The Lost Demigod - Fic Interativa escrita por Bia Valdez, Nicky Somerhalder


Capítulo 17
Colin conjura morangos


Notas iniciais do capítulo

O título do cap foi só pra descontrair, ok? Espero que gostem do cap! Não ficou tão grande quanto o outro, mas por favor, comentem! Alguns de vocês pararam de comentar e isso me deixa muito triste...
Bjs, Bia Valdez



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Pov. Narcysa

–Vocês tem certeza disso? – perguntou uma voz, era extremamente fina e soava incerta, logo outra respondeu esta era mais melodiosa e calma:

– Absoluta Layla, o mestre disse que eles estariam por aqui, não disse? Vai duvidar do mestre?

– M-mas é claro que não! É só... Ele me dá calafrios...

– Você ouviu o que ele disse: “Quando eu derrotar os deuses vai haver uma nova era, a era onde os SEMI-DEUSES governarão.” – a segunda voz soou sarcástica ao responder

– M-mas e se... – a primeira voz, Layla, gaguejou, porém uma terceira voz a cortou friamente.

– Cale logo a boca Layla!

Naquele exato momento três garotas saíram do corredor. Uma segurava uma lamparina das antigas, tinha cabelos loiros bem curtos, pele branca e era sardenta, a outra ao seu lado tinha cabelo longo e castanho-escuro, sua pele era cor-de-café e seus olhos azuis brilhavam tristes, já a terceira... Esta tinha cabelo loiro quase branco e olhos castanhos-chocolates.

– Vazia. Eu te falei Sarah. – falou a primeira, ignorante, depois de vasculhar a sala com os olhos escuros. Olhei em volta, Colin e Corallyn estavam de olhos fechados e murmuravam algo em grego antigo, provavelmente algum tipo de feitiço, vi que uma névoa se formara em volta de nós.

– Droga! Eu jurava que eles estavam aqui! – exclamou a garota de cabelos quase brancos, irritada.

– A-acho m-melhor voltarmos... – murmurou a garota morena, de cabeça baixa.

– Não. Vamos pelo corredor 13. Uma das dracaenas foi morta no posto 5, talvez os semideuses tenham fugido para lá. – Sarah disse, apontando para uma parede logo atrás de Rachel – Poderia fazer as honras, Mariah?

Mariah, a loira com a lamparina, se adiantou para frente e por pouco não se chocou contra Giovanna, que se afastou no último segundo. Tomei uma nota mental: Nunca ficar no caminho de alguém que não consegue te ver.

A garota pareceu procurar um tipo de interruptor na parede e quando o achou, apertou-o fazendo com que uma porta de carvalho surgisse a sua frente.

– Vamos? – e as três meninas sumiram pelo corredor recém-formado, logo depois de fechada, a porta desapareceu como se nunca tivesse existido.

Pov. Miguel

Eu estava cansado de andar, termia de fome e ainda tinha que aguentar a dor da minha asa quebrada. Que ótimo.

– Eu tô com fooome... – reclamou Charlotte pela quinta vez e eu revirei os olhos:

– Char, nós temos que encontrar os outros. Pode ignorar a fome por um tempo?

– Nãão... Acho que vou morrer de inanição... – a filha de Hermes arrastava os pés exageradamente e andava curvada. Seu rosto estava sujo de terra e seu cabelo estava extremamente bagunçado.

Olhei para frente e tomei um susto. Eu podia jurar que aquele corredor não estava ali quando passamos.

– Miguel! Olhe! Mochilas! – Charlotte exclamou de repente e correu para o estranho corredor com paredes de mosaico. Uma mochila e uma bolsa estavam jogadas no chão. Estavam rasgadas como se tivessem sido arrancadas das costas dos donos.

A filha de Hermes pegou a bolsa, era preta e enorme, estava rasgada de modo que algumas roupas saiam de seu interior como se tivessem sido cuspidas de lá de dentro.

– É a bolsa da Milene. – Charlotte murmurou e tirou de dentro da bolsa um pacote de ambrosia – Tome.

Engoli a ambrosia e logo estava me sentindo melhor, minha asa doía menos. Engoli outro pedaço e minha pele começou a formigar. Já chega.

– De quem é a mochila? – perguntei

– Acho que é do Harry e... – de repente a expressão no rosto de Charlotte mudou de confusão para horror – Sangue!

Ela saltou para trás, apontando para o chão de grama. Eu não havia percebido, mas havia algumas gotas de sangue ali.

– Di Immortales! Isso não tá certo!

Aquela visão me assustou um pouco, mas me tranquilizei ao perceber que até um furo de agulha num dedo mindinho poderia resultar naquela mínima quantidade de sangue, me virei para Charlotte.

