Capitulo 7

 

POV’s Edward

 

Saímos da cidade o mais rápido que conseguimos e nos dirigimos as antigas ruínas que tínhamos visitado dias antes. Sabíamos que não poderíamos ficar ali por muito tempo sem que os Volturi nos descobrissem, mas no momento precisávamos ajudar Monfrey a recuperar as forças.

 

Coloquei-o apoiado a sombra em uma das belas ruínas a nossa volta e retirei a capa que o protegia para que ele começasse a se acostumar com a luz e tudo o que fora privado por tanto tempo.

 

Alice e Jasper foram arranjar um pouco de caça para ele se alimentar, e enquanto isso, fiquei vigiando para ver se em algum momento os Volturi apareceriam.

 

Será que Aro mandaria todo seu exercito atrás de nós?

 

Era provável. Nós invadimos sua fortaleza e os enganamos por todo esse tempo. Eles com certeza estavam furiosos e querendo nossas cabeças ardendo numa fogueira.

 

Não demorou para que Alice voltasse carregando um gordo cetro e sendo seguida por Jasper que trazia um espécime semelhante. Colocaram os animais ao lado de Monfrey e lentamente ele começou a se alimentar.

 

Depois de satisfeito, o que custou todo o sangue dos dois animais, Monfrey já tinha uma aparência um pouco melhor e aos poucos ele ia perdendo a feição de cadáver moribundo e voltando a ganhar os traços do que devia ser antigamente.

 

Mesmo ainda muito fraco, percebia-se que ele havia sido um homem de feições bonitas e a julgar pela intensidade de seu olhar e pelos traços compenetrados, ele devia ser um homem importante.

 

-Como se sente? – Alice perguntou sorrindo.

 

-Melhor do que me senti em séculos! – ele disse sorrindo de canto para Alice – Obrigado.

 

-Não precisa agradecer! Se pudesse o tinha tirado de lá quando fugimos da primeira vez. Sou totalmente contra os métodos daqueles monstros!

 

Uma centelha de fura e ódio perpassou pelos olhos de Monfrey e seus músculos, embora escassos, enrijeceram-se sob a pele marmórea.

 

Foi então que me dei conta que havia algo errado. Uma ausência que até então eu não tinha percebido.

Os pensamentos de Alice e Jasper estavam ali presentes em um canto da minha mente, mas eu não captava nada vindo de Monfrey, nenhum pensamento, nenhuma emoção, nada.

 

-Eu os odeio profundamente, por tudo que eles fizeram comigo e com tantos outros que passaram por aquele calabouço!  - sua voz era fria e gélida como aço cortante. O ódio estava tão profundamente cravado em seu ser que suas palavras transbordavam toda a raiva e o rancor trancado por tanto tempo no fundo do seu coração morto.

 

-O que aconteceu com você? – Alice se manifestou antes que eu pudesse fazê-lo – Porque o prenderam?

 

-É uma longa história. E agora não é a hora certa de contá-la. Logo vocês saberão – seus olhos encararam os meus demoradamente e depois voltaram-se para Jasper – acredito que alguém se aproxima.

 

-Também senti. – disse Jasper nervoso – mas, seja quem for, está sozinho e pelo turbilhão de emoções, acredito que seja Bella. Ela é a única capaz de chegar aqui em tão pouco tempo. Provavelmente sabia que viríamos para cá.

 

-Sim. Deve ser a Bella! Mas de qualquer forma, é melhor nos prepararmos! – disse Alice tensa.

 

O silêncio reinou entre nós e apenas o som dos leves passos se aproximando eram ouvidos. A tensão dominou a todos até que uma voz se pronunciasse

 

-Lice? Edward? Vocês estão aí? – era Bella. Alice saiu de trás das rochas para que ela pudesse nos encontrar.

 

Mal consegui conter a alegria que se apoderou de mim ou ouvir a sua voz. Estava preocupado com o que poderia ter acontecido a ela e...

 

Ela me chamou de Edward?

 

Minha mente demorou a raciocinar. E quando me dei conta de que eu realmente tinha ouvido ela me chamar, ela já estava se aproximando de nós.

