Adam permaneceu em silêncio. Nunca pensará em como a antiga vida de Zoey em casa poderia afetar suas atitudes. A partir daquele momento, ele se sentiu com obrigação de coloca-lá como uma das principais em sua vida. Ora, não era ele a unica esperança que a garota tinha?

– Zoey, eu te prometo uma nova vida e muito mais. - Sabia que deveria manter a promessa. Mas o que poderia dar a ela além de uma nova vida?

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Depois de uma crise de choro em murmúrios de Zoey, os dois se levantaram prontos para ir embora. Não faziam idéia de quanto tempo havia se passado, mas não se importaram, prosseguiram numa calma caminhada.

– Estrelas são fascinantes - Zoey rompeu o silêncio. Não dissera nada desde que contara sobre o seu medo de escuro.

– Sim - Respondeu Adam. A garota andava lentamente olhando o céu, enquanto ele observava a admiração dela pelas estrelas.

– O que faremos agora? - Perguntou ela.

– Em relação a que?

– Ora, aqui. Não encontramos nada, nem ninguém. Qual seu plano?

O problema era que Adam não tinha um plano. Não havia pensado no que faria após Plummore, pois acreditava que encontraria algo ou alguém.

– Eu não sei, é.. é complicado como tudo isso aconteceu.. como o tempo passa e.. os boatos, as mortes. O sumiço dos bruxos. - Adam engasgou.

– É verdade - Ele não imaginava que ela iria concordar, mas pelo contrário, que iria se enfurecer por ele não ter um plano. - Sempre achei que a culpa fosse do ministério. Se há, e havia realmente bruxo das trevas recrutando outros por ai, significa que o Ministério não teve controle sobre eles.

''O fato é que não há um ministério'' pensou Adam ''nunca houve''

– O ministério só precisava de novas pessoas na direção. Quem soubesse controlar uma população bruxa.

– Tipo quem? - Perguntou Zoey debochadamente - O ministério tinha ligação com Hogwarts. O poder dos dois pertenciam aos Braeden. Quando Hogwarts caiu, o Ministério foi junto. Agora eu me pergunto: Aonde está a nobre família Braeden? - Nesse ponto, Zoey fez um bico irônico como se fosse um bebê prestes a chorar.

Os Braeden era uma antiga família muito rica de sangue-puro. O ministro que estava no comando antes da queda do Ministério, era Flavius Braeden. E a diretora de Hogwarts, Nancy Braeden, mulher de Flavius. Uma mulher que Adam nunca gostou.

– Talvez.. Talvez estejam em algum lugar seguro com.. com os outros e.. - Mas parou. Não era hora de defender os Braeden, e sabia disso.

– Se eles tivessem realmente controle e poder como diziam, já teriam se pronunciado e tomado iniciativa contra o suposto partido de bruxos das trevas! - Zoey estava ficando realmente furiosa.

– Calma, a questão é: o que iremos fazer para encontrar os outros?

– Adam, não há ''outros'' para mim! Não há quem me espere em outro lugar. Estou aqui para te ajudar e depois que encontrar sua família, vou viver minha vida!

– Eu te prometi uma nova vida, e é isso que vou te dar.

– Uma vida sem ninguém - Murmurou ela, abaixando a cabeça.

– Você tem a mim. - E se calou. Estiveram conversando tanto que se esqueceram que era de madrugada e estavam praticamente ''no meio do nada''.

– A-adam.. - Gaguejou Zoey.

– Sim?

– Olhe ali! - Ela estava sussurrando. Apontava para um beco mais a frente. O garoto levantou um pouco mais a varinha acesa e pôde enxergar melhor: uma sombra na parede dar uma leve tremida e desaparecer num estalo.