– Acho melhor seguirmos em frente. – apontei para o corredor e Charlotte assentiu

– Direita ou esquerda?

– Direita. – respondi rapidamente

– Por quê? Não me diga que tem algo contra canhotos!?

– Err... – eu não sabia como responder a aquela pergunta

– Eu sabia! Vamos pela esquerda. – Charlotte seguiu em frente carregando a bolsa de Milene de um jeito que as coisas não caíssem de dentro dela. Peguei a mochila de Harry e segui pela esquerda contra a minha vontade.

Pov. Milene

Abri os olhos. Uma dor horrível vinha de um corte em minha panturrilha. Um tipo de substância esverdeada e doentia saía dele e eu me sentia muito fraca. Veneno, eu fora envenenada.

Olhei em volta. Eu estava em um tipo de masmorra. As grades de minha cela eram feitas de aço retorcido e um tremia de frio.

– H-Harry? – gaguejei, mas saiu mais como um gemido. Senti-me completamente sem forças e minha mochila sumira.

– Milene? – logo vi que ele estava na cela ao lado, era escuro, mas eu reconheci aqueles olhos azuis na hora. Apoiei-me na parede e me levantei devagar, cada passo que eu dava parecia que eu ia despencar que nem um castelo de cartas e a dor era quase insuportável.

– Harry... – caí ao chegar às barras e Harry percebeu que havia algo errado.

– Mill, você tá bem?? Me diz que não está machucada... – eu nunca ouvira o filho de Poseidon falar daquele jeito, ele estava preocupado, eu via isso em seus olhos.

Olhei para minha panturrilha pedindo aos deuses que o corte não fosse tão sério quanto parecia.

– E-Eu... – não tive forças para terminar a frase e me encostei nas barras, tentando ignorara a dor. Tomei um susto ao perceber que Harry pegara minha mão.

– Temos que sair daqui. Talvez... – ele pareceu pensar – OLHA SÓ AQUILO!

Obviamente eu não esperava que ele gritasse, por isso levei minhas mãos às orelhas.

– Desculpe. – ele deu um sorriso torto – Tive que gritar para ver se chamava a atenção de alguém.

– Tudo bem. – falei.

– Mas o que está acontecendo aqui?? – a porta da masmorra se abriu, mostrando a única pessoa que eu definitivamente não queria ver naquele momento. Samantha.

A filha de Quione estava com uma armadura prateada e reluzente que fazia seus olhos negros parecerem mais frios do que o normal. Em sua mão seu bastão de gelo brilhava em uma luz fraca e esbranquiçada.

– Samantha. – Harry murmurou, entre os dentes, e a garota se virou para nós.

– Também estou feliz em vê-lo filho de Poseidon. – respondeu Samantha, sua voz soou fria e irônica chegando a ser cruel – Onde estão os outros? – Harry continuou a encarar a filha da deusa da neve e eu segurei sua mão com força – Certo, se não vai falar do jeito fácil... SARGENTO! – um homem entrou passou pela porta por onde Samantha viera no mesmo instante, o reconheci como o manticore que nos atacara em Salem – Me traga a garota.

Vi os olhos de Harry se encherem de pânico na mesma hora. O manticore entrou em minha cela e não havia nada que eu pudesse fazer, o monstro simplesmente me colocou nas costas como um saco de batatas e me levou porta á fora. Só pude lembrar vagamente dos insultos nada bonitos que Harry soltou antes de eu desmaiar novamente.

Pov. Angelina

Acabamos por seguir o corredor dos mosaicos, mas o lugar parecia não ter fim!

De vez em quando nós encontrávamos algum tipo de bifurcação e minha coruja e a de Colin verificavam os corredores para ver qual era a melhor opção, mas mesmo assim, no final tudo acabou ficando monótono e eu estava faminta.

–Alguém tem comida aqui? – ouvi Ethan perguntar

– Meus chocolates acabaram lá atrás... – foi a resposta de Rachel

– Eu quero um sanduiche. – Giovanna suspirou

– Com ketchup. – gritei

– E mostarda! – concordou Narcysa

– Não se esqueça de colocar paçoca para acompanhar! – ouvi Jenna

Logo todos estávamos rindo daquela situação absurdamente bizarra. De repente ouvi um barulho e me virei rápido o bastante para ver que Colin escondera alguma coisa no bolso do casaco.

– O que é isso?? – exclamei e todos encaram o filho de Hécate, em um movimento rápido o tigrezinho de Jenna saltou sobre o garoto e rasgou o bolso do casaco deixando que um embalagem aberta de paçoca caísse no chão de grama – Como assim você tinha comida??

