My Heart Belongs To You escrita por ElizaWest


Capítulo 14
Listen To Your Heart.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas, como vocês estão? :D Falei em um dos comentários que ia ter tempo de sobra pra escrever, mas nem tive... Tive que ficar cuidando da minha sobrinha durante o final de semana, e acabou que escrevi apenas dois chapters. Mas ok, acontece! haha Desanimei um pouco, confesso... Eu já sabia que isso aconteceria; é sempre assim com a minha pessoa. Mas voltei a assistir OUaT (aproveitei pra deixar minha irmã viciada na série haha) e aqui está o capítulo :D Enfim, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/370471/chapter/14

Depois de passar a manhã toda checando o celular – esperando uma ligação ou mensagem de texto, o que quer que fosse – Emma deixou a delegacia e dirigiu seu fusca amarelo até a escola. Algumas horas antes, quando chegou em casa, encontrou Mary Margaret andando de um lado para o outro e, assim que entrou, levou uma bela bronca da morena; porém Emma conseguiu tranquilizá-la, dizendo que havia recebido uma ligação sobre alguém dirigindo alcoolizado e acabou dormindo na delegacia, e a morena acreditou, sem nem desconfiar que na verdade Emma passara a noite com a Prefeita da cidade, a mulher que fazia de tudo para infernizar a vida da professora. Quando chegou na escola viu Henry sentado em um banco em baixo de uma grande árvore, com um livro aberto ao seu lado e um caderno em seu colo.

– Oi garoto – Emma disse sentando ao seu lado. – Adiantando a lição?

– Uhum – ele resmungou, finalizando rapidamente um cálculo e guardando os materiais didáticos na mochila. – Regina não vem me buscar hoje?

– Henry, você pode e deve chamá-la de mãe – a loira o repreendeu.

– Mas VOCÊ é minha mãe! – Ele exclamou. – Ela é apenas a Rainha Má – completou, baixando o tom de voz.

– Ok, isso realmente tem que parar – Emma ordenou com um olhar severo. – A Regina te criou por dez anos, Henry. Ela cuidou de cada ferimento, trocou cada fralda, aguentou cada problema e cada atitude errada que você tomou. Eu posso ser a sua mãe biológica, mas não sou nem metade do que ela é e sempre foi para você.

O garoto abaixou a cabeça, afinal sabia que ela estava certa.

– Então – Emma continuou agora mais calma. – Você deve a ela pelo menos um pouco de crédito por isso. Estamos entendidos?

– Não pensei que, quando eu tivesse duas mães, as broncas também seriam em dobro – o garoto fingiu desapontamento.

Emma riu. – Venha, vou te deixar em casa.

Ambos se levantaram e foram até o carro. Emma estava ansiosa para encontrar Regina, para saber o que Gold queria com ela naquela manhã. “Não pode ser coisa boa...” ela pensou. A loira não conhecia o homem bem o suficiente para julgá-lo, mas não gostava dele. E pela maneira como Regina ficou inquieta, ele não devia representar boa coisa. A loira parecia distante, então Henry cutucou seu ombro direito.

– Emma, sério, você tá me assustando – ele parecia preocupado. – Tem algo acontecendo.

– Não são assuntos para você, Henry – Emma falou saindo daquela espécie de “transe”.

– Então tem algo acontecendo mesmo, não é? – ele bateu com as mãos abertas nas próprias coxas. – Eu sabia! Agora, por favor, me diz o que é – o garoto fez cara de “cachorrinho que caiu da mudança em dia de chuva”. – Por favor, por favor, por favorzinho!

A loira suspirou. – Não. – ela disse olhando-o de canto. – Pela última vez, Henry Mills... Não são assuntos de seu interesse.

– Tá, desculpa – Henry se afundou no banco do carona e fez beicinho. – Eu só queria saber... Não precisava ser grossa desse jeito.

