Esquerda, Direita escrita por Aleyna


Capítulo 1
Como se chama esse sentimento?


Notas iniciais do capítulo

Viick Hagnoshi, essa é pra você. Cê não faz ideia do quanto eu sofri pra escrever algo pra você hein? AHSUAHSUHUSHUA Nosso OTP ♥ Espero que goste *-* (Não. Você TEM que gostar. TEM que amar. E me amar pela eternidade, é)
Eu escrevi ouvindo a música Order Made do Radwimps. Caso queira ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=jvW2V-CrB08 (eu a acho linda ♥)

Foi feito do fundo do coração ♥



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Esse peito está barulhento, mas essa sensação é nostálgica... Como se chama esse sentimento?

A primeira noite de verão em seu segundo ano havia chegado. Okazaki Tomoya estava mais uma vez no quarto de seu melhor amigo, Sunohara Youhei, fazendo exatamente nada de interessante como sempre.

Jogado no chão com um mangá em mãos, ele ouviu o amigo rir maldosamente acima de si. Se esticou um pouco e viu o loiro com os olhos fixados em um papel enquanto escrevia algo.

— Nem quero saber o que você está aprontando agora... — fingiu desinteresse.

— Carta de Amor: Missão #5 — Sunohara respondeu animadamente.

— Já tá na quinta versão? Ela ainda cai nisso?

— Huhuhu! Você nunca deve duvidar dos poderes desse mestre aqui. — o loiro apontou pra si mesmo, enquanto sorria maroto. — Talvez eu coloque que foi você quem escreveu...

— Oy, não me coloque no meio disso. — Okazaki se levantou brutamente e se manteve sentado com uma expressão de poucos amigos.

Sunohara apenas riu e continuou a escrever no papel.

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— Então... Eu estou indo na frente. — a Fujibayashi mais nova disse para sua irmã já se afastando dos armários de sapatos.

Kyou abaixou a mão que levantara para acenar à Ryou e suspirou. Se virou para seu armário e, hesitante, o abriu.

Qual não era a surpresa de ver uma carta ali?

Isso mesmo, nenhuma.

— Esses idiotas estão brincando comigo de novo. — sussurrou.

Já era comum encontrar esse tipo de carta em cima de seus sapatos. Ela se perguntou o porquê de ainda cair nesse truque idiota.

Mas ainda assim ela abriu a carta e a leu.

E ainda assim corou.

Talvez não fosse por causa das palavras que ali tinham, e sim pelo nome dele estar ali no meio.

Fujibayashi Kyou-san,

Já tem um tempo no qual eu venho te observando. E pouco tempo que eu descobri meus sentimentos por você.

Por favor, venha até o ginásio no fim das aulas.

Okazaki Tomoya.”

O coração da jovem de cabelo e olhos lilás pareceu parar por um momento.

Isso com certeza era uma brincadeira. Ela não iria cair nessa de novo.

Não é?

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Ela abriu a porta do ginásio e entrou neste com a respiração pesada, mostrando cansaço e também deixando claro que havia corrido.

Já era o final do dia e os clubes que utilizavam aquele lugar já havia acabado com as atividades.

Seus olhos correram todo o local em busca do garoto de cabelo azulado e suspirou ao não encontrá-lo. Ajeitou o uniforme um pouco amassado e andou um pouco mais para o centro do ginásio.

Sunohara e Okazaki estavam escondidos atrás da parede que dava entrada para o vestiário masculino.

— Por que diabos você me colocou nessa? — o mais alto resmungou em forma de sussurro.

— Eu disse para você não duvidar dos poderes desse mestre. — riu baixo. — Ela está te esperando. — olhou pra cima. — Não é bom deixar uma mulher esperando.

— Tsc. — bufou e se levantou. Colocou as mãos nos bolsos da calça do uniforme e foi até o centro do local, ficando de frente pra Kyou.

A visão que a Fujibayashi mais velha tinha era de um Tomoya envergonhado e que estava brilhante por culpa dos últimos raios solares que entravam ali por uma pequena janela. Sim, ele estava incrível. E ela jurou por um momento que havia esquecido como se respirava.

— Desculpe. — o garoto começou e ela logo entendeu. — Foi novamente coisa do Sunohara e...

Ela abaixou a cabeça, um tanto decepcionada. É claro que seria mais uma brincadeira. Por que ainda caia nisso?

— Eu já suspeitava disso. — levantou a cabeça forçando um sorriso. — Aquele idiota do Sunohara... É claro que você não iria gostar de mim. — falou baixo, mas o Okazaki ainda ouviu.

