Percy Jackson,As Cronicas dos Kane:A Volta Do Caos escrita por Tabatha


Capítulo 5
A cabra radioativa




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Eu levantei,peguei minha bolsa,abri a porta e fui embora...

Minha família sempre foi louca, a ponto de botar o nome da filha de Céu, mas isso já estava passando dos limites. Achar que monstros gregos existem? Ok, eu vi, mas podia ser uma alucinação mútua. As cachaças que tomei na Casa do Menor deviam ter corroído uma parte do meu cérebro, e eu estava vendo coisas estranhas.

Parei no ponto de ônibus, sempre que estava assim eu ia para aquele lugar. Só queria pensar, eu podia ir para uma clínica psiquiatra, e levar o resto da família Stormms para um hospício.

Depois de muito tempo desci perto do Cemitério Britânico (sim, o nome do cemitério é esse), procurei o túmulo de minha mãe.

Sentei ao lado de sua cova e me encostei na lapide, peguei meu bloquinho e um toquinho de lápis que guardava dentro da minha bolsa

Comecei a desenhar como seria minha família no hospício, admito eu ri muito, apesar do lugar em que estava. Mas depois cai na real, estávamos mesmo loucos, precisando de tratamento. Como se não bastasse o TDAH e a porcaria do astigmatismo me fazendo usar aquelas lentes transparentes desconfortáveis nos olhos, agora estava esquizofrênica.

Quando estava confusa vinha ver o túmulo dela, lá meio que eu me sentia acolhida, como se ela estivesse me ouvindo. Logo já era noite. Estava me levantando para andar até o ponto de ônibus quando vi 7 caras meio moribundos me olhando e me cercando, já sabia que ia dar merda.

Comecei a andar mais rápido, logo estava correndo. Os caras ficaram um pouco para trás, então me escondi em uma viela.

Tinha quase certeza que os vagabundos tinham sido despistados, mas logo botaram a cara na entrada da rua.

Eu conseguia escutar meu coração bater, minha veias pulsavam tão rápido que me davam dor de cabeça. Me encolhi atrás de um fusca acabado, bom eu não tinha religião especifica, mas acreditava em ‘’energias divinas’’ Pedi para que minha mãe me protegesse.

As vezes eu sonhava com o espírito dela vindo falar comigo, dizendo que me protegeria por toda a eternidade. Pensei em meu pai, um canalha, nos largou depois que nascemos e minha mãe morreu. Pensei em meu irmão querendo me proteger de um garoto de 15 anos, e agora estava sozinha com 7 vagabundos.

Então, atestei que minha sanidade não ia nada bem, porque uma cabra brilhante apareceu bebendo a água de uma poça bem ao meu lado. A cabra brilhava como se o seu pelo fosse banhado a prata.

As coisas só pioraram quando ela começou a berrar, ela já era brilhante o suficiente para chamar a atenção de todos os vagabundos de Salvador.

Tentei mandar ela calar a boca, veja em que nível eu estava, falando com uma cabra radioativa berrante. Os vagabundos viraram na direção dos meus sussurros com a cabra.

Ai eu me conformei que fudeu! A cabra correu e eu corri atrás dela. E assim guiada por uma cabra radioativa e fugindo de 7 vagabundos que eu entrei na capela.

Entrei e a cabra sumiu misteriosamente. Na capela, varias imagens de santos, e 4 túmulos provavelmente de freiras da própria capela.

Passei direto para os fundos, um mine cemitério, devia ter umas 30 covas, todas falavam ‘’aqui jaz irmã blá, blá, blá,já estava dando meia volta, e os 7 apareceram Me cercaram me olhando, olhavam parecendo que iam tirar um raio X. Foram chegando, e 2 seguraram meus braços.

Dei uma cotovelada em o e puxei meu braço da mão do outro. E por 15 minutos resisti, meus braços estavam vermelhos de tanto serem puxados, já estava esgotada, suada, ferida e cansada.

Me jogaram encostada a parede embolorada da capela.Arrancaram meu vestido, estava com tanto nojo dos marmanjos se esfregando em mim, um deles tomou iniciativa de tirar meu sutiã, enquanto os outros me alisavam.

Fiquei corpo a corpo com um vagabundo ele meteu a mão no feixe do sutiã, mas eu dei uma joelhada nas suas partes sensíveis.

Me bateram, então de repente um garoto de calça preta, camisa cinza com uma jaqueta de couro apareceu, seus cabelos castanhos escuros despenteados me hipnotizavam.

Sua pele branca pálida e os olhos quase negros me lembraram Natana. Ele aparentava ser da minha idade, 15 anos Realmente eu esqueci Lucas na hora, aquele garoto me deixou toda lerda, não parava de olhar para ele e me sentir no paraíso.

Depois pensei que ele fazia parte dos vagabundos, acabando de vez com meu paraíso.


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Notas finais do capítulo

para quem ainda não leu o diário de Luke, a cabra, foi Amalteia que amamentou Zeus quando Reia o mandou para uma caverna impedindo que Urano o comesse dando uma pedra no lugar.
essa mesma cabra guiou Thalia até Luke e até o Aegis