All These Years escrita por Valentina Salvatore


Capítulo 6
The Decisive Frame


Notas iniciais do capítulo

Oie Lindas!!!
Mil perdões! Eu sei o que eu disse, mas sério, não deu mesmo. Eu ando trabalhando demais, tenho dois empregos e são quase 12 horas por dia, então é difícil postar. Me desculpem!
Bom falando de coisas boas *-* A fic teve a sua primeira recomendação!!!!!!! Quase morri quando vi *O* e olha que só vi domingo! Foi a linda e perfeita da Snow White que deixou esse presente maravilhoso pra mim *-8 Muito obrigado!!!
Os reviews foram lindos! Amei todos de paixão! E responderei em breve, ok?
Sobre as inúmeras perguntas; Klaroline só no capítulo 9. Meu objetivo com essa história, era mostrar como o nosso casal maravilhoso tinha que ver a vida para poder ficar junto. Porque a Car jamais aceitaria o Klaus como ele é agora, vocês me entendem?
Bom, chega de enrolação!
Snow White perfeição da Val *-* esse capítulo é pra você! É o capítulo onde as coisas começam a acontecer! Sonhei com ele desde o princípio sabiam?
Boa Leitura!



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Os longos cabelos loiros eram jogados violentamente para trás; o inverno se aproximava mais a cada dia, e uma das megalópoles do mundo, se encontrava com as suas ruas lotadas de pessoas apressadas, alguns trabalhadores outros turistas. Caroline resolveu andar um pouco mais rápido, afinal, estava atrasada; e junto com as contínuas rajadas de vento, característica do outono Parisiense, vinham também nuvens negras carregadas de chuva. A vampira se encontrava a trabalho na cidade luz; chegará a duas semanas, e partiria da li a uma. Participava diariamente, e ininterruptamente, de reuniões e vídeo conferências; era agora a CEO de uma grande empresa, e como tal, encontrava-se não só bem vestida, como também, comparecendo a todos os compromissos possíveis, e impossíveis. Ao final, poderiam se passar quantos anos fossem preciso, mas ela continuaria sempre a mesma.

Já faziam agora, dez anos que a loira saíra de Mystic Falls, e apesar de realmente só ter deixado de visitar a cidade há quatro anos, ela sabia que lá não era mais o seu lar; afinal, como vampiros poderiam ter qualquer tipo de lar? Caroline não sabia; porém, tentava fazer com que qualquer quarto de hotel parecesse a ela como um lugar para se voltar no final do dia. Era assim que ela se sentia em suas viagens, não importa se estava sozinha, com um de seus tão amados amigos, ou com os colegas de trabalho; a vampira se sentia feliz. A vida dela era assim; feliz. Havia realizado tantos projetos, alcançado tantas metas, vivido tantos sonhos, viajado, sorriso, pulado, gritado; tinha feito um pouco de cada coisa que os benefícios de ser sobrenatural permitiam, no caso da espécie da loira, tudo. Talvez fosse por todas essa razões e devaneios, que ela nem se dera conta de que pequenos e incessantes pingos de água molhavam a sua preciosa bolça Prada.

Já desperta, Caroline começou um tipo de corrida desajeitada sobre os saltos, mesmo podendo correr em velocidade inumana, ela acreditava, que com total certeza, seria pega em flagrante por uma das inúmeras pessoas que se encontravam ao seu redor. Não estando somente a loira sem guarda chuva, a histeria foi se tornando geral; a já tumultuada rua do centro de Paris, agora transformava-se em uma verdadeira pista de corrida, aonde, quem não corresse também, era inevitavelmente empurrado ao chão frio e liso das calçadas. A vampira continuou o seu trajeto; desviava e pedia licença a qualquer um que chegasse muito perto, por estar atrasada, não havia se alimentado naquela manhã, o que a deixava apreensiva em relação a qualquer tipo de aproximação. A chuva se tornava mais forte, e o vento mais rápido; e em meio ao caos em que todos se encontravam, os brilhantes olhos azuis da loira de cabelos já encharcados, foram direcionados a apenas uma belíssima vitrine.

As longas pernas ficaram estagnadas; o estado de choque em que a mulher foi jogada, fazia com que nada importasse. Nem mesmo a tempestade que apontava no céu, nem mesmo as rajadas de vento, que escabelavam os fios loiros, ou as gotas de água, que molhavam as caras roupas que ela vestia, nem mesmo as bruscas e incessantes trombadas que a vampira sofria, ou o cheiro delicioso de sangue que vinha de qualquer lugar ao longe, eram capazes de faze-la desviar os olhos do que se encontrava no interior seco, e provavelmente quente, daquela loja.  Envolto em uma moldura, Caroline tinha certeza, maciça de ouro que imitava flores  envoltas em um emaranhado de folhas e raízes, se encontrava um quadro de fundo campestre com uma conhecida mulher de vestido azul; era como se olhar em fotos antigas, a loira se via estampada de em pé no centro do quadro, vestia o vestido do Baile dos Mikaelson, tinha os cachos dourados soltos ao vento, descalça e sorrindo.

