O Céu Negro escrita por ValentinaV


Capítulo 13
A paixão não acabou


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer aos leitores que me mandam comentários, e lembrar aos outros que ler e não comentar não é legal, isso acaba com o estímulo de quem escreve. É sério, galera.
Bem, caprichei nesse capítulo, espero que gostem *-----*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/368155/chapter/13

POV Percy.

AQUELE BABACA TINHA BEIJADO ANASTACIA? Cerrei os punhos. Por que ela não deu um bom tapa na cara dele? E não tinha sido só um beijo, eles estavam se agarrando na minha frente. Eu quase fui interrompe-los, já estava pronto para dar um belo soco na cara dele, mas me segurei percebendo que o álcool tinha subido. Eu precisava de ir ao banheiro, esfriar a cabeça... Entrei num corredor, eu achava que era por ali, mas estava tão escuro, e eu já estava tonto demais. Ouvi o barulho de uma porta próxima de mim fechando, então segui para lá.

Tropecei no chão sem querer, e caí. Me sentei e esperei um pouco a tontura passar, e depois de alguns minutos levantei e fui até a tal porta. Entrei, mas só depois que tinha fechado a porta, percebi que não era o banheiro.

– NÃO FECHA! – Anastacia gritou e me assustou.

– O que você está fazendo aqui? – eu tentei rodar a maçaneta e abrir a porta, mas não consegui.

– Er... Entrei por engano – a voz dela estava engraçada, acho que ela tinha bebido – E agora não tem por onde sair porque algum burro projetou o sistema de segurança e essa porta é trancada por dentro, e só gira a maçaneta por fora.

– Então eu vou arrombar.

POV Annabeth

– Para com isso, idiota, o castelo tem reforço de segurança em todas as portas. Já tentei abrir.

Percy chutou algumas vezes a porta, mas logo se cansou. Ele veio até perto de mim e se sentou.

– E como a gente sai daqui? – ele perguntou com a voz ligeiramente rouca, estava embriagado.

– Provavelmente a sua namoradinha vai dar conta do seu sumiço daqui a pouco, e vai nos achar aqui.

– E aquele imbecil já já vem abanando o rabinho a sua procura. – ele retrucou.

– Que imbecil?

– Aquele filho da put*, o duque – Percy xingou.

– Por que diz isso? Ele é bem legal.

– É um idiota, isso sim. – ele riu – Você acha mesmo aquele cara bonito? Ele tem um cabeção.

– Ele não tem um cabeção e é bem melhor que a sua namorada árvore de natal falante e narcisista. E ele não é meu namorado.

– Uau, então aquela pegação foi coisa de amigo? Nova moda?

– E desde quando você se interessa pela minha vida? – eu retruquei, encarando-o mais de perto.

Percy não respondeu, mas sustentou meu olhar com uma cara de... ciúmes?

Não, Annabeth. Para de viajar.

– Quanto que você bebeu? – perguntei, sentindo um leve cheiro de alcool.

– O mesmo tanto que você.

– E como sabe o quanto eu bebi? – eu sorri.

– Eu fiquei olhando, oras. – ele se arrependeu de sua sinceridade – Quer dizer...

– Quer dizer que você ficou me olhando a festa toda?

– Aham... Quer dizer... Não! Por que eu faria isso?

Porque um dia eu cheguei a pensar que você me amava, Percy. Não respondi. Fiquei brincando com uma mecha do meu cabelo, e Percy ficou tamborilando os dedos no chão.

– Foi bem legal a sua dança... Era o que tava faltando para animar a festa. – ele disse.

– Você gostou? – me senti idiota por estar demonstrando minhas emoções novamente para ele, mas era efeito do alcool.

– Foi bem sexy – ele também estava sob efeito da sinceridade alcoolica, e ficou corado.

– Era para você. – eu me arrependi e mudei a frase – Ter ido dançar também.

– Bem que podia ter um bis, né? – ele riu, e eu acabei rindo junto.

Levantei por impulso e puxei ele também. Estávamos tontos, ensinei-o os principais passos, mas dessa vez eu me sentia uma retardada dançando, porque mal coordenava minhas pernas.

– Eu não sei rebolar assim! – ele reclamou.