– Ah, garoto, desculpa – a loira disse arrependida, soltando uma das mãos do volante para acariciar o rosto do menino. – Não foi minha intenção... Eu só estou estressada. Não deveria, de maneira alguma, ter descontado em você. Pode me perdoar por isso?

– Claro, mãe – Henry não sabia, mas Emma adorava quando ele a chamava desse jeito. – Não pode mesmo me contar, né? – Emma fez um movimento negativo com a cabeça. – Tá legal. Então, como foi no trabalho?

O resto do caminho foi tranquilo, os dois tiveram uma conversa descontraída e só pararam de falar quando chegaram à maior casa da Rua Mayfleen. Henry saiu do carro e esperou no portão enquanto Emma andava até ele. Caminharam calmamente até a porta, então Henry tocou a campainha. Alguns segundos depois, a porta se abriu.

– Olá, querido – Regina vestia uma meia calça preta e um vestido vermelho sangue que seguia até o meio de suas coxas. Seus saltos e seu batom tinham o mesmo tom de vermelho do vestido, e seus olhos eram fortemente marcados pelo lápis de olho. Ela sorriu para o filho, e aquele sorriso definitivamente entraria para a lista de “Os Sorrisos Mais Forçados de Regina Mills”. Tinha algo a incomodando, seu olhar vazio dizia isso.

– Oi, mãe – Henry sorriu. – A Emma tá estranha e você também, então deixarei vocês conversarem.

Assim que disse isso o garoto subiu correndo as escadas em direção ao seu quarto no segundo andar. Emma encarava a morena que evitava claramente o contato visual com a loira.

– Eu... – Emma começou, dando um passo a frente. – Eu fiquei preocupada. Como foi a conversa, Regina? O que ele queria?

– Obrigada por buscar o Henry na escola, Xerife – Regina ainda não olhara nos olhos de Emma, deixando a loira mais perdida que uma agulha em um palheiro.

– Espera aí – ela segurou a porta antes que Regina a fechasse. – O que houve?

– Senhorita Swan – a Prefeita disse cordialmente, tentando esconder, sem sucesso algum, um misto de confusão e raiva que estavam presentes em seus olhos. – Agradeço sua preocupação, mas ela é desnecessária. Se não se importa, tenho outros afazeres. Mais uma vez, obrigada por buscar meu filho na escola e trazê-lo até em casa.

Emma não soube o que dizer. Mais uma vez, Regina mudara da água para o vinho em menos de seis horas, e o pior: sem nenhum motivo aparente. Depois que a porta se fechou, a loira desenhou uma linha em sua mente sobre tudo que havia acontecido desde o jantar na noite anterior, procurando por qualquer mínimo erro que ela pudesse ter cometido... Mas, não. Tudo foi extremamente perfeito: o jantar, a noite que passaram juntas, a manhã seguinte... Até mesmo depois da chegada do Senhor Gold à casa da Prefeita as coisas correram perfeitamente.

– Será que foi o que ele falou? – Emma disse para si mesma assim que entrou no carro. Mas o que ele falaria que a deixaria daquele jeito?

E foram esses os pensamentos que ocuparam sua mente até ela chegar à delegacia, onde estacionou o carro e andou vagarosamente para dentro do prédio. Subiu um lance de escadas e entrou na sua sala, deixando seu corpo cair sobre a cadeira; jogou a cabeça para trás e seus cachos loiros caíram como uma grande cachoeira dourada cobrindo parte do encosto da cadeira. Seus pensamentos foram interrompidos por uma leve batida na porta.

– Com licença, Xerife – Emma levantou a cabeça e pôde ver David parado na porta com as mãos nos bolsos da calça. Ele mexia a perna direita de uma maneira discreta, porém nervosa. – Eu não quero atrapalhar...

– Não atrapalha Senhor Nolan – a loira ajeitou-se na cadeira e fez menção para que ele se sentasse na cadeira do outro lado da mesa da Xerife. Foi o que ele fez. – Então, em que posso ajudá-lo?