– Err... É que eu meio que... – começou Colin

– Não importa, mas vai ter que conjurar o jantar. – estendi minha mão e o filho da deusa da magia fez surgiu um morango maduro – Só isso?

– Não posso fazer mais que isso Angelina. – Colin começou a distribuir um morango para cada um e eu engoli o meu. Fiquei feliz ao notar que aquela seria, provavelmente, minha última refeição naquele lugar e triste ao notar que poderia ser a última também da minha vida.

– Vamos em frente. – recomeçamos a andar, a gata de Alexei tinha mania irritante de ficar na frente de meus pés e eu tinha medo de pisá-la o que fazia com que eu andasse mais devagar.

Pov. Narradora

Felícia atravessou o precipício sem nenhum problema, saltando as tábuas que lhe pareciam soltas e evitando os buracos como um gato selvagem. Logo atrás dela foram sua jaguatirica, Dílis, e a gata de Mary, Luna. Então chegou a vez de Josh.

Pov. Josh

Segui o exemplo de Felícia, tentado evitar os obstáculos e me apoiando nas cordas ao lado da ponte a todo o tempo para evitar colocar peso na ponte em si. O problema foi quando cheguei ao meio.

– Josh! – exclamou Mary, eu pisei em uma tábua podre e ela se desfez aos meus pés, por sorte, consegui segurar as cordas e me erguer novamente. Olhei para trás, gotas se suor rolavam pela face de Sophia e a cúpula que se formara em volta de mim estava ficando cada vez mais fraca fazendo com que o vento forte empurrasse a ponte para o lado, me desequilibrando.

Segui em frente e logo cheguei do outro lado, arfando.

– Sophia! Sua vez! – gritei e a filha de Éolo pareceu escutar. A garota abriu os olhos e abaixou as mãos, porém quando ia dar um passo em direção a ponte suas pernas falharam e ela caiu estatelada no chão.

Pov. Sophia

Eu estava fraca, sentia isso, mas não podia os deixar perceber. Levantei-me novamente e fui caminhando devagar até a ponte que balançava. Comecei a atravessa-la devagar, tomando cuidado a cada passo e tentando amenizar a velocidade do vento com a força que ainda me restava. Pouco-a-pouco eu avançava. Podia ver Josh, Mary e Felícia gritando da outra margem, provavelmente palavras de incentivo, mas eu não os ouvia. O zumbido dos ventos em meus ouvidos era ensurdecedor, a altura sob meus pés era assustadora, eu estava perdida.

De repente, toda a ponte sacudiu e como um chicote, se soltou da margem oposta. Segurei-me nas cordas que ainda me restavam, mas minhas mãos escorregavam. Tive o breve vislumbre da face assustada e em pânico de meus amigos antes de cair rumo ao fundo do precipício e ao rio que corria nele.

Pov. Mary

– SOPHIAA!!! – gritei, mas não havia nada a ser feito, Sophia Lavedell se fora. Não havia volta.

Quando percebi, estava chorando rios, meus joelhos falharam e caí no chão, na beira do precipício. Eu ainda conseguia imaginar Sophia voltando voando e pousando logo ao meu lado, mas eu sabia que seria impossível, ela se fora e não havia volta.

Ouvi os soluços de Felícia, seu cabelo ruivo estava sujo e emaranhado por conta do vento e os fios ricocheteavam em seu rosto enquanto olhava para baixo sem esperanças.

– E-ela não pode... E-ela tem que... – a filha de Tique murmurou, triste, se sentando ao meu lado. Josh fez o mesmo, logo estávamos nós três ali, sentados olhando para o fundo daquele precipício, esperando, e rezando, que Sophia estivesse viva e que voltasse voando para nós.

– E-eu nunca... Eu nunca me desculpei. – falei enxugando as lágrimas e me lembrando do dia em que conhecera Sophia, em Las Vegas

– Ela te desculpou Mary, você foi legal com ela. – Josh tentou me animar, mas nada ia levantar meu astral naquele momento.

– Ela não pode... Ela tem que estar... – Felícia olhava para os próprios pés e murmurava coisas aleatórias – Eu devia ter impedido ela. Eu sabia que isso ia acontecer... – mais lágrimas, tanto minhas quanto da filha de Tique.

– Não é sua culpa, foi escolha dela. – Josh disse, mas Felícia o ignorou e pegou uma pedra no chão.

