Vida Marcada escrita por Daenerys MS


Capítulo 8
Fantasma do passado


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dedicado a novos leitores Tathiane Rodrigues de Souza, Winter Queen15, e Eddard Stark ^^ muito obrigada.

E não esqueçam de comentar ;)



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–Não! - arfou o homem; olhou para a própria perna, desejando-a, desejando poder se levantar, correr, e lutar... salva-la - solte-a, minha, minha... esposa - sussurrou finalmente levantando a espada e fazendo jorrar mais sangue pelo inútil toco ensanguentado.

As ruínas da pequena vila mercante começavam a arder, pequenas chamas consumindo lentamente a palha. Como donzelas desflorando, foram perdendo a timidez e logo esguias chamas laranjas lambiam cada parede de madeira e cada cadáver moribundo.

Não sabia se os gritos vindos do imenso clarão amarelado vinham por ordem dos piratas, ou alívio dos moribundos, que no faminto alimentar das chama teriam sua dolorosa e lenta morte se transformando em algo rápido; soava quase como misericórdia.

Era a hora do lobo quando avistaram a pequena bandeira negra se aproximando. Acendendo tochas para espantar a recente escuridão da noite, haviam se armado, e, os homens que de d esculpido, vendido e pescado agora jetivo era proteger as esposas, filhos e... a própria

Como podiam terem sido tão tolos, tiveram alguma vez pensado em vence-los? deveriam ter fugido, se escondido, a bandeira asteada não podia ser mais clara, a caveira em fundo negro anunciava o que foram incapazes de sentir... a morte.

Mas não, não adiantava pensar mais nisso, não adiantava sequer olhar, haviam sido exterminados, mortos e devastados assim como o primeiro pirata a saltar do imenso navio havia predestinado no grutural sotaque do mar:

– Sem prisioneeeeirooos!

Seguido de milhares de gritos de aprovação descendo rapidamente á terra.

– Alissa... não...- e teve o ultimo vislumbre que teria de sua mulher em vida.

– Marco!

Levada por um pirata Alissa foi forçada a subir tropegamente a grande rampa de madeira posta para a descida rápida da nefasta tripulação. Dentro do grande navio foi jogada em um comodo simples e trancada antes de poder ver o rosto de seu captor a deixando. Estava sozinha. E assim permaneceu durante muito tempo, ignorada até mesmo quando bateu, chutou e xingou em seu estranhamente confortável comodo.

Quando finalmente um idoso pirata com uma bandana vermelha á abrira a porta, ela correu rapidamente para o convés, apenas para dar com água, água e água em todas as direções.

– Estamos em alto mar querida, e temo que seria melhor se me acompanhasse sem opor.

– Não! o que houve, onde estamos, devem haver outras, capturadas, quero dizer, alguém da vila..

– Não, temo que você foi a unica, homens , mulheres e crianças não foram poupa... quero dizer, embarcados, ninguém mais foi embarcado.

E sem tempo para resposta foi agarrada e levada a uma quente sala de banhos, no ultimo nível da embarcação. Protestando foi despida e lavada por uma velha mulher corcunda com força sobre humana. Após seca, teve os negros cabelos escovados e ondulados sendo então jogada nua na cabine que outrora havia sido presa.

– Vista-se - gritou a mulher com a voz ríspida, trancando-ae deixando sozinha novamente.

Opondo-se inicialmente Alissa Read permaneceu nua, mas, com a passagem do tempo, começou a sentir frio, vestindo-se. A roupa, era um desconfortável vestido dourado e bordo e assim que terminou de vesti-lo a porta abriu-se e o velho-de-bandana entrou. Corou, percebendo que havia sido observada.

Ao ser conduzida observou os piratas da tripulação e sua espadas brilhando vermelhas, lagrimas subiram aos olhos e forçou a lembrança de Marco ir embora, eles estavam casados a duas voltas de lua, e mesmo o casamento havia sido arranjado por uma comadre que vendo que a bela jovem órfã, sofria sozinha, havia ajudado em armar a união. Mesmo assim tinha começado a se afeiçoar pelo paciente marido pescador.