– Eu... – ele respirou fundo. – Me sinto um tolo fazendo isso. Mas você é a única pessoa que pode me ajudar com essa situação, contando que, embora eu conheça os moradores de Storybrooke, não me lembro de ninguém por aqui.

– Claro... – Emma franziu levemente as sobrancelhas. – Continue.

– Não é nada relacionado ao seu trabalho – David pigarreou. – É pessoal...

– Sobre Mary Margaret – a Xerife finalmente entendeu. Ele assentiu e ela tentou sorrir. Não era como se ela estivesse no melhor clima para discutir a vida amorosa de outras pessoas, afinal a mulher por quem estava apaixonada tinha, frequentemente, sérias crises de bipolaridade. Mas, mesmo assim, ela decidiu tentar ajudá-lo. – O que houve?

– Eu voltei a morar com Kathryn – ele começou. – Nada mais justo. Afinal, pelo que ela me disse, somos casados já tem algum tempo, então eu achei que estaria agindo de maneira certa ficando ao lado dela e tentando retomar a minha antiga vida – Emma murmurou um “sim” e balançou a cabeça positivamente. – Mas até que ponto isso é o certo? Quer dizer... Eu sei que devo estar com ela. Devo estar com minha esposa, ter uma família, me estabelecer. Mas isso se torna errado quando não é o que eu quero.

– Se torna errado quando você está fazendo algo por obrigação, e não por realmente querer isso – a loira disse pensativa.

– Eu quero estar com Mary Margaret – ele disse. – Eu sei que é estranho porque nós mal nos conhecemos... Mas, Emma... Eu posso jurar que, durante o coma, era o rosto dela que aparecia em minha mente. Sua voz, seu toque... É ela quem faz parte das únicas memórias que eu tenho. Ela é a única pessoa da qual eu me lembro, mesmo sem a ter conhecido antes do coma, e estar perto dela me faz sentir bem. Me faz sentir como se eu estivesse em casa.

– Então o que você está fazendo aqui? – Emma franziu teatralmente as sobrancelhas.

– O que? – David indagou confuso.

Escute seu coração quando ele chama por você. – a Xerife sorriu. – Vá atrás dela, David.

– Você acha que...?

– Ah, por Deus, ela é louca por você! – Emma exclamou. – Agora vá antes que eu tenha que te prender por falta de coragem.

– Vale a pena se arriscar em nome do amor – o homem loiro se levantou andando rapidamente em direção à saída. – Obrigada, Emma!

Ela gritou um “depois eu quero saber de tudo!” e conseguiu ouvir os risos ansiosos dele enquanto ele corria. A Xerife batia compassadamente o pé direito no chão, com os cotovelos apoiados sobre a mesa e a mão direita segurando seu queixo, servindo de apoio para sua cabeça. “Eu preciso saber o que ele disse” ela pensou, pegando sua jaqueta de couro preta e correndo até o carro.

– Vale a pena se arriscar em nome do... – ela se interrompeu assim que abriu a porta do fusquinha amarelo. “Droga!” se repreendeu mentalmente. Respirou fundo, entrou no carro e deu a partida. Não adiantava negar. Era, realmente, amor.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, algum palpite sobre o que o Gold disse pra Regina? haha Espero que tenham curtido. E já sabem né, reviews por favor, por favor, por favorzinho! >.< hahaha Se tiverem alguma sugestão, ou algo que quiserem que eu coloque na fic, deixem nos comentários! E, galera, uma coisa que eu preciso da total sinceridade de vocês: estão gostando da fic? Tenho estado meio insegura quanto à isso. Tem algo que precisa ser mudado? Ou... Devo continuar ou não? obrigada >.<

E sobre a música: "Listen To Your Heart", do Roxette.

"Ouça seu coração enquanto ele está chamando por você. Ouça seu coração, não há nada mais que você possa fazer..."