Pov. Felícia

Quatorze semideuses para baixo irão

O filho da noite terão de salvar

Lá o rei destronado os espera

Para dar um fim a essa Era

Os versos da profecia ressoavam em minha mente, não conseguia acreditar no que acabara de acontecer. Rachel E. Dare desmaiou e Mary correu para leva-la para a enfermaria. Charlotte tinha uma expressão chocada assim como Rachel (a filha de Afrodite) que encarava o espaço perto da porta onde um minuto atrás o oráculo recitara a profecia. Sam continuava impassível.

– Vocês quatro. Chalés. Agora. – Quíron disse de olhos fechados, massageando as têmporas.

Com passos rápidos eu e Charlotte nos dirigimos para a área dos chalés deixando Sam e Rachel discutindo na porta da Casa Grande.

– Você acha que sou um dos quatorze? – Charlotte estava tremendo.

– Eu realmente não sei Char, e você? Acha que eu sou?

– Não sei, mas torço para que não. – continuamos a caminhada em completo silêncio até, é claro, passarmos pelo chalé de Afrodite.

– Sai dessa Josh! – Mary dizia para um filho de Apolo a poucos metros do chalé – Eu já não tô de bom humor!

O filho de Apolo, Josh, deu um sorriso e Mary revirou os olhos. A filha de Afrodite deu meia volta e entrou no chalé deixando Josh no vácuo.

Me separei de Charlotte e entrei no meu chalé, pelo jeito meus meio-irmãos deviam estar fazendo as atividades do dia, pois o chalé estava vazio.

– Roarrrr... – Dílis saiu debaixo de um cobertor que estava jogado no chão.

– Dílis? O que você está fazendo aqui? – disse enquanto acariciava sua cabeça

– Prrr... – sim, minha jaguatirica ronrona.

Me olhei no espelho, não parecia que eu havia acabado de escutar uma profecia na qual eu podia muito bem estar incluída, eu parecia bem mais calma do que realmente estou.

– O que você acha de pegarmos um ar, hein? Podíamos colher alguns morangos...

Dílis fez cara de nojo e enrolou a cauda em meu braço.

– Ahh Dílis...– comecei encarando seus olhos amarelos – O oráculo recitou uma profecia e eu estou com medo de fazer parte dela. Você acha que eu vou fazer parte? Acha Dílis? – minha jaguatirica ronronou de novo e me encarou mexendo a cauda tristemente – Tenho medo que esteja certa. – Me levantei e seguida de perto por Dílis, sai do chalé.

Pouco depois acabei esbarrando com Mary, Rachel e Samantha.

Pov. Ashley

O chalé de Apolo estava silencioso, a maioria nem sequer olhava para a cara um do outro, todos sabem o porquê. Quíron contara sobre a profecia para mim logo depois de ela ser recitada e eu contara para eles:

~FLASH-BACK ON~

Como fiquei a manhã toda treinando arco-e-flecha eu não havia nem falado direito com ninguém. Eu estava indo para a enfermaria ajudar meus irmãos com a nova semideusa quando vi duas garotas discutindo na porta da Casa Grande, uma tinha cabelos cor-de-chocolate e pelas roupas eu reconheci a outra com uma filha de Quione que eu encontrara uns dias atrás.

– Se você não tivesse a brilhante ideia de acordar ela nada disso teria acontecido. – a filha de Quione falou, seca.

– Então você acha que é minha culpa?! Olha aqui, mesmo que eu não tivesse acordado ela a profecia ia acontecer!

– É, mas se você não tivesse acordado ela a gente não teria ido falar com o Quíron e poderíamos pelo menos ter alguma chance de não fazer parte dela!

Fiquei observando e depois de alguns minutos elas foram embora. Decidi falar com Quíron para entender o que acontecera. Bati na porta.

– Entre. – a voz de Quíron parecia imensamente triste.

– Eu ouvi umas garotas lá fora... – disse ao entrar, Quíron estava em sua cadeira mágica de costas para mim.

–Ah Ashley, acho que vou ter que te contar uma coisa, avise seus irmãos, ok?

