Le Diamant De Columbia. escrita por BudgetSole


Capítulo 3
The False Shepherd.




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A bola pesava no punho do Francês. Booker estava confuso vendo o casal que gritava repetidamente "Por favor, não!". Os dois estavam com medo como se algo fosse acontecer depois de tudo aquilo. Booker então estava decidido. Olhou diretamente nos olhos negros e desconfiados de Finch. Então, o mirou e então começou a traçar um curto trajeto com a mão que segurava a bola. Gritou "Que tal essa, Filho da puta?" e enquanto a mão de Booker estava no meio de seu trajeto, ele ouviu a multidão calar-se der repente enquanto algo atrapalhava o lançamento da bola

– Olhem só, Minha Columbia. O que o nosso grandioso profeta nos alertou?

A multidão quieta começou rapidamente a citar versos. "E quando as pétalas finalmente se abrirem por completo, alguém irá cortar a raiz, esse será o falso pastor. Disse o Profeta"

– Booker DeWitt, meu caro... Achou mesmo que Columbia deixaria que se misturasse ao nosso rebanho? Seu tolo!

Booker tentava escapar das mãos autoritárias que o agarravam naquele momento. Ainda com a bola, pensou rapidamente no que fazer. Tinha tudo em sua mente, mesmo que não desse certo, ele estava convencido que era aquilo que ele iria fazer. Tentar não iria ser uma má escolha.

DeWitt então forçou levemente o braço direito para baixo para que o policial tivesse um pequeno desequilíbrio. Deu certo.

Então, DeWitt tinha uma das primeiras etapas concluída. Em seguida, levantou o braço rapidamente jogando também a bola que serviria de uma distração rápida para os policiais. Deu certo.

O policial da direita soltou o braço de Booker, tal braço que foi posicionado em pouco tempo em cima de seu peito e logo o truque todo virou uma cotovelada forte que atingiu no rosto o policial da direita. Quando a cotovelada foi realizada, Booker já puxou o braço em direção ao policial da esquerda que observava tudo com uma cara que parecia estar surpresa.

Tudo isso em uma questão de Segundos.

Quando Booker deu conta do que havia feito, os guardas já estavam todos no chão. DeWitt, se agachou e procurou algo útil nos guardas. Achou outra Mauser C96 porém, essa estava nova e com todas as balas carregadas. Dez. Somando as que ainda tinha. Vinte e três era o total. O bastante para evitar que algo acontecesse com ele.

O local agora, estava vazio, todos correram enquanto Booker e Finch "Conversavam". Booker olhou ligeiramente para os lados e decidiu seguir em frente, mesmo não sabendo para onde teria que ir.

Havia dois caminhos. Ir para Leste ou Oeste. Um mapa na parede dizia onde o Francês estava. Lá havia um lugar que chamou atenção. Não havia nada escrito, somente desenhos dos lugares. Uma estatua gigante do que parecia ser um anjo. Mas não como todos os anjos. O anjo era mulher¹. Ficava no meio do mapa. Isso significava que era o centro de Columbia. Começou a caminhar bastante cauteloso. Policiais poderiam acha-lo e começar algum tiroteio a qualquer momento.

Os seus passos de sapatos pesados ecoavam alto em meio as ruas vazias de Columbia. Ainda sentia a dor da pressão que os policiais fizeram em seu braço. Mas isso era uma coisa normal, O pior ainda viria.

"Cidadãos de Columbia, Nós estamos sendo atacados pelo falso pastor que nosso profeta falou. Por favor, não saiam de casa, tudo voltará ao estado normal em breve. Liguem seus rádios e fiquem atentos, Deus os abençoe." Dizia as centenas de alto-falantes espalhados por Columbia. Esses avisos deixaram DeWitt mais preocupado. Não era à toa. Alguns minutos andando, Algumas ruas depois e Booker ouvia sons de botas correndo. Logo sabia que iria ter de usar sua Mauser naquela velha praça repleta de bancos.

Estava completamente certo.

4 policiais com instrumentos de Lâmina². Booker estava com vantagem. Mirou rapidamente um dos oficiais e deu dois tiros. Certeiros, O homem despencou logo no primeiro disparo, quase que imediatamente. Um pouco depois da primeira capsula 7,63cm cair.

Os três policiais que restaram se protegeram. Booker também. Porém, ficou mirando de prontidão, esperando que uma parte de corpo aparecesse. Foi o que aconteceu. Alguns segundos depois do disparo, um dos policiais se preparou para pegar Booker, mas uma bala no peito o impediu. 2.

Enquanto esse disparo, dois policiais vieram correndo por trás do abrigo do jovem oficial morto. Um deles acertou DeWitt com um chute nas costas, fazendo com que ele e sua pistola caísse.

DeWitt, temendo um golpe, colocou o braço esquerdo em frente do seu rosto. E num piscar de olhos, viu que um dos dois oficiais tinha ficado com olhos verdes fluorescentes, e que logo em seguida ele teria matado o colega. Que espirrava sangue.

