Inocência Ferina escrita por PriscilaGuarate


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem deste início e me mandem reviws ok? beijos e até logo :)



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Açucena Sancler

1609



Ela corria desesperadamente, arfando com o ar úmido carregado de fumaça. O fogo consumia a pequena vila rapidamente, deixando rastros de destruição por todos os cantos. O rosto pálido sujo de folhagem e cinzas. Mal se podia reconhecer os tons claros de seu vestido armado, agora cinzento. Os cabelos muito negros desgrenhados no que um dia fora uma trança bem arrumada. Os olhos marcavam lágrimas cristalinas que limpavam a face suja.


A menina de apenas dezoito anos olhava desnorteada para a floresta ao seu redor. Tudo escuro, já não se ouvia o fogo nem se via o brilho das chamas. A floresta se encontrava silenciosa, só se ouvia o farfalhar das folhas e o balancear dos galhos. Sob a lua cheia ela encarava o cenário ao seu redor assutada A garota se desesperou ao ouvir ruídos vindos da escuridão da floresta. Acompanhou com os olhos negros um vulto surgir em meio a clareira. Era um homem terrivelmente pálido e de porte elegante. O sujeito a olhou dos pés a cabeça e começou a se aproximar. Por instinto a garota se afastou e acabou por esbarrar numa pedra. Seu corpo se projetou para trás, mas antes que ela caísse sentiu braços fortes a segurarem como se fosse uma leve folha de outono.

– Cuidado minha criança a floresta pode ser perigosa á noite. Ele sorria para ela mostrando filas de dentes brancos. A garota ainda estava em seus braços e não dizia nada. Ele a jogou sobre o ombro como um saco de batatas e passou a marchar pela floresta assobiando animadamente fazendo-a encolher de medo.

– Não tema minha cara, tudo ficará bem. E logo depois a garota apagou entregue ao destino e aquele homem estranho de trajes galantes.


Horas mais tarde a garota acordava em um quarto escura deitada sobre uma enorme cama com dorcéis. Ela podia sentir a seda fria em contato com a sua pele coberta apenas por uma fina camada de linho. A garota procurou sentar-se e percebeu que estava limpa, como uma folha de papel branca.


– Sente-se melhor? Ela o viu ali, parado no vão da grande porta, o mesmo homem da floresta.

– Quem é você? Ela falou pela primeira vez deixando o homem fascinado com sua voz firme e aveludada.

– Me chamo Conde Cristian Saint, e você está no meu castelo na costa da Itália. E você bela dama, como se chama?

– Me chamo Açucena Sancler, minha vila foi atacada por mercenários, tudo foi destruído Não restou mais nada. Ela começou a chorar ao lembrar do horror, das mortes e dos gritos. O sujeito lhe abraçou e ela se permitiu chorar desconsolada em seus braços. O estranho lhe observava atentamente como se ela fosse uma corsa prestes a ser abatida por um leão. O pescoço alvo lhe despertava os extintos, deixando-o ansioso.

– Tudo vai ficar bem agora minha querida. Ele levantou o delicado queixo fazendo-a encarar seus gélidos olhos azuis.

A jovem se viu hipnotizada por aqueles olhos. Logo viu seus lábios serem tomados por ele. Era uma sensação tão boa que nem notou o brilho escarlate naqueles olhos gélidos. Seu pescoço tomou o lugar de sua boca. Sentiu uma dor lancinante e logo depois o mais puro prazer, o estranho sugava seu sangue, matando sua inocência ferina. Com um suspiro permitiu que seu corpo fosse acariciado por ele, até sentir as presas gentilmente retirados de seu pescoço.

– Terás uma vida longa de imortalidade bela Açucena Sejas minha noiva criança. Ela ainda estava hipnotizada.

– Sim meu Conde.



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Notas finais do capítulo

Então mereço reviws?
*_*