~FLASH-BACK OFF~

Ele me contou tudo, e eu contei para meus meio-irmãos. Todos ficamos profundamente abalados, principalmente Will, que vira morrer dois dos antigos conselheiros do chalé por causa de uma profecia.

– Já chega. – Josh, meu irmão gêmeo cortou o silêncio pregando a atenção de todos, ele chegara a pouco tempo e fora o último a saber – EU assim como a maioria de vocês estava lá quando a... – ele impacou, a muito tempo eu sei que ele está a fim da Mary, assim como o acampamento inteiro – filha de Afrodite invadiu a enfermaria. Acho que se quatorze semideuses devem ir para a missão pelo menos um de nós deve ir, afinal, se não fosse por nossa causa, a nova semideusa nem estaria respirando! – todos concordaram menos Will que continuava olhando intensamente para o chão, foi uma surpresa quando ele falou.

– Nenhum irmão meu vai morrer por causa de uma profecia de novo.

Eu tive que intervir.

– Vamos lá! Will, todos nós o que aconteceu com o Michael e com o Lee assim como todos os outros, eles fizeram isso para salvar o que era importante para eles!

– Sério, Will, a Ash tá certa. – Peter Dobreva falou de cima de sua beliche

– Obrigada.

– Por isso mesmo eu vou. ­– Josh deu sua opnião

– Ahã... Pera! O quê!?

– É isso mesmo, eu vou, alguém vai comigo?

– Josh não...

– Eu vou também. – Peter pulou de seu beliche.

– Ótimo, agora vão dois! – Will revirou os olhos e foi para a sua beliche enquanto Josh e Peter arrumavam as mochilas, eles sabiam que era precipitado, mas era necessário, se fossem para a missão sairiam imediatamente.

Pov. Felícia

– Você tem uma jaguatirica de estimação!? – Rachel quase deu um berro, Dílis somente respondeu com um simples “Roarr” que eu identifiquei como afirmativo.

– Tenho, e o nome dela é Dílis. – Rachel parecia um pouco nervosa ao passar a mão sobre a cabeça de Dílis.

– Hã... Oi Dílis... Gatinha boazinha, não arranca a minha mão fora... Por favor... – A filha de Afrodite dizia enquanto começava a acariciar a cabeça da jaguatirica de olhos fechados.

Abri um pequeno sorriso, de fato aquela cena era um pouco engraçada, mas Mary acabou por começar o assunto que eu tanto queria evitar.

– Então, você acha que faz parte da profecia? – olhei para seus olhos, ela parecia tão assustada quanto eu.

– Sinceramente? Tenho a impressão que todas nós fazemos... – Mary suspirou

– O problema é que eu também acho isso.

Nós cinco (contando com Dílis) começamos a caminhar até chegar aos campos de morangos onde Charlotte se juntou a nós.

– Se tivéssemos escolha, vocês iriam? – a loira perguntou com um ar um tanto sombrio

– Mas não ainda nem sabemos se realmente fazemos parte dessa profecia! – Rachel parecia nervosa

Ninguém respondeu, continuamos a caminhar e a de vez em quando comer um morango ou outro trocando sempre poucas palavras.

A hora da fogueira chegou e nos sentamos nas mesas de nossos chalés.

Pov Thomas S. Hernandez

– Tommy! A concha já soou! – minha irmã Rachel (sim, outra Rachel, essa é filha de Atena)

– Eu sei, eu só tô no último parágrafo... – respondi mostrando o livro de arquitetura que eu estava lendo

– Tommy, eu sei que o livro é legal, tanto que eu já li umas sete vezes, mas a gente não pode se atrasar para a fogueira!

Encarei a minha irmã que revirou os olhos e saiu do chalé pisando duro.

– Você não vai para a fogueira não? – minha meia-irmã, Annabeth, saiu de sei-lá-onde com seu boné dos Yankees na mão

– Por que você estava invisível no próprio chalé?

– E quem disse que eu estava no chalé? – Annie colocou o boné de novo e desapareceu.

Decidi sair do chalé, quando cheguei na fogueira tinha algo muuuito errado, não havia música, os filhos de Apolo estavam sentados quietos e somente sussurravam.

