Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 63
13 - A Deusa Neutra


Notas iniciais do capítulo

olá leitores!! desculpe a demora, mas ai está!
boa leitura!!



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13 – A deusa neutra

Toda a ponte começou a estalar, como se o basalto estivesse estilhaçando em milhares de pedaços.

Uma lufada de ar tóxico vaporizou as chamas verdes de todos os archotes. De repente o calor causticante do Tártaro estava sendo substituído por um frio impiedoso, os ventos penetravam a pele de Percy como adagas de gelo afiadas.

A figura de Nyx ia tomando forma, cada vez mais extraindo a escuridão do abismo para si, formando olhos negros, um sorriso branco perfeito, e uma expressão de fúria.

Percy sentiu a ponte estremecer. O inconfundível som de rachaduras fizeram os pelos de sua nuca se eriçarem.

Ele olhou para trás, a beirada da ponte adornava. Rachaduras imensas avançavam até onde eles estavam.

O garoto pensou em voltar. Prefiriria mil vezes se arriscar por uma ponte prestes a desabar do que enfrentar a Mãe Noite.

—Não sou tão ruim assim.

A risada de Nyx foi o estopim. A beirada da ponte ruiu. E as pedras de basalto despencaram para a escuricdão. Percy olhou para seus amigos.

—Juntos – eles se puseram a correr na direção de Nyx. Percy jogou a caneta para o alto e em um segundo empunhava Contracorrente.

Nyx sorria divertida com o desespero dos meio-sangues.

Percy avançou empunhando a espada e quando ia estocá-la a lâmina não encontrou nada, como se tivesse atravessado o ar, o garoto se desequilibrou e caiu de joelhos no chão, Contracorrente deslizou e uma fenda se abriu engolindo-a para as profundezas.

—Não vai precisar dessa inútil arma por enquanto – a voz de Nyx vinha de cima.

Nico estendeu as mãos para Percy e ele se levantou, mas sem tocar nas mãos do menino.

Eles se puseram de frente para a deusa.

Suas asas negras coriáceas estavam diminuindo e Nyx flutuou até o chão, até que asas desapareceram e seus pés com garras de bronze podiam ser vistos pela barra do vestido de constelações.

—Não tenham medo – a risada dela parecia ecoar em cada construção daquele horrendo lugar, fazendo seus corações tremerem.

“Eu disse que seria uma boa anfitriã.”

—E quem garante que não está nos atrasando para seus aliados gigantes chegarem até aqui e nos devorarem? – Percy se prontificou.

O rosto da deusa ficou enevoado de ódio, mas ela se conteve.

—Quanta coragem, adentrar em meu palácio e me desafiar – ela tinha um tom tão apavorante que Percy quis engolir o que tinha dito – Coragem... ou burrisse.

“Mas para a infeliz sorte de vocês eu não tenho aliança com os gigantes. Eles tomaram minha mansão e a transformaram nesse mausoléu anti Olimpianos. Não imagina quanto ódio sinto deles, mas infelizmente não posso desafiá-los, não quando tem um protetor como o senhor deste lugar.”

Ela parecia impaciente.

“Porém estou imensamente feliz por eles estarem longe, na verdade eles procuram você, Perseu Jackson.”

—Nem todos eles... – ele bufou.

—Ah! O gigante bom, Damásen – ela virou as costas para olhar o horizonte hostil – Quanto poder, força, desperdiçados naquilo...

—Ele é um bom gigante, diferente de você e seus aliados...

A deusa não se controlou. A petulância de Percy havia passado dos limites.

—NÃO SÃO MEUS ALIADOS!!

Nyx se avultou em cima de Percy, seus olhos negros desprendendo uma fumaça azulada sinistra, igual quando a Centelha despertava no corpo do garoto.

—Eu sou uma ótima anfitriã... – ela repetia em um tom de ódio controlado – Mas não me importo em destruí-lo agora mesmo, não me interessa com quem está o domínio do mundo, a noite sempre existirá!

