grifinoria – disse Neville – cada diretor de casa é responsável por esta função ao lado da diretora, nós meio que sugerirmos os nomes dos alunos que achamos aptos e ela concorda ou não.


_ parabéns Allie – disse Albus abraçando a namorada e a beijando.


Então ele pode perceber o olhar de sua irmã sobre o ombro da nova monitora, com uma cara de surpresa para os dois como se não acreditasse no que via antes que pudesse perguntar sentiu os dedos da ruiva arrancando de suas mãos algo que depois veio a perceber que era o distintivo de Lysander.


_ olha, parece que não é a única monitora que temos no recinto – disse Lily num tom brincalhão enquanto olhava para o distintivo, mais que rapidamente a lufana se virara na direção da amiga para entender o que ela se referira.


_ você também recebeu? – disse Alice surpresa, com as sobrancelhas erguidas enquanto ele corava e começava a rir nervoso, enquanto os outros na sala também riam da situação.


_ não é meu – disse Albus pegando da mão da irmã então se virando para trás e jogando sobre o ombro para o amigo que o pegara no ato – é dele, o Lysander recebeu não eu.


Lily desviara o olhar então para o namorado que erguia o pequeno objeto entre os dedos com um grande sorriso na face, ela também sorrira querendo poder correr até onde ele estava sentado e o abraçasse muito forte e pudesse demonstrar o quanto estava orgulhosa, mas para o bem de todos deveria se manter discreta afinal estavam na presença de adultos que desconheciam o namoros dos dois.


Alice andara até o gêmeo e abraçara cumprimentando pela escolha dele, naquele momento a mãe dela já havia se recuperado o suficiente para propor um brinde aos novos monitores que haviam sido escolhidos enquanto as garotas tomavam seus lugares à mesa. Lily sentara ao lado dos gêmeos e por debaixo da mesa o moreno pode ver a irmã segurando a mão do namorado.


_ ainda parece que foi ontem que Frank recebeu o distintivo, e ele agora é formado e está trabalhando no St. Mungus – disse Neville sorrindo – sabe querida, eu nunca tive grandes oportunidades ou feitos na escola...


_ até o quinto ano pelo menos – disse Hannah voltando com uma bandeja flutuante com algumas garrafas de cerveja amanteigada – quando você enfrentou aqueles comensais da morte no Departamento de Mistérios.


_ certo, eu me expressei errado – disse Neville suspirando – o que quero dizer é que eu nunca tive grandes títulos, dentro da escola em minha vida acadêmica, nunca fui um jogador de time de quadribol ou mesmo monitor sem falar que minhas notas não eram na maioria das vezes brilhantes... – ele tocara a mão da filha – a verdade é que eu não tinha confiança em mim mesmo na maior parte, me sentia inferior aos outros, muitas e era humilhado pelas pessoas...


_ papai... – disse Alice sorrindo fracamente.


_ eu sei que você não é assim, sei que é dona de confiança e muito segura de si – disse Neville – eu e sua mãe sempre a educamos a você e seus irmãos da melhor forma possível para que soubessem que poderiam fazer tudo o que quisessem, e que estaríamos sempre do lado de vocês... E vê o modo como vocês três vem se tornado incrivelmente bem sucedidos, me deixa muito orgulhoso – o homem já possuía os olhos marejados – eu sempre tive tanto orgulho de vocês...


_ e nós de você – disse Augusta sorrindo levemente.


Albus se sentiu meio como um intruso ali, como se fosse errado observar um momento de família de tão de perto afinal de contas Alice estava ali do seu lado virada para a cabeceira da mesa onde o pai lhe falava coisas realmente tocantes. Ele, no entanto não podia se levantar sem interromper aquele momento, por fim o professor de Herbologia suspirou e se voltou para os outros.


_ não fiquem assim garotos, desculpem, mas é a idade que vai deixando as pessoas como tolos sentimentais – disse Neville sorrindo para os seus alunos – então Hannah por que não fazemos logo este brinde?


