Sedução Da Noite escrita por Leelan Schaffer


Capítulo 9
Duas garotas brigando por um não-morto


Notas iniciais do capítulo

Hungry for that flesh of mine
But I can't compete with a she wolf, who has brought me to my knees
What do you see in those yellow eyes
Cause I'm falling to pieces
— Sia.



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Os olhos de Alexya se abrem e de repente toda a excitação vai embora.

Lucian não estava mais mordendo seu pescoço.

Em compensação, olhava furioso para Camila, que agora estava parada no meio do quarto com as mãos fechadas em punhos.

– O que você pensa que está fazendo? – Ele pergunta a ela, de forma ameaçadora.

Mas o foco de Camila não é Lucian. É Alexya.

– Eu disse pra você tirar as suas mãos imundas de cima dele, sua vadiazinha – Camila demanda.

Wow. A piriguete está com ciúmes.

– Por que eu faria isso, se eu posso tocá-lo assim? – Alexya perguntou, alisando o peito musculoso de Lucian, correndo suas unhas enquanto deixa trilhas vermelhas. – Ou beijá-lo assim. – Alexya beijou-o de leve, mordiscando o lábio inferior de Lucian.

– Porque... – Camila diz andando até onde Alexya estava, em cima de Lucian. – Ele é meu!

Antes que Alexya pudesse retrucar Camila, e provar que Lucian era tão dela quanto um time de futebol inteiro pertence a uma só garota, sentiu seus cabelos serem puxados de tal forma que provavelmente precisaria usar peruca pelo próximo mês.

Ah, fala sério! Puxão de cabelo? Alexya pensou.

Alexya, meio desengonçada devido ao fato de Camila a ter pelos cabelos, sai de cima da cama e encara Camila com um olhar assassino que não havia usado desde aquela noite no lago.

Vou ensinar a essa vadia uma lição. Pensou para si, enquanto investia contra Camila.

Alexya mirou um soco no olho de Camila, e soltou seu punho contra o rosto da outra garota, mas antes que seu punho fizesse contato com a pele do rosto de Camila, a outra menina tinha uma de suas mãos segurando seu pulso.

Mas que merda?

Alexya moveu sua mão esquerda em direção ao rosto de Camila, seu punho fechado, com a intenção de dar-lhe um soco lateral, mas sua mão esquerda foi presa com tanta rapidez quanto à outra.

Camila tinha um sorriso presunçoso em seu rosto, e Alexya sentia-se ficar cada minuto mais furiosa.

Alexya passou a perna pela lateral de Camila, pegando a outra garota completamente de surpresa e fazendo com que perdesse o equilíbrio e caísse no chão. Levando Alexya junto.

Alexya não perdeu um momento, e prendeu as pernas de Camila embaixo das suas, enquanto socava o rosto de Camila repetidas vezes.

Mas o momento de surpresa passou, e Camila empurrou Alexya de cima de si e as duas rolaram pelo quarto com Camila parando dessa vez em cima de Alexya.

Antes que pudesse o ver chegando, o punho de Camila fez contato com o nariz de Alexya e o sangue começou a correr.

Em um canto obscuro da mente de Alexya um aviso soava sobre ela estar sangrando em uma casa cheia de vampiros, mas ela não poderia se importar menos.

Essa vadia vai morrer, e vai ser agora! Alexya vociferava em sua mente.

Alexya agarrou os cabelos de Camila e trouxe seu rosto pra perto, enquanto batia sua testa com tudo no nariz da outra garota.

Pronto, agora nós duas estamos sangrando. Pensou.

Camila ficou desnorteada por um momento, mas logo seu rosto assumiu um traço inconfundível de raiva. Sua mão subiu para pegar impulso e Alexya já começava a fechar o olho, se preparando para a dor que viria a seguir...

Mas a dor nunca veio.

Alexya abriu os olhos e viu a vampira ruiva segurando o pulso de Camila, seus olhos verdes prendendo os azuis da outra garota.

– Você vai parar de brigar agora, e vai descer de volta a sala de Tv. – A vampira ruiva disse a Camila, e como se qualquer traço de raiva tivesse sido apagado da garota, ela levantou-se de cima de Alexya e seguiu em direção a porta, sem olhar para trás.

Alexya se levantou do chão, xingando um monte sob sua respiração, enquanto todo tipo de destino cruel que poderia acontecer a Camila passava em sua mente.

– E quanto a você, pequena encrenqueira... – A vampira ruiva agora olhava-a seriamente, medindo Alexya.

– Diga o que quiser, mas você não fará com que eu desça até a sala de Tv e aja como se nada tivesse acontecido. Aquela vadia terá muita sorte se eu não encontrá-la na rua em um futuro próximo. – Alexya vociferou para a vampira ruiva.

– Ou você é muito corajosa, ou muito estúpida – A vampira disse, olhando Alexya surpresa.

De novo essa comparação? Sério?

– Isso já foi o suficiente, Sabina. Você já pode ir. – Lucian disse a pequena vampira ruiva, Sabina.

– Como quiser Luc. – Sabina respondeu com um sorriso, enquanto deixava o quarto, fechando a porta atrás dela.

Um sentimento incomodo mexeu no peito de Alexya enquanto ela ouvia Sabina chamar Lucian de Luc, mas ela se recusou a acreditar que sentia ciúmes pela intimidade que Sabina demonstrava com o Vampiro.