 

Tomei-a nos braços e um dei-lhe um beijo urgente e cheio de saudade. A sensação de ter seus lábios colados aos meus novamente era indescritível. Como eu havia sentido falta de seu corpo junto ao meu, de seu cheiro me embriagando e de seus braços me envolvendo. Uma alegria imensa apoderou-se de mim.

 

Ela havia lembrado.

 

Por alguns instantes, a ameaça de vampiros atrás de nós para nos matar não importou, nossas vidas em risco também não importava. Só o que importava estava ali em meus braços, sorrindo para mim com os olhos brilhantes e cheios de vida e amor novamente. Estava entorpecido admirando minha vida voltar a mim.

 

-Edward – ela sussurrou.

 

O som da sua voz chegou doce e cristalino aos meus ouvidos e não pude evitar de sorrir.

 

-Bella – acariciei seu rosto em resposta.

 

-Me desculpe – ela disse me encarando fixamente – eu achei que...

 

-Shh – silenciei-a – está tudo bem. Já passou.

 

-Eu não queria interromper, mas – Alice começou meio sem jeito – ainda temos que decidir o que faremos com os Volturi. É certo que o exercito deles virá atrás de nós!

 

-Sim. Aro e Arthur estavam furiosos. Acredito que eles vão mandar o melhor batalhão para nos matar. – Bella estava tensa e senti seu corpo enrijecer sob o meu. 

 

-O que faremos? Somos apenas 5 e acredito que Monfrey ainda não esteja em condições de lutar! E não teremos tempo suficiente para sair daqui antes do anoitecer, e acredito que isso também não funcionaria!! Eles nos caçariam até o fim do mundo se fosse necessário!

 

-Precisamos de um plano – Jasper disse tentando manter todos calmos

 

-Por quanto tempo acha que conseguiremos nos esconder? – Monfrey perguntou com a voz serena.

 

-Se tivermos um bom plano e iscas para enganá-los, talvez uns 3 dias! – Jasper disse calculando nossas chances .

 

-3 dias? – Monfrey pensou um pouco, e a ausência de sua mente me intrigou mais uma vez - Não é tão ruim assim. Poderemos conseguir alguma ajuda até lá!

 

-Ajuda? – perguntei sarcástico, mas a raiva dominou a minha voz – Nós pedimos ajuda a quase todos os vampiros do mundo e nenhum deles quis nos ajudar! O máximo que conseguimos foi um talvez, mas a maior parte deles tem medo de enfrentar os Volturi!

 

-Entendo – ele disse pensativo – Mas eu tenho um plano e ele não falhará! Precisarei me alimentar mais. – ele levantou e começou a caminhar – Escolham um bom lugar para a batalha e preparem um bom plano para nos esconder por 3 dias. Vamos precisar nos manter a salvo até lá.

 

Ele caminhou por mais um tempo e depois começou a correr. Provavelmente testando como seus poderes estavam.

 

Bella ainda estava abraçada comigo, assim como Alice estava em Jasper. Nós olhamos por alguns instantes. Era maravilhoso estar com os amigos. Todos juntos novamente, mesmo não sabendo por quanto tempo isso duraria.

 

-Acho que devemos fazer o que ele disse – Bella falou soltando-se de mim

 

-Qual será o plano dele? – perguntei inquieto

 

-Pensei que pudesse nos responder isso Edward – Alice disse decepcionada

 

-Não – disse calmamente – a mente dele é um mistério para mim! Sinto muito!

 

Alice apenas assentiu e nos reunimos para debater como poderíamos nos manter a salvo durante esses 3 dias e qual seria o melhor lugar para lutarmos contra os Volturi, onde poderíamos ter mais vantagens do que eles.

 

Chegamos a conclusão de que as ruínas onde estávamos seriam o lugar ideal para a batalha, pois todos nós conhecíamos bem o terreno e os Volturi não tinham esse conhecimento.

 

Monfrey não demorou a voltar e logo que chegou,se juntou a nós para discutir as idéias para executar o plano. Quando o sol começou a se esconder para dar inicio a mais uma noite, fomos procurar um abrigo mais seguro entre as ruínas.

