Mudanças escrita por gsaint


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Queria pedir desculpas pela demora, mas estarei postando agora.
Beijos



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Depois que chegou em casa, o tempo para Fatinha passou-se rapidamente. O pai, que mesmo tendo pedido para que ela viesse para casa e ter comprado presentes para o bebê, ainda estava um pouco decepcionado com ela, pois a filha sempre destruiu seus maiores anseios em relação a ela. Mas depois de ir ao exame de ultrassonografia e ouvir os batimentos cardíacos do seu neto, se apaixonou perdidamente. Começou a mimar ainda mais Fatinha e até a criança que nem nascera. A mãe de Fatinha ficara aliviada e orgulhosa do netinho lindo que estava crescendo na barriga de sua filha. Mimava até mais que o marido.

E sim, o sexto sentido dela estava certo. Seria um menino e ela queria que fosse parecido com o pai.

Todos os dias Fatinha falava com Vitor, Lia, Orelha e Pilha. Mantendo a todos informados sobre seu estado e sobre o filhinho. Ela contara para os dois malucos, mas eles prometeram segredo e até que estavam cumprindo, para surpresa dela. E até enviaram presentes, Pilha havia mandado um boné de aba reta, que o menino iria demorar muito para usar, e Orelha, bem... enviou um robô que ele tinha criado especialmente para o seu filho.

Lia e Vitor babavam cada dia mais com as fotos, vídeos de ultrassom, que ela mandava. A casa deles já tinha até um quarto para o pequeno, para quando ele fosse dormir com eles, dissera Lia. Fatinha estava ansiosa para ver todos os detalhes, pois Lia não mostrara nada. Só sabia que tinha até coisas que ele só iria brincar quando crescesse, como o skate que o Victor comprou..

Ao ver o namorado tão louco pela criança, já fazendo planos de levá-lo para assistir jogos de futebol, Lia começou a pensar em ter seus próprios filhos, mas não agora. Para quando acabasse os estudos. Faltava apenas um ano.

Bruno, tentava sempre saber de Fatinha e a única coisa que ouvia era que ela estava bem. Ele estava tão louco de saudades dela que não não estava conseguindo se dedicar os estudos como antes e as suas leis precisavam de total dedicação, afinal fazer direito não era fácil.

Porém apesar disso tudo não conseguia deixar o orgulho de lado para ir falar com ela. E achava que ela não estava se importando com ele também, já que nem um telefonema deu.

Já Fatinha, antes de ir dormir, sempre pensava nele e ficava triste por não poder dividir tudo que estava acontecendo. Também se sentia culpada por não ter contado. O que diria ao filho quando ele crescesse e perguntasse do pai?

Por isso no café da manhã conversou com os pais.

- Acho uma ótima ideia, filha. - disse a mãe sorrindo, enquanto apertava suas mãos.

- Devo confessar que todos os dias perguntava a sua mãe quando isso iria acontecer. - o pai falou dando um sorrisinho sem graça.

Coragem era o que faltava a Fatinha nesse momento. Fazia uma hora que estava olhando o celular, os números estavam lá só esperando ela clicar para que começasse a discar.

- Filha? - Adolfo a despertou, assustando-a um pouco.

- Sim, papai?

- O que te impede?

- Ele ficará com raiva de mim, acho. Não sei, são tantas coisas. - respondeu Fatinha, suspirando.

- Mas ele não fará nada com você ou a criança. Estarei aqui para te proteger. - disse Adolfo, abraçando-a. Depois saiu, deixando a filha só.

- Que seja o que Deus quiser. - disse enquanto finalmente ligava para o pai do seu filho.

 

- Alô? - ao ouvir a voz dele seu telefone deu um pulo. Fazia tanto tempo que não ouvia essa voz, que não o via. Sentia saudades e só agora reparava o quanto.

- Bruno? Sou eu, Fatinha.

- Fatinha? - ele que estava conversando com os amigos, Nélio e Rasta, se afastou um pouco pra falar com ela. - Quanto tempo, hein? Você tá bem? Olha, eu queria me desculpar pela aquela noite. Eu estava um pouco confuso, não sei explicar direito o que me deu.

- Calma, Bruno... - ela o cortara rindo, afinal ele estava falando sem parar. - Só me escuta, ok? - ele respondeu balançando a cabeça como se ela estivesse perto dele, depois sussurrou um ‘sim’.

- Então... eu tô grávida. - falou de uma vez ou nunca conseguiria contar pro pai do seu filho. Esperou alguma reação, mas só ouviu silêncio.

- Fatinha, não acredito que depois de meses sem me ver você está ligando agora pra dizer que tá grávida. Quem é o pai? Porque tenho certeza que não sou eu, afinal não é possível fazer filho por pensamento.

- Você é muito idiota, mesmo. Era pra nesse momento eu estar desligando e nunca mais tocar no assunto, mas devo isso pro meu filho. Nosso filho. - se corrigiu. - Antes de sair daí, eu já estava esperando o bebê.

- Você... o que? Não acredito que você me deixou de fora disso. Que eu não pude acompanhar nada. Que você escondeu que estava esperando um filho meu. - Bruno estava realmente com raiva. Falava sério e segurava o celular com força. - Onde você tá, Maria de Fátima? Me fala onde você está agora, que precisamos conversar pessoalmente.

No começo ficara com medo, mas passou o endereço pra ele mesmo assim. Ele não seria louco de fazer algo com ela.


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