Certamente não eram ciúmes.

– Você se defendeu bem essa noite – Lucian observou.

– Claro, ela era só uma vadia humana. Não é como se fosse muito difícil. Embora ela seja mais forte do que eu dei crédito. – Alexya admitiu.

– Você ignora as pequenas coisas que estão diretamente a sua frente, não é? Todo esse ceticismo não lhe fará nada bem, no mundo em que você se meteu.

– Pra começo de conversa, foi você que me meteu nessa, segundo, ceticismo é a única coisa que ainda me mantém sã e terceiro, o que supostamente eu estou ignorando? – Alexya resmungou.

– Camila não é só uma vadia humana, como você diz. Ela é uma escrava de sangue. Minha escrava de sangue. – Alexya ignorou a pontada no seu peito ao ouvir Lucian se referir a Camila de forma tão possessiva. Aquela vadia não merecia ser chamada de minha nem por um cachorro.

– Oh, desculpe. Deixe-me corrigir isso. Ela é apenas uma vadia humana que fode com um vampiro e o deixa usar seu pescoço como se fosse o gargalo de um vinho vagabundo. – Alexya respondeu sarcástica.

Lucian sacudia sua cabeça, exasperado. – Deixe de lado suas opiniões a respeito de Camila e se atenha aos fatos. Ela é uma escrava de sangue. Ela tem meu sangue correndo por suas veias, o que a torna muito mais forte do que uma simples humana. O fato de você ter conseguido sair aparentemente ilesa desse embate é algo... Interessante.

– Essa sou eu. Sarcástica, gostosa e interessante. – Alexya sorriu irônica.

Lucian passou a língua pelos lábios e os estalou. – Realmente, deliciosa.

Pela primeira vez em muito tempo, Alexya se sentiu corar. Ela sabia que era linda. Elogios como ‘gostosa’, ‘gata’ e ‘linda’ a acompanhavam desde que podia se lembrar.

Poderia soar muito convencida, mas ela sabia que era linda. Era uma das certezas da vida. O sol é uma imensa bola de fogo, o mar é molhado, eu sou linda.

Vê? Apenas o óbvio.

Mas a forma como Lucian se referiu a ela... Bom, não era apenas sobre sua boa aparência.

Inferno, ele faz eu me sentir quente em todos os lugares certos. Pensou.

– Aproveite a memória, garoto com presas. Por muito tempo será somente isso que terá do meu sangue. Uma memória. – Ela disse com um sorriso.

Claro, ela sabia que estava blefando. Lucian poderia forçá-la e beber seu sangue tão logo ele quisesse e ela sabia que não teria a força para detê-lo.

Pior que isso. Ela sabia que não iria querer detê-lo.

Lucian sorriu. – Em breve você virá até mim e me pedirá para provar novamente seu sangue.

Alexya estava gostando do jogo dos dois. Ela se sentia mais linda que nunca, e a beira de um precipício. Mas Deus, isso era bom.

– Não segure a respiração. – Ela disse, com uma piscadela.

Lindo. Estou literalmente flertando com a morte. Apenas, se a morte fosse assim tão quente...

– Não precisarei. – Ele disse, flertando de volta.

Lucian levantou-se da cama e veio ao encontro de Alexya, no meio do quarto. Levou seu próprio dedo indicador até o lábio e cortou-o com uma de suas presas.

Alexya assistia a cena fascinada, seus olhos presos nos incríveis olhos azuis de Lucian e ela sentia como se estivesse caindo, se perdendo.

– Beba, ou amanhã você terá mais explicações a dar além do seu sumiço durante a noite. – Ele disse, enquanto inclinava seu dedo sangrando em direção aos lábios de Alexya.

Alexya tomou o dedo do vampiro entre os seus e levou-o até seus lábios. Sua língua lambeu o sangue que escorria e em seguida ela começo a chupar o corte de forma sensual e indecente.

Os olhos de Lucian tornaram-se quase completamente negros, agora sua íris quase desaparecida enquanto suas pupilas cresciam.

Alexya sabia que Lucian poderia ver tanto em seu rosto quanto em sua mente que não era só seu dedo que ela tinha o desejo de sugar e lamber, e ver o quão excitado o vampiro ficou com o gesto fez seu corpo se derreter por dentro.

Com uma ultima mordidinha de leve na ponta do dedo indicador de Lucian, Alexya o deixou ir, pois já podia sentir seus machucados curados.

– Obrigado, Lucian. – Ela disse de forma sensual, sua voz adquirindo uma rouquidão que gritava sex appeal.

Lucian sorriu de forma felina e sensual. – Todo o favor tem um preço, Alexya. Por agora, deixaremos esse em suspenso. Gosto da sensação de ter certo poder sobre você.

Ela sabia que deveria temer as palavras de Lucian, mas por agora elas só a deixavam cada vez mais excitada.

– O poder pode ser super estimado. Eu não me agarraria a isso, se fosse você. – Ela disse com um sorriso.

– Você tem muito a aprender, Alexya. – Lucian declarou.

– Então espero que você seja um bom professor, Lucian.

Ele sorriu um sorriso cheio de promessas. – O melhor que você poderia desejar.

Oh, e como ela o desejava.


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Notas finais do capítulo

Essa Alexya... Se perdendo em um abismo!Mas o Lucian também não facilita com toda essa gostosura, não é?E ai meninas, gostaram do capitulo?



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