Certo. Violetta concordou em ir. O próprio Thomas foi falar com ela quando eles estavam indo embora. Seria uma coisa meio “tarde dos gamers otakus” imperdível. De acordo com ele e Meiko iriam quatro pessoas da sala, Violetta, Meiko, Igor – amigo de Thomas – e Janaina – que sinceramente Violetta não entendeu porque já que ela não é gamer – Certo, seria uma tarde divertida.

Meiko disse que encontraria Violetta já na casa de Thomas, então, depois de almoçar, descansou um pouco procurou algo para vestir. “Vestido, não. Calça, não ta calor. Short, esse serve” ela pensava enquanto olhava peça por peça. Por fim acabou por vestir um short jeans com sneakers berges, uma regata branca. Uma trança no cabelo é o que ela mais usava.

A menina foi caminhando devagar pelas ruas do condomínio. Era grande, dividida por ruas e casas enormes. A de Thomas não estava longe, só precisava andar até a esquina dobrar e andar até a outra esquina. Nesse trajeto ela passou na frente da mercearia e comprou alguns doces, dava um pra cada um, alguém ia poder repetir. Parou na porta da casa dos Ribeiro e tocou a companhia. Ouviu um cintilar atrás da porta e esperou. Sentiu um certo frio na barriga... Sei lá, ela não fazia muitas visitas aos amigos.

Uma mulher baixinha aparamentemente com mais de 40, mas com uma expressão jovial no rosto atendeu a porta e sorriu. Violetta sorriu de volta. A mulher pediu que ela entrasse e se sentasse e saiu para chamar alguém. Deduzimos que ela era a empregada. Depois de dois minutos Irene veio receber Violetta.

Irene é a mãe de Thomas. Também conheci Violetta desde pequena e sempre incentivou alguma coisa entre os dois assim como Agnes.

– Violetta... – Ela disse arrastando a fala e vindo abraçar a menina, que se levantou e sorriu contente.

Irene era uma mulher simpática, alem de muito elegante.

– Oi Irene, quanto tempo. – Respondeu, um pouco sem jeito.

– Sim, sim minha querida. Quanto tempo. – Irene sentou-se no sofá e Violetta fez o mesmo novamente. Elas teriam um papinho de “como você cresceu?” – Como você esta alta.

Violetta mais riu do que sorriu.

– A senhora acha? Estou batendo no ombro do seu filho. – por um instante ela se perguntou por que tinha dito aquilo, mas que seja.

– Você esta alta no sentido grande, Thomas esta gigante mesmo. – ela disse com as mãos sobre as pernas, sorrindo a todo instante.

“Senhor, não deixe que Thomas seja induzido completamente nesta conversa” ela pensou “ E que o povo do Adventus apareça.”

– E então? Quer que eu chame Thomas?

– Sim, Irene. Pensei que ele estivesse me esperando.

Irene chamou a mulher de novo e pediu para que ela chamasse Thomas dizendo que Violetta estava a sua espera. Nesse meio tempo, Irene começou a falar de Agnes, Richard e... Adam.

– Cadê seu irmão?

“Também queria saber...”

– No Rio. Ele está trabalhando por lá...

– Hmm... – ela expressou.

Ia continuar falando quando, um barulho de alguém descendo a ES escada, e logo após Thomas aparece no meio continuando a pisar nos degraus.

– Vi – ele disse carinhosamente fazendo Irene rir e Violetta corar – desculpe a demora estava arrumando algumas coisas.

– Tudo bem – Ela respondeu.

– Mãe, a gente vai subir ta?

“Nós vamos?” Violetta pensou.

– Tudo bem. – Ela respondeu tranquilamente – Mas crianças, por precaução deixem a porta aberta.

O queixo da menina caiu. Como assim? O que ela acha que eles fariam com a porta fechada? Violetta começou a subir as escadas a pedido de Thomas que vinha logo atrás; Enquanto ela subia, antes de chegar no topo Irene deu um sorrisinho de cúmplice para Thomas, que retribuiu com um contente.

– Você parece ser muito amigo da sua mãe. – A garota disse enquanto reparava na mobília do quarto dele.

Tinha uma cama um pouco maior que uma de solteiro comum, um guarda-roupa de mogno impecável, uma estante repleta de mangás – ela sentiu uma invejinha – um notebook em cima da cama e aquela TV enorme com um play3 do lado. Por um instante ela pensou que aquele quarto era bem parecido com o de Adam, mas esses foram os únicos quartos de homem da qual Violetta entrou, logo não teria como dizer se a decoração era uma coisa tipicamente masculina. A janela estava aberta, e um sol sereno adentrava no local.

Continua...