Pov katniss

Minhas lágrimas se transformaram em de alegria.Meu pai corre para me abraçar também, como senti sua falta, falta de seus abraços, dele sempre presente, até dos seus sermões.Ele continua o mesmo, alto, com seus olhos azuis, seu cabelo e sua barba loura estão maiores, mas seu olhar generoso continua o mesmo. Haymitch Everdeen Hawthorne. Nos separamos, e ele percebe as lágrimas nos meus olhos:

–Hey, não chora, eu to aqui, não precisa chorar minha princesa – diz ele, com lágrimas nos olhos também, e me abraça novamente

–Como eu senti sua falta!

–Também senti muita saudade, Katniss – ele me olha – Então, como você está? – diz ele, nos sentamos e começo a contar todas – ok, nem todas, os pais não precisam saber de tuudo, certo? – as novidades á ele.

–E minha mãe, já a viu? – pergunto a ele, enquanto o mesmo dá um longo suspiro

–Sim, já a vi, foi no mercado comprar coisas pro almoço, como sua mãe sempre foi exagerada, vai seu “um grande grande almoço” pelo visto – ele diz e eu rio – o que foi?

–Nada, é que a mamãe não cozinha direito faz um tempo, sempre vivo a base de pizzas, hambúrgueres e macarrão instantâneo, ou ela queima a comida, ou ela não a faz por que... – paro de dizer, mas meu pai entende imediatamente o que eu iria terminar de dizer

–Ou ela não a faz por que está bêbada demais pra isso – ele diz, e eu abaixo minha cabeça – ela ainda não parou?

–Ela nunca parou, e quando você e Gale se foram... ela piorou – digo já sentindo mais lágrimas caírem, enquanto ele suspira novamente

–Eu sei, mas as coisas podem melhorar Katniss, vão melhorar – ele diz e eu o olho

–Não pai, não vão, você mesmo já desistiu, se separou dela, por que ela não melhorou – digo com raiva, e ele não prossegue o assunto. Ficamos um bom tempo em silêncio, eu refletindo no que disse, e ele fazendo uma cara pensativa

–Katniss? – ele me chama – o que você acha de ir morar comigo? – meu pai me pergunta, e eu sorrio involuntariamente

–S - Sério? Mas eu... – ele termina

–Na verdade, estou me mudando Katniss, para o Reino Unido, e sei que você está indo pra lá daqui alguns meses... então por que não ir agora comigo? Pra Você já ir se acostumando, não precisará ficar nos quartos de lá, da universidade e... bem, eu não ficaria sozinho – ele diz, não agüento a emoção e o abraço novamente

–PAI! BRIGADA! BRIGADA! BRIGADA! BRIGADAA! – digo chorando novamente, até que me lembro dela, não me pergunte por que, sinto uma ponta de preocupação... me sento de novo e o olho fixamente – mas pai... eu, não sei por que mas... a minha mãe, ok ela nunca faz nada pra mim ou por mim mas, eu sempre a “ajudei” sabe, não acho que ela vá conseguir se virar aqui, sozinha – digo de cabeça baixa, e logo em seguida de minha mãe, me lembrei de Clove, ela sempre esteve comigo, vai ficar chateada comigo se eu for e... “peeta”

Por que ele veio em minha mente? Se eu for mais cedo pra Cambridge, eu ficarei longe dele! Isso é bom, não é?

Não é?

–Minha filha, não precisa se decidir agora, eu sei que tem pessoas que gosta aqui, mas, de uma forma ou outra você tem que se decidir, faça o que tem vontade, acima de tudo acima de todos, pense em você, lembra? – diz meu pai, com sua velha frase, me dá um beijo casto na testa, e sobe para o quarto. Saio de meus devaneios, com uma Effie chegando toda atrapalhada, cheia de sacolas, e pera...parecendo sóbria? vou ajudá – La com as sacolas:

–Mãe? Pra que tudo isso? – pergunto rindo de sua situação

–Não ria, vem aqui e me ajude com essas sacolas, teremos um grande, grande almoço! – diz minha mãe, a última vez que a vi assim foi a muito, muito... muito tempo – Haymitch... Seu pai, está... – minha mãe diz encabulada, querendo saber de meu pai. Rio com isso

–Haymitch, meu pai, está lá em cima, deve estar tomando banho pro almoço – digo e ela suspira, parecendo aliviada

–Alías – ela diz indo pra cozinha – Seu irmão logo estará aqui... e com a... Madge – ela diz com desgosto e eu sorrio involuntariamente... MEU GRANDÃO LOGO VAI ESTAR AQUI! Subo pro meu quarto e me arrumo por almoço, me sentindo, por incrivelmente que pareça... feliz...