—Então por que nos ajuda? – ele ergueu o corpo quando a deusa novamente se afastou e se virou para observar o longe.

—Eu não ajudo vocês, não confunda as coisas – ela riu um pouco – Só não é bom para um deus ver todo o mundo sendo destruído.

“Entenda, se Tártaro destruir os deuses ele irá marchar sobre os titãs, depois os gigantes, e então nós... os Primordiais. Ele não pode ser controlado, foi criado para a destruição, a destruição total. E nem eu, com meus vastos poderes, sequer algum deus pode destruí-lo, mas você, um semideus qualquer, é esse tal Escolhido. Ultrajante!”

—Eu não pedi para ser nenhum escolhido – ele cuspiu – E eu também não pedi para ser esse Percy Jackson que todos acham que sou, vou terminar essa missão, não pelos deuses, por ninguém, apenas por mim, por que Caos me incumbiu dessa tarefa. Depois partirei, descobrirei quem é o verdadeiro Percy.

—Seus deuses não são tão bons assim com seus filhos, não é? – ela sorria com uma maldade interminável ao se virar – Aqui embaixo há lugar para você garoto, abandone seus deuses, viva aqui e estará a salvo da destruição, eu o treinarei e juntos derrotaremos o senhor dos abismos...

—Vou ter que recusar essa oferta tentadora – ele fez uma leve mesura – Mas o tártaro é quente demais – riu. Nyx o acompanhou.

E era verdade. Percy não tinha compaixão de nenhum deles, ele não sentia isso. Tudo que importava era a missão, derrotar Tártaro. E depois os deuses que se virassem sozinhos.

Mas aquela garota não saía de sua mente, Annabeth. Ele tinha que ajudá-la, e mesmo sem saber o por que, insistia nisso.

—Então – ele pigarreou – Se não é inimiga nem aliada, qual seu papel nessa história?

—Eu meramente sou um peão em sua jornada Perseu – de repente o sorriso se desfez do rosto dela – É Órion quem deseja vê-lo.

O sangue de Percy congelou ao ouvir aquele nome. Ele jamais pensara que encontraria o gigante tão facilmente.

—Onde ele está? – Percy foi direto – Me leve até ele, e eu arrancarei a verdade do gigante.

—Não tão rápido – ela levou um dedo à boca – Precisa passar pelos rituais primeiramente.

—Não tenho tempo para rituais, meu amigo ele...

Ela fez um gesto de silêncio com a mão, a tosse de Luke ecoou no pátio.

Nyx fechou os olhos e recitou versos de uma poesia em uma língua estranha. Ela esticou o braço direito e uma névoa negra serpenteou tomando a forma de um cálice feito de pele de animais. Um líquido soltou fumaça.

O cálice flutou na direção deles, Percy afastou um passo para trás.

—Não tenham medo, se eu quisesse vocês mortos, à muito já estariam.

“Esse é um extrato de Ervas da Noite, muito bom contra maldições e ferro estígio. Dê ao garoto, as Ervas vão atrasar o processo da maldição, as arai são muito fortes, e infelizmente vocês tiveram o azar de encontrá-las em primeira mão.”

Percy pegou o cálice. O líquido era preto como piche e borbulhava, mas não seria pior que a lava do Flegetonte.

Ele levou o cálice até Luke. Beckendorf havia encostado ele em uma grande coluna de basalto próximo dali.

—Tome, vai atrasar é... você sabe – Luke acenou de cabeça.

O garoto tomou tudo e tossiu um pouco, mas a cor azul dos olhos brilhou um pouco mais.

Percy se virou.

—Então... esses rituais, vamos logo, seus aliados... é, os gigantes, estão se aproximando rápido.

—Não se preocupe, eu atrasei eles, me agradeça depois.

“Vamos aos rituais, mas lembre-se, é um caminho sem volta. Enfrentar as visões do gigante não é uma tarefa fácil, e você pode ficar preso na própria mente para sempre."

—Ótimo, vamos aos rituais então.


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Notas finais do capítulo

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