 

Encontramos uma entrada subterrânea que estava parcialmente escondida pelas rochas que haviam desmoronado em cima dela, mas que ainda permitiam o acesso para aqueles que sabiam sua localização.

 

Descemos uma pequena escadaria de pedra e chegamos a uma câmara que outrora parecia ter sido parte de um pequeno aposento real. Uma espécie de vestíbulo que, embora estivesse parcialmente destruído, poderia abrigar-nos durante as noites em que precisaríamos nos esconder.

 

Jasper, Alice, Bella e eu nos acomodamos nos escombros de uma parede demolida e olhamos para Monfrey que ainda estava em pé no centro da câmara. Ele virou-se para nós lentamente e deu um pequeno sorrisinho de canto

 

-Amanhã começaremos a por nosso plano em prática, todos já sabem o que devem fazer? – assentimos com a cabeça – Então, preparem-se, pois o que vou dizer não será apenas para vocês, o mundo irá me ouvir, e infelizmente os Volturi também. É hora de chamar o reforço.

 

Seu sorriso apagou-se enquanto ele virava-se de costas para nós novamente. Após alguns instantes de silêncio, sua voz retumbou em meus ouvidos

 

-Boa noite a todos que estão me ouvindo! Creio que devem se lembrar de mim, embora há muito eu esteja desaparecido.  Sou Monfrey Razzoni, aquele que há 350 anos atrás tentou romper a ordem tirânica que domina cruelmente a existência de todos nós...

 

POV’s Arthur

 

Aro, Caius e Marcus ficariam furiosos. É claro que ficariam! Eu precisaria interromper sua reunião e lhes informar as últimas notícias e torcer para não ser o alvo de sua fúria destruidora.

 

Não haveria nada pior do que morrer antes de matar Edward e todos aqueles traidores, que por incompetência da melhor guarda real de todo o mundo, ainda estavam foragidos.

 

Eu os havia mandado vasculhar cada centímetro de Volterra e eles voltam dizendo que não os encontraram, mesmo com todos os dons que eles têm! Óbvio que algumas cabeças rolaram, e foram direto para a fogueira! Tudo o que eu não preciso é uma guarda incompetente!

 

E como se isso não bastasse, eles haviam levado consigo aquele renegado traidor, que agora se achava no direito de falar ao mundo de coisas que deveriam ficar enterradas para sempre juntamente com ele.

 

 Adentrei o salão principal esperando ver os três reunidos em debate, mas surpreendi-me ao ver que eles estavam sentados em suas poltronas, concentrados em silêncio, provavelmente ouvindo as palavras de seu antigo prisioneiro.

 

Caius fez um breve sinal para eu me aproximar e bloqueando todas as outras coisas de minha mente, me aproximei ouvindo as palavras destinadas a todos os vampiros do mundo.

 

“Fui prisioneiro dos Volturi por todos esses anos e só não congelei para a eternidade pela bondade de alguns vampiros que conheci. Mas foram 350 anos de violência e espancamentos, 350 anos vendo atrocidades abomináveis, não só contra humanos, mas também contra outros vampiros, nossos irmãos e irmãs que pereceram nas terríveis garras da nossa atual elite. Por que não cortaram minha cabeça? Pelo mesmo motivo que não permitiram que eu me alimentasse por todo esse tempo. Pura crueldade. Mas chegou a hora da minha vingança, e chegou também o fim da Era dos Volturi, pois a vastidão e crueldade deles são de conhecimento de todos, e o que eu quero é a mesma coisa que eu queria há 350 anos: Um mundo melhor para que nós possamos viver! Para aqueles que me conhecem, para aqueles que simplesmente ouviram a história, e para aqueles que não sabiam de nada disso, eu peço, reúnam-se a nós, vampiros que desafiaram a supremacia dos Volturi, e venham lutar ao nosso lado para alcançarmos o fim dessa Era de Terror. A guerra já começou e o inimigo é forte, todos sabemos, por isso peço a vocês, venham! Pois daqui a três dias nos reuniremos em Volterra, e então a batalha acontecerá. Venham até nós, e vocês terão a chance de lutar por tudo que acreditam! Não temam! Nós esperamos por vocês.”