Me sentei ao lado de Rachel (a filha de Atena, ok?) eu voltei a ler o meu livro, não sou uma pessoa muito “social”, prefiro ficar na minha.

Pov Harry Strovyle

A concha soou, hora da fogueira. Meu irmão, Percy, como sempre já deve estar lá enquanto eu fiquei a tarde toda treinando e quando tenho um descanso eu tenho que ir para a fogueira, devo ter demorado uns quinze minutos só para levantar da beliche.

Saí do chalé e fui para a fogueira, a maioria dos campistas já estavam lá, mas não havia música, todo o chalé de Apolo estava sentado e sussurrando uns para os outros.

– Todos os campistas! Atenção! – Quíron apareceu, o centauro parecia bem severo, algo dizia que tinha alguma coisa errada. Me sentei ao lado de Percy, em baixo da bandeira de Poseidon – Tenho uma boa e uma má notícia para revelar.

A fogueira que antes estava num tom de laranja agora brilhou em roxo mostrando o espanto dos campistas.

– A boa é que chegou uma nova semideusa no acampamento, venha cá criança. – Uma garota um pouco baixinha com cabelo cor de caramelo e os olhos de uma mistura de azul e verde, ela era bastante bonita. Um gato preto roçava em sua perna direita.

Ela sorriu ao encarar os outros campistas e seus olhos estavam um pouco marejados.

– Sou Milene Williams e é um prazer estar aqui. – ela deu outro sorriso agradável e alguma coisa brilhou sobre sua cabeça, um raio, o símbolo de Zeus, pelo jeito o meu amigo Ethan acaba de ganhar uma meia-irmã.

– Ave Milene Williams, filha de Zeus, senhor dos céus. – Quíron disse como sempre que um semideus é reclamado. A maioria dos campistas estava um pouco assustados, uma filha dos três grandes, aquilo não era realmente muito comum. Ethan deu boas vindas a nova meia-irmã que riu de alguma coisa que ele disse, eu não ouvi.

– Agora a má notícia... – Quíron disse, solene.

Pov. Narradora

Rachel E. Dare, o oráculo, se aproximou de Quíron e começou a falar em alto e bom som:

– Hoje uma nova profecia foi revelada, e se estiver correta, 14 de vocês correm sério perigo. – ouve um murmúrio geral e Quíron bateu o casco no chão de mármore para fazer silêncio.

O oráculo então recitou:

Quatorze semideuses para baixo irão

O filho da noite terão de salvar

Lá o rei destronado os espera

Para dar um fim a essa Era

Silêncio total, todos pareciam chocados.

– Então, mesmo que isso seja totalmente contra o meu modo de pensar... Algum voluntário? – Quíron perguntou, numa voz solene.

Rapidamente uma voz um pouco esganiçada veio como resposta.

– Eu! Eu vou! – Charlotte Breakinglaw estava de pé, tremia muito e de seu olho direito escorria um lágrima – Vou provar meu valor! Eu irei para salvar o que me é importante! Serei uma entre quatorze!

A maioria dos campistas tinham os olhos arregalados em uma expressão de pura perplexidade, a garota que mal consegue encarar as consequências de uma pegadinha mal pregada agora quer ir para uma missão na qual está arriscando a própria vida?

– Pois seremos duas. – quase como um salto, sua irmã Alana levantou, depois revelou com um sussurro – Não vou deixar minha irmã ficar com toda a diversão.

Charlotte arriscou um sorriso, mas estava mortificada, sentia que era seu destino participar daquela missão, mas aquilo não fazia ela se sentir mais corajosa.

– Três! – Felícia Luckyheart, a melhor amiga de Charlotte, se levantou segurando sua zarabatana enquanto sua jaguatirica, Dílis, roçava em sua perna.

Quíron fez sinal para que as garotas se aproximassem, porém antes que descem um passo outras duas mãos se ergueram.

– Também iremos! – essa foi Rachel J. Dickinson, que tinha uma baqueta de bronze celestial na mão, o que não era muito comum e sua amiga, Mary, estava de pé ao seu lado com uma expressão assassina nos olhos.

