Festim De Sangue: Espera, Frustração E Casamento escrita por MisuhoTita


Capítulo 4
O Pedido




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/368314/chapter/4

Seras Victoria anda apressada em direção ao escritório de Integra com um belo buquê de rosas vermelhas. A vampira adentra o escritório e encontra, como de costume, sua mestra envolvida com seu trabalho.

― Sir Integra, acabam de chegar para a senhora. – anuncia a vampira entusiasmada.

A Hellsing olha para o buquê nas mãos da vampira sem o menor interesse, sabendo perfeitamente bem quem as enviou sem nem ao menos precisar olhar o cartão.

― Pode deixar em qualquer lugar. – fala a Hellsing sem o menor interesse nas flores.

― A senhora não vai nem ao menos olhar o cartão? – pergunta Seras incrédula.

― Para que? Eu sei exatamente quem as mandou.

― Acha que é aquele bonitão do baile do mês passado?

― Quem mais seria, sua vampira idiota?

Seras fica sem palavras, sabendo perfeitamente bem que sua mestra tem razão. No decorrer do último mês, todos os dias o loiro do baile tem mandado flores para Sir Integra.

A vampira deixa as flores em qualquer lugar, conforme o ordenado por sua mestra e, ao invés de deixar o escritório, fica ali, parada e olhando o esplendoroso buquê de rosas, fato que não passa despercebido pela líder da Hellsing.

― O que está fazendo aí parada feito um áz de paus, idiota? – pergunta a Hellsing.

― Olhando as flores. – responde a vampira, com um olhar bobo para as rosas.

Integra dá de ombros.

― Se gosta tanto pode ficar com elas. – fala Integra, sem prestar atenção ao presente que acaba de ganhar.

― Como a senhora pode dizer uma coisa dessas? – a vampira continua incrédula.

― Você parece ter gostado muito delas. Além do mais, Philip parece determinado a transformar minha casa em uma floricultura.

― Isso é um jeito estranho de agradecer ao homem que tem sido tão galante com a senhora.

― Ora essa, cale a boca sua vampira insolente! Não pedi sua opinião!

Seras não consegue conter o riso, pois realmente sua mestra é a mulher mais diferente que já conheceu. Pois, enquanto a grande maioria das mulheres estariam adorando ser cortejadas da forma que Sir Integra está sendo, a mulher simplesmente não dá a mínima.

Integra continua de mau humor, e o sorriso de admiração da vampira a sua frente por conta de meras duas dúzias de mato que murcharão dentro de alguns dias só faz seu humor piorar.

E, involuntariamente, seus pensamentos voam em direção a “ele”...! Seu servo...! Seu vampiro...! Alucard...!

Se ele estivesse ali, presente em sua vida, como sempre estivera desde os seus dez anos de idade, não estaria se sujeitando a isto...! Não estaria sendo cortejada e muito menos sendo obrigada a ir a bailes enfadonhos.

Mas Alucard se foi...! E com ele, foi-se também uma parte muito importante de sua vida. A parte de sua vida responsável por fazer dela quem realmente é. Não é uma dama e nunca será! Sempre será Sir Integra Fairbrook Wingates Hellsing, a líder da Ordem Real dos Cavaleiros Protestantes!

O telefone toca, tirando a loira de cabelos platinados de seus pensamentos.

― Hellsing. – fala Integra, atendendo ao telefone.

― Olá, milady, aqui é o Philip. – diz o homem do outro lado da linha, de forma polida.

― Não me diga. – fala a Hellsing, sem muito interesse.

― Esta sua ironia me cativa, milady.

― O que quer, Philip?

― Convida-la para um passeio, esta tarde.

― Estou muito ocupada. – responde a Hellsing de imediato – Não tenho tempo para essas coisas.

― Amanhã então?

― Amanhã também estarei ocupada.

― Então que tal depois de amanhã, milady? Ou também estará ocupada?

Integra consegue escutar perfeitamente bem a risada de Phillip do outro lado da linha.

― Você é persistente. – fala a loira de cabelos platinados.

― Só quando se trata de você, milady. – responde o homem do outro lado da linha – E então, senhorita Integra, quando estará disponível para um passeio comigo? Saiba que eu não mordo, minha bela dama.

― Você venceu, Philip. Sairei com você hoje à tarde.

― Ótimo, mi lady. Buscarei você às quatro da tarde.

 

 

*****

 

 

Integra se sente extremamente desconfortável passeando por um parque de Londres ao lado de Philip, como se fossem um casal. Apesar de não poder negar que este homem tem sido diferente dos outros, não se sente confortável com isso. Não nascera para ser este tipo de mulher...! Não nascera para bancar a mulher casada e brincar de casinha...! E este tipo de coisa simplesmente não combina com ela.

Mas Philip, parece não se importar nem um pouco com isso. O Homem simplesmente parece ser a pessoa mais tranquila, segurando sua mão como se fossem dois namorados apaixonados e sorrindo feliz cada vez que olha para ela, sem se incomodar com nada.

