Cecília escrita por Claire Capelotti


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Aqui está! Eu simplesmente adorei esse cap. espero que gostem.
Deixem review, estou meio desanimada pra escrever, divulguem e virei com capítulos mais frequentes ♥



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Anne já tinha ido ao banheiro com a garota fazer coisas de meninas que beijam meninas. Ou sexo lésbico falando de um jeito menos – bem menos – sutil. Bruce tinha ido atrás de uma garota com cabelos de dreads roxos que tinha achado interessante, mas não sei se teve sorte com ela, talvez sim, ela parecia estar totalmente chapada.  E eu, fiquei com Mark que bebia a cerveja na garrafa que Anne tinha comprado e entregado para ele antes de ir ao banheiro enquanto dançávamos, ele bem atrás de mim.

Um garoto se aproximou de mim e falou no meu ouvido que tinha me achado muito animada e segurou minha cintura, afastei-o empurrando seu peito com a ponta dos dedos e balancei a cabeça negativamente mostrando que não queria beija-lo, ele fez um bico como se estivesse desapontado, deu de ombros dizendo “não posso fazer nada” e falou no ouvido de uma garota ao meu lado provavelmente a mesma coisa, ela fez o “sinal da paz”, colocou os dedos em frente à boca e passou a língua no meio, o garoto sorriu e falou algo no ouvido dela novamente, em seguida eles estavam se beijando com direito a mão nas partes intimas.

Só pude rir e balançar a cabeça desacreditada. Se bem que, Anne tinha ido ao banheiro com a garota desconhecida. Aquelas passadas de mãos que eles trocavam eram coisas bobas comparadas a isso.

Mark estava muito louco, não parava de rir, as luzes piscavam em seu rosto dando um efeito mais louco ainda. Eu estava virada para ele, quando um garoto às minhas costas e respirou no meu ouvido, deixando-me arrepiada. O sorriso dele sumiu de seu rosto dando lugar a uma cara feia, ele empurrou o garoto que devolveu com um empurrão ainda mais forte e o pior: Eu estava entre os dois. Antes que Mark pudesse revidar e dar inicio a uma briga fui empurrando-o para trás conduzindo seu corpo para o mais distante que pude do garoto.

Ele voltou a rir e a beber sua cerveja – como quando alguém irrita uma criança que estava rindo e ela faz cara feia, mas então volta a rir novamente minutos depois –, segurou minha cintura e juntou nossos corpos ao som de uma música eletrônica que eu nunca ouvi.

Mark abaixou-se um pouco e colocou a cabeça no meu ombro, eu sentia sua respiração no meu pescoço que logo ele estava beijando, as pessoas pulavam animadas enquanto ele conduzia-nos até o cantinho triangular que junta às paredes e me empurrou ali. Como ele é mais alto que eu acabei ficando encolhida contra a parede, ele parecia uma muralha fazendo sombra sobre mim e me protegendo de tiros.

Então ele beijou minha testa, nariz, as duas bochechas, queixo e subiu para a boca, pressionando nossos lábios por um minuto, minhas mãos puxavam a camisa dele como se eu tivesse puxado-o para um beijo, apertava o pano com tanta força que sentia minhas próprias unhas perfurando a palma da minha mão, ele colocou a língua dentro da minha boca e inclinou a cabeça para a esquerda, apertou minha cintura me fazendo ficar na ponta dos pés, as mãos dele escorregaram até os bolsos traseiros da minha calça, soltei sua camisa e coloquei os braços em volta da sua nuca, recebi uma mordida fraca no lábio inferior e senti suas mãos se encolhendo, tentando me apertar, por dentro dos bolsos.

Afastamos-nos quando a música parou, ele sorriu malicioso para mim e passou a língua pelos lábios que estavam retraídos e o homem brutamonte, porém simpático, da entrada estava de pé no palco ao lado do DJ com um microfone em mãos.

- A polícia está a duas quadras daqui pela entrada convencional – Sua voz estava mais séria do que quando perguntou quem eu era – A festa acabou.

As pessoas fizeram um coro de “Ahhhhh” e andaram um pouco rápido demais, quase correndo, para uma porta grande com uma plaquinha escrita “saída de emergência” ao lado do palco. Eu e Mark ficamos parados nos encarando – eu confusa, Mark fazendo uma cara indecifrável – até Anne vir correndo em nossa direção contra a massa de pessoas que iam ao sentido oposto ao dela, ela segurou o pulso dele que segurou o meu e nos puxou até a saída, abrindo caminho com facilidade até sairmos correndo por uma rua próxima à entrada dos Times Square. Como tínhamos ido parar lá? Não faço a mínima ideia.

