Zoey andava pela área rural cambaleando. Era como se todo o peso do mundo tivesse caído sobre ela. Estava desamparada.

Ele não podia ter feito isso, pensava ela. Não posso chorar. Mas já era tarde.

As lágrimas caiam de seus olhos cor de mel, e escorriam lentamente sobre sua bochecha.

A garota caiu de joelhos na grama. Enterrou o rosto nas mãos.

Tori estava em frente a sua casa de campo. Sua família era do campo. Ao perceber que Zoey chorava, caminhou até ela.

– O que houve? – Perguntou Tori, calmamente.

Zoey não ousou levantar a cabeça, continuou chorando.

– Neville! – Gritou a garota. – Me ajude aqui com ela.

O garoto não hesitou e correu até as duas para levantar Zoey. Os dois envolveram os braços de Zoey em volta de seus pescoços e a levaram para dentro da casa de Tori.

Ao chegarem, Neville colocou Zoey sentada no sofá. Ela abaixou a cabeça novamente.

– O que aconteceu?

– Adam. – Ela disse, em meio a uma fungada. – Ele estava beijando outra garota.

– Você gosta dele, não é? – Perguntou Tori.

Zoey assentiu.

– Neville, dê-nos licença. – Disse a garota. Neville hesitou, mas foi.

Tori ficou olhando Zoey. A garota levantou a cabeça e secou as lágrimas com as costas da mão.

– Não se preocupe. O que é seu sempre volta.

– Mas ele nunca foi meu.

– Ele te ama.

– Como você pode ter certeza disso? – Perguntou Zoey.

– Eu não tenho. – Tori deu-lhe um leve sorriso.

– Isso não faz sentido.

– A vida não faz sentido. – Tori se levantou e foi até Zoey. As duas se abraçaram.

– A vida tem sido muito dura comigo.

– Não se preocupe.

– Eu preciso dele perto de mim. – Zoey fitou Tori nos olhos. – O que eu faço?

– Dê a ele um tempo. Deixo-o só para refazer suas escolhas. – Tori sorriu. – Se ele realmente te ama, ele irá voltar atrás.

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Gwen dava leves beijos em Adam. De repente, ele recuou.

– O que você tem? – Perguntou a garota, fitando-o.

– Nada. – Ele desviou o olhar. – Nem eu mesmo sei.

– Você gosta dela.

– Dela quem?

– Zoey. – Gwen abaixou a cabeça. – Você a ama.

– Não. – Ele olhou-a nos olhos. – Eu.. Eu não posso.

– Mas está. – A garota se levantou, e deu-lhe as costas. Dirigiu-se para dentro do bosque, indo embora.

– Não, Gwen! Fique! – Ela não ouviu, continuou andando. – Ah, que se dane! – Ele se sentou na rocha. Ficou olhando para o céu. A grande lua brilhava lá em cima.

Eu te prometo uma nova vida. As palavras ecoavam na mente de Adam. A imagem de Zoey se materializava em sua cabeça.

Era como se estivessem tão perto, mas ao mesmo tempo, tão longe.

O que você tem, Adam? Perguntava a si mesmo.

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– Eu não posso voltar para casa.

– Você o que? – Perguntou Tori.

– Eu não quero vê-lo tão cedo.

– Bom, - Tori olhou para a casa. Era simples. As paredes eram feitas de madeira. – se quiser pode passar a noite aqui. Meus pais não irão se importar.

– Ele é seu namorado? – Zoey apontava para um retrato na parede. Tori e Neville se abraçavam e riam na foto.

– É complicado. – Disse a garota. – Ele é meu melhor amigo.

– Ele gosta de você. – Disse Zoey.

– Como você sabe?

– Eu não sei. – As duas riram.

– Venha, vou preparar sua cama. – Tori segurou na mão de Zoey e as duas se encaminharam ao segundo andar da casa.

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Eu preciso encontrá-la, pensava Adam.

Ele andava pela área rural. Nem imaginava ele que Zoey estava na casa ao lado de onde ele acabara de passar.

Alguns minutos depois, chegou até rua das casas amarelas. Abriu a porta e entrou.

– Zoey? – Chamou ele.

– Ela não está. – Disse Eleanor. Antony estava sentado no chão, de frente para ela. Jogavam um jogo de cartas.

– Zoey não veio embora com vocês? – Eleanor balançou a cabeça negativamente.

– Ela disse que ia fazer uma coisa, mas não disse o que.

Adam se sentiu culpado. Não devia ter ido se encontrar com Gwen. Seu coração pertencia a Zoey.

Ele amava a Zoey.

Sua cabeça estava cheia. As palavras de Gwen em sua mente se repetiam várias e várias vezes. Zoey, dizia a voz. Você a ama.

Sim, eu a amo. Respondia Adam.

E de repente, a escuridão tomou conta de sua visão.