"Efeito da garrafa?" pensou Booker.

Exatamente.

Booker pegou agilmente a sua pistola e apertou o gatilho da Mauser, apontada para o tronco do homem. A pistola explodiu. Ele caiu imediatamente e seus olhos ficaram castanhos. Lhe restavam seis balas no pente e dezenove ao todo. Assim... Respirou forte e vasculhou os cadáveres. Achou um bilhete onde parecia ter um verso escrito.

"Salve a semente, fruto da vida. Disse o Profeta"

Booker não tinha ideia do que seria aquilo. Continuou correndo pelas ruas desertas de Columbia até que finalmente chegasse ao centro da cidade, onde iria iniciar definitivamente sua busca pela garota. Mesmo não sabendo por onde deveria começar.

Correndo pelas ruas, Booker via muitos cartazes sobre o tal profeta. Mas um deles chamou atenção.

Um cartaz que dizia como reconhecer o falso pastor. Nele um dos modos era o sotaque francês. Além de características físicas de DeWitt. Isso parecia familiar.

"Por isso todos olhavam para mim na rifa?" Pensou ele.

E enquanto via o cartaz de ódio do profeta, alguém começou a falar suavemente em um tom lúdico.

– Meu caro amigo, Pastor! Tão sério é sua bondade! O que vem fazer numa terra de pecados virtuosos que é Columbia, Senhor DeWitt? - Disse uma voz dentro das sombras de um dos becos de Columbia - Lembra-se do que foi dito, não é? Não os decepcione. Ou será decepcionado.

Booker se armou com a pistola, não sabia o que fazer. Olhando para os todos os lados possíveis, falou parecendo confuso:

– Eu só tenho como me decepcionar, parceiro!

Booker olhava no canto dos olhos tentando achar de onde vinha aquela voz, mas nada achava.

– Você anda tão desiludido, Senhor DeWitt - Disse a voz com um tom afeminado mas ainda assim grossa.

– Como sabe meu nome? - Disse DeWitt apertando a arma com força.

– Eu apenas sei. Estava lá quando o vi.

– Lá? - falou enquanto estava girando o corpo para procurar o sujeito.

– Sim. - Respondeu a voz.

– Quem é você? Qual o seu nome? De onde eu te conheço?

– Eu, Senhor DeWitt. Sou eles, somos nós. Nós são vocês e vocês assim., são eles. Você sou eu. Eu sou você.

– Você é de algum tipo de sanatório?

– Com certeza é o que pensam - Dando uma risada medonha.

Booker não sabe o que fazer se continuava ou ficava. Tinha medo de ficar e a pessoa o atacar. Afinal, o conhecia bastante e talvez soubesse exatamente o que fazer para impedir o francês.

– Onde está você? - Disse DeWitt, fazendo que a Mauser ficasse somente apoiada em sua mão. Sem que fizesse força para segurar. Como se estivesse sentindo seguro ali.

– O Senhor não devia baixar a guarda assim senhor DeWitt - Falou a voz cochichando no ouvido de DeWitt.

Booker virou-se rapidamente mirando no que era uma pessoa de braços e longas pernas. Como se usasse uma perna de pau. Estava vestindo um belo terno preto. Sua pele era extremamente branca e seus olhos eram azuis.

– Você não é de Columbia, é? - Perguntou Booker.

– Eu sou de todo lugar.

– Menos Columbia... - Falou observando o homem das pernas até a cabeça.

– Persistente, você Senhor DeWitt. - Com uma cara de sarcasmo.

– Booker, por favor. Não preciso de Senhor para me sentir mais velho. - Retrucou Booker.

– Eu conheço essa fala. - Respondeu com uma leve risada.

Booker não entendeu a risada. Mas já que estava ali com uma pessoa que aparentemente era inofensivo. Decidiu tirar uma informação do homem.

– Sabe onde fica o centro da cidade? - Escutando os passos que o contornavam enquanto tentava não perder de vista o resto daquele vulto negro.

– Ah, me desculpe. Não sou de Columbia. Hahaha. - Falou ele com um tom de sarcasmo, seguida de uma risada alta que ecoava nas ruas.

Booker, piscou os olhos e já não havia mais ninguém ali, além de si mesmo.

"Homem louco" Falou consigo mesmo, armando não mão outra vez a sua Mauser.

"Parece que essa cidade é cercada de insanos... Deus... Por isso estou aqui?" terminou o pensamento ironizando.

Booker olhou mais um cartaz que estava por ali. Parecia dizer que estava perto do centro, ficou aliviado. Decidiu seguir andando cuidadosamente a caminho do centro da cidade.


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Notas finais do capítulo

¹ - Anjos são apresentados na bíblia como seres divinos sem sexo. Nem homem, nem mulher.

² - http://download.xbox.com/content/images/00001000-e2fa-f243-c65c-da6a5454085d/1033/thumblg.png Gancho usado para subir em aerotrilhos, além de ter capacidade letal.



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