Era uma situação totalmente nova para mim, então fiquei um pouco assustada com a ideia de que estávamos fugindo da festa porque poderíamos ser presos, olhei meu relógio de pulso, já passavam das três da manhã, mas eles riam enquanto nos afastávamos correndo de todo mundo até pararmos cansados em uma rua menos movimentada com vitrines de lojas fechadas.

Eles sentaram no chão com as pernas esticadas se encostando a uma dessas vitrines e eu sentei ao lado de Mark, fazendo-o ficar entre mim e Anne que tinha um sorriso no rosto. Ela segurava uma garrafa de Jack Daniel’s com mais da metade da bebida e entregou para Mark que deu um gole demorado e entregou a mim.

Fiquei olhando a garrafa, o liquido, sentindo o cheiro forte, fechei os olhos e virei na minha boca, tomando um gole tão demorado quando o dele. A bebida desceu por minha garganta ardendo e chegou ao meu estomago como uma bomba explodindo.

- Eu estou excitado pra caralho! – Mark disse apertando a parte da frente da bermuda e olhando para o céu como se pedisse ajuda – Eu preciso muito transar!

- Cara, você transou ontem! – Eu disse indignada.

- Ontem foi um dia muito diferente do dia de hoje. Hoje é um dia totalmente novo e eu preciso transar. Você percebe que eu não disse fazer amor ou preciso de sexo? É. Eu preciso transar.

Anne arrastou-se e sentou no colo dele, rebolando sensualmente, provocando-o, ele gemeu um pouco pedindo socorro fazendo-a gargalhar e imitar um gemido de prazer como uma prostituta, ela jogou a cabeça para trás e se jogou para o lado, deitando-se no chão apoiada nos cotovelos.

- Você sabe que é uma filha da puta, não é? – Mark disse rindo para Anne, ele gemeu novamente, dessa vez de tristeza – Eu quero transar!

Anne sorriu para mim e balançou a cabeça na direção dele fazendo uma mecha da sua franja cair no seu rosto. Ela era linda de verdade, o tipo que conquistaria qualquer garoto, seus cabelos lisos, longos com cachos nas pontas e pretos, sua pele bronzeada naturalmente, suas bochechas rosadas e algumas sardas que quase passavam despercebidas davam a ela um toque angelical, mas suas roupas eram contraditórias a essa beleza divina, uma camisa larga com as mangas cavadas, uma calça jeans rasgada propositalmente e tênis all star branco. Ela mexeu os lábios devagar me dizendo “provoque-o” e eu sorrindo concordando.

Encostei a cabeça no ombro dele e lambi seu pescoço.

- Você também, Cissy? – Mark disse escorregando o corpo para baixo e se ajeitando novamente.

Sentei em seu colo de frente para ele e lhe beijei vagarosamente, provocativa, rebolei para frente e para trás no corpo dele que já estava excitado, ele colocou a mão por dentro da minha camisa e Anne ajoelhou-se ao lado dele mordiscando sua orelha e sussurrando coisas que eu não conseguia escutar, afastei-me dele para olhar sua reação, mas Mark continuava de olho fechado mordendo a boca, parei de rebolar e comecei a rir, Anne riu também, mas ele estava excitado demais para isso.

Como eu estava me transformando em uma vadia e a culpa era totalmente do meu pai... Ta, um pouco minha, talvez.

Deitei de costas entre as pernas dele como se fosse fazer uma ponte, mas só fiquei olhando o céu, sentei-me novamente e a mão de Mark já estava dentro da bermuda masturbando-o e Anne ria muito alto.

- Olha a que ponto vocês me fizeram chegar, suas vadias! – Mark disse no meio de um gemido – Putas, me chupem.

Saí de cima dele e voltei a me sentar no chão ao seu lado e bebi mais um gole do Jack Daniel’s. Anne colocou a mão no pênis de Mark. Talvez ela não fosse tão lésbica assim.

- Olha... Eu não quero desanimar vocês nem nada, mas são quase quatro da manhã e esse tipo de coisa que estamos fazendo pode ser considerado atentado ao pudor, então vamos para casa. – Disse meio incomodada. Eu sou um pouco louca, mas não acho que estava afim de ser presa no meu segundo dia nessa cidade.

Eu levantei ao mesmo tempo em que Anne e ficamos esperando Mark ficar de pé, ele ergueu as mãos.

- Me ajudem a levantar, vadias.

- Não mesmo, essa sua mão deve estar fedida pra cacete. – Disse com nojo e Anne riu concordando.

Mark pegou a garrafa e jogou a bebida na mão esfregando-as e levantou-se sozinho, ficou no meio de nós duas e colocou os braços por cima dos nossos ombros segurando a garrafa na mão do lado de Anne enquanto andávamos.

- Vamos para casa, minhas putas.  


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