New Generation escrita por Melnaughtylittlehuntress


Capítulo 1
"Entrαndo com estilo", cαp.1-part.1




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Querido diário,

De tanto o tio Stefan passar horas escrevendo em seu quarto, enquanto eu tentava me distrair jogando para cima uma bola de baseball, deitada de costas na cama dele, o mesmo decidiu que estava na hora de eu usar meu tempo livre escrevendo. Também falou que seria uma forma de evitar que eu fizesse minhas traquinagens nas tardes que ele tinha que ficar de minha babá. Mas essa parte é, totalmente, completamente, e inegavelmente, ignorável. Eu faço minhas traquinagens por curiosidade, por tédio, e não preciso de terapia ocupacional, preciso é de alvos novos, porque estou começando a ficar previsível na mansão Salvatore. É verdade! Acontece qualquer coisa, e já ouço meu nome ser gritado em plenos pulmões. E não é o adorável nome Melissa, é o nome completo, por extenso e com todas as letras: Melissa Lerman Gilbert Salvatore Morrow! Nem comento como meus sobrenomes, juntos, me causam arrepios na espinha.

Mas vou contar como eu, uma órfã humana de seis anos, acabou parando nessa família especial, onde me vejo em uma encrenca seguida da outra. Tudo começou a dois anos atrás, quando eu tinha quatro anos, no orfanato de Mystic Falls.

"- Hello!? Tarde livre! Vamos! Ou vocês estão com medo de perder para uma garota? - Eu retrucava a Joshua e Samantha, que estava plantados dentro da casa baixa onde morávamos, esperando a hora da cozinheira servir a janta. - Menina, veja se se enxerga, eu também sou uma. - Sammy retribuiu minha gentileza, respondendo. 

Meu forte nunca foram as crianças de minha idade. Via-me como mais velha do que minha realidade, e tinha por teoria que o físico era apenas um mero e relevável detalhe nas coisas. Dei de ombros, suspirando, e neguei com a cabeça, retirando-me do local. - Só pensam em comida, parecem uns mortos de fome. Saindo dali, me deparei com Matthew, que conversava com os três irmãos que moravam do outro lado da rua. Um dos meninos jogou a luva de baseball no chão, falando em protesto, enquanto me aproximava. - Não tem chance de eu ir pegar. 

- O que está rolando? - Perguntei, cruzando os braços e franzindo o cenho, sendo respondida pelo mais velho deles. - Nada, pirralha, por que não vai brincar de casinha? - Lary, era o mais velho dos três, e vivia me chamando de "pirralha" por eu ter  dois anos a menos que ele. Matthew, no entanto, passou na frente de minha resposta, dizendo o que havia acontecido. A bola deles, havia caido dentro da janela da Mansão do falecido Giuseppe. 

Rezava a lenda, para as crianças da região. que a família havia sido transferida para os Estados Unidos na primeira guerra mundial, onde o ex marechal do exército acabou por assassinar e comer os filhos e a esposa, louco devido à guerra.  E que, até o dia atual, o fantasma atraia pessoas para a casa, afim de se alimentar. Alí ficava o dilema: a bola deveria ser recuperada, mas nenhum dos quatro estava disposto a sujar as mãos. O irmão do meio, um ano mais velho que eu, resolveu me pagar dez pratas para que eu o fizesse e não neguei, sem hesitar. 

Quando nos aproximamos da casa, pedi o taco de baseball dos meninos emprestado, ouvindo o comentário infeliz de Larry, dizendo que eu não teria coragem de ir até o fim com aquilo. Revirei os olhos para ele, revidando sem piedade. - Não me faça lhe machucar. Agora digam, onde é que a bola caiu, crianças? 

Sempre fui o tipo de menina com respostas rápidas e cortantes. Após os quatro apontarem para a janela, dei as costas e caminhei até a porta da mansão assombrada. Logo depois de tocar a campainha, fui indicar aos mesmos que não ouvia barulho algum, quando a porta se abriu, para o meu espanto. Arregaçando os olhos, virei para a figura sombria, que hoje tenho pelo meu tio chato: Stefan Salvatore. Ele tinha a bola de baseball em mãos, e a jogava de um lado para o outro, em uma brincadeira, enquanto me perguntava se não era a pequena rebatedora que ele tinha alí. Sobre protestos, fui arrastada para dentro da mansão, alegando que eu não iria ser apetitosa. 

Ele deu uma risada, olhando na direção das escadas e dizendo para mais duas figuras que tinham uma visita ilustre. Eu pude ver o rosto da moça e do rapaz, e lembrei-me do mesmo relacionado com entrada de jovens mulheres no local, que acabavam por ter sua memória perdida. Meu queixo caiu e os olhos se arregalaram ainda mais. A primeira, e única, reação que tive foi de dar um chute na canela do loiro e sair dali, a plenos pulmões, antes de me esquecer quem eu era ou virar a sobremesa. 

Não sei até onde, exatamente, eu corri. Mas, de tempos em tempos, eu podia ouvir a voz da moça da mansão atrás de mim, até que entrei em um beco, me escondendo por entre as latas de lixo. Minha capacidade de encontrar encrencas havia se superado, mas eu não pensava no medo, apenas em sair daquela bola de neve. Observava, em completo silêncio, a moça morena que adentrou, atrás de mim, no beco e olhava em volta na tentativa de encontrar-me. Parte da minha loucura inconsequênte, tão comentada por todos, está na minha impulsividade. Ninguém consegue prever o que se passa na minha cabeça, porque nem eu consigo. Ao ver a moça, de longos cabelos castanhos, de costas para mim, pulei na mesma, contando com todas as minhas forças. Não queria machucá-la, apenas queria que ela corresse para longe. 

Ela fez com que meus braços a soltassem, e me segurou por eles, garantindo que tudo ficaria bem e ninguém me machucaria. Após longos minutos conversando comigo, finalmente eu estava mais calma e mais flexível quanto às opiniões. Já havia descoberto duas coisas sobre a moça: seu nome era Elena e ela era bem legal para uma adulta. (Continua...)


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Notas finais do capítulo

Vamos comentar? Não vai cair o dedo de ninguém. []