 

Ao terminar de ouvir o discurso virei-me para os três e o que contemplei foi a pura face do ódio. Eles estavam estáticos com os dentes trincados e com as mãos cerradas. Seus semblantes transmitiam claramente a fúria cega que lhes dominava o corpo e a mente. Monfrey não escaparia da morte novamente. Assim que os capturássemos ele seria o primeiro a morrer!

 

-Arthur – Aro disse com a voz cruel e gélida – quero a cabeça deles queimadas e quero as cinzas numa bandeja! E você tem menos de 3 dias para que isso aconteça! Vou mostrar ao mundo que qualquer rebelde deve e SERÁ punido severamente. Ache-os!

 

Assenti brevemente e saí da sala, assim que fechei a porta pude ouvir o som do concreto rachado e o grito irado de Aro.

 

POV’s Edward

 

Monfrey terminou seu discurso e foi sentar-se afastado de nós, suas feições eram doloridas devido ao enorme esforço que acabara de realizar. Estávamos em silencio absoluto diante da história que ele havia nos contado.

 

Alice e Bella olharam-se perplexas, elas sabiam quem era Monfrey Razzoni, tinham ouvido as histórias e rumores sobre o vampiro que tinha desafiado os Volturi e que supostamente não tinha sobrevivido para contar a história.

 

Elas levantaram-se e foram até Monfrey.

 

-Então é verdade? – Bella perguntou com a surpresa estampada na voz.

 

-Sim – ele disse calmamente.

 

-Sinto muito .

 

Alice tentou ser solidária, mas sabia que agora não havia mais nada a ser feito, a não ser sobreviver por mais três dias e vencer a batalha.

 

*~* 1° dia *~*

 

O silêncio reinava em nosso esconderijo, enquanto ouvíamos os primeiros sons ao lado de fora. Mais um dia começava e com ele a caçada. Eles nos caçam e nós, como boas presas, tentávamos sobreviver. 

 

Sobreviver. Era tudo o que mais queríamos. Poder viver em paz e longe das garras dos Volturi. Mas agora, era guerra. Vencer ou morrer. Simples assim.

 

Simples? Quem disse que morrer é algo simples?

 

Minha vida passava diante de mim como um filme e parava exatamente no clímax mais crucial. Não poderíamos errar senão nossas cabeças seriam arrancadas e queimadas em muito pouco tempo. Mas como evitar isso?

 

Nenhum vampiro se manifestou, embora poucas horas tivessem se passado desde o pedido de Monfrey. Mas será que eles nos ajudariam? Tantos nos negaram ajuda quando pedimos, que agora não conseguia confiar que alguém apareceria.

 

Bella sentou-se ao meu lado e por um momento deixei de me preocupar com tudo, apenas para usufruir sua companhia, pelo tempo que ainda tínhamos. Logo mais iniciaríamos o plano, e com ele nossa corte estava em jogo.

 

-Tudo vai dar certo – ela disse tentando sorrir – vamos conseguir. E logo, mais vampiros virão nos ajudar.

 

Concordei mecanicamente. Não conseguia acreditar que alguém realmente viria nos ajudar.

 

Talvez eu estivesse enganado. Talvez não.

 

Ia responder Bella, quando Monfrey levantou-se agitado.

 

-Estão aqui – disse sussurrando

 

Nos reunimos em volta dele sem fazer o menor ruído e começamos a prestar atenção aos sons vindos de fora.

 

-Silêncio – disse um deles de repente – acho que ouvi alguma coisa!

 

Prendemos a respiração. A voz veio de algum lugar muito próximo a entrada do esconderijo. Sem fazer ruído nos preparamos para atacar.

 

Os passos se aproximaram mais e passaram pela entrada aparentemente sem te-la notado. Os passos continuaram até se tornarem inaudíveis.

 

-Devem ter seguido nossa pista – Alice disse com um riso de escárnio.

 

-É hora de agir. Sabem o que fazer. – sentenciou Monfrey

 

Como tínhamos combinado, Jasper saiu lentamente para ver se podíamos começar. Voltou pouco depois com o mesmo sorriso de Alice estampado no rosto

 

-É hora da festa.

