Fix You escrita por Sara Black


Capítulo 5
A única coisa mais forte que o medo é a esperança


Notas iniciais do capítulo

Para compensar o atraso um capítulo grande, desculpem de vdd mas eu não estava gostando do capítulo e reescrevi ele trocentas vezes.
Espero que agrade vcs :)


CARRO DO JAKE:
http://www.google.com.br/imgres?newwindow=1&biw=1366&bih=624&tbm=isch&tbnid=c1gErwuXUDotWM:&imgrefurl=http://motordream.uol.com.br/noticias/ver/2009/12/20/aston-martin-ganha-series-especiais&docid=eXHUepSVBhU-iM&imgurl=http://motordream.uol.com.br/upload/noticia/12611653757368.jpg&w=600&h=397&ei=7S0AUq_OLNKs4AOPu4DQBw&zoom=1&ved=1t:3588,r:4,s:0,i:91&iact=rc&page=1&tbnh=183&tbnw=272&start=0&ndsp=15&tx=121&ty=80#imgdii=c1gErwuXUDotWM%3A%3BZIwFOveZI-W0yM%3Bc1gErwuXUDotWM%3A

CARRO DA NESS:
http://imganuncios.mitula.net/caminhonete_ford_f1000_96635356318087165.jpg



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''Quando você está muito apaixonado para esquecer mas se você nunca tentar, você nunca saberá o quanto você vale''

-Fix You


É madrugada, estou sentada no parapeito da janela com a fresta aberta deixando o ar frio tocar minha pele, os pelos da minha nuca estavam arrepiados e meu coração batia acelerado no peito. Tive um pesadelo, aquilo já havia se tornado parte da minha vida. Era sempre relacionado à minha mãe.

Não havia mais lágrimas, apenas um enorme vazio.

Dessa vez porém tinha sido um pouco diferente, parecia uma retrospectiva dos últimos meses desde a morte da minha mãe até agora. Mas não era por isso que estava de madrugada perdendo meu sono, e sim por ter sonhado pela primeira vez com ele.

Jacob esteve no final do meu sonho, com seus olhos negros e profundos, com beijos calorosos e me causando arrepios involuntários pelo corpo. Como que por um passe de mágica eu não conseguia mais parar de pensar nele. Nem mesmo dormir direito. Pensava no modo como andava, se vestia ou falava. Na voz rouca, no corpo musculoso e no sorriso torto.

Desesperada era uma palavra boa para me descrever naquele momento. Como uma pessoa que vê uma única vez pode mexer tanto com você? Eu queria descobrir. Meu estômago se embrulha cada vez mais que me faço essas perguntas, por isso resolvo me levantar. Ando em direção ao banheiro pegando um antialérgico no armário de remédios e tomando para me dar sono. Me jogo na cama me enrolando na manta como se fizesse um casulo. Durmo pouco tempo depois.

Acordo com a claridade irrompendo pelas cortinas, meio zonza devido os antialérgicos me levanto e faço minha higiene matinal.

Desço para tomar café mas Charlie não esta na cozinha, preparo um chá com torradas, enquanto procuro um livro na caixa de papelão no fundo da cozinha, algumas coisas ainda precisavam ser postas nos lugares.

– Pai? – chamo assim que acho o livro.

– Aqui fora! –sua voz veio da garagem, desço as escadas parando ao seu lado

– Você não vai tomar café? –pergunto enquanto o observo mexer na caminhonete

– Já tomei. Oque acha da caminhonete?

–Um bom carro, era seu antes de você ficar só com a viatura, mas porquê a pergunta?

– Estou dando ela pra você - falou jogando as chaves – Juízo.

– Ai meu Deus! – falo arregalando os olhos e o abraçando

Charlie da uma risada enquanto eu olhava eufórica para todo o carro, fora uma surpresa e tanto ele ter me dado ela, aquela coisa velha era sua segunda filha.

–Pai eu não sei oque dizer. Muito obrigado!- digo distribuindo beijos por seu rosto

– Sabe que não precisa disso, vai nessa garota boa aula.

Dito isso foi em direção à sua viatura e esperou que eu saísse da garagem, pego o carro e saio da garagem. Paro em uma das vagas do estacionamento e desço do carro pegando minha mochila. Coloco os fones de ouvido e pego o livro tentando esquecer ao máximo as pessoas no estacionamento. Foi inevitável, passo meus olhos pelo estacionamento procurando por ele ‘’só uma olhadinha’’ pensei ‘’só pra saber se ele está me olhando’’

Mal penso nisso e ouço como que o ronronar de um motor potente viro a cabeça na direção do som assim como todas as pessoas do estacionamento. Meu forte não era, e nunca seria conhecer carros, mas aquele com certeza era um carro para ricos.