Hannah distribuira as garrafas e com um movimento discreto de varinha fizera as rolhas saltarem, fazendo as pessoas rirem com o leve susto. Eles fizeram o brinde em nome dos escolhidos, e após terminarem suas bebidas foi à vez dos adolescentes saírem para as compras de seus materiais.


Algumas semanas haviam se passado desde o atentado, James se recuperava dos ferimentos quase por completo. A fisioterapia já havia começado e ele teve grandes avanços desde os primeiros dias, ainda mancava um pouco, mas de acordo com os medibruxos aquilo iria melhorar conforme ele praticasse e o tempo passasse.


Ele já havia retornado para a casa de sua família em Godric’s Hollow apesar de que naqueles dias seria apenas ele e sua mãe enquanto o pai estava em casa, pois tinha saído em uma missão em busca de pistas atrás dos comensais da morte que haviam escapado depois do atentado na copa de quadribol e seus irmãos estavam no Caldeirão Furado aguardando pela carta da escola para que pudessem fazer as compras escolares.


Durante sua estadia no hospital, James nunca pensou que sentiria tanta falta daquele lugar mesmo que não mais morasse com seus pais. Ele se encontrava morando com os outros jogadores do Chudley Cannons em um prédio de apartamentos próximo do campo de treinamento, mas agora era bom estar novamente ao lado de sua família principalmente quando se sentiria inútil vendo os seus colegas em treino quando nem sequer poderia montar em uma vassoura.


O ruivo ainda não estava pronto para voltar à rotina pesada do treinamento, Macmillan e Córner não aceitariam caso ele jogasse todo o trabalho deles fora caso um estúpido balaço arrebentasse seu joelho por uma segunda vez. Mesmo porque aquilo não era mais o que queria, jogar quadribol podia ser sua vida mais não era o que ele desejava no momento, James sabia disto muito bem tanto que tomara sua decisão a poucos dias conversando com seus técnicos o da seleção e dos Cannons apesar de personalidades diferentes de ambos os dois tiveram reações parecidas.


Jimmy Pearkes havia ficado sério, o que era raro já que ele era o tipo de pessoa agradavelmente engraçada apesar de sempre exigir muito de seus jogadores descem o melhor de si. Ele fizera perguntas sobre o porquê dele estar tomando aquela decisão perguntando se havia algum outro time fazendo alguma proposta melhor quando o ruivo explicara tudo o técnico compreendera sua decisão e não insistira para que voltasse atrás.


Oliver Wood havia achado que era uma piada, pois rira de quando seu apanhador lhe dissera isto, mas ao perceber que o rapaz continuava sério, o técnico da seleção ficou completamente chocado, como se a idéia de alguém desistir de um cargo tão importante fosse algo realmente inacreditável, algumas perguntas foram feitas maior parte eram parecidas com as que Pearkes havia feito anteriormente além de outras sobre seu estado de saúde não estar o fazendo ter alguma decisão inadequada bem como se ele não havia ficado traumatizado com os comensais da morte atacando após o jogo. Finalmente insistira para que ele permanecesse, falou que e era o melhor apanhador que a seleção britânica havia conquistado desde que ele assumira o posto de técnico e que sabia que se continuasse deveria conseguir facilmente uma segunda vitória dali a quatro anos.


James sentira pena de Wood, ele era sem duvida um grande amigo não apenas dele, mas de toda a família além de um técnico brilhante que o havia feito um grande trabalho com a seleção. A sua decisão, no entanto, havia sido tomada, e ele não retornaria atrás tão cedo após tudo ter finalmente acabado. O que Potter queria naquele momento era bastante claro: ele queria vingança contra aqueles que haviam feito aquilo com ele, poder proteger sua namorada de qualquer ameaça.


Em que condição, no entanto, iria fazer aquilo? Mal conseguia se locomover sem aquela estúpida bengala, mancando apesar de ser o melhor do que semanas atrás em que o simples ato de ficar de pé parecia ser impossível. Era como reaprender a andar, como Frank havia lhe dito. Sem esforços fortes, era o que diziam para ele, até lá teria que se contentar com atividades mais leves, sendo um pouco difícil para si não poder participar das coisas ao seu redor como gostaria como se estivesse preso dentro daquelas paredes.