.

.

Termino de me arrumar, e o vejo, corro para o abraçar

–GRANDÃÃOO! – grito Gale e vou correndo o abraçar, ele me pega e me gira pelo ar

–CATNIP! – Gale sempre me chamou de Catnip, ele dizia preferir esse nome, e isso me irritava, o que o incentivava a continuar me chamando assim

–Ainda com esse apelido ridículo? – digo irritada

–Velhos hábitos nunca mudam – ele diz e eu bato em seu braço

–Ok, chega de contato, que eu tenho ciúmes – Diz Madge

–Awn, nem matei a saudade ainda, mas vou fazer um esforçinho, não quero morrer pelas mãos da minha cunhada – digo e vou abraça – lá, e ela ri

–O almoço está quase pronto, vamos pra mesa? – minha mãe pergunta, todos assentimos e vamos pra mesa comer.

–Podem aproveitar, tuudo isso - Minha mãe diz (n\a: eu li na voz da Effie mesmo, hahaah) ela fez uma super lasanha com molho branco, e como sobremesa tarte de chocolate e noz, com chantilly. Estava com uma cara divamente maravilhosa. Começamos a comer em silêncio até que minha mãe se manifesta:

–Sabe, é bom... é bom ver todos reunidos de novo – ela diz – com exceção sua, Madge – minha mãe diz e Gale se volta para ela, indignado

–Mãe! – Gale começa, mas Madge não o deixa terminar

–Tudo bem Gale, ela só está dizendo o que pensa – Madge, diz, doce como sempre

–Mas é claro que estou dizendo o que penso, você tirou o meu filho de mim, acha que deveria estar feliz? – minha mãe diz calmamente, e depois ri seca, dessa vez meu pai se manifesta

–Effie não... – minha mãe o corta

–Não o que? Ele foi embora por causa dela, você foi embora por... agora ela, vai embora pra universidade, e eu? Vou ficar sozinha, SOZINHA! – ela diz,é claro que ela bebeu, não agüento e a repreendo

–MÃE! Será que não pode almoçar civilizadamente, por favor, não estrague isso. Não hoje, é importante pra mim – eu digo já com lágrimas nos olhos e todos voltamos a comer em silêncio, até o som da campanhia ecoar nossos ouvidos. Me levanto pra atender, e o vejo parado, com o semblante preocupado.

–O que faz aqui?

Pov peeta

Depois do que aconteceu na arquibancada, estou decidido a ir até Katniss, explicar tudo a ela, afinal, como ela soube que Glimmer me beijou, quero dizer me agarrou, em frente a minha casa? Isso eu irei descobrir.

Tive que enrolar o professor sobre o trabalho, já que Katniss não estava ali comigo para o apresentar. As aulas terminaram, e antes de ir atrás de Katniss, vou até Glimmer:

–O que você armou? – digo, com raiva

–O que? Eu não fiz nada – diz ela, com sua cara cínica dando de ombros

–Eu sei que você fez alguma coisa, armou pra Katniss ver você me agarrando na minha casa – digo pegando – a no braço – admite

–O – o que? Não, eu não fiz nada eu, só queria um ultimo beijo, mas fala sério, na bochecha era muito clichê não acha? – ela diz, rio dela

–Espero que tenha aproveitado, aquele foi o ultimo beijo que você teve de mim – sussurro em seu ouvido, mordendo seu lóbulo da orelha e saio dali...

.

.

Chego na casa de Katniss, me preparando mentalmente pra me explicar a ela, quando toco a campanhia, ela mesmo me atende:

–O que faz aqui? – a raiva era evidente em sua voz

–Bem eu... quero te explicar o que aconteceu na minha casa, com Glimmer – começo mas ela me interrompe

–Olha, como disse não me deve explicações, e também não tenho vontade de saber... só, esqueça. Me esqueça. – ela diz e se vira pra fechar a porta, mas sou mais rápido e ponho o pé na mesma

–Não eu... – tendo de novo, mas uma voz masculina me interrompe

–Katniss você está demorando e... oh, olá! – é um homem alto e forte, cabelos e barba louras, e olhos azuis

–Olá – digo encabulado

–Bem, já se apresentaram, agora vamos entrar pai? - pai? Pensei que ele tivesse ido embora!