A cor preta e lustrada reflete todo o estacionamento o ronronar preciso do motor e as lanternas como olhos de gato que chamavam a atenção até o dono do carro sair. Para meu espanto Jacob desce do carro e fecha a porta pegando a jaqueta e a mochila. O cabelo goteja, despenteado, mesmo assim parece ter acabado de gravar um comercial de gel. Olha despreocupadamente todo o estacionamento como se soubesse que toda essa gente ficava olhando pra ele, e para seus olhos em mim, fez o mesmo de ontem só que dessa vez caminha em minha direção, da uma breve olhada pra caminhonete e seu sorriso se alastra ainda mais.

Não eu não estava nem um pouco preocupada com o minha caminhonete velha e nem com o fato de eu não ter me arrumado, até aquele momento. Me senti ligeiramente intimidada com a sua possível aproximação. Um maldito furacão se instalava na minha barriga, borboletas no estômago? A pessoa que criou essa analogia deveria estar com qualquer coisa menos nervosa. Meu coração bate forte na garganta, e meu rosto quente, fervendo para ser precisa. Levanto o olhar pronta para encara-lo, e então o céu se choca com a noite, fogo e gelo, foi assim que senti um arrepio. Ele mudou seu rumo com um olhar de criança travessa, e parou perto de uma garota morena de cabelos curtos, sussurra alguma coisa em seu ouvido e ela se vira olhando para mim e sorrindo, sussurra alguma coisa pra ele de novo e então o sinal toca. Um tipo de vergonha e rancor se apodera de mim, oque ele queria afinal? Brincar comigo? Fecho a caminhonete com pressa e certa força e depois subo as escadas, corro pelos corredores até chegar a sala onde tenho aula de Álgebra. Espero que pelo resto do dia não me esbarre com ele de novo.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>.

– Ei Renné você vai na festa? – pergunta Dandara, com um olhar esperançoso.

– Desculpa Dara, não gosto muito de festas.

– HUMF! Tem alguma coisa que faça você mudar de ideia? Tipo um cara tremendamente lindo que esta doido pra te dar uns pegas? – disse sussurrando

– Oque!? Ah não nem vem – digo indo em direção ao carro no estacionamento – Aposto que ele está brincando comigo.

– E eu digo que não! Conheço Jacob, nunca vi ele olhar daquele jeito pra nenhuma garota.

Parei meu caminhar assim que ouvi as palavras ‘’conheço Jacob’’

– Conhece?

– Sim, fomos amigos na 6° série, infelizmente ele mudou muito depois da morte da mãe, mas continua sendo uma excelente pessoa, apenas... um pouco mais reservado.

– Você disse que ele perdeu a mãe? – disgo atônita

Dandara bufa um ‘’vem comigo’’ me puxando para dentro do carro e trancando as portas. Fico um bom tempo conversando com ela. Dandara me contou que ele é filho de Billy e Sarah Black, Sara havia falecido à uns 3 anos deixando Jacob e Embry aos cuidados do pai viúvo. A garota morena com quem Jacob sentava e tinha conversado na manhã era Leah, uma amiga de infância que tinha um irmão mais novo, Seth que ainda estava viajando junto com Embry irmão de Jacob. Enquanto ouvia sobre ele meu coração acelerava em expectativa, oque eu estava sentindo? Nunca na vida tinha me apaixonado, penso em perguntar para Dandara, mas deixo para perguntar para Aby já que eu gosto mais dela. Dandara, foi embora depois na nossa conversa, dou partida no carro quando uma chuva forte começa.

Estou na estrada quando ouço um barulho alto vindo do motor e em seguida vejo pelo painel fumaça. Arregalo os olhos ligando a seta e parando no acostamento, espero a chuva diminuir mais isso não acontece então desço abrindo o capô do carro vendo a fumaça subir.

– Droga! - resmungo olhando para o celular sem sinal. Entro na caminhonete batendo no volante e praguejando Deus e o mundo. Como eu iria pra casa?

FOM FOM

Ouço um som de buzina vindo do carona, a janela do carro preto já conhecido foi aberta e o rosto de Jacob apareceu

‘’Droga, mil vezes droga’’

– Precisa de ajuda? – pergunta como se fosse polícial

– Não eu me viro! – digo bufando, o barulho da chuva parece aumentar cada vez mais.

Jacob bufa um riso enquanto desce do carro e vai até o capô.

– Sim parece que você precisa de ajuda! – Grita lá de fora, vem até minha porta abre e diz:

–Vem eu te levo pra casa – fala com calma e olhando nos meus olhos, não sei por quanto tempo nos encaramos, eu só percebi quando suas mãos puxaram minha cintura pra baixo pegando minha mochila no assento. Sua mão ainda na minha cintura me causando arrepios involuntários ele segura um dos meu braços sentindo que estou arrepiada e sorri

– Está frio – respondo, ele sorri e diz:

– Prazer em te conhecer ruiva.

