Poesia Compulsiva escrita por Melo
Palavras
Às vezes as palavras são meras palavras
Apenas ditas ao vento
Sem nenhum significado ou sentimento
São apenas abafamentos ditos
De seres que parasitam
São menos que veredictos
Acontecimentos manuscritos
Impostos em palavras malditas
São meras palavras
Palavras malditas
Que gritam num apito
Ecoam no recanto
A serem escutadas por tantos
Inquestionadas por tetra-tantos
Palavras de um espanto
Que retumbam num espanco
A serem escutadas em encanto
Palavras proferidas em canto
Por bocas audaciosas
Perdizes pretensiosos
Que gesticulam em abusos
Proferem palavras em absurdos
Que ecoam nas vozes surdas
São mentes sem sorte
Malandragens insolentes
Que ecoem neste mundo obsoleto
E entram num dileto
Rastejam-se em irrequieto
Proferidas sem nenhum discreto
São objetos de desejos
Palavras obsoletas
Obscenas
Que fazem uma cena
E entram em contracena
Palavras sem complemento
Perdidas em contratempo
Proferidas num mundo preto
São palavras sem dobramento
Palavras sem decreto
Sem sentidos ou dialeto
São meras palavras
Palavras ditas ao vento
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