Capítulo 2

– Onde estou? – perguntou Daiki

– Estás no hospital – respondeu-lhe a mulher de bata branca.

Daiki ainda estava um pouco tonto, mas olhou em volta e viu que estava num quarto com paredes pintadas de branco, soube logo que o que a mulher lhe tinha dito sobre estar num hospital era verdade, pois sentiu o cheiro a éter característico dos hospitais.

Depois olhou para o lado e observou por um tempo a mulher que tinha ao seu lado. Era uma mulher muito bonita, tinha olhos azuis e cabelo laranja bastante comprido, dava-lhe mais ao menos pela cintura, parecia ter mais ou menos 1,65 m. Após algum tempo a observar a mulher que tinha à frente Daiki pensou que a bata branca lhe ficava bastante bem.

– Como te sentes? – perguntou Meimi ao seu mais recente paciente.

 – Sinto-me um pouco tonto, mas tirando isso estou bem – respondeu-lhe -… És enfermeira?

– Não, sou médica, e enquanto estiveres aqui vais estar ao meu cuidado.

Daiki ficou em silêncio, então Meimi decidiu que era melhor deixá-lo a descansar durante um bocado. Depois passaria por ali outra vez para fazer-lhe algumas perguntas para ver se a sua memória tinha sido afetada pelo golpe.

– Bom vou deixar-te descansar e volto daqui a pouco, para ver como estás.

Dizendo isto Meimi saiu do quarto onde estava Daiki e foi ver outros pacientes que tinha, deixando Daiki a descansar ou neste caso a pensar.

Daiki começou a pensar em como teria chegado ao hospital quando se recordou dos recentes acontecimentos, como o caso que investigava, foi então que se lembrou da pancada que levara. Ele não tinha conseguido ver a pessoa mas uma coisa ele sabia, essa pessoa estava relacionada com o caso que ele estava a investigar.

Uns momentos depois chegou Meimi, e vendo que ele estava acordado foi falar com ele.

– Olá outra vez, vou ter de te fazer algumas perguntas para ver se o golpe te afetou a memória ou alguma outra parte do cérebro. Posso começar?

– Sim.

Meimi esteve algum tempo a fazer-lhe perguntas sobre eventos da sua vida recentes, claro que nada de muito pessoal, depois recuou um pouco no tempo, enquanto Meimi fazia as perguntas foi dando conta que a memória de Daiki não tinha sido afetada.

– Bom dado que não pareces ter nenhuma parte do cérebro afetada e que os exames que te foram feitos quando chegaste não davam sinais de qualquer anomalia provocada pelo golpe, só terás de passar esta noite aqui. Amanhã já poderás ir embora. – disse Meimi depois de acabar as perguntas que tinha para lhe fazer. – Bom o meu turno já acabou, amanhã quando chegar passarei por aqui. Então até amanhã e boa noite.

– Boa noite.

Meimi foi trocar de roupa para ir para casa, enquanto que Daiki tentou dormir um pouco para amanhã quando ela chegasse lá para vê-lo ele já estivesse acordado.

Meimi despediu-se dos seus colegas de trabalho e foi para casa. Quando chegou, foi tomar banho e depois jantar. Após o jantar esteve a ver televisão durante algum tempo, e quando já se fazia tarde foi para a cama descansar.

No dia seguinte Meimi acordou e preparou-se para ir trabalhar, quando já estava prepara pôs-se a caminho.

Enquanto isso no hospital Daiki também já tinha acordado, estava à espera que a médica chegasse para que pudesse ir para casa e continuar a sua investigação o quanto antes. Sim, porque Daiki adorava o seu trabalho, para viver um dia sem ter de procurar pistas, recolher informação e juntar as peças “do puzzle”, era a coisa mais entediante do mundo.

Meimi chegara ao hospital, vestiu a sua bata branca e foi ter com o seu paciente, Daiki, para, como lhe tinha dito no dia anterior, lhe dar alta. Meimi foi ao quarto de Daiki e ao vê-lo acordado, foi ter com ele.

– Bom como tinha dito ontem, vou te dar alta, mas se sentires alguma dor de cabeça fora do normal vens imediatamente ao hospital, entendido?

– Assim farei, já posso ir embora ou preciso de fazer mais alguma coisa? – perguntou Daiki.

– Vejo que estás com pressa de ir embora.

– Bom, eu ainda não encerrei o caso em que estava a trabalhar – disse Daiki respondendo à curiosidade da médica – Eu sou detetive.

– Ok, então veste-te e vai ter comigo à receção para formalizar-mos a alta.

Meimi saiu do quarto para que Daiki se vestisse. Quando este acabou de se vestir fez o que a médica lhe tinha dito e foi ter com ela receção. Com alta, Daiki despediu-se da médica que lhe disse:

– Espero que te cuides – disse-lhe Meimi com um sorriso – E que tenhas sorte com o caso em que estás.

– Obrigado. – disse Daiki como despedida.