– Não vamos deixar um reizinho acabar com tudo. – Mary parecia decidida

– Assim como eu não vou deixar a missão inteira nas mãos de garotas. – Josh Alflen se levantou assim como seu meio-irmão, Peter Dobreva.

Os sete voluntários se postaram ao lado de Quíron, a irmã de Josh, Ashley, parecia apreensiva com o fato de seu irmão estar arriscando a própria vida.

Embaixo da bandeira de Atena, os dois irmãos Hernadez, Rachel Camilla e Thomas, haviam entrado em discussão.

– Seja lógico Tommy! Eles precisam de uma cabeça que pense direito! Precisam de mim!

– Você não pode ir, você é teimosa, bruta, brigona... Vai fazer o mesmo trabalho que uma filha de Ares faria!

– Tá me chamando de burra!?

– E você? Tá chamando a Clarisse de burra!? – Thomas tentou falar o mais alto possível para que os filhos de Ares escutassem.

– M-mas é claro que não! – a garota não queria ter problemas com nenhum filho de Ares

– Ótimo! Por que eu vou!

Antes que a irmã pudesse dizer qualquer coisa, Thomas já estava ao lado de Quíron.

– Certo, aqui temos oito semideuses, faltam seis.

– Me desculpe Quíron, mas faltam cinco na verdade. – com um rasante Miguel Alves pousou ao lado de Rachel Dickinson. Suas asas negras deixaram muitos campistas nervosos – Eu acho que vou ser bem útil nessa missão.

O filho de Zeus, Ethan, estava tentando se decidir, era difícil fazer aquela escolha, mas sabia que seria realmente necessário caso fosse para a missão, mas não parava de pensar em Milene, ela acabara de ser reclamada pelo senhor dos céus e já estava naquela situação nada agradável.

– Você vai? – perguntou sua meia-irmã numa voz calma

– Não sei, estou pensando. Sei lá, é meio assustador.

– Para mim nem tanto, o assustador é como a profecia foi generalizada, é como se o destino soubesse quem seria voluntário.

Ela estava certa, e ele sabia disso, e assim devagar ele levantou e caminhou até Quíron deixando Milene com uma expressão difícil de entender, como ela poderia ter orgulho de um irmão que acabara de conhecer?

– Eu vou.

– Eu também. – Harry Strovyle, o melhor amigo de Ethan, um filho de Poseidon, segurava seu arco com força enquanto andava como passos rápidos até Quíron.

Só faltavam dois semideuses, mas o silêncio era total. A fogueira não brilhava mais, refletia o espanto de todos numa cor escura e mórbida.

De repente uma silhueta se levantou e por causa da pouca iluminação não se pode distinguir seu rosto antes de estar a menos de dez metros da fogueira. Colin Stoun, filho de Hécate, ou como muitos dizem, traidor. Ouve um murmúrio geral, ninguém podia acreditar, um traidor queria ir? Como isso era possível? Quíron aceitaria? O silêncio se formou por tantas perguntas sem resposta.

– Eu irei, vou mostrar que sou digno de confiança, ao contrário do que muitos pensam.

Colin parecia decidido, não lutou na guerra dos titãs, pois ainda morava com a mãe em sua pequena cidade natal, onde ficou até alguns meses atrás quando o acusaram de bruxaria. A verdade é que ele nem sabia que era semideus na época, o chamam de traidor somente por ser filho da deusa que lutou do lado dos titãs. Uma pequena coruja pousou em seu ombro e ele acariciou sua cabeça.

Novamente, silêncio. Milene parecia indecisa e pensava consigo: “Eu posso fazer isso. Sou forte o bastante, precisam de mim.”. Mas ao mesmo tempo se perguntava se era capaz e o que os outros campistas iriam pensar de uma novata indo para a missão. Ela não aguentava mais aquele silêncio, se levantou e disse:

– Eu vou, mostrarei meu valor. Vou atrás do que realmente importa e não estou nem aí para quem discorda! – a garota foi para perto de Quíron com passadas rápidas.

– Por favor, todos para os chalés e arrumem suas malas, aproveitem para fazer as despedidas.

