Hunter Secret escrita por BlackWell


Capítulo 3
Blackwell part 1


Notas iniciais do capítulo

Chegou o grande dia Sam e Dean irão conhecer Blackwell, ambos estão muito nervosos. Como será que os irmãos Winchester vão reagir? Ainda mais Dean que ainda está abalado pela morte de Bobby.

OBS:Gente esse capitulo foi dividido em dois, pois ficaria muito extenso e cansativo um único capitulo. Mas espero que não deixem de ler! Comente caso gostem..



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/366692/chapter/3

Sam teve uma ótima noite de sono comparada com a de Dean, ele só pensava no futuro “colega” de trabalho. Até podia imaginar a marra dele dizendo “Eu estava no topo da lista do Bobby, aquele velho rabugento”. É talvez ele fosse uma boa pessoa, mas ninguém sabia nada dele e isso preocupava muito Dean, mas ele não comentou nada com Sam, não depois do que tinha ouvido.

Eles se levantaram às dez horas da manha e pegaram a estrada. A viagem de duas horas foi quieta, nenhum dos dois pronunciou nenhuma palavra em todo o trajeto. Param apenas numa lanchonete de beira de estrada na hora do almoço e lá comeram, como sempre Dean pediu a coisa mais gordurosa que existia no cardápio, já Sam pediu algo mais ‘light’.

O telefone de Sam vibrou em seu bolso, logo quando estava com a boca cheia, engoliu a seco e tomou um gole de seu suco para ajudar a “descer”. Em seguida apanhou seu celular, para ler a mensagem que havia acabado de receber:

- “Estou a caminho do local, não se atrasem! – Blackwell”

Quando o mesmo terminou de ler a mensagem, Dean já expressava uma face medonha, estava com raiva e mais um punhado de coisa, ele só pensava numa coisa ‘socar, bater, atirar, matar, estripar, etc.’ coisa que ele geralmente não pensava, sobre humanos é claro. Mas algumas coisas mudaram dentro de Dean Winchester que agora não parecia nem por dentro e nem por fora o mesmo. Com o silencio misterioso de Dean, Sam acabou tomando uma decisão:

– É acho melhor seguirmos viagem. – Bebericou mais um gole de seu suco e foi levantando

Dean num ato de ‘birra’ revirou os olhos e voltou a comer seu Big Hambúrguer – Não vou deixar mandarem em mim. - Ele deu um sorrio mesmo estando de boca cheia, e em seguida chamou a garçonete, que indecentemente se vestia com uma micro-sáia e com metade dos peitos para fora – Sim? – Perguntou ela com uma voz doce igual seu perfume barato.

– Ei amorzinho, eu quero uma torta. - Deu uma piscadela e um sorriso cafajeste que deixou a garçonete caidinha e no final quando ela deixava a mesa, de costas para olhar ele, ainda fez um gesto de um telefone e um papel, para que ela anotasse o numero.

Sam sem paciência para teatro disse já alterado:

– Dean, não! Estamos sem tempo para você paquerar a garçonete e ainda por cima não vamos deixar o cara lá, afinal ele vai nos ajudar. –

– Você tem sido um grande estraga prazeres ultimamente! Quer saber vou até fazer uma boa ação á próxima garota que nós conhecermos eu não vou pegar ela eu vou deixar ela para você. Afinal é para isso que os irmãos servem.

Sam colocou as mãos na cabeça e arrumou os cabelos, Dean já sabia o que isso significava então fechou o bico e levantou, pegou a carteira e jogou o dinheiro em cima da mesa.

– Da onde você tirou isso? – Perguntou Sam desconfiado

– Sabe aquele dia da Tally, bom eu joguei um pôquer também. - Ele sorrio como se aquilo fosse uma grande conquista, mulher e dinheiro.

– Não era Sally? – Perguntou novamente Sam, só que dessa vez ele se arrependeu, pois queria sair rápido dali e ir encontrar o caçador.

– Não foi o que eu disse? Bom tanto faz, ela já deve estar mal por eu não ter ligado. - Ele arrumou a jaqueta e saio de trás da mesa, bem na hora que a garçonete chegou com a torta.

– Amorzinho, estou de saída deixa para próxima. - Disse ele, mas a garota não ficou muito contente e esboçou um biquinho, o que era ridículo, mas não para Dean.

– A faz assim não neném. – Assim ele a agarrou pela cintura e tascou um beijo rápido.

Sam quase chegou a virar de costas, não que ele não estivesse acostumado com esse jeito de Dean, mas é que aquela garçonete parecia que iria comer a face dele. Foi resultado disso que o beijo acabou rápido e ainda por cima fez Dean ‘’correr’’ do estabelecimento. Sam o seguiu e rindo perguntou:

– Ué o beijo não foi muito bom?

