A Repetente escrita por CassieWriter


Capítulo 5
Capítulo 5 - Visita


Notas iniciais do capítulo

Fico feliz pelos comentários de vocês, isso que me faz escrever mais, obrigada :)



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No dia seguinte acordei, exausta, meu braço ainda doía e eu ainda estava triste por tudo que o Yago havia feito em minha vida. Observei ao meu redor e percebi que o meu pai estava sentado na poltrona com um buquê de flores na mão, quase dormindo.

– Papai! - Gritei, quase sem forças

– Becca, você acordou, minha princesa - Ele disse, se aproximando de mim e me dando um beijo na testa.

– Eu sei que aqui não é o lugar mais adequado para isso e você está se recuperando, mas a sua mãe me contou tudo o que aconteceu...

Minha mãe disse que isso ficaria apenas entre eu e ela, de início fiquei com raiva, mas, apesar de tudo, meu pai também tinha o direito de saber.

– Eu nunca concordei em você ter um namorado, afinal você estava estudando e olha só o que resultou, você está repetindo o ano - Legal, essa era a frase que eu não aguentava mais ouvir, obrigada pai, muito obrigada - mas, eu deixei, afinal eu fui um péssimo pai para você e para a Jessica e um péssimo marido para a sua mãe, reconheço. Deixei você namorar com aquele menino para ser uma forma de você amenizar a dor da separação, mas, pelo visto, foi a pior coisa que eu e sua mãe permitimos.

Quando ele disse isso, eu fiquei com uma expressão nostálgica, lembrando da separação deles. Acredito que ele tenha percebido, e acabou me abraçando sem falar mais nada, da mesma forma que ele fazia quando eu era apenas uma criança.

– Becca, eu quero que você saiba que estarei aqui para tudo que vier, eu e sua mãe não somos mais marido e mulher, mas nunca deixaremos de ser seus pais e de cuidar de você. Não vamos deixar essa história assim, pode crer. Iremos conversar com os pais do Ygor, não é assim que aquele moleque se chama?

– É Yago, pai, Y-A-G-O!

Após 10 dias no hospital, passando por vários exames e processos, fui liberada para voltar para casa, porém, ir ao colégio só depois de 5 dias, em uma manhã tediosa que eu estava fazendo atividade de casa que os meus professores haviam mandando, meus pais entraram em meu quarto, com a expressão de nervosos.

– Pai, mãe, o que aconteceu com vocês? Que caras são essas?

– Acabamos de chegar da casa do Yago, adivinha o que os pais deles disseram? Que o Yago é acostumado a fazer isso com as meninas, que você não é a primeira e que eles não podem fazer nada! -Disse minha mãe, nervosa!

– Se acalme, Anna, isso não vai ficar assim! -Disse meu pai, um pouco mais calmo.

Eles conversaram bastante comigo por horas contanto como havia sido, como eu estava me recuperando e até marcaram uma consulta na psicóloga para mim, quando eu voltasse a escola.

Os 5 dias que faltavam se passaram e voltei a ir ao colégio, no primeiro dia em que fui, a professora de Geografia passou uma atividade em dupla, e uma menina que eu não conhecia pediu para fazer comigo, eu aceitei.

– Oi, tudo bom Becca?

– Tudo sim, como é o seu nome?

– Victória, mas todos me chamam de Vic. Percebi que você faltou nos últimos dias, o que aconteceu?

– Fui atropelada, como dá para ver, meu braço ainda está enfaixado. -Claro que eu não iria contar que eu perdi um filho, que meu ex namorado é um filho da puta e que eu perdi minha virgindade e nem sabia

– Ok, vamos fazer a atividade.

Fizemos algumas questões, até que o sino bateu.

– Turma, percebi que o tempo não foi possível para terminar todas as questões, vocês poderiam se reunir hoje a tarde e terminá-las.

– Becca, aonde vamos nos reunir?

– Pode ser em minha casa? Ainda não posso andar muito.

– Posso ir, que horas?

– Ás 14:00. Deixa eu anotar meu endereço.

Anotei o endereço no caderno da Vic, e saímos juntas da sala, quando eu notei a presença da Megan, ela olhou para mim, soltou um risinho irônico e me disse:

– Pensei que a repetente já tinha desistido de estudar. Seja bem vinda de volta!

Mesmo com raiva, muita raiva, eu a ignorei. As palavras dela já não me faziam mais efeito algum, acho que eu já havia me acostumado com o veneno daquela cobra.

– Nossa, percebi que essa menina gosta de humilhar as pessoas.

– Acredita que ela já foi minha melhor amiga?

– Sério? E porque ela faz isso com você?

Quando eu estava conversando com a Vic, percebi que a minha irmã havia chegado para me buscar, me despedi da Vic, e disse que iria esperá-la em minha casa mais tarde.

– Valeu Becca, fazendo amiguinhas, hein?

– Cala a boca, Jessica, você é legal de boca fechada, sabia?

Eram 14:00 horas, quando a campainha tocou, imaginei que fosse a Vic, mas era a pessoa que eu jamais fosse imaginar.


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