– Mexe desse jeito... – eu cheguei por trás e peguei em sua cintura, fazendo-o acompanhar o passo.

Percy começou bem, mas depois tropeçou no meu pé e eu me desequilibrei, caímos no chão rindo sem parar. Demoramos um pouco a retomar o fôlego, e quando consegui, percebi que eu estava com metade do corpo em cima do corpo dele.

Percy lançou um olhar que se aprofundou nos meus olhos, como se estivesse me lendo por dentro. Eu estava me sentindo tão vulnerável quanto no dia anterior... Meu corpo recuou, eu saí de cima dele e sentei mais longe.

– O que foi? – ele se sentou.

– Quero sair daqui. – eu me encolhi.

Percy assentiu, e se aproximou lentamente. Ele sentou de frente para mim e me encarou, sério.

– Você me perdoa? – ele perguntou suave.

– Não esquenta, você não pisou no meu pé, só tropeçou e...

– Não, Annie. – ele pegou em uma das minhas mãos e entrelaçou os nossos dedos – Peço que me perdoe por ontem. Eu não sei o que houve, mas não queria te magoar. Eu juro.

– Deixa para lá – eu não sabia o que dizer.

– Por favor, eu preciso saber se me desculpa. Eu não aguentaria mais uma noite sem dormir, pensando nisso. Eu queria mesmo me lembrar de você.

– Tudo bem, Percy. – senti uma pontada no coração.

A dor insuportável estava começando novamente.

POV Percy

Anastacia começou a arfar.

– O que foi? – eu me aproximei.

– Não... Não é nada. – ela disse, gemendo de dor.

– Você está com pressão baixa de novo?! – eu deixei meus braços de apoio para ela.

– Não...

– Então o que é??? – eu perguntei angustiado.

– É só uma dor... Aqui. – ela colocou a mão sobre o peito, do lado esquerdo.

– O que eu preciso fazer?

Ela gemeu e se encostou na parede. Tentei sentir água por perto, mas só havia algumas tubulações longe. O efeito do alcool foi passando, e eu comecei a me desesperar. Um medo surpreendente de perdê-la acendeu algo dentro de mim.

– Isso passa. – ela pressionou o peito – Daqui a pouco.

Coloquei Annie no meu colo e acariciei seus cabelos, que agora estavam desarrumados de um jeito muito sexy. Cantarolei uma música que eu não lembrava de onde tinha tirado e ela se acalmou. Ficamos assim por quase cinco minutos, até ela parar de arfar.

– Obrigada. – Anastacia sussurrou.

Virei-a de frente para mim com cuidado. Eu abracei-a por tempo suficiente para sentir seu coração martelando contra o peito. Percebi que o meu estava no mesmo ritmo do que o dela. Desfiz o abraço, e levantei seu queixo, até ela olhar em meus olhos. Obedeci a um pequeno impulso e encostei minha boca na dela. Seus lábios eram macios e quentes, e me convidaram a prosseguir o beijo. Talvez o efeito do alcool não tivesse passado totalmente. Abri um pouco mais a boca, pedindo permissão para aprofundar o beijo, ela hesitou, mas quando puxei-a para mais perto, Annabeth cedeu. Seu corpo veio de encontro ao meu, e ela sentou nas minha coxas, as pernas abertas se encaixaram no meu tórax. Ela tentou se afastar, mas eu não deixei, a posição estava perfeita, e continuamos o beijo.

Perdi a noção do tempo e do espaço, a minha atenção estava completamente concentrada nos movimentos quentes e progressivos de nossas bocas e do nosso corpo. Seu beijo era tão espontâneo e ajustado ao meu ritmo, que cheguei a me perguntar se nunca havia a beijado antes.

Quando a droga do ar faltou e nos afastamos um pouco, Annabeth saiu de cima de mim. Ficamos um ao lado do outro, nos olhando. Seus olhos desta vez, estavam cinza-claros.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AAAWN só eu que amei essa fanart? Os créditos estão pequenos no próprio desenho, não fui eu que fiz!
Galera, não vou pedir número mínimo de comentários para esse capítulo, mas levem em consideração o meu trabalho, e lembrem-se que a minha recompensa é a opinião de vocês (seja elogiando, ou criticando). Obrigada! *-*