New Generation escrita por Melnaughtylittlehuntress


Capítulo 3
"Tio Stefαn ficou cαrecα", cαp.-2




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Querido diário,

Como o prometido, esse capítulo será sobre o meu primeiro treinamento, tendo a participação especial do tio Stefan como a nossa vít...nosso voluntário, contra a vontade dele. Lembram da tatuagem do dindo Jeremy!? Aquela que eu vi quando cheguei nessa família única!? É por causa dela que estou conseguindo me divertir com esses treinamentos todos. Mas vamos à história...

Eu acordei bem cedo, a mãe nem havia ido no meu quarto ainda, estava dando o café da manhã para a minha irmãzinha, a Esther. Já disse que ganhei ela como minha princesinha para cuidar e proteger!? Mas isso é assunto para depois, que fiquem tranquilos, vou contar tudinho.

Eu desci as escadas correndo, trajava um short lilás e uma blusa branca, e a babá do dia (porque ainda não a tinha espantado) tinha feito duas tranças em meus cabelos. Assim que cheguei ao térreo da casa, passei correndo pela cozinha e nem atendi ao pedido da tia Rebekah, dizendo que eu precisava comer algo. Havia esperado pelo primeiro treinamento de verdade já faziam dois anos e a ansiedade não cabia em mim. Ao chegar na varanda que dava vista para o jardim, vi o tio Stefan de longe no celular com alguém, mas não fiz grande caso. Subi no pequeno muro que protegia a varanda e ficava caminhando por este, enquanto esperava a chegada de Elena para começarmos, estendendo os braços ao lado do corpo, afim de me equilibrar melhor.

Fui pega por um ataque de cócegas, quando me virei de costas que me fez embarcar em uma crise de risadas, contorcendo-me. Quando ela me colocou no chão, fomos direto para o jardim, enquanto eu lhe falava como eu iria dar meus super golpes nos vampiros que os tentassem machucar. Ela apenas ria e, ao pararmos, passou a olhar em volta, dizendo que precisávamos encontrar alguém para se voluntariar. Não precisei pensar duas vezes para saber da minha segunda escolha, já que a primeira ela jamais permitiria (o padrasto). Um sorriso se alastrou pela minha face, encharcado de travessura, e voltei o rosto para o tio Stefan que continuava no telefone (depois falam das garotas). Juntei as mãos ao lado do corpo e gritei tão alto quanto conseguia. Teve de tudo, tia Rebekah olhando pela janela com a irmãzinha no colo, a dinda olhando da casa dela e o essencial: tio Stefan largou o telefone, que parecia estar grudado com super cola em sua orelha, e veio correndo ver o que tinha acontecido. Os gritos pararam, quando olhei para a mãe com um sorriso travesso no rosto, perguntando se ela precisava de mais alguma coisa e dando um tapinha, de leve, na cabeça do tio. Em sinal de um "bom menino".

Ela tentou segurar a risada e pediu para que Stefan se levantasse, e o mesmo o fez, com um mal humor que tal, que foi reprovado por ela dizendo para que ele parasse de ser tão covarde. Coloquei as mãos na cintura, enquanto repetia no mesmo tom que a mãe havia usado, olhando para o tio.

– É! Deixe de ser covarde!

Ele me fuzilou com os olhos, e eu arregalei os meus, virando para a mãe. Decidi ficar quieta, afinal, em poucos minutos daria minha revanche. Logo começaram os primeiros golpes, Elena fazia no ar e eu devia fazer algumas repetições. Então, ela pediu para que eu os aplicasse no meu tio: um soco seguido de um chute. Ele fez uma careta de susto e começou a se afastar, falando que não tinham especificado isso. Prontamente, lhe dei o ultimato. Como? Imitando uma galinha e lhe chamando de frangote. Raivoso, ele voltou ao seu lugar e, mais uma vez, aquele sorriso atentado se formou em meus lábios. Até ele já sabia que algo estava para vir. Comecei a repetir, oralmente, os passos dados pela mãe.

– Fechar a mão, preparar e... YAH!

Foram as últimas palavras ouvidas antes do gemido de dor do tio Stefan, por eu ter acertado a virilha dele, bem lá. Não me culpem, estava na zona de altura. Quem manda ele ser gigante. A irmãzinha gargalhava no colo da tia Rebekah, que tombava a cabeça para trás rindo do cenário. Nisso, até a dinda com a prima Cambree gargalhava da sua casa e o padrasto colocou a prima Alice sentada na janela, junto com ele, incentivando eu repetir o golpe. A mãe tentava manter a compostura, cobrindo a boca com as duas mãos, mas segurar a risada já estava lhe fazendo lacrimejar. Só o tio Stefan não viu graça, viram que mal humorado!?

Ele fuzilou a mãe com os olhos, dizendo que ela pagaria por aquilo, que iria sofrer mais que ele. Não teve outra, ninguém mexe com quem eu amo. Aproveitei que ele estava curvado ainda, e me segurei nos cabelos dele, montando em suas costas e dando tapas e socos na sua cabeça. Quando a mãe viu o que estava acontecendo e a ficha caiu, me segurou pela cintura tentando me fazer soltá-lo, mas não tinha outra. Agarrei-me com todas as forças, usando as duas mãos, nos cabelos dele e aquilo virou um cabo de guerra humano. E eu era a corda! De um lado, a mãe e o padrasto tentando me puxar para soltá-lo, de outro o tio Stefan com as veias no rosto aparecendo já, e eu no meio, esticada no ar e esperneando, dizendo que não o deixaria machucar a mãe.

Ainda tenho as mechas de cabelo dele para provar, sai com um maço em cada mão quando a brincadeira acabou. Fiquei uma semana sem poder sair para brincar, mas valeu muito a pena! Até hoje, ele tem muito medo de mim. E o tio Stitch (tio Nik) também, de quebra, depois que soube da história.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando, e perdão pela demora, a inspiração mandou lembranças.



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