Pov. Annabeth

Estávamos indo em direção à Praia dos Fogos. A noite estava muito linda,iluminada. As constelações brilhando como nunca, pude ver a constelação nova, a da caçadora de Ártemis que passou as estrelas quando enfrentamos Atlas, e outras já conhecidas que eu havia mostrado a Percy.

Paramos bem a beira mar. As ondas quase nos alcançando. Percy estendeu uma toalha na areia branca e nós nos sentamos. Percy não parecia sério, mas estava calado, como se pensasse no que dizer.

- Eu realmente sou grato por ter vindo pra esse Acampamento. – disse ele por fim.

Eu fiquei pensando se ele me levou até ali pra me dizer que estava grato por ser um campista. Eu ia começar a falar, mas ele continuou.

- Se eu não fosse semideus, não teria vindo para cá. Não teria enfrentado tantas coisas – ele deu uma pausa – É não teria conhecido você.

Agora ele estava olhando pra mim. O vento balançava seu cabelo e seus olhos pareciam estar mais verdes que nunca.

Ele segurou uma mecha solta do meu cabelo e entrelaçou-a entre seus dedos e sorriu.

- Eu também agradeço por ser uma campista, assim eu pude aprender muitas coisas e pude ter você na minha vida – falei por fim – Acho que nunca vou conseguir ser grata o suficiente por ter te conhecido, Cabeça de Alga.

- Sabidinha – disse ele.

Nos rimos e ficamos olhando as ondas quebrando ao chegarem na areia.

Ele retirou do bolso da calça uma caixinha, pegou minha mão e me fez segurar a caixinha.

- Eu tive um pouco de ajuda, – disse ele -  Espero que goste.

Ele parecia um pouco ansioso. Eu peguei a caixinha e tirei a tampa. Dentro tinha um camafeu com uma foto nossa emoldurada por ondas e flores com pequenas perolas. Era lindo!

- Percy, eu...

- Você não gostou. – ele disse, o sorriso desaparecendo

- Não Percy, eu adorei! É lindo.

- Olhe atrás. – disse ele sorrindo novamente.

Atrás, tinha gravado os nossos nomes. Aquele foi o presente mais lindo que eu ganhei em toda minha vida.

- Percy, muito obrigada – disse eu, as lagrimas já estavam descendo pelo meu rosto.

Ele secou as lagrimas com o polegar e sorriu. Retirou o camafeu da caixinha e colocou e meu pescoço junto do colar de contas do Acampamento.

Ele me abraçou, e sussurrou algo como Eu amo você, mas eu estava tão atônita que não consegui ouvir bem.

Me afastei dele e olhei em seus olhos. Lembrei da primeira vez que o vi. Nossa primeira missão. Tudo o que passamos.

- Eu amo muito você, Cabeça de Alga – disse por fim.

- Eu também amo muito você, Sabidinha – ele respondeu sorrindo.

Quando ele me beijou, foi como se o mundo tivesse parado. Nada ao meu redor importava, só ele.

Ele me abraçou e ficamos sentados vendo a lua refletida no mar, as ondas indo e vindo e as estrelas cintilantes no céu.

Pov. Sr. D

Eu estava fazendo um passeio revigorante ao luar, quando ouvi vozes vindas da praia e pensei O que diabos essas crianças estão fazendo aqui? Não se tem um minuto de sossego. Elas deviam estar na festa.

Quando me aproximei mais, vi que eram só o Peter Jones e Anne Bell, é são esses os nomes deles... Ah! Tanto faz. Eles estavam na praia em um Blá blá blá romântico.

Acho que Afrodite está um pouco ocupada hoje e feliz por mais uma história de amor ter dado certo e blá blá blá. Bem agora que eu não posso mesmo dar meu passeio pela praia, só me resta voltar pra o meio daquele monte de crianças. Afinal eles merecem um tempo sozinhos.

É, sem dividas esse é um belo final feliz, ou melhor um começo feliz! O que? Eu também tenho coração tá! E até gosto desse blá blá blá de amor!

O.k, mas isso não vem ao caso. Eu me afastei da praia deixando-os lá. Tenho que admitir, era uma cena bem bonita, mas era algo muito particular, e os pombinhos precisavam ficar sozinhos.