 

Segundos depois já ocupávamos nossas posições, enquanto Monfrey partia para seu posto.

 

Tudo correu perfeitamente, e pouco tempo depois a primeira etapa estava vencida.  O canto de Bella deixou os vampiros que nos procuravam sob suas ordens. Disse-lhes que era para voltarem e dizerem que nada haviam encontrado.

 

Jasper e eu os deixamos inconscientes e depois disso Alice apagou suas memórias para que não se lembrassem do que havia acontecido, e também para o caso de Aro verificar.

 

Nos escondemos novamente e quando eles acordaram me certifiquei de que tudo havia sido gravado em suas mentes. Assim que eles partiram fomos para um novo esconderijo, onde pouco depois Monfrey nos encontrou.

 

A etapa 1 estava concluída.

 

O dia passou sem nenhum imprevisto ou novo encontro com vampiros e sem realmente tomarmos conhecimento, mais uma noite começava.

 

Como Monfrey havia sugerido, os vampiros poderiam estar encontrando dificuldades para entrar em Volterra, pois com certeza os Volturi estariam bloqueando os acessos a cidade e prenderiam qualquer um que tentasse nos ajudar.

 

Entretanto, durante a noite nada poderíamos fazer, pois seríamos presas fáceis, por isso apenas arrumamos um jeito de nos comunicar com aqueles que estavam chegando a cidade de uma forma mais segura.

 

Monfrey falaria na mente dos vampiros, mas como não podia restringir o alcance de seu poder, Bella bloquearia a mente de todos os presentes em Volterra, apenas para que os que estivessem fora da cidade ouvissem.

 

Embora não pudéssemos ter certeza do sucesso disso, acreditávamos que o recado foi ouvido por todos aqueles que deveriam ouvir e que os Volturi não receberam a informação. A etapa 2 estava concluída.

 

*~* 2° dia *~*

 

Aos primeiros raios do sol fomos verificar se o plano tinha da do certo, e para nossa felicidade tudo estava conforme o planejado.

 

O caminho que conseguimos abrir para a passagem dos vampiros era seguro e não havia sinal de que os Volturi soubessem que ele existia. Mas o melhor, o que me encheu de esperança, foi ver que haviam atendido ao nosso chamado.

 

Todos os vampiros que tínhamos visitado e que nos negaram ajuda estavam ali, junto com vários outros que eu não conhecia, mas que logo reconheceram Monfrey, Bella, Alice e Jasper.

 

Tudo estava caminhando bem. A etapa 3 estava concluída.

 

Só precisaríamos nos esconder por mais algumas horas e então a batalha aconteceria.

 

POV’s Arthur

 

-MALDIÇÃO!!! – gritei impaciente – já se passaram quase 2 dias e vocês não conseguiram me trazer sequer um deles!! Ou qualquer informação de onde eles estão! Essa é a melhor guarda real do mundo? Saiam daqui!!

 

Eles saíram rapidamente e fui conversar com Aro, Caius e Marcus. Há dois dias que eles estavam irritadíssimos com os fracassos da guarda e por muito pouco alguns já haviam morrido.

 

Besteira, na minha opinião. Mortos não lutam. E tudo que o não precisamos é baixas de lutadores.

 

Espero que tomem alguma decisão, pois a luta esta prevista para amanhã, e visto que não temos nenhuma informação sobre aqueles renegados, provavelmente teremos que lutar.

 

Bati a porta e entrei sem esperar permissão. Eles estavam em seus tronos e olharam-me assim que me prostrei diante deles.

 

-Alguma novidade? – a voz gélida de Marcus cortou o ar.

 

-Não – respondi simplesmente, e antes que pudessem ter seu costumeiro ataque de raiva completei – creio que está na hora de tomarem uma decisão.

 

Eles concordaram sem nada acrescentar e logo em seguida Aro levantou-se.

 

-Preparem toda a guarda. Lutaremos amanhã.

 

-Onde iremos lutar? – perguntei – poderemos arrumar bem o terreno.