Dean fez uma careta – Maravilha. - Brincou – Coitadinha não era muito experiente. –

Sam embarcou na brincadeira e rio junto, como antes. Mas esse momento logo passou e os dois voltaram para o carro, onde colocaram suas músicas preferidas, cantaram e interpretaram juntos. Pois toda a alegria pode ser pouca, pois tempos difíceis estão por vir, e tudo pode acabar. Quando já havia chego a Denver e faltavam apenas alguns minutos para chegarem até o local do encontro Dean colocou uma de suas músicas favoritas ‘Eye of the Tiger’. Foi quase uma música de guerra, com o Impala chegando à frente daquela fábrica abandonada fria e escura.

Que assustava os dois, mas obviamente nenhum deles disse nada, não passariam de fracos ou medrosos, muito menos sabendo que havia um caçador lá dentro a espera deles. Assim os dois saíram de dentro do impala em silêncio total e caminharam até o portão principal, eles o forçaram, mas nada, o portão era fortemente fechado.

– Vamos ter que escalar. – Disse Sam

Dean não ficou muito contente com a notícia, mas como não havia outra saída acabou concordando com Sam.

– Vamos lá! –

Dean pulou e se agarrou na grade e começou a escalá-la com facilidade, já Sam não precisou pular tão alto quanto Dean, ele apenas deu um pulo baixo e segurou nas grades e começou a escalar. Quando Sam chegou ao topo, Dean já estava parado do outro lado, assim para economizar tempo ele pulou de cima da grade. E caio com os joelhos flexionados, ele olhou para Dean que já estava com a arma em mãos, Sam fez o mesmo e assim os dois caminharam até o meio da área onde olharam para todos os lados.

– Aquilo é uma porta? – Perguntou Dean

– O que? – Começou a olhar para os lados até que percebeu uma porta ao leste do prédio.

Não foi preciso dizer nada, os dois apenas se olharam e seguirão em direção da mesma, sempre com as armas preparadas para se qualquer coisa desse errado. Eles entraram no local em silêncio, era muito frio, pois havia janelas quebradas que faziam uma corrente de ar. Caminharam silenciosamente até o meio do local e lá ficaram parados.

– Olá? – Perguntou Sam ao vento.

Não ouve resposta, mas Dean poderia jurar que sentira uma respiração a sua frente, mas só podia ser a corrente de ar, mas foi quando a luz se acendeu. A frente deles “surgiu” uma garota loira de aparência jovial e simpática.

– É erramos o lugar, vamos embora Sammy. - Disse Dean dando as costas para os dois.

Sam ficou parado encarando a menina com uma face perplexa, já a garota tinha um sorriso divertido nos lábios.

– Dean e Sam Winchester os caras que começaram o apocalipse. – Disse ela ainda sorrindo.

Quando essa frase atingiu os ouvidos de Dean o mesmo voltou ás pressas e foi para cima da garota.

– Os ‘caras’ que salvaram todos do apocalipse. – Disse ele inflando seu ego.

– Se não tivessem começado não precisariam ter “salvado” o mundo. – Disse ela enfatizando as aspas.

– O Sam aqui foi pro inferno pra isso e salvamos todos que você possa imaginar. Mas quem é você garotinha? – Dean cada vez ia mais para cima da garota.

– Quantas pessoas foram sacrificadas para que vocês salvassem o mundo? Eu sou a pessoa que vocês chamaram, eu sou Blackwell. – Empurrou Dean que já estava subindo para cima da loira.

Sam não falou nada, ele não a culpava por tudo que havia falado, mas também não dava razão, os dois afinal tinham salvado o mundo. Mas ele colocava fé que ela só falou aquilo pois Dean estava afrontando-a. O mesmo não respondeu nada, apenas a encarou com raiva.

– Você é Blackwell? – Perguntou Sam atordoado.

A loira encarou Sam, ela pensou em dar uma de suas típicas respostas, mas o caçador parecia tão perdido, tão ‘’sensível’’ que ela ficou um pouco de pena e respondeu normalmente.

– Sim... É melhor sairmos daqui. – Ela passou pelo meio dos dois batendo seu ombro no de Dean que irritado se virou.

– Vadia. - Sussurrou Dean.

Sam a seguiu rapidamente, já Dean foi lentamente, não se importando nenhum pouco com a garota, enquanto isso Sam e Blackwell conversavam.

– Desculpe pelo Dean, ele não é muito de sutileza. – Disse ele dando um pequeno sorriso.

– Tudo bem, espero que você não tenha se ofendido com o que disse, eu meio que sou assim. - Disse rindo.

Quando Dean chegou e fez sua pergunta Blackwell quase o fulminou com os olhos.

– O loirinha, quantos anos você tem? 20? – Perguntou com um tom sarcástico.

– Não, 26 e você? 60. – Sorrio e virou as costas para Dean.

– Bom, Sam, eu tenho uma apartamento aqui em Denver, a gente pode ir para lá agora. – Disse ela serenamente

– É impressão minha ou vocês estão marcando para ir fazer sexo? – Ele deu dois tapas nas costas de Sam.

Sam não falou nada, ele já estava acostumado com as brincadeiras de Dean, mas não esperava que ele fizesse isso na frente da caçadora. Então ele começou a