Alecsandra Delving

(*http://www.aceshowbiz.com/images/wennpic/nikki-reed-photocall-breaking-dawn-2-02.jpg)

Estava sentada olhando pela janela o céu escuro lá fora. Fazia pouco tempo que havia acordado, e a coragem não vinha para se levantar. Suspirou triste ao notar que não tinha mais jeito, teria que se levantar de sua macia e quentinha cama.

Colocou os pés no chão frio e se levantou, andou pelo quarto a procura de suas pantufas. As achando de frente para a porta, se abaixou e as colocou no pé. No momento em que ia se levantar a porta é aberta de supetão, fazendo com que Alecsandra fosse de bunda para o chão.

- Outch, não sabia que queria me matar mamãe – reclamou a menina, passando a mãe na região da cabeça.

- Oh, desculpe Lexi não sabia que estava ai – falou envergonhada sua mãe, sua expressão logo mudou para uma levemente irritada – Ora mocinha estava querendo muito ficar ai e ainda não levar uma portada na cara? Estava tramando algo por acaso?

Lexi apenas encarou sua mãe confusa, para logo abrir um sorriso feliz. Saltou do chão já se esquecendo da pequena dor que estava na cabeça. Indo em direção a sua mãe. Já abrindo os braços e pegando sua mãe em um abraço apertado.

- Ai ai mãe só você mesmo – sorriu feliz. Sendo correspondida pela mulher que lhe sorria também.

Lexi logo descobriu o motivo de sua mãe estar em seu quarto. Eles iriam sair para um dia em família, algo que Lexi adorava fazer. Passeariam pelo Shopping e depois tomariam um sorvete.

Andaram pelo Shopping entre sorrisos e conversas animadas, olhando algumas lojas, e parando em algumas outras. Tendo em seu encalço o pai de Lexi sempre resmungando que mulheres demoram demais para escolher um simples sapato. No entanto as duas mulheres nem ouviam mais, apenas davam risadas.

Estavam agora parados em frente ao carrinho de sorvete. Pagaram e foram se sentar em um banco que tinha ali perto.

- Filha já voltamos, nos espere aqui – disse seu pai, já puxando sua mãe pelo braço.

- A onde vão? – perguntou confusa.

- Comprar um presente – respondeu sua mãe ao longe. Os dois já entravam novamente no Shopping.

Alecsandra ficou ali parada com seu sorvete, olhando as pessoas passarem, até que avistou um carrinho de bebe junto de um casal. Sorriu meio triste, aquilo lhe trazia lembranças tristes e felizes. Deixou que uma pequena lagrima escapasse.

- Olha quem temos aqui a menininha que perdeu o filho bastardo – uma voz estridente de uma menina veio á sua frente.

Lexi olhou confusa para o pequeno grupo de meninos e meninas que se aproximava de si.

- O que querem aqui? – perguntou calma, algo totalmente estranho levando o fato de que a viam lhe ofendido.

- Ah,a menininha não vai gritar? – perguntou um menino do grupo em deboche – acho que ela ainda tá traumatizada daquele acidente. – sorriu irônico para seus amigos.

- Oh, coitadinha dela Marcos – fingiu falsa pena.

Lexi não expressava nada, mas no fundo queria apenas sair correndo de lá, não queria ouvir mas nada daquelas pessoas. Decidida a ir embora sem esperar seus pais, se levantou.

- Licença – pediu, tomando seu caminho para a saída do local.

- Não, não – falaram eles, impedindo a passagem de Alecsandra.

Lexi apenas olhou para eles, e tentou novamente desviar.

- Olha a menininha, por que não chora? Perdeu a criança bastarda, foi mais do que merecido, algo imundo como aquilo não deveria nem ser feito, você é nojenta assim como aquele bastardo era...

Lexi não aguentou mais aquilo, desviou novamente do grupo e saiu correndo não antes de dar um merecido soco na cara daquele infeliz que falava mal de seu bebe.

Estava chorando desde a sua volta do Shopping, nem esperou seus pais, e os mesmo não havia chegado ainda. Chorava com desespero, não queria mais aquilo, queria conhecer pessoas novas, fazer amigos novos que não falassem mal de seu passado. Aquilo era tão injusto com ela. 

Seus soluços foram interrompidos por leves batidos na janela, olhou para aquele local e encontrou uma linda coruja escura, o animal a encarava com uma carta em seu bico.