 

Sorri ironicamente. Encher o terreno com gasolina e atear fogo em todos eles de uma vez era uma boa opção.

 

-Amanhã saberemos onde vamos lutar. Prepare a guarda.

 

Ele acenou dispensando-me e me dirigi a sala da guarda e depois a sala de armas. A guerra vai começar.

 

POV’s Edward

 

*~* 3° dia *~*

 

É hoje.

 

Aos primeiros raios de sol saímos do esconderijo e fomos para as ruínas. Explicamos o plano para todos que estavam ali e eles prontamente se colocaram em suas posições.

 

Em seguida Monfrey mandou seu recado.

 

- A guerra vai começar. Aqueles que não tiveram a coragem de vir, torçam por nós. Àqueles que vieram, boa sorte. E aos Volturi, estamos esperando nas ruínas.

 

Poucos minutos após a declaração de Monfrey ouvimos a marcha da Guarda. Mas antes do combate, ainda tínhamos umas pequenas surpresinhas.

 

Conforme planejamos, Bella foi escoltada até o alto de umas das rochas e em seguida sua canção começou a ressoar. Ao som de sua primeira ordem, notamos que boa parte dos combatentes inimigos tinham sido escravizados.

 

Bella os mandou embora para que não morressem injustamente e para que, caso lembrassem que estavam em guerra, não conseguissem voltar para continuar lutando.

 

-Sua traidora – Arthur gritou em meio ao exercito. – Vou calar sua voz para sempre e junto com você, todos aqueles vermes que te ajudaram! Principalmente Edward.

 

Em seguida pudemos sentir que alguns deles tentavam atacar nossas mentes, mas graças ao bloqueio de Bella, eles não conseguiam. Essa batalha seria apenas corpo contra corpo.

 

-Atacar – Aro gritou enraivecido

 

-Atacar – o brado de Monfrey foi igualmente irado.

 

A batalha começou e logo depois já se viam fogueiras enormes e vários corpos queimando. Mas perdi a noção do que acontecia ao meu redor quando Arthur me alcançou.

 

-Você vai morrer Edward – sua voz soava insana – e serei eu que terei o prazer de arrancar sua cabeça e joga-la na fogueira! Depois disso será a vez daquela traidora da Bella!!

 

-Você não vai encostar um dedo nela!! – gritei furioso e o ataquei

 

A batalha foi longa, mas apesar de Arthur ser um bom lutador e ter me ferido bastante, eu consegui vence-lo. Um golpe de sorte? Talvez.

 

Mas o importante foi ver seu corpo crepitando na fogueira e ter a certeza de que quando a batalha acabasse eu e Bella poderíamos viver em paz para sempre.

 

Procurei-a pelas ruínas e respirei aliviado ao vê-la junto com Jasper e Alice não muito longe de onde eu estava. Olhei a minha volta para ver como a batalha estava e constatei feliz que os Volturi tinham mais baixas que nós.

 

Caminhei até Bella enquanto todos paravam de lutar para observar a luta que estava sendo travada no meio do campo. Aro e Monfrey se atacavam furiosamente enquanto outros dois vampiros que eu não conhecia atacavam Caius e Marcus.

 

Logo Caius e Marcus sucumbiram e restaram apenas Monfrey e Aro lutando. A luta estava intensa e nenhum dos dois dava algum sinal de que iria cair, mas num movimento rápido Monfrey conseguiu cortar a cabeça de Aro.

 

Ele a ergueu triunfante e a atirou no fogo logo em seguida.

 

Apesar das perdas, dos ferimentos, do cheiro ocre de carne queimada que pairava no ar, respirei aliviado pela primeira vez em muito tempo.

 

Agora eu finalmente poderia ficar para sempre com o amor da minha vida. Nada mais iria atrapalhar nossa felicidade.

 

Puxei Bella para perto de mim e sussurrei em seu ouvido

 

-Ficaremos juntos para todo o sempre. Nada mais irá nos separar! Eu amo você!

 

-Eu também te amo – ela disse sorrindo satisfeita.

 

Beijei-a com todo o meu amor tendo a certeza de que de agora em diante, tudo seria melhor.

 

FIM