– Ela merece algo para que possamos lembrar ela lá no acampamento. – disse a filha da deusa da sorte olhando para o teto – Éolo... Sei que provavelmente nunca conheceu a Sophia mas... – uma lágrima rolou pela face da ruiva e percebi o que ela iria fazer – Nos dê algo para lembra-la. Para levarmos para o acampamento... Para... – Felícia mal terminou de falar e a pedra em sua mão começou a brilhar e se transformou em uma linda estatueta. Abri um pequeno sorriso, pelo menos Éolo tinha bom senso.

A estatueta era transparente, como feita de vidro. Levantei-me devagar e Felícia me entregou o pequeno objeto, não havia dúvida que era Sophia a garota na estatueta, reconheci na hora o olhar decidido e o cabelo ondulado até o meio das costas.

– Guarde-a com você. – falei, entregando a estatueta a Felícia, a ruiva assentiu e colocou-a em um dos muitos bolsos de sua mochila, não antes de envolvê-la com uma blusa de lã para evitar que quebrasse.

– E agora? – perguntou Josh, incerto, olhando para o longo corredor que se estendia a nossa frente – Seguimos a diante?

Não. Era isso que eu queria dizer. Eu achava errado seguirmos adiante depois daquilo. Sophia estava morta. Não podíamos seguir sem ela. Mesmo assim, devíamos continuar.

– Seguimos em frente. – concordei com um suspiro.

Não tão rápido, semideuses! – antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, vi Felícia se erguendo do chão. Virei-me, atônita, e percebi que a filha de Tique estava sendo levada por uma harpia de penas negras.

– Me largue seu abutre! – Felícia se sacudia como louca, mas a harpia só apertava os ombros da garota mais e mais, chegando a fazê-los sangrar – Me largue!

Comecei a correr com Josh em meu encalço, a harpia voava alto demais para ser alcançada e logo entrou por um buraco no teto, sumindo de vista.

– Ótimo. Agora perdemos Felícia.

Pov. Charlotte

Fiquei satisfeita quando encontrei o arco e a aljava de Harry no meio do caminho.

– Viu? Eu te disse que a esquerda era melhor. – ri para Miguel, que somente revirou os olhos – Nossa, que estranho, não aconteceu nada de interessante até agora.

– Meus deuses Charlotte! Fomos atacados por uma cobra gigante! – o filho de Thanatos exclamou e eu soltei uma risada, mas parei na mesma hora quando ouvi um barulho de asas batendo – Mas o quê..?

Fui surpreendida quando uma nuvem de insetos veio de trás de nós. Primeiramente achei que fossem borboletas, mas logo notei que era todos marrons e com um cara horrível. Mariposas.

Abaixei-me e coloquei minha mochila sobre a cabeça procurando proteção, mas o zumbido daquelas asas era ensurdecedor.

– Charlotte! –ouvi o grito de Miguel sobre o barulho das asas e me encolhi ainda mais.

– Estou bem! – respondi sentindo meu cabelo ser atravessado por milhares daqueles bichos nojentos voadores. Sorte que não tenho medo de mariposas, pensei.

Pov. Rachel

Assim que vi o grifo tive vontade de correr para as colinas. O problema era que não havia colinas para onde correr.

Ele apareceu pouco tempo depois do corredor se alargar e ficar da largura de uma sala de espera de hospital.

Girei minha baqueta de bronze celestial no ar e ela imediatamente se transformou em minha espada. O monstro avançou, mas estávamos prontos, logo ele era só uma pilha de pó dourado.

– De onde esse bicho veio!? – exclamou Jenna

Olhei em volta a procura de qualquer pista ou entrada por onde o grifo poderia ter saído. Só vi o corredor se abrindo em um “T” alguns metros a frente.

– Que tal irmos p... – começou Angelina, mas um barulho ensurdecedor de uma explosão chegou aos meus ouvidos e uma fumaça negra saiu do caminho da esquerda, nos envolvendo completamente.

Vocês realmente achavam que ia ser tão fácil? – uma voz falou no escuro, eu ouvia todos em volta de mim tossindo e eu tentei afastar a fumaça com as mãos – Eu realmente achava que seriam mais espertos que isso...

– Quem é você? Apareça! – ouvi Ethan gritando, seguido pelo barulho de uma espada sendo erguida, porém um baque surdo me informou que a espada havia sido derrubada.

Filho de Zeus tolo... – de repente todo o ar foi sugado de meus pulmões e a fumaça ao meu redor se dissipou. Parado somente a alguns metros de mim estava um garoto com mais ou menos a minha idade, pele bronzeada, cabelo repicado e, para minha surpresa, olhos dourados com um brilho doentio. Mas o mais assustador era que, sendo segurada contra seu peito com uma adaga pressionada contra seu pescoço, estava Milene – Não entende que eu tenho muito mais poder que você?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Para todos que estão comentando até agora! Amoo muuito vocês!