O Escolhido escrita por woozifer


Capítulo 6
♕ 06


Notas iniciais do capítulo

Acho que vou começar a demorar mais pra postar agora, preciso escrever mais, e tenho só mais uns três capitulos prontos e tal.

Desculpe se houver erros.

p.s.: Pands, não é esse o da festa :/



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Louis era um sujeito engraçado, me fez rir todo o tempo contando piadas ou comentando fatos da própria vida, ele me fez perguntas sobre mim também o que foi legal já que ninguém nunca quer saber algo sobre mim, e quando já tínhamos dado três voltas nos mesmos corredores do palácio eu parei em frente as escadas.

– Acho que já passamos por aqui – falei fazendo cara de pensativa.

– Tenho certeza que não, vamos dar mais uma volta... – disse ele brincalhão e eu concordei rindo, e iríamos dar mais uma volta nos mesmo corredores se não fosse por minha mãe.

– Isabella? – chamou ela.

Eu e Louis nos viramos e encontramos minha mãe parada em frente as portas fechadas do Salão das Mulheres.

– Majestade – disse Louis mais formal e fez uma reverencia perfeita, minha mãe retribuiu e sorriu um pouco para ele.

– Isabella, Principe Louis, já é hora do almoço, estão atrasados – disse minha mãe.

Eu e Louis nos entreolhamos assustados. Ficamos tantas horas assim conversando?

– Perdão, majestade, receio que a culpa tenha sido minha, me exaltei com a conversa com a princesa Isabella – disse Louis e minha mãe assentiu sorrindo um pouquinho.

– Certo, mas devem ir para a sala de jantar agora. – disse ela e imediatamente fomos andando em direção a sala de jantar e quando passamos por minha mãe ela foi conosco ao meu lado – Isabella, deve me encontrar no meu quarto após o almoço.

Assenti e então ela foi a frente e entrou na sala de jantar.

– Então acaba aqui nosso encontro – lamentou Louis e soltei um suspiro.

O próximo ato que ele fez me pegou de surpresa: Louis beijou minha bochecha, então sorriu tímido para mim e abriu a porta para que eu entrasse na sala de jantar.

Acho que minhas bochechas estavam bastante coradas quando entrei e retribuí a reverencia que os rapazes fizeram a mim, porque quando me sentei meu pai sussurrou para mim:

– Acho que você caiu de cara no extrato de tomate, Bella.

Encolhi-me e ouvi ele dar uma risadinha.

– Maxon! – repreendeu minha mãe.

– Mas é sério, o rosto dela tá mais vermelho que o seu cabelo, querida – disse meu pai entre risos, soluços e garfadas na comida.

Vai ser uma grande Seleção, com muitas “eus” enrubescidas, muitos príncipes fuzilando um ao outro com o olhar, com meu pai tirando uma com a minha cara... Enfim, será uma loooonga Seleção.

Durante o almoço eu fiquei calada, meus pais conversavam baixo, assim como alguns dos rapazes também e meu olhar se cruzou com alguns enquanto eu decidia com quem eu poderia ir com a cara, e com quem eu definitivamente precisaria conhecer antes de tomar minha decisão de mandá-lo para a casa porque nem olhar de simpático o cara tinha, e fazendo assim, ao primeiro olhar uma eliminação geral com todos os caras, os que eu realmente queria conhecer eram três, e um deles meio que não contava porque já tivemos o primeiro encontro e eu sentia que o conhecia, nem que fosse um pouquinho mais do que os outros.

– Mãe – sussurrei, mas ainda assim ela ouviu e ergueu o olhar para mim. Eu não queria perguntar aquilo com meu pai por perto, mas eu não queria deixar para perguntar depois e esquecer a pergunta- como funciona os encontros nessa Seleção?

Como eu sentava de um lado do meu pai e minha mãe do outro, meu pai ficava no meio- como sou inteligente, olha aí, palmas pra mim – e podia escutar nossas conversas, e ele escutou e... Explodiu numa gargalhada tão alta que eu achava que as pessoas da Itália tinham escutado.

Senti meu rosto voltar a corar e vi minha mãe beliscar disfarçadamente a perna do meu pai para que ele se calasse.

Encolhi-me na cadeira e vi que todos estavam prestando atenção em nós, ou melhor, em mim.

Olhei para meu prato quase acabado e tive vontade de sumir.

– Maxon, pare com isso – pediu minha mãe quando os rapazes voltaram a conversar e a comer, meu pai ria de chegar a chorar. Minha mãe revirou os olhos e se voltou a mim – Depois de explico tudo meu amor, tenho as regras desse concurso la no meu quarto... E algumas outras coisas também.