Se aproximou mais da garota e deu um pequeno peteleco na testa dela.

— Idiota. Não fale assim. — virou o rosto e colocou novamente as mãos nos bolsos. — Não é que eu não goste de você, é só que... Eu não te mereço. — ele a encarou apenas para ver a expressão de surpresa que ela fazia. Levou uma das mãos para a cabeça de Kyou e bagunçou seu cabelo lilás. — A pessoa que você gosta é realmente sortuda. — sorriu de canto e começou a caminhar até a porta do ginásio.

A garota ficou paralisada. O que aquilo queria dizer?

Virou-se rapidamente em direção dele, colocando os braços em frente ao seu peito. Seu coração estava realmente acelerado.

Talvez aquele fosse o momento certo.

Sim. Aquele era o momento certo.

Ela só precisava dizer aquelas palavras tão simples.

“Vamos. Você é corajosa. Você consegue.”, se incentivou mentalmente. “Não é a Kyou covarde quem eu conheço.”

Buscou o ar e, antes que o garoto abrisse a porta, gritou, chamando sua atenção:

— Tomoya! — o jovem virou-se para trás. Kyou mantinha os olhos e punhos cerrados com um tanto de força, suas bochechas haviam ganhado uma grande tonalização de vermelho. — E-eu... — ela parou um pouco, respirando fundo para novamente continuar. — Eu... Gost-t-to de... Eu gosto de você. — terminou encarando ele com determinação.

A~Ah... Ela finalmente tinha falado.

Ryou que a perdoasse mais tarde. Dessa vez Kyou era quem tinha pego a liderança.

Ela continuava encarando Tomoya, buscando alguma reação dele.

A Fujibayashi sentia suas bochechas queimarem cada vez mais que o garoto se aproximava dela.

E também sentia as lágrimas dando as caras.

Como era mesmo o nome desse sentimento?

Medo? Do quê?

Ah sim... De ser rejeitada.

Tomoya parou em sua frente, e ela ainda o encarava. De modo algum conseguia desvendar a expressão dele. Não sorria, mas também não estava sério. E seus olhos mantinham um brilho misterioso.

Foi então que ela o viu sorrir feliz.

— Obrigado! — ele disse, simplesmente. — Ninguém nunca havia se declarado para mim. Estou feliz. — Tomoya continuava a sorrir.

A sensação de alívio tomou conta da garota, e ela não conseguiu conter as lágrimas.

— Oy, por que está chorando? — o sorriso foi desfeito e uma expressão preocupada tomou conta do rosto de Okazaki.

— Estou apenas aliviada.

E então sem que nenhum dos dois dissesse algo a mais, Tomoya puxou Kyou para um abraço.

Ele podia sentir o coração dela batendo forte no seu lado direito, enquanto o seu próprio coração batia do mesmo jeito em seu peito esquerdo.

— Que tal no sábado?

Ela olhou pra cima, confusa. Ele secou as poucas lágrimas que ainda escorria nas bochechas de Kyou com uma das mãos.

— Hã?

— Nosso primeiro encontro. — Okazaki respondeu.

A garota abriu um sorriso e animadamente respondeu com um “sim”.

A atenção deles foi roubada por um Sunohara animado que corria e gritava:

— Isso! Meu plano deu certo! Eu disse para ninguém duvidar do mestre. Hahaha. — e que saiu rapidamente do ginásio, enquanto ria incontrolavelmente.

Tomoya e Kyou se olharam perplexos e caíram na gargalhada antes de se abraçarem novamente.

Eles haviam entendido que agora o coração de cada um pertencia ao outro. Enquanto a parte da esquerda fosse de um, a da direita seria do outro. Não conseguiriam mais viver sozinhos.


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Notas finais do capítulo

Essa foi a PRIMEIRA oneshot que eu escrevi *v* E até que foi agradável de escrevê-la :B
Esse é meu OTP de CLANNAD, mas eu jamais imaginei que escreveria algo deles :P
E já fazia tanto tempo que eu não escrevia algo, que agora eu chego até a me sentir mais leve. Com vontade de escrever mais AHSUHUSHUAH
Eu sinto muito se algo não fez sentido ou coisa do tipo :P
Me baseei no episódio 23 do After Story (o especial que mostra o que rolou um ano antes da história) e no episódio da Kyou ♥
Enfim, pra quem leu, obrigada ~se curva~