Pov. Rachel J. Dickinson

Assim que chegamos ao chalé de Afrodite foi a maior confusão. Eu acho que pelo menos umas cinco pessoas se ofereceram para nos ajudar a arrumar as malas. Eu podia ouvir só de longe os miados de Luna, a gata da Mary, reclamando da barulheira. Me troquei assim como minha amiga e nos despedimos.

– Boa sorte! – muitas das minhas meias-irmãs me davam beijos na face (tosco) e eu pude perceber que algumas até choravam, eu só tinha uma breve impressão que não era por nossa causa (Josh).

– Tentem não ficar muito juntos durante a missão a não ser que estejam seguros, assim vocês vão evitar a maioria dos monstros. – Piper estava tentando ajudar dando algumas dicas enquanto Mary arrumava a mala de Luna, eu ainda não entendia por que ela queria levar o cover do Garfield na missão. O tigrezinho de Jenna, nossa meia-irmã, tentava fazer a gata levantar dando patas amigáveis semelhantes a pedalas Robinho, mas isso só fazia a gata reclamar mais.

Quando saímos do chalé com nossas mochilas nas costas a maioria dos semideuses que iam para missão já estavam prontos nos esperando ao lado do pinheiro de Thalia, com a exceção das filhas de Hermes e de Milene Williams.

A jaguatirica de Felícia se esfregava na perna direita da dona encarando a corujinha de Colin com voracidade. A pequena nem sequer percebia, só dava uns pulinhos animados no ombro do dono.

Assim que chegamos pude ver de relance um pequeno saquinho de dinheiro passando entre Samantha e Felícia.

– Vocês apostaram quem chegaria primeiro?

– Ahã, e eu disse que vocês chegariam antes da Charlotte e da Alana. – Felícia deu um sorriso irônico para Sam que parecia um pouco chateada por ter perdido tantos dracmas.

– Sério, até eu achei que elas chegariam antes... – Milene chegou carregando uma bolsa enorme e com seu gato preto caminhando calmamente ao seu lado.

– Mais um gato!? – não tenho certeza mais Miguel não parecia muito feliz.

– Desculpe Miguel, mas para a sua informação Dílis é uma jaguatirica, não uma gata.

A corujinha de Colin começou a voar e pousou no topo do pinheiro tentando fugir da jaguatirica que saltava tentando escalar a árvore.

– Não sei, mas acho que eu era quem devia estar reclamando, sabe, eu não estou muito a fim de ter uma ração de gato de estimação.

– Eu já disse, Dílis não é um gato!

– Estamos muito atrasadas? – Alana e Charlotte chegaram ofegantes. Alana carregava duas malas de viagem.

– Por que as malas? – Harry parecia pronto para rir da situação

– Se a gente deixasse alguma coisa no chalé a gente nunca mais ia ver então decidimos levar tudo o que podíamos. – o humor de Charlotte parecia ter melhorado um pouco

Felícia deu um risinho.

– E agora? Como a gente vai para Los Angeles? – Ethan perguntou

– De avião talvez? – Milene deu a ideia

– Olha, em avião eu não entro, não sei vocês. – Harry negou com a cabeça

– Concordo, eu não quero ser atirada do céu. – Deu a minha opnião e todos concordaram

– Talvez o meu pai possa emprestar o carro... Zeus não reclamou quando ele levou o irmão do Harry. – falou Josh

– Sei não... Eu também não sou muito fã de altura... – Essa foi Felícia

– Olha então nossa única opção é ir por terra. Alguém aí tem carteira de motorista? – o único que afirmou foi Josh – Eu não acredito! Só o Josh!? Eu pensava que vocês já tinham dezesseis!

– Eu pelo menos tenho uma boa razão. – Miguel tentou se defender

– E qual seria? – perguntei

– Sabe, eu acho que é meio difícil dirigir quando se tem duas asas com três metros de envergadura tentando acomodar num espaço com menos de dois metros. – Miguel respondeu sarcástico. Eu também percebi que ele evitava olhar para os olhos das pessoas.

– Então nós vamos ter que ir a pé!? – Mary não parecia nada feliz – Nós vamos ter que atravessar o país a pé!?