Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 1
Livro 1 - PERCY JACKSON E O SEGREDO DE ZEUS


Notas iniciais do capítulo

Sinopse

Primeira parte de 'Trilogia da Pedra'.
Alguns anos desde a vitória dos semideuses contra o titã Cronos Percy Jackson se via em paz. Sem monstros, missões ou profecias terríveis. A calmaria será interrompida quando um certo Olimpiano desaparecer sem deixar vestígios. Percy Jackson mais uma vez terá que enfrentar perigos incríveis e salvar os deuses uma vez mais, enquanto alguém se ergue das profundezas, à espreita.



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Prólogo...

 

Era um dia comum no Monte Olimpo. O sol se punha logo atrás do salão dos tronos dos deuses e o brilho das luzes dos arranha-céus de Manhattan começava a ofuscar o brilho crepuscular das estrelas do céu de Nova York.

Muitos deuses e deusas menores passeavam pelos jardins coloridos e átrios abarrotados de banquetes e músicos tocando baladas românticas. Tudo estava normal, mas ali abaixo de toda a festividade forças malignas estavam à espreita na sombra do abismo.

 

No ponto mais alto do Monte o salão dos tronos se erguia imponente. A construção em estilo dórica era a mais chamativa do lugar, adornada em ouro, suas paredes estampavam a glória dos deuses Olimpianos na batalha do verão anterior. A reconstrução do Olimpo estava quase pronta.

O salão dos tronos estava idêntico ao anterior, como Zeus ordenara. O rei dos Olimpianos estava sentado em seu trono absorto em um Tablet dourado. Ser o Senhor dos Céus deve demandar bastante tempo e responsabilidades.

Um barulho de rachadura fez o rei dos deuses erguer o olhar por cima das lentes dos óculos de leitura. O terno risca de giz começou a formar pequenas nuvens de tempestade, Zeus aparentemente não queria ser incomodado.

O senhor dos Céus aguçou os ouvidos ao ouvir mais e mais estalos. Ele se levantou e deixou o tablet pairando no ar acima de uma pequena nuvem branca.

—Quem está aí? - ele se pronunciou com desdém - Quem ousa incomodar o rei dos deuses? 

Uma lufada de ar fez as portas do salão abrirem com violência. Zeus tampou os olhos com o braço e se apoiou no trono. 

—Criança tola - a voz fez apagar os archotes que iluminavam o salão e tudo ficou escuro. 

 

 

 

Atualmente...

 

 

Eu estava no meu quarto no apartamento do Upper East Side observando minha fiel caneta espada.

Minhas aventuras antigas são lembranças que nunca esquecerei pois em quase todas elas Annabeth estava junto. E P:S: Em quase todas elas morremos e falhamos miseravelmente. Não que importasse muito, com a gente as coisas sempre eram assim.

Dois dias depois eu iria completar 23 anos, mesmo dia que derrotei Cronos junto dos meio-sangues do Acampamento, anos antes. Desde a partida do Senhor do Tempo muitos filhos bastardos haviam se juntado ao refúgio dos semideuses americanos, sem muitos monstros para afugentá-los. 

­— Percy, a Annabeth está no telefone! – disse minha mãe da cozinha. Eu ainda a visitava com certa frequência, apesar de ter alugado um kitnet em Newark, Nova Jersey.

— Tudo bem mãe, já vou — guardei a caneta Contracorrente no bolso.

 Nos falamos por alguns minutos e marcamos de nos encontrar depois da minha aula de fauna grega na NYU.

Annabeth havia sido contratada pela família da colega de quarto para projetar uma casa para eles, e eu arranjei emprego no Aquário de Nova York, a faculdade de Biologia Marinha estava no último semestre, aos trancos e barrancos eu conseguia dar aula como substituto na infame Goode High School, com seus alunos ricos que dirigiam carros de luxo. Annabeth já havia se formado na Columbia, no ano passado. Ela trabalhava como designer de interiores em uma grande firma de um estilista italiano, dirigindo vários projetos e chefiando uma equipe de arquitetos e designers. Um verdadeiro prodígio.

Atendi o telefone.

Nossa comunicação estava um pouco precária já que ambos não tinham tempo e não podíamos usar SMS. As vezes uma Mensagem de Íris era o que bastava para dizermos que estávamos bem.

—Percy, vai se atrasar para a aula – ela disse.

—Tudo bem, já estou indo mãe – eu respondi.

Passei na cozinha para pegar as malas do Acampamento. Eu era o novo instrutor de esgrima para o verão, sendo um dos homens de confiança de Quíron, não podia negar. E o lar dos filhos dos deuses era também o meu, afinal.

Peguei a chave do carro em cima da mesa e me despedi de minha mãe com um beijo no rosto. A soleira da porta do nosso apartamento no Upper East Side estava ficando gasta, infelizmente matar monstros e derrotar titãs não rendia muito dinheiro para a família, apesar de Paul ter sido promovido na Goode.

No caminho eu dirigi calado.

Avistei o grande prédio de arenito da Goode High School. As BMW e os Lincolns e outros carros luxuosos ocupavam varias vagas do estacionamento.

Tranquei o carro e passei pelo pátio de trás. Alguns alunos riam e conversavam em grupos. Alguns violões e cigarros eram atrações. A música nos meus fones de ouvido fazia os pensamentos irem ao longe, e ter TDAH ajudou a passar o tempo bem rápido.