Assenti e terminei de comer sem muita vontade, então eu e meus país pedimos licença e nos levantamos e saímos do cômodo, fomos em silêncio até o terceiro andar, meus pais me convidaram a entrar no quarto deles e eu entrei, minha mãe me indicou uma cadeira na escrivaninha e eu fui me sentar lá.

– Pai, não faz mais isso – pedi carrancuda.

– Desculpe meu amor – disse meu pai segurando o riso.

– Você não pode falar muito de Isabella, Maxon, você era igualzinho a ela, ou devo lhe lembrar do nosso primeiro beijo? – disse minha mãe olhando alguns papeis sobre a escrivaninha onde eu estava.

– Beijo? Quem está falando de beijos? Estávamos falando de encontros – disse meu pai irritado.

– Você acha que ela vai casar com um cara que ela nunca beijar, Maxon? – disse minha mãe revirando os olhos e eu voltei a corar do dedinho do pé a até a raiz dos cabelos.

– Acho! – disse meu pai com cara de iludido. Eterna dó de você pai, mas não vou te falar isso.

Minha mãe gargalhou.

– Continue acreditando nisso então, e quando Isabella lhe disser que está grávida você pense que foi um presente de Natal que ela ganhou – disse minha mãe e eu segurei o riso, meu pai estava irritadíssimo.

– America, menos por favor, não quero pensar em ser avô agora – disse meu pai bufando e eu me encolhi.

– Aqui está! – disse minha mãe me entregando uns papeis- As regras dessa Seleção.

Me levantei e beijei o rosto da minha mãe.

– Se precisar de mim, estarei no meu quarto – falei a ela e fiz cara feia para o meu pai, ele apenas revirou os olhos e eu saí do quarto, assim que entrei no meu quarto fui bombardeada de perguntas sobre Louis e como tinha sido meu primeiro encontro, se ele tinha tentado algo a mais, o que eu tinha achado dos outros garotos e coisas assim, respondi a maioria das perguntas enquanto tentava me concentrar nas regras da Seleção.

Depois que terminei de ler tirei minhas conclusões daquilo e vou te falar as mais importantes aqui:

01. Os rapazes podem ofertar um encontro a princesa, porém ela não é obrigada a aceitar e se for rejeitado o rapaz deve aceitar essa decisão. 02. É proibido sabotar os adversários. 03. Somente a princesa pode enxotar um dos candidatos. 04. Os candidatos não devem se opor quando forem enxotados. 05. Qualquer tipo de envolvimento amoroso dos candidatos com pessoas dentro ou fora do palácio é extremamente proibido. 06. Todos os pensamentos amorosos dos candidatos devem ser direcionados a Princesa Isabella. 07. Depois da Princesa Isabella, os candidatos devem obedecer sempre ao Rei Maxon e a Rainha America.


E tinham mais alguns, mas achei esses os mais importantes, apesar de idiotas e tal. Quando terminei as regras vi que minha mãe tinha juntado umas fichas com as regras e resolvi lê-las, eram as fichas dos participantes da Seleção.

Memorizei o nome, título e rosto de todos eles.

Depois, não sei por qual motivo, meu pensamento voou, para Josh, eu queria saber se ele estava bem e... Por impulso, me levantei e desci as escadas praticamente correndo e estava indo em direção a ala hospitalar, então passei por dois caras da Seleção... O príncipe Airuk Chan, da Nova Ásia e Daniel Gordon, da Alemanha.

Ambos eram carrancudos e tinham cara amarrada, então quando me viram apenas fizeram uma reverencia que eu retribuí e então continuei meu caminho, apenas para encontrar mais uma dupla dali a alguns corredores.

Philipe Mendler e William Phelps, Philipe era duque da Itália e William príncipe da América do Sul.

– Boa tarde alteza – disseram em coro enquanto faziam a reverencia que eu tive que retribuir.

– Boa tarde, senhores – falei e sorri para eles que devolveram o gesto.

– Caminhando pelo palácio, majestade? – perguntou William, ele tinha os cabelos e olhos castanhos e a pele branca.

– Sim, respirando um pouco do ar abafado do palácio – falei brincalhona e eles riram um pouco. Eu já estava começando a ficar impaciente.

– Gostaria de companhia, majestade? – perguntou Philipe.

Philipe tinha a pele bronzeada, os olhos verdes e os cabelos loiros, e o sotaque adorável.