Pararam em frente a duas pesadas portas, e sem bater o velho-de-bandana a introduziu lá dentro fechando a porta. Alissa ouviu os passo do velho sumirem e deu-se sozinha novamente.

Não, não estava sozinha.

Segundos após, seus olhos se adequaram a escuridão e teve o vislumbre rápido de uma esguia silhueta a sua frente. A sombra acendeu um candelabro e depois outro e outro dando lugar a um belo homem jovem de barba aparada rente e um pesado casaco de couro negro.

Alissa se assustou com os saltos que seu coração davam e mesmo sabendo que devia sentir medo, só conseguiu fascinação. O jovem que devia ser o capitão, dado as circunstancias se aproximou lentamente e com as faces muito próximas e com olhos fascinados sussurrou:

– Sim.

E afastou-se puxando uma pesada cadeira indicando-a que se sentasse. Alissa sentou-se determinada a não mostrar uma sequer ponta de medo. Jantaram uma refeição em silencio e assim que terminaram, o velho-de-bandana apareceu levando-a rapidamente.

E assim foram todas as noites durante meio ano.

Durante o dia, ela se vestia com colete de couro e calças curtas, e era livre para fazer o que quisesse, a tripulação era em sua maioria de piratas livres, mas também havia escravos remadores e escravas de cama. Nenhum deles sequer trocavam um olhar a ela, quanto mais uma palavra. O velho era o único que a respondia, mas mesmo assim eram respostas curtas e de mal grado.

A noite,se lavava e vestia e enquanto a tripulação fazia sua refeição juntos no convés ela subia espontaneamente para a cabine, onde o capitão John Jack a esperava.

Naquela noite, farta de tanto tédio, começou um diálogo e mesmo sem resposta aparente do capitão, continuava sem se interromper. E por assim seguiu-se mais meio ano, sem que tivesse reação maior do que uma encarada ou franzir de testa, as vezes,uma entortada de cabeça.

Aquilo a deixava inquieta, nervosa e extremamente curiosa. Ele nunca deixava a cabine, e mesmo suas ordens nunca eram diretamente de sua boca. Para qualquer pronunciamento, ordem, julgamento, ordem ou decisão, o velho era chamado e depois repassava.

Certa noite após contar uma de suas peripécias de criança surpreendeu-se com um leve riso. O tímido som moveu levemente o suave cabelo e revelou os perfeitos dentes brancos. Sentindo-se fascinada só conseguiu corresponder.

Na dia seguinte mal pode esperar para reve-lo. Queria falar, toca-lo, senti-lo. O mistério de tudo aquilo assomava grandemente. Porque a tripulação obedecia a um homem com nenhum jeito de pirata, a um homem limpo, perfumado, que nem se quer os encorajava.Por que haviam destruído uma vila inteira, que nem se quer tinha riquezas? Quando subiu a cabine o capitão estava de pé, com o costumeiro casaco e o peito nu. Ao se aproximar para jorrar perguntas no anfitrião teve a boca selada por um beijo. Surpreendeu-se correspondendo-o avidamente. Após uma pausa John sorriu:

~~//~~

– É um garoto senhorita Read.

– Deixe me ver meu filho.- O grande capitão entrou no comodo e beijou a esposa, logo virando e levando o filho aos braços, andou ao convés e anunciou para toda a tripulação reunida:

– Podem sorrir meus companheiros, a liberdade para vocês esta próxima, mas a glória e a desgraça do mundo também - Os libertos uivaram - Aqui esta- levantou-o- Jack Sparrow!


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Notas finais do capítulo

Hey pessoal, o proximo capitulo tem o pequeno e malvado Jack em ?
Espero que tenham gostado, a final, é pra vocês ^^

Bjos e até o próximo ;)



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