Mil E Uma fics Law X Nami escrita por Estressada Além da Conta


Capítulo 35
Eu Que Não Amo Você


Notas iniciais do capítulo

Música: "Eu que não amo você," Engenheiros do Havaí



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Eu que não fumo, queria um cigarro

Eu que não amo você,

Envelheci dez anos ou mais nesse último mês

Eu que não bebo, pedi um conhaque pra enfrentar o inverno

Que entra pela porta que você deixou aberta ao sair

Ela se foi. A culpa foi minha, sempre é. Eu e ela suportamos tudo para ficarmos juntos. Tudo, menos nós dois juntos. Nossas brigas eram constantes, mas nunca havíamos chego ao ponto de nos magoarmos.

Peguei um cigarro e uma garrafa qualquer que havia na geladeira. Isso ia fazer um estrago um minha saúde. Ótimo.

Senti saudade, vontade de voltar

Fazer a coisa certa: aqui é o meu lugar

Mas, sabe como é difícil encontrar

A palavra certa, a hora certa de voltar

A porta aberta, a hora certa de chegar

Eu e ele lutamos demais juntos. O problema éramos nós lutando um contra o outro. A culpa era minha. Talvez, se eu não o tivesse irritado tanto... Queria poder voltar, a saudade estava me matando. Mas, se eu voltasse, o que seria? O que diria? O que ele diria? Olhei de novo para a foto que eu tirara já há um tempo. O pegara desprevenido se empanturrando de onigiri, já que ele detestava pão. Sorri. As coisas deveriam ser mais fáceis.

Eu que não fumo queria um cigarro

Eu que não amo você

Envelheci dez anos ou mais nesse último mês

Eu que não bebo pedi um conhaque pra enfrentar o inverno

Que entra pela porta que você deixou aberta ao sair

Andei pelas ruas, cabisbaixo. As lembranças vinham e iam. Fui um idiota. Os dois estavam errados. Eu por magoá-la, ela por me deixar. Parei numa praça. A praça. Foi onde nos encontramos pela primeira vez. Quer dizer, nós brigamos pela primeira vez. Ela me bateu. Nami sempre fora explosiva. Por isso, vê-la ir embora sem um grito ou um soco, apenas lágrimas nos olhos tristes, me feriu profundamente.

Sentei-me no banco onde costumávamos sentar para tomar um sorvete. Estava tão aéreo que nem sequer notara que quem estava do meu lado era ela.

– Law? – Ouvi sua voz melodiosa me chamar. Virei-me e me deparei com a minha garota de cabelo laranja. E olhos vermelhos.

– Nami-ya... – Não aguentei. Eu a abracei.

O certo é que eu dancei sem querer dançar

Agora já nem sei qual é o meu lugar

Dia e noite sem parar procurei sem encontrar

A palavra certa, a hora certa de voltar

A porta aberta, a hora certa de chegar

Estava sentada naquele banco há horas. Pensando, lembrando, refletindo. Mas nunca encontrando uma solução. Fitava o lugar sem realmente ver. Até que notei alguém sentar ao meu lado. Já estava pronta para despachar a pessoa com toda a delicadeza de um viking, quando finalmente vi quem era. Law. Ele não havia notado minha presença. Eu quis simplesmente levantar, talvez ele não notasse. No entanto, não consegui. Tudo que pude fazer foi murmurar seu nome:

– Law? – Ele se virou para mim, parecendo surpreso. Senti a vontade de chorar voltar.

– Nami-ya... – Law me abraçou. Uma parte de mim gritava desesperadamente para empurrá-lo e sair correndo. Mas a outra, que foi a que eu obedeci, dizia para aceitar o abraço que, eu sabia, era um pedido de desculpas. Meu moreno não tinha muito jeito com as palavras.

– Law? – Chamei, me afastando um pouco – Vamos voltar? Está frio.

Eu que não fumo queria um cigarro

Eu que não amo você

Envelheci dez anos ou mais nesse último mês

Eu que não bebo pedi um conhaque pra enfrentar o inverno

Que entra pela porta que você deixou aberta ao sair

Para meu alívio, ela aceitou o abraço. Eu tinha muito que falar, mas nada saía. Porém sabia que ela entenderia. Nami sempre entendera. Sorri de leve, sentindo o aroma de laranja que apenas a garota em meus braços tinha.

– Law? – Nami me chamou, de repente, se afastando um pouco – Vamos voltar? Está frio. – Fitei os olhos castanhos e respondi, levantando do banco:

– Na próxima vez, saia com uma blusa. Vai ficar doente.

– Fala isso, mas eu sinto o cheiro de cigarro e bebida em você. – Disse levantando-se e me estendendo a mão que peguei rapidamente – Lembre-me de jogar fora essas coisas, sim?

– Nami-ya...

– Eu sei.


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Notas finais do capítulo

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