Piscando várias vezes os olhos, a vampira teve mais cinco minutos de pane. Como poderia estar pintada em um quadro localizado na França? Seria realmente ela? Ah sim! Com absoluta certeza era ela. A vampira podia até ouvir os pequeno ruído de seus neurônios trabalhando, processando as informações, os detalhes que as íris azuis capturavam. Algo que Caroline pensava nunca acontecer, acontecia; ela do jeito que era, vampira como era, tinha todos os nervos congelados, incapacitados pela surpresa e ansiedade, possuía apenas a visão como sentido, tendo os demais sumido com o aumento da frequência cardíaca do coração morto há mais de uma década. Arfava com loucura agora; seus pulmões pedindo urgentemente por ar, por algo, qualquer coisa; qualquer coisa que a fizesse se mover para dentro do local. Agora, despertando gradativamente, ela percebia melhor onde se encontrava; fizera aquele caminho nos últimos catorze dias, como não vira tal surpresa? Essa resposta a vampira sabia; estava ocupada demais com o trabalho. Tinha sido assim desde o dia em que Matt fora viver a sua vida; trabalho e mais trabalho.

Movendo com extrema cautela os pés envoltos no alto sapato preto, a loira fora se encaminhando porta de madeira escura da galeria de arte, apenas agora ela reconhecia o tipo de loja a sua frente. Tomando mais algumas lufadas de ar, Caroline deu os seus últimos passos até a entrada do local; colocou com uma força exagerada a mão direita na maçaneta. Sentia-se tonta, confusa, não sabia ao certo o que a dominava, era um misto de loucura e incredulidade, uma dor no peito, um formigamento na ponta dos dedos, a falta de saliva na boca, desespero e uma certa tranquilidade, uma luz, fruto do raciocínio rápido e do coração pulsante da vampira; só havia uma pessoa nesse mundo todo capaz de pintá-la com tamanha perfeição. Um sorriso sincero se abriu no rosto angustiado da loira, e com um rápido giro na peça de metal, a porta foi aberta, fazendo a entrar mais decidida do que nunca.

- Posso ajuda-la? - ofereceu a bela moça de cabelos e olhos negros, que se aproximava da loira.

Silêncio. Caroline se encontrava esquadrinhando cada canto da galeria; as paredes lotadas de quadros, as molduras ricas em detalhes, os enfeites, as luzes aconchegantes, as cortinas em um tom escuro de marrom, a escada que parecia levar a um escritório, o número razoável de pessoas que ali estavam, o altíssimo padrão e a qualidade de tudo. Era um lugar refinado, com certeza de altos preços, discreto, charmoso e aconchegante. A atendente esperava ansiosa pela resposta da recém chegada cliente, tinha as mão enlaçadas em frente ao corpo, cautelosa e sorridente. A vampira ainda absorta em pensamentos, sequer a notara, continuava a pensar que certamente aquele era o tipo de loja que Klaus frequentaria, cheia de quadros e pessoas ricas. Tudo combinava com a personalidade de pintor que o híbrido possuía; as cores, os sons, ou a falta deles, o poder de quem lá comprava, a perfeição dos detalhes, tudo bem planejado e executado.

- Senhora? - a moça tentará mais uma vez, chamara a mulher loira mais umas cinco vezes antes dessa.

- Olá! - Caroline finalmente respondeu. Usava seu tom educado e autoritário.

- O que deseja?

- Eu gostaria de comprar aquele quadro da vitrine. Ele é muito bonito, e combina perfeitamente com a decoração da minha sala. - a loira respondeu mais gentil, abrindo um meio sorriso para a vendedora.

- Ah, sim! O da moça no jardim? - a morena perguntou simpática, começando a andar mais para perto do objeto.

- Sim. É magnífico! - a loira elogiou. Precisava descobrir a maior quantidade de informações possível.

- Concordo! Chegou semana passada. Todos aqui se apaixonam por ele, mas ninguém o levou. - comentou a moça admirada.

- Bom, eu vou leva-lo.  - anunciou sem rodeios.

- Ok! Vamos até a gerente, ela lhe passara os documentos e efetuará a compra.

A vampira seguia a vendedora tranquilamente; mesmo que todo o seu interior borbulhasse de curiosidade, e suas presas insistissem em formigar, ela continuou imponente como sempre, focada e obstinada por fora, nervosa e irritada por dentro. Subiram os degraus da escada em espiral, em profundo silêncio, chegando a uma grande porta dupla também de madeira. A morena deu apenas algumas leves batidas, se esgueirou cuidadosamente para dentro após ouvirem um sonoro "entre", e em menos de um minuto já se encontrava de volta pedindo para que Caroline adentrasse o local.

- Bom dia! Então é a Senhora que irá levar o nosso mais novo xodó? - a mulher alta e de cabelos vermelhos saldou sorrindo e estendendo a mão para a loira.