Caminhou até ele e destrancou a janela. Pegando a carta em suas mãos, não viu o remetente apenas queria poder distrair sua mente de algo, abriu a carta.

“Srtª  Delving temos o prazer de lhe anunciar que foi aceitada para o projeto de intercambio que ocorrerá entre a escola de Magia do Brasil e a escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Tendo em visto suas excelentes notas e seu comportamento exemplar. Lhe aguardaremos no dia 28 de Agosto, no ministério de magia brasileiro.

Atenciosamente Alvo Dumbledore, direto de Hogwarts.

Ps: Tenha em mente Srtª que talvez seja a sua chance de experimentar novos ares.”

Abriu um imenso sorriso, e olhou para a coruja que ainda ali estava.

- Essa é a minha chance – disse feliz, fazendo um pequeno carinho no animal.

Skyla Huggs

Andava feliz da vida pelo corredor de sua imensa casa, praticamente uma mansão. Cantarolava baixinho uma musica qualquer.

- Sky pare de correr pelo corredor – reclamou sua mãe.

Skyla apenas encarou sua mãe e abriu um imenso sorriso, indo se sentar ao lado de seu pai, para que pudessem começar o café da manhã.

- Será que vão me aceitar no intercambio? – pensou alto.

Seus pais apenas olharam para ela confusos, e deram de ombros, era comum que sua filha pensasse alto.

Comeram em silencio como normalmente. E quando deu 9 horas cada um tomou seu rumo, sendo que os pais de Skyla foram trabalhar enquanto que a mesma ia para o jardim. Estava na hora de ver qualquer trouxa passeando pela rua.

Chegou ao jardim e sentou-se no meio dele, ficando de frente para a pequena cerca que o cercava. E lá se foi a manhã, tendo visto as pessoas passarem pela rua, algumas apressadas e outras lerdos como zumbis.

Até que chegou o momento em que o valentão do bairro passou, estava na hora show, abriu um sorrisinho maroto e se levantou. Não que ela não tivesse medo do que poderia acontecer, ela tinha, oh se tinha, mas não podia controlar seus impulsos.

Pegou um graveto qualquer ao seu lado e arremeçou, só viu o graveto acertar diretamente na cabeça do menino, e logo ele se virar já xingando a sétima geração de Skyla, a menina nem esperou para ver se ele pularia o cercado, apenas saiu correndo em direção a casa.

Entrou em casa com expressão mais inocente que conseguia, passando por sua mãe que a olhou desconfiada, subindo direto para o quarto.

Pulou na cama feliz, e ficou saltitando. Estava até que demorando para sua carta chegar, é claro que ela chegaria.

- Manhe! – gritou – você sabe quando a carta chega?

- Não – gritou de volta sua mãe.

Acho que ela deveria estar ocupada – pensou Skyla. Continuou a pular em sua cama, mas logo se cansou, olho para a janela e foi em sua direção. Olhou lá fora.

- Corujinha apareça – gritou feliz – Corujinhaaaa!

Estava se preparando para gritar novamente quando viu, a pequena corujinha vinha em sua direção, cerrou os olhos para que pudesse ver melhor. Eita, essa coruja tá meio torta – pensou Sky. Virou sua cabeça na mesma maneira que a coruja, só para notar que a pobre coitada não sabia voar direito.

- Eita – pulou para o lado, não antes de levar algumas penadas na cara – Outch.

Virou-se para o quarto e viu a pobre coitada caída toda esparramada no chão.

- Coitadinha – exclamou, correndo em direção a coruja.

Nem precisou ajuda-la a coruja levantou-se e soltou a carta aos seus pés, pensou em agradecê-la, mas a danada já havia escapado.

Pegou a carta na mão e a abriu toda feliz.

“Srtª Huggs você foi aceita no intercambio para Hogwarts, compareça ao ministério do Brasil no dia 28 de Agosto.

Severus Snape”

Eita homenzinho nada educado, nem explicou direito – pensou revoltada.

Mas nem ficou assim por muito tempo, logo abriu um imenso sorriso ao notar que iria para a sua tão sonhada Hogwarts, só esperava que lá não tivesse tantos valentões – apesar que se tiver um lugar para que eu possa correr, eu até que poderia aprontar um pouquinho, hehe – sorriu mais ainda com esse pensamento.