― Você é estranho, sabia? – questiona Integra em um dado momento.

Philip para de andar e se coloca de frente para Integra.

― Devo discordar, milady. – responde o homem com um sorriso zombeteiro – Mas a estranha aqui é você.

― Eu sou diferente das mulheres vulgares que você provavelmente está acostumado, não sou estranha!

― Não se preocupe, milady. – o homem tem um olhar altamente sedutor, mas que não surte efeito em Integra – Gosto do diferente! Você me fascina, Integra, de uma forma que mulher nenhuma jamais fascinou! Você é única, engraçada, e o prazer de sua companhia vale mais do que todo ouro do mundo.

Mesmo sem perceber, Integra acaba sorrindo quanto aos elogios de Philip, pois está acostumada a elogios supérfluos, de homens estão apenas interessados em seu poder e influências sociais. Mas Philip, ao contrário dos outros, não parece nem um pouco preocupado com isso.

― Devo admitir que você fica linda quando sorri desse jeito, Integra. – fala Philip, de um modo quase sedutor.

― Me conte mais sobre você. – pode Integra, em uma tentativa de mudar de assunto e desviar a conversa de si mesma.

Philip volta a segurar a mão de Integra, como se fossem dois namorados e os dois voltam a caminhar, enquanto Philip começa a falar de seu passado.

― Sou um conde. – fala o loiro – Portanto, milady, dinheiro nunca foi um grande problema para mim. Minha família possui terras e títulos na Irlanda do Norte, e lá somos uma família bastante conhecida e poderosa, pode pesquisar se quiser.

― E por que está aqui? – questiona Integra.

― O primeiro baile que vim foi por um convite enviado pelo porta voz de Sua Majestade em pessoa, e é claro que eu não poderia faltar. Foi neste baile que por um acaso ou dois os meus olhos se cruzaram com os seus.

― Eu me lembro. – Integra diz de qualquer jeito.

― Milady, onde está seu romantismo? – pergunta Philip, com um sorriso divertido.

― Está procurando romantismo na pessoa errada. – afirma Integra.

― Ao contrário, milady. Sei que existe algo dentro de você que esconde de todos. Você pode até ser uma fera por fora, mas as feras me atraem.

O sorriso que Philip lança para Integra é altamente brincalhão, e a loira de cabelos platinados não consegue deixar de sorrir. O homem fica satisfeito com o sorriso da dama de ferro, e os dois passeiam durante toda a tarde. Ao anoitecer, Philip a leva para um luxuoso restaurante para o qual fez reserva e os dois fazem uma refeição requintada, sempre conversando sobre assuntos leves e Philip hora e meia flertando com Integra, de formas diversas, sem conseguir o efeito desejado em sua dama, e apenas fazendo ela sorrir.

Ao final do jantar, Philip conduz sua dama para a varanda do restaurante, e os dois ficam por um momento em silêncio, apenas admirando a lua cheia. Ao olhar para a bela lua cheia que ilumina mais uma noite londrina, Integra não deixa de pensar na época em que esta mesma lua costumava emanar um brilho vermelho, sinal da presença de seu servo, e, inevitavelmente, seus sonhos lhe vêm à mente.

Philip parece perceber que os pensamentos de Integra estão longes, e, para trazê-la de volta ao presente e recuperar sua atenção, pega a mão da dama de ferro e a beija de forma lenta, carinhosa e cordial. No mesmo instante, Integra tira suas mãos do contato quente dos lábios de Philip de forma brusca e, acaba se cortando no para peito da varanda, fazendo pequenas gotas de sangue começarem a jorrar.

No mesmo instante, Philip tira do bolso de seu paletó um pequeno lenço e pega novamente a mão de Integra para limpá-lo.

― O que pensa que está fazendo. Philip? – questiona a loira de cabelos platinados.

― Limpando seu sangue, querida. – responde Philip de maneira gentil – Não quero que isto vire uma ferida e infeccione.

― Não vai virar! – contra diz Integra.

Mas Philip não dá ouvidos a Integra, e continua limpando o sangue dela, para, em seguida, guardar o lenço sujo com o sangue da dama de volta em seu paletó.

― Obrigada. – Integra se vê forçada a dizer, ainda um pouco sem jeito.

Philip volta a sorrir para ela, e, tira de seu outro bolso uma pequena caixinha de veludo preta e a abre, revelando um anel com um belo e solitário diamante.

― O que é isso? – questiona Integra.

― Exatamente o que parece . – fala Philip de um jeito sedutor, se ajoelhando aos pés de Integra e estendendo o solitário anel de diamantes a ela. – Lady Integra Fairbrook Wingates Hellsing, me daria a grande honra de se casar comigo, e me fazer o homem mais feliz do mundo? Prometo amá-la e respeitá-la todos os dias de nossas vidas, até que a morte nos separe. E então, aceita se casar comigo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Festim De Sangue: Espera, Frustração E Casamento" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.