- Sim, serei eu. Caroline Forbes! - apresentou-se apertando a mão oferecida. Caroline sentiu algo diferente ao tocar a pele fria da francesa, mas no estado me que se encontrava sequer dera importância para algo que não fosse relacionado ao quadro.

- Georgina Verrier. - respondeu a ruiva, e ambas se sentaram.

- Vampira? - a francesa perguntou displicente, fazendo o espanto tomar mais uma vez a loira.

- O que?

- Você ouviu. E além do mais eu já sou velha o bastante para saber quando alguém é ou não da minha espécie. - zombou divertida Georgina.

- Bom, sim eu sou uma vampira.

- Recém transformada? - a gerente indagou curiosa.

- Não. Mas sem querer ser rude, você poderia me dizer quem fez aquele quadro? - Caroline indagou séria. Georgina abriu a boca determinada a responder, porém, as palavras pareciam não sair.

- Você não pode dizer, não é? - novamente a mesma reação da ruiva. Compulsão Original; sim, a mulher jamais falaria o que a loira queria saber.

- Você ao menos pode me vender o quadro? - a loira perguntou temerosa, o Original que a compeliu poderia ter dito qualquer coisa.

- Sim posso. Mas porque não posso te dizer nada sobre o pintor? - Georgina inquiriu confusa, passava as mãos pelos sedosos cabelos.

- Não faço a mínima ideia. - mentiu descaradamente a loira, era muito melhor para ambas, que essa informação fosse mantida em segredo.

- Bem, aqui está o certificado de autenticidade. Como você vai pagar? - a gerente entregou alguns papeis a loira, que os pegou e saiu acompanhada da ruiva.

Feito o pagamento, a vampira tratou de fazer uma pequena cena na loja; revirara o quadro como uma maluca, apenas para achar duas pequenas letras gravadas na parte de trás da moldura, lá, no meio do ouro, encontravam-se as inicias dele: K.M. Caroline começara a pular por todos os lados, soltava gritinhos adolescentes, até que enfim, alguma pista. Pegando todos os seus pertences, a loira tratou de sair o mais rápido possível de dentro da galeria, atravessou a rua correndo, e por sorte, conseguiu um taxi. Com a cabeça escorada no vidro frio do carro, ela se perguntava o que deveria fazer agora. Desde a dura partida de Klaus, ela havia tomado conta de sua vida, havia estudado, trabalhado, crescido; mas e agora? Depois de tantos anos sem qualquer notícia sobre ele, ela encontrara um quadro dela pintado pelo híbrido; estaria ele em Paris? Provavelmente não. A loira bufou frustrada; o conhecia o suficiente para saber que não estaria morando aqui. Mas então, aonde? As perguntas sem resposta de Caroline, só foram interrompidas pelo toque de seu celular; ela atravessava as portas de metal do elevador, e com muita dificuldade procurava o aparelho estridente e segurava o precioso quadro de Klaus.

- Alô! - ela disse irritada, já na porta de seu quarto.

- Caroline! - era a voz de Elena do outro lado da linha. Um faísca se acendeu na loira.

- Elena? Como você contatou o Klaus quando queria se entregar para ele? - a vampira cuspiu as palavras nervosamente, sorria feito boba agora.

- Eu usei os contados de um outro vampiro, mais ele morreu. - a morena informou. Caroline soltou um muxoxo.

- Você vai procura-lo? - a doppelganger inquiriu. Silêncio.

- Caroline!

- Sim, eu vou. Eu ia, na verdade, mas não há como. - a loira reclamou com a voz já chorosa, escorregava em direção ao chão.

- Caroline!

- Hum...

- Você deveria responder alguns anúncios de jornais. - a morena sugeriu divertida.

- Você está brincando comigo Elena? Eu aqui tentando fazer uma coisa direito e você zombando de mim! - Caroline rebateu furiosa, Elena ria do outro lado da linha.

- Isso não é engraçado! - explodiu a loira, gruindo.

- É sim. Mas eu não vou mais rir, eu juro! Vá comprar jornais Car!

- O que eu quero com jornais Elena? - sua voz era pura exasperação.

- Foi assim que a Rose achou o Elijah; respondendo a anúncios de jornais. Talvez, se você achar o Elijah, quem sabe ele não te leve até o Klaus? - a morena disse séria, no seu melhor tom prestativo. Caroline sorriu novamente, um sorriso que chegou aos olhos azuis; não importa como, ela agora sabia como acha-lo.

- Elena eu tenho que ir. Beijos amiga! - a vampira disse apressada.

- Espera! Car, aonde você vai?

- Sair. Tenho muitos jornais para comprar. - Caroline determinou mais para si mesma do que para a morena, e encerrando a chamada, levantou com um novo projeto para sua vida; achar Klaus.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Desculpe qualquer erro, não deu tempo de revisar.
Deixem reviews! Amo quando fazem isso *-*
Recomendações também são bem vindas!
xoxo