Durante sua estadia internado se manteve ligado no mundo ao redor graças às conversas que tivera com seus amigos e familiares que o visitavam além dos exemplares do Profeta Diário que recebera via coruja. Mesmo não sendo a melhor leitura, com todo aquele acido e veneno transbordando da maioria das paginas era literalmente a melhor opção afinal ainda era um jornal que transmitia as noticias, mesmo que daquela forma.


O inicio de agosto fora marcado pelas noticias do que ficaria conhecido como o massacre da copa de quadribol pela mídia. Haviam sido cerca de 150 mortos entre eles mais da metade eram de bruxos do bem, espectadores que haviam ido com suas famílias assistir ao jogo assim como aurores e outros que estavam em seu trabalho executando suas funções.


Os comensais da morte capturados haviam sido levados para Azkaban e aguariam pelo julgamento. O ocorrido é claro, tinha criado uma desavença entre os países da Inglaterra e Bulgária sendo que este último insistia para que os culpados fossem julgados e condenados conforme a lei em seu país assim como deveriam ser mandados para Nurmengard. Aquilo estava gerando uma grande discórdia entre as duas nações e tentava ser apaziguada pelos membros do setor de relações exteriores.


Rodolphus Lestrange havia sido acusado de ser o líder dos comensais da morte, segundo a confissão feita por Dolores Umbridge durante seu interrogatório depois de sua captura e confirmada por mais doze dos outros bruxos que haviam assim como ela sido presos depois do massacre. As investigações continuavam e o trabalho dos aurores parecia maior e sendo mais pressionados para encontrar os que haviam sobrevivido e escapado.


A morte de Kingsley Shacklebolt fora muito sentida pela comunidade bruxa do Reino Unido. Seu velório ocorrera na mansão de sua família e ele fora enterrado nos terrenos da propriedade dentro do mausoléu que a gerações servia de descanso eterno para seus parentes. Vários bruxos compareceram para dar seus pêsames à viúva, a filha e a mãe do ministro assim como para se despedir do ícone que era aquele bruxo de voz profunda e calma.


Fred, Dominique e Narcisa compareceram na ocasião e disseram a maior parte dos detalhes que o ruivo não havia tido acesso lendo as noticias, afinal a imprensa não fora permitido estar na ocasião. De acordo com sua prima, era estranho pensar no ministro falecido como sendo um homem com uma família afinal em toda a vida em o conheceram, o ex-auror sempre pareceu alguém tão solitário e individual.


Segundo foi dito por Narcisa em seguida, certamente a seriedade de seu trabalho o impedia de ter uma convivência normal com a família dele. Fred continuara a contar sobre o velório e enterro, e o ruivo ouvira em silencio a narração como se estivesse lá naquele momento.


A Ordem da Fênix comparecera em peso naquele dia para prestar as homenagens a um grande líder que tiveram. Assim como os professores de Hogwarts ao lado de sua diretora bem como grande parte dos funcionários do ministério da magia desde chefes de setores a bruxos que trabalhavam com na manutenção e em afazeres menores.


O primeiro-ministro trouxa com quem por longos anos Shacklebolt havia possuído uma amizade comparecera rapidamente para prestar seu respeito em memória do bruxo. Ministros de outros países também vieram assim como os diretores de Durmstrang e Beauxbatons com uma parte de seu grupo letivo.


A cerimônia teve honras militares, com uma guarda de aurores acompanhando o trajeto do caixão até a sepultura, todos estavam uniformizados e bateram continência e removeram os chapéus em sinal de respeito. Gesto que foi imitado pelos bruxos que assistiam que também removeram o que quer que naquele momento cubra suas cabeças. Uma grande bandeira do ministério e da Inglaterra repousava sobre o caixão.


E após sua morte as pessoas repousaram coroas e buquês de flores que encheram a pequena casa de mármore negro. Após isto, a viúva de Kingsley falara algumas palavras que infelizmente nenhum dos três se lembrou de quais foram, mas sabem que no final ela agradeceu a presença de todos e com um aceno de varinha ela desfez os arranjos florais fazendo com que uma brisa forte elevasse as pétalas de flores e depois elas caíram sobre as pessoas como se fosse neve.