  

***

—Alunos , as vagas estão disponíveis na Quinta Avenida , na Primeira e na Sétima – eu dizia e entregava os panfletos para os estudantes entediados.

Os minutos passaram e logo ouvi o sinal tocar, antes de ir embora cumprimentei Paul e fui deixar minha mochila pela última vez no armário. 

Algo me chamou a atenção à frente. Uma senhora de perna de bronze mancava alguns passos adiante.

—Persseu Jackssson...

Ela era feia com os olhos meio esverdeados e a pele escamosa, usava um saiote e as pernas de cobra estavam com um mal cheiro horrível.

—Eu mesmo – eu disse gostando da ideia de enfrentar um monstro depois de tanto tempo.

—Prepare-sse para morrer meio-ssangue! – ela veio em minha direção

Quando ela avançou em minha direção sorri vitorioso. Finalmente uma luta. Quíron dizia que eu estava enferrujado, mas ainda sabia alguns truques.

Sua lâmina esverdeada gotejava um veneno ácido. Rapidamente com um movimento a desarmei.

—Então , isso é tudo que você tem? – zombei.

—Maldito! – ela sibilou furiosa.

—Para o Tártaro! – estoquei Contracorrente em seu coração, atravessando-a.

Antes de ela se desfazer em pó ouvi algo parecido com , “você me paga meio-sssangue , meu sssenhor vai ssaber que você fez issso e vai trancá-lo no abismo...”. Fiquei pensando um pouco naquilo enquanto ia para o estacionamento.

Cronos?

Não, não podia ser ele, então decidi afastar esse pensamento. Depois do sacrifício de Luke nós merecíamos uma folga do rei dos titãs. Não haviam ameaças aos deuses ou ao planeta Terra nos últimos cinco ou seis anos, eu não estava nem um pouco ansioso para uma nova ameaça. Estava ótimo ensinar esgrima nos verões e matar uma ou duas dracaenas por ano. A vida estava quase tão calma quanto a de um mortal... ainda que não fosse.

O caminho foi rápido até o centro, o escritório onde Annabeth trabalhava era em um prédio novo e espelhado na Sétima, bem alto e reflexivo, parte de um projeto ecológico que Annabeth participava para revitalizar os arranha-céus de NY.

Não haviam muitas pessoas na porta do prédio. Um bonito jardim de frente se estendia próximo ao portal imenso de mármore salpicado de algumas arvores e bancos.

Vi Annabeth e se formou um sorriso em meu rosto , ela estava com um All-Star preto, um short jeans azul escuro, e uma blusinha amarela com uma coruja prata no meio.

Ela estava com os braços cruzados e olhava nervosa para mim , os olhos cinzas me olhavam com uma mescla de raiva , saudade e felicidade. Me aproximei dela sorrindo

—Oi Sabidinha! – tentei abraçá-la.

—Oi , Perseu! – ela sequer olhou para mim.

—Porquê a cara amarrada? – sorri desafiador — E, pergunta. Deixam você trabalhar com essas roupinhas ai?

—Você está atrasado, já estou aqui fazem 20 minutos – Annabeth batia os pés freneticamente. Ela ignorou minha pergunta sobre as roupas.

—Dracaena – disse dando de ombros.

—Está machucado? – o quê de preocupação fez a raiva sumir.

—Não – respondi dando um abraço nela, que logo correspondeu.

—Estava com saudade – ela respirou fundo o cheiro do meu pescoço.

—Eu também – acariciei seus cabelos.

Fitei seus olhos tempestuosos e puxei para um beijo rápido.

—Vamos indo – ela disparou.

—Tudo bem...- fiz um muxoxo de reprovação.

O percurso até o Empire State foi calmo, conversávamos sobre ataques de monstros recorrentes nos últimos seis meses e ela pareceu incomodada, com certeza iríamos discutir com Quíron acerca disso.

Quando chegamos lá  estacionei em uma rua próxima e nos encaminhamos para o saguão, ao nos ver o porteiro estava folheando uma revista e nem precisamos perguntar.

Ele entregou o cartão para Annabeth, quando íamos entrar parei ela , que me olhou intrigada.

—Annabeth, esqueci minha mala em casa – menti.

Ela não parecia convencida, mas assentiu.

—Desculpe , vou voltar no apartamento de minha mãe pego você aqui...

—Daqui a uma hora – ela completou.

—Tudo bem – nos despedimos com um selinho.

Peguei meu celular, arriscado, mas precisava dele. Para falar com Miranda. Ela estava organizando uma pequena surpresa para Annabeth.

Ela é uma filha de Hécate que salvamos no Alabama após seu sátiro morrer e ela escapar por pouco de um cão infernal.

Acabamos ficando amigos.

Como era especialista em magia estava me ajudando a fazer uma surpresa para Annabeth, junto com algumas filhas de Afrodite e, até mesmo, a própria Afrodite.

Até que achei o numero de Miranda.Cliquei na foto dela e logo começou a tocar.

“Alô?”

Ah! Oi Percy!”

Annabeth nem desconfia de nada”

“Ótimo, os preparativos estão todos prontos, menos uma coisa, não conseguimos contatar Poseidon. Você terá de fazer isto”

“Tudo bem eu já esperava por isso”

“Tenho que desligar, até mais tarde Percy”

***

Após enrolar um pouco mais, encontrei Annabeth sentada no meio fio, às portas do Empire State.

Me aproximei.

—Vamos? – perguntei, para logo ela assentir.


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Notas finais do capítulo

Se gostou deixe comentários!! - Pedro