Não quero companhia querido, não sua pelo menos, obrigada, pode ir cortejar outra... Não, espera, não pode não, isso consta nas regras... Como te dizer que não te quero sem ser grossa?

– Acho que não estou passando bem – falei fingindo estar tonta – vou para a ala hospitalar.

– Nós a ajudamos – se prontificou William.

Como sou burra.

Agora eu iria realmente para a ala hospitalar, mas teria companhia.

William e Philipe se postaram ao meu lado, William segurava minha mão e me olhava preocupado... Qual é cara, nem te conheço, menos querido, menos.

Philipe apoiava minha cintura... Espertinho você hein amigo?

Acho que quando falei “estou tonta” eles devem ter entendido: quebre as pernas, me carreguem e abusem de mim, por favor. Porque olha...

Por todo o caminho eles falaram de o que tonturas poderiam significar, o que foi bom, porque eles falavam demais e não me perguntavam nada, e quando chegamos a ala hospitalar o médico correu a meu encontro.

Notei que havia menos guardas ali agora do que na noite passada, será que todos já estavam bem? Será que Josh já estava bem? Será que fingi estar tonta a toa? Ai meu Senhor.

– Princesa? – disse o médico preocupado – O que aconteceu?

– Ela está tonta – disse Philipe por mim.

– Sim, ela quase desmaiou no caminho para cá – exagerou William.

Quase desmaiei né? Menos né querido? Bem menos.

– Meu Deus, senhores por favor, coloquem-na aqui – disse o médico apontando uma maca na qual Philipe fez questão de me pegar no colo e me por sentada.

Chega Philipe, já me tocou demais por hoje, parou agora né?

– Vossa majestade está bem? – perguntou William.

– Estou melhorando – falei ainda fingindo estar tonta.

– Espero que não seja nada grave – disse Philipe acariciando minha mão.

– Não deve ser – garantiu o médico – já volto.

Segundo depois ele voltou com uma maleta branca.

– Acho que estou ficando meio sem ar – falei forçando o tom de voz para que os Selecionados entendessem que eu queria que fossem embora.

– Está piorando! – disse William preocupado.

– Senhores, acho melhor saírem se cima da princesa, voltem a seus afazeres, vou cuidar dela e se algo acontecer comunico ao casal real.

Os homens olharam para mim, depois para o médico, então assentiram e se foram, assim que sumiram de vista eu suspirei.

– Insistentes eles – comentou o médico e eu ri.

– Muito.

– Suspeito que vossa majestade não esteja tonta realmente.

– Olho clínico é tudo, hein – falei pulando da maca e o homem riu.

– Desculpe, acho que não é da minha conta, mas porque vossa alteza mentiu para os rapazes prestativos?

– Porque eles são prestativos até demais, doutor – falei e o médico voltou a rir. –. Então como está tudo aqui?

– Tudo muito bem, a maioria dos feridos já está bem o suficiente para descansar em seus quartos e foi isso o que fizeram – disse o doutor.

– Ah, a maioria? – indaguei segurando a curiosidade.

– Sim, ainda há alguns pacientes aqui – disse o médico.

– E eles estão bem? – perguntei olhando pelo arco que dividia a parte de onde eu estava com a sala onde ficavam as macas.

– Estão ótimo, princesa, a senhorita foi de grande ajuda na noite passada.

– Hum, e o senhor não precisa de ajuda com os pacientes que restaram? – eu ainda olhava pelo arco, pude ver lá no canto a maca de Josh ainda, ele estava sentado lá, e me viu quando enfiei a cara dentro da sala onde ficavam as macas, corei e voltei-me ao doutor.

O médico estava de sobrancelhas erguidas.

– Não preciso, princesa, mas pode visitar alguns deles se quiser, eles ficam muito lisonjeados quando a senhorita os visita.

Como se eu fizesse muito isso.

– Já que é assim, vou visitá-los – falei entrando na sala e ouvi o médico rir baixo.

Só tinha cinco pacientes ali.

Fui primeiro nos que estavam mais perto da porta, conversei com duas criadas que haviam sido esfaqueadas mas que já estavam se recuperando bem, e com dois soldados que haviam levado tiros em lugares não vitais, eles lamentaram com medo de não poderem mais ser uteis, mas estavam felizes se estarem vivos e de estarem conversando comigo.

A forma como aquelas pessoas falavam me fazia parecer alguém inalcançável, mas eu não sou, sou uma garota comum com uma coroa enfiada na cabeça, apenas.


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Notas finais do capítulo

As regras daqui são as mesmas de A Seleção (pra quem não sabe e tudo o mais), só mudei algumas palavras e um regra apenas.

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