–Espera! Qual o seu nome? – o pai de Katniss me pergunta

–Peeta, senhor – digo, por que raios estou com vergonha de falar com ele? Ele é apenas... o ser que gerou a pessoa por quem sou apaixonado hoje! Sem pressões, certo?

–Peeta... você é... namorado da Katniss? – ele me pergunta e eu rio, enquanto Katniss fica mais vermelha que um pimentão

–O – O QUE? Pai, não fale besteiras, ele é um amigo... quer dizer, ex amigo – ela fala suas ultimas palavras baixas, como se ninguém escutasse, mas eu ouvi. E doeu.

–Hm, que bom, assim não teria que te torturar da forma mais dolorosa o possível se machucasse minha menina – ele diz e eu arregalo os olhos - Parece ser um bom garoto, espero que esteja certo

–Vamos entrar pai, tchau Peeta – diz Katniss, impaciente

–Mas Katniss eu... – pai dela me corta

–Que nada Katniss, Peeta, já que é um amigo da Katniss, o que acha de almoçar conosco? – ele pergunta e eu sorrio involuntariamente. Katniss me olha horrorizada e eu digo divertido:

–Eu adoraria senhor.

.

.

A família de Katniss me pareceu ser bem divertida, descobri que ela tem um irmão que se chama Gale, oque me fez rir quando soube seu nome. Gale=Gay+Le, entendeu? não? Ok. Pelo menos dessa vez não tive que me esconder de sua mãe, e seu pai, que descobri se chamar Haymitch, me perguntava toda hora que nível de amizade era a minha e a de Katniss. Não disse a ele que beijei sua filha várias vezes, não estava afim de morrer tão cedo. Katniss mal falou durante o almoço, e me olhava com a maior carranca do mundo. Deu medo de ver. Quando terminamos a sobremesa, Katniss se dirigiu a mim pela primeira vez:

–Peeta, vamos lá em cima rapidinho? – ela me pergunta, com um sorriso cínico, e eu assenti

–To de olho em vocês dois, estarei lá em segundos se ouvir um barulho se quer! – Gale diz, e é a minha vez de corar.

–Ah vai se ferrar! – Katniss diz enquanto revira os olhos – vamos Peeta – ela diz e subo com ela

Chegamos em seu quarto e ela adquire tristeza em seu rosto

–Se explique, e depois vá embora – ela diz, sentando na cama e cruzando os braços – tem 5 minutos – Ela consegue ser autoritária as vezes. Sei, só as vezes.

–Glimmer, ela confessou tudo, ela chegou na minha casa de manhã, dizendo que ia me deixar em paz, a mim e a você, e quando foi beijar na minha bochecha, ela me agarrou feito louca – digo e ela perece não acreditar – olha, me da mais um tempinho, tenho que te mostrar o nosso trabalho... eu não o apresentei mas, fiz uma pequena mudança de poemas – digo e começo a ler pra ela:

Trabalhamos como duas locomotivas a todo vapor

E esquecemos que o amor

É mais forte que a dor

Que envenena a razão

Somos vítimas assim de nossa própria tonta criação

E esquecemos que o amor

É mais forte que a dor

Que uma ferida dentro de você

Os irmãos já não devem brigar

É momento de recapa citar

É tempo de trocar

É tempo de trocar...

Pedir perdão

É tempo de trocar

Na mente de todos

O ódio por amor

É tempo de trocar...

Se te puseres a pensar

A liberdade não tem proprietário

Quero estar contigo amor,

Quero estar contigo...

Se aprendermos a escutar

Talvez poderemos juntos caminhar

De mãos dadas até o final

Eu aqui e você lá

De mãos dadas até o final...

É tempo de recapa citar

É tempo de trocar...

O ódio por amor

(dê o play>> http://letras.mus.br/juanes/1338902/traducao.html

Termino de falar, e Katniss está com lágrimas nos olhos

–Eu... ia te falar tudo isso na frente de todos, na hora do trabalho, ia pedir você em namoro... mas... acho que posso fazer isso aqui também – digo, e vou até ela, me ajoelho e a pergunto:

–Katniss Hawthorne (que descobri ser seu nome do meio) Everdeen, quer namorar comigo?