Fred falou que aquilo tinha um significado, de acordo com o que pode entender significava que mesmo com sua partida Kingsley desejava que as pessoas fossem felizes e continuassem a viver e ver a beleza nas coisas mais simples. Aquilo fora dito pela viúva, mas certamente se aplicava a ela bem como o restante dos familiares e amigos.


Na saída dos terrenos da mansão Shacklebolt, havia um grande amontoado de membros da imprensa que como animais avançaram sobre os convidados do velório com suas câmeras fotográficas e penas de repetição tentando conseguir alguma entrevista.


Por mais que tentasse fazer as pessoas falarem a respeito da tragédia que fora a morte do ministro, mas todos se recusavam a falar em respeito à memória do ministro. Harry foi cobrado sobre o modo como seus aurores haviam agido durante o ocorrido e se houvera falha da segurança do ministro.


O conselho da suprema corte dos bruxos se reuniria na primeira segunda-feira que havia ultrapassado a primeira semana de morte do antigo ministro para determinar quem iria ser o substituto, como anunciava uma das colunas do Profeta Diário inclusive com uma tabela de apostas e espaço para cartas para os leitores falassem quem acreditavam que era o melhor candidato para o cargo.


Harry Potter estava vencendo de disparada, o que surpreendeu James que acreditava que a credibilidade de seu pai havia caído outros nomes conhecidos também estavam entre os favoritos como o de sua tia Hermione e o de seu avô Arthur. Tudo indicava, no entanto, que o próximo ministro como o anterior também seria um auror.


A escolha ocorria entre uma reunião dos membros do Conselho que funcionava num quesito de votos entre eles próprios que estavam ali (não podendo votar em si próprio, é claro) e após cerca de dois dias fechados naquela sala foi determinado àquele que assumiria o cargo de ministro da magia britânica.


A rede radiofônica dos bruxos fora os primeiros a anunciar a noticia e de quem era o escolhido. “Muitos achavam que o candidato a ministro da magia mais provável de ser eleito sem duvidas seria Harry Potter chefe do setor aurores, mas isto se mostrou falso quando ele próprio recusou o cargo quando lhe foi oferecido no primeiro dia sendo resultado na votação que escolheu” – fora o que soara a voz de Lee Jordan, certamente decepcionado como era previsto pelo seu tom de voz.


O novo ministro da magia era Pietrus Rockenfeld Chefe do Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas. James ouvira falar dele, ele fazia um bom papel chefiando seu departamento sendo bastante eficiente em incidentes simples como magia acidental de menores de idade bem como Tragédias mágicas graves como a que ocorrera na copa mundial de quadribol. James então finalmente foi apresentado ao novo ministro da magia primeiramente pelas fotos capa do Profeta Diário dos dias seguintes a sua nomeação em seguida pelo fato de ter recebido uma visita dele em pessoa quando estava internado no St. Mungus.


Rockenfeld ao lado do técnico e do que sobrara dos jogadores da seleção britânica (que infelizmente eram bem poucos, apenas Whisp, Plumpton e Fawley haviam sobrevivido ao incidente da copa mesmo assim com lesões, os outros haviam tido mortes honradas recebendo uma cerimônia em suas homenagens bastante emocionante que infelizmente o ruivo também não pode comparecer por estar internado) para que a taça de quadribol pudesse ser entregue finalmente aos campeões.


No evento, é claro compareceram também alguns abutres da imprensa que estavam tirando fotos descaradas que estampariam as capas de revistas e jornais bruxos. James então pode estar frente a frente com o ministro, podendo vê-lo de perto.


Tratava-se de um homem jovem na idade de seu final dos trinta anos, tinha os cabelos castanhos já possuindo algumas entradas que estavam muito bem escondidas por debaixo de uma cartola negra. De rosto magro e pequeno, nariz reto com um bem apresentável bigode, lábios finos e olhos negros de sobrancelhas expressivas o que ao todo até formava um conjunto bonito o terno de uma cor sóbria com a capa de viagem cinzenta e a bengala que usava certamente o faziam parece um esnobe de uma família tradicional de grandes posses e fortunas.


