Sedução Da Noite escrita por Leelan Schaffer


Capítulo 6
Um laço invisível


Notas iniciais do capítulo

Quem será que ganhou a eleição??



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– Certo pessoal, finalmente temos o resultado da eleição. – Melanie disse, fazendo ar de mistério. – Vamos lá:

‘Elena – Um voto

‘Abby – Um voto

‘Susana – Um voto

‘Julia – Dois votos

‘Britanny – Melanie olhou seriamente para o papel, depois olhou de forma surpresa para a pequena menina – Oito votos.

‘E por ultimo, e mais importante, a nova capitã das Wolf’s, aquela que todos amam... Por favor, rufem os tambores meninas. – As lideres de torcida começaram a bater em suas pernas fazendo soar como o barulho de vários tambores – Alexya Steven! Com dezessete votos!!

As lideres de torcida bateram palmas animadamente. Elena, Abby, Susana e Julia simplesmente deram de ombros como quem diz “Fazer o que, não foi dessa vez”.

E a pequena Brittany estava... Chorando.

Alexya assustou-se ao ver sua colega de equipe chorando, mas já imaginava o porquê dela estar chorando, por isso não fez como as outras meninas que sufocaram a pobre garota com perguntas do por que de suas lagrimas.

Ela sabia como era estar no lugar de Britanny, e já havia derrubado as mesmas lagrimas um dia.

Ela ficaria bem. Logo que o choque inicial passasse.

– Certo, essa votação foi intensa e cheia de surpresas – Melanie disse, olhando para Brittany que começava a se acalmar – mas a vida segue e temos coisas importantes para decidir agora.

– Tipo o quê? – Perguntei já cansada de tudo aquilo. La fora o sol começava a se pôr e em pouco tempo tudo estaria em completa escuridão.

– Tipo... – Melanie sorria como um gato que comeu o canário e ninguém havia notado. – A festa para comemorar a nova Capitã!

A mão da pequena Brittany se ergueu novamente, e Alexya pensou ter ouvido Melanie xingando sob sua respiração.

– Que foi agora, Brittany? – Melanie disse, mal disfarçando sua irritação.

– Hun, é que vamos precisar de um local para a festa, certo? – Ela perguntou com sua voz meio rouca. Devia ser por causa de tantas lágrimas, Alexya pensou.

– Óbvio. – Melanie respondeu.

– E meus pais vão viajar no próximo final de semana. A casa é grande, tem piscina e um espaço realmente legal para festas no fundo com bilhar e um ótimo equipamento de som. Além do mais, tenho certeza de que meus pais não se importariam se déssemos a festa lá. – Brittany disse tentando não soar muito animada, mas falhando miseravelmente.

– Certo. A festa pode ser feita na sua casa Brittany. Considere isso como um bônus. – Melanie disse com um brilho de malicia em seus olhos.

Alexya podia até ver as engrenagens dentro da cabeça de Melanie girando, enquanto ela pensava em tudo que seria necessário para dar aquela festa.

Se havia uma coisa em que Melanie era boa, era em dar festas.

– Abby e Julia, – Melanie apontou para as duas, entrando no modo general – Vocês cuidam dos cartazes e panfletos. Susana, você cuida das Luzes e som. Vai com a Brittany e vê qual o tipo de som que ela tem lá e se será necessário usar amplificadores. Elena, você cuida da bebida. Entra em contato com aquela empresa que seu primo trabalha e consegue alguns descontos nos barris de chopp. Brittany, você cuida dos salgadinhos, copos, guardanapos e essas coisas, ok?! – Todas assentiram, enquanto Melanie escrevia algo em sua agenda, provavelmente a lista de coisas a se fazer.

– Melanie. – Alexya chamou.

– Que foi? – Melanie respondeu, sem nem olhar para ela. Estava absorta em suas tarefas.

– Precisamos de dinheiro pra fazer uma festa dessas, lembra? – Alexya resmungou, exasperada.

– Oh, eu sei. – Melanie respondeu finalmente olhando acima de sua agenda, com um sorriso no rosto. – E é por isso que durante a semana vamos...

– Lavar carros – Alexya completou, sorrindo como Melanie.

Existem poucas coisas que junta tanto dinheiro em tão pouco tempo e com tão pouco esforço. Lavar carros era uma delas.

Agora, imagine 30 lideres de torcida com corpos atléticos, bronzeadas, com pouca roupa. E essa pouca roupa curta e molhada. Enquanto lavam carros, com toda aquela espuma e água. A maioria das mulheres pode não até se agradar, mas a predominância de carros próxima a faculdade era masculina, fazendo assim com que elas tivessem uma quantidade boa de clientes.

No ano anterior, haviam arrecadado cerca de mil em apenas um dia.

Lá fora, o sol se pôs completamente enquanto as luzes do lado de fora se acendiam.

Uma sensação incomoda começou a correr pelo corpo de Alexya, e de repente ela se viu indo para fora, em direção ao carro. Ela tinha que ir a algum lugar.

– Onde você vai? – Melanie gritou atrás dela.

– Tenho que ir ver alguém. Amanhã eu te ligo – Ela gritou de volta.

Alexya entrou no carro e se dirigiu ao outro lado da cidade, nos bairros mais afastados, próximo do Metamorphose.

Ela não fazia idéia do porque de estar indo até lá, nunca havia sequer colocado os pés daquele lado obscuro da cidade, mas seu corpo parecia ter vontade própria, e seu cérebro parecia conhecer o caminho como se o tivesse percorrido varias vezes.

Quanto mais fundo ela se enfiava nas ruas do bairro de subúrbio, mais forte ficava a sensação do seu corpo. Ela corria por suas veias, indo direto para a cabeça e agindo ali como um pulsar insistente.

Via suas mãos trocarem as marchas e dirigir pelas ruas como se fosse uma observadora em seu próprio corpo, e sabia que mesmo que tentasse impedir, não seria bem sucedida.

Estacionou o carro na frente de uma casa vermelha com detalhes em branco. Na parte da frente, um caminho de pedras cortava pelo meio do gramado e levava a porta da frente.

Alexya podia ver as luzes acesas dentro da casa, mas as janelas estavam todas cobertas com pesadas cortinas e ela não conseguia distinguir as figuras que ali estavam.

A batida pulsante em sua cabeça se tornou mais forte, e ela seguiu em direção a porta da casa.

Sentia que ali dentro estavam as respostas para as suas perguntas, mas isso não fazia com que tudo fosse menos assustador.

Agora, em frente a porta, podia ouvir a musica que vinha de dentro da casa, e o burburinho animado de varias vozes.

Alexya considerou seriamente voltar para dentro da segurança do carro e sair dali como um morcego fugindo do inferno, mas antes que realmente pudesse mudar de idéia e ir embora, a porta se abriu.

– Olá, Nikki.


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Notas finais do capítulo

Eu não sei vocês, meninas, mas esse Lucian me arranca suspiros!



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