Levanto as sobrancelhas pelo ‘’ruiva’’ ao mesmo tempo em que me sinto corar

Jacob percebe porque ri.

– Então a gente pode sair da chuva? - pergunta

– Claro mais e meu carro?

– Eu vou chamar um reboque – fecho a caminhonete e entramos ensopados em seu carro caro, Jacob pareceu não ligar para isso.

– Obrigada, por me ajudar.

Ele não me responde, apenas pega um casaco no banco de trás e me estende.

– Você vai adoecer, pega o casaco.

Aceito o casaco enquanto explico aonde é minha casa

– Eu sei onde é.

–Sabe?

– Sei, e na verdade eu meio que já sabia quem você era, vi uma foto sua na mesa do seu pai.

– Então você já esteve na delegacia? – Perguntei com as sobrancelhas arqueadas

– Oh sim, eu faço o tipo bad boy, seu pai com certeza não gostaria de te ver comigo.

– Com certeza você não gostaria de ver meu pai, ele anda armado - disse frisando a parte do armado, Jacob da uma risada deliciosa de se ouvir e para em frente a minha casa. Ele se vira de frente para mim no banco e seus olhos varrem todo meu corpo parando nos lábios e indo para os olhos, em seu rosto se formou um sorriso torto percebo que estou ensopada e minha blusa completamente colada, se não um pouco transparente. Antes que eu pudesse se quer pensar em algo lógico sinto seus dedos tirando uma mecha ruiva que caia em meu rosto, sinto meu coração dar um solavanco e meu rosto esquentar quando Jacob finalmente acaba com o silêncio

– Você vai a festa?

– Não - digo sussurrando ainda tonta.

– Uma pena, queria muito ver você lá Ness – fala sorrindo

– Ness?

– Um apelido carinhoso, seu nome é longo

– Tudo bem – respondo – Obrigada pela carona Jacob, nem sei como agradecer - digo pegando minha mochila.

– Não se preocupe quanto a isso – diz destravando a porta, dou um sorriso mas antes de sair Jacob segura meu pulso e seus lábios encostam levemente em minha bochecha molhada.

– Te vejo amanhã – murmura

– Sai do carro sem nem sequer responder, com as pernas bem mais fracas do que quando do entrei, passo pelo quintal e me viro somente na porta para ver o carro dele ainda parado na rua, ele acena e eu aceno de volta, respiro fundo e entro dentro de casa, só consigo pensar em uma coisa, que Jacob estava mexendo comigo de uma maneira extremante errada, entrando em meus sonhos e pensamentos como ninguém deveria fazer, me soava como invasão de privacidade ou roubo uma pessoa dominar você a ponto de querer pensar nela vinte e quatro horas por dia. Eu ainda precisava raciocinar sobre os últimos dias para poder entender oque estava a minha volta.

Subo para tomar um banho quente e comer alguma coisa, mais tarde quando Charlie chega em casa e eu esquento a comida, ele me pergunta o porquê de estar tão calada, minto dizendo que era cansaço e subo para me deitar.

O sono parece fugir de mim. Quanto mais ansiosa fico, mais o sono me evita. Por fim, minha inquietude é tão grande que nem consigo mais ficar deitada. Ando de um lado para o outro, o coração batendo a mil por hora, a respiração acelerada. Meu quarto parece uma sela de prisão. Por fim quando são duas da manhã consigo dormir.

Acordo um pouco mais tarde que o de costume, mas não atrasada. Me levanto e sento no parapeito da janela olho para o céu nublado e então para baixo. Para minha total surpresa Jacob estava lá embaixo encostado ao carro e olhando para a janela, olho para e um sorriso involuntário surge em meu rosto. Estou com medo do que sinto, mas Jacob me parece ser o tipo de pessoa certa a recorrer em tempos de aflição, a ideia de paixão já havia passado pela minha cabeça e se instalado nela antes mesmo que percebesse. Que nome eu daria a aquilo que estava dominando todo meu ser? Não havia como fugir estava cercada, tremendamente apaixonada por Jacob Black.

Aceno para ele lá embaixo com o coração acelerado e a ansiedade costumeira instalada em meu peito, viro as costas e entro para tomar banho.

‘’A única coisa mais forte que o medo é a esperança’’



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. ESTOU MUITO FELIZ PELOS COMENTÁRIOS, vocês não sabem o quanto, muito obrigada mesmo!
Comentem, deem críticas (construtivas) e recomendem


Posto com 10 comentários
Beijos ♥