O ministro Rockenfeld deixara para James uma carta em que havia instruções para que ele abrisse após todos terem ido embora, ao fazê-lo o ruivo encontrou um convite para que ele trabalhasse como chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos aquilo era certamente surpreendente afinal o que ele ganharia convidando-o para participar do ministério ainda por cima num cargo tão importante quanto aquele.


O que havia de errado na proposta, no entanto, ele não descobrira ainda mesmo que seu pai concordasse com a sua decisão de não aceita-la, pois segundo ele ainda não havia como saber que tipo de pessoa era Rockenfeld.


Naquele momento ele se encontrava em seu quarto, sua mãe havia o ajudado a subir as escadas e a se instalar no seu antigo aposento na casa de sua família que estranhamente ainda tinha o mesmo jeito com qual estava acostumado nem sequer parecia que tinha passado mais de 1 ano longe dali.


O ruivo depositara as malas no chão, após remover o feitiço que as faziam flutuar. Enquanto com outro aceno, as janelas se abriram inundando o quarto com a luz do sol de Godric’s Hollow. Ele então caminhou para dentro do quarto, o som de sua bengala batendo contra o piso enquanto mancava em direção a cama então sentando ali e novamente encarando tudo ao seu redor.


_ quer ajuda para se instalar? Posso ajudar a guardar suas coisas – disse Ginny ainda à porta chamando a atenção do filho mais velho para si.


_ não, tudo bem – disse James com uma voz distante – pode deixar que eu consigo me ajeitar sozinho – ela pareceu um pouco hesitante por alguns segundos como se esperasse que o rapaz fosse mudar de idéia ou algo parecido – esta tudo bem mesmo mãe, não se preocupe.


_ eu sei – disse Ginny e o filho forçou um sorriso.


Ela também sorriu tentando parecer sincera, mas a verdade era que estava muito preocupada com o filho e sabia que não deveria questioná-lo, pois deveria ser algo que nem mesmo ela pudesse ajudar. Naquele momento Harry apareceu atrás da esposa o que realmente surpreendeu seu filho, afinal não esperava ter o pai em casa durante aquele horário.


_ eu vou mandar monstro preparar algo para comermos – disse Ginny compreendendo pelo olhar do marido que ele queria estar sozinho com o filho, então se retirou os deixando a sós.


_ como se sente? – disse Harry entrando no quarto e se dirigindo para próximo do ruivo, puxando uma cadeira e se sentando de frente para ele - Sua mãe me contou que tem feito progressos com a fisioterapia.

_ não tanto quanto gostaria, mas pelo menos não vou ser um aleijado – disse James seriamente – o que já é muito bom para mim – o moreno ficou em silencio certamente tentando encontrar palavras para poder dizer ao filho naquele momento.


_ não seja tão ingrato – disse Harry duramente num tom de voz que raramente surgia, no entanto estava estranhamente controlado – você poderia estar morto neste momento, sabe o quanto isto iria afetar a todos nós?


_ eu sei – disse James – mas isso não tira de mim, esse sentimento de me considerar um inútil, sabe o que é se sentir assim pai? – aquela era uma pergunta retórica, o rapaz abaixara os olhos não ousando a encarar o auror.


_ então é isto que está fazendo com que aja desta maneira, o seu estúpido orgulho ferido – disse Harry suspirando enquanto ajeitava os óculos vendo então o filho encarando-o – não me olhe desta maneira, eu te conheço o suficiente para saber que o que digo é verdade.


_ eu tive medo pai, muito medo não apenas por mim, mas por ela – disse James encarando as próprias mãos então erguendo os olhos para o moreno – não é como se eu realmente me importasse com tudo isto, mas o modo como àquelas pessoas agiram covardemente comigo... Surrando, espaçando, me humilhando na frente dela...


_ é difícil, sei bem como é... – disse Harry concordando com o ruivo.


_ eu não pude protegê-la – disse James seu tom de voz aumentando a cada instante - não pude nem sequer me proteger, só porque eu estava desarmado... Aquilo foi o suficiente para eu me tornar um inútil de verdade, nem sequer pude revidar nenhum dos golpes.


_ filho... – disse Harry colocando a mão em seu ombro – compreenda que você não poderia ter revidado, eu entendo que estava com medo, isso o prejudicou muito e que também temos o fato de que eram seis comensais contra você...


_ ótimo modo de passar confiança – disse James amargurado.


_ o que quero dizer filho é que foi uma covardia deles, e entendo sobre você estar chateado com tudo isto – disse Harry – mas seja lá o que você planeje... A vingança não é a solução.


_ quem falou em vingança? – disse James rindo amargamente – eu não vou atrás daqueles idiotas se é isto que pensa, tenho outros planos menos idiotas do que este.


_ como o que, por exemplo? Estou curioso, afinal você largou tudo enquanto estava no hospital até onde sei – disse Harry – desistiu da sua carreira no quadribol quando ela estava em um dos seus pontos mais altos, e filho não querendo dizer, mas você fez uma péssima escolha de que ira se arrepender.


_ quem... – disse James olhando o pai, a face do ruivo estava como um ponto de interrogação.


_ Oliver Wood marcou um encontro comigo após a conversa que haviam tido... Contou-me a sua decisão e após uma carta para Pearkes, ele também confirmou que você tinha abandonado o time também – disse Harry.


_ é uma decisão minha – disse James antes que o pai prosseguisse.


_ eu sei que é, foi o que falei para Wood quando nos falamos – disse Harry suspirando - ele me contou que ficou bastante preocupado com você...


_ comigo ou com as próximas copas e jogos que a seleção teria pela frente? – disse James com desdém.


_ isto não importa, o que quero lhe falar filho é que me surpreendi com sua atitude – disse Harry – pensei que fossemos conversar antes de você fazer algo que fosse lhe afetar no futuro.


_ eu sei que sim, mas isto... Foi antes de eu me tornar um adulto – disse James – eu tenho minha vida própria agora, não deveria se preocupar com isto mais...


_ como quer que eu não preocupe quando você é meu filho – disse Harry brutamente – ainda vejo você como uma criança... Jay, não importa o quanto se ache maduro ou independente, ainda assim sempre precisara de alguns bons puxões de orelha meus e eu gostaria que no lugar de fazer isto pudesse contar comigo como alguém em quem confia... Como se eu fosse um amigo seu.


James ficara em silencio, sabia que seu pai fora obrigado a crescer sem qualquer espécie de carinho paternal, companheirismo de pai-e-filho e que sem duvidas uma das coisas que mais sentira falta fora disto. Agora ele tinha a oportunidade de estar com os filhos e poder proporcionar isto a eles, e o ruivo se sentia sujo ao perceber o quanto estava sendo estúpido com o pai. Afinal qualquer outro já teria perdido a paciência, seu pai já teria feito aquilo em outras ocasiões, mas parecia estar tentando manter o controle talvez para querer tratar-lo como um adulto que dizia ser.


_ tudo bem – disse James erguendo os olhos para encarar os dois orbes verdes esmeraldas do pai que não haviam em momento algum desviado de si.


_ então, pode começar a falar – disse Harry dando um sinal de cabeça para que o filho prosseguisse falando.


_ eu não vou me vingar pai, apenas quero evitar que aconteça novamente – disse James calmamente – quero poder estar preparado para me defender sozinho e poder defender aqueles que eu amo...


_ então, saiu do quadribol para ter mais tempo para treinar duelos? – disse Harry se encostou ao encosto da cadeira – não precisava de tudo isto, sabe muito bem que eu poderia lhe ensinar sem que você precisasse fazer qualquer espécie de sacrifícios.


_ eu não quero aprender apenas duelos pai, me escute está bem? – disse James então o moreno fez um sinal positivo com a cabeça e após um suspiro o ex-apanhador prosseguiu – sei que o senhor é um bruxo talentoso assim como sei que seria incrível receber treinamento de você... Mas quando isto iria acontecer afinal? O senhor mal para em casa para dormir desde que toda esta confusão começou então eu pensei com toda esta historia deveria tomar uma decisão que pudesse ser útil não apenas para mim como para os outros... – ele removeu alguns papeis do bolso e entrou para o pai – são minhas inscrições para a Academia de Aurores, vou prestar os testes no ministério e se for aceito serei enviado para a Holanda para receber treinamento.


Harry ficou calado observando os documentos em sua mão se lembrando de quando fora questionado dias atrás por Fleur e Bill sobre a inscrição de uma das filhas deles. Foi fácil para ele falar quando não era um dos filhos dele fazendo algo daquele tipo até porque sabia muito bem que por mais que adorasse seu trabalho, não queria que qualquer de seus garotos tivesse a mesma profissão que a sua nem os havia incentivado a fazê-lo.


O auror pensava confiante que por sorte os três seriam inspirados pela mãe e tentariam o quadribol como uma carreira, por que não? Havia funcionado com James, pelo menos era o que pensava até ter aqueles papeis em mãos. Ele então suspirou repousando a inscrição em suas pernas então encarando o filho com atenção e tentando medir suas palavras antes de dizer-las.


_ é isto que você deseja? – disse Harry se sentindo meio estrangulado pelas palavras que saíram, como se estivesse fazendo uma pergunta indiscreta.


_ sim, é o que desejo – disse James num tom de voz baixo.


_ pois bem, saiba então que pode contar comigo – disse Harry e o ruivo sorriu, o fazendo sorrir também mesmo que de uma forma triste.


_ obrigado – disse James ainda sorrindo, não podia acreditar que havia sido tão bem aceito pelo pai daquela forma.


_ só me prometa que assim que o treinamento terminar – disse Harry - não irá seguir na carreira e retornara para o quadribol.


_ eu irei, não se preocupe – disse James fazendo o moreno sorrir de verdade desta vez por ver seu filho tão animado com algo.


_ certo, era isto que tínhamos para conversar... Eu acho... – disse Harry se levantando da cadeira, parecendo ainda um pouco abalado pela noticia – bem, acho que deveríamos descer para comermos, acredito que sua mãe já deve estar preocupada com a nossa demora.


_ claro – disse James se erguendo meio torto, apoiado em sua bengala.


_ espero que se recupere antes dos testes físicos do ministério – disse Harry.


_ eu também – disse James – ainda não acredito que aceitou tão fácil assim.


_ talvez seja o choque da noticia e pelo fato de ainda ter esperanças de que você retorne atrás... – disse Harry fazendo o ruivo rir.


_ sabe que não há como isto acontecer, não é? – disse James.


_ sei – disse Harry – assim como sei que não havia como eu lhe impedir, você é adulto como você mesmo falou e deve fazer da sua vida o que bem entender...


_ e sobre os puxões de orelha de vez enquanto? – disse James fazendo o moreno sorrir e pegar na orelha do filho a puxando como se faz com uma criança levada e quando o rapaz soltara um “ai!”, fez com que o pai risse levemente enquanto dava alguns tapinhas camaradas no rosto do filho.


_ ainda estão valendo – disse Harry – sua mãe sabe disto? – o ruivo fez um sinal negativo – creio então que deva ser eu a dar a noticia... Seria o melhor, do contrario você teria que usar uma cadeira de rodas no lugar da bengala.


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Notas finais do capítulo

Para aqueles que estão achando que estou focando muito no James e deixando o Albus de lado não fiquem assim. Ok? Proximo cap. teremos destaque para o Al.
Originalmente, teriamos mais do Albus neste capitulo. Mas resolvi colocar no proximo, o que de certa forma atrapalhou meus planos de eles irem para Hogwarts. Então daqui a dois capitulos eles estarão embarcando.

http://thefanficsthiago.blogspot.com.br/2013/08/novos-tempos-em-hogwarts-3-potters.html

Eu comecei o cast dos personagens de NTEH3. Espero que gostem, temos além dos Potters também os Longbottons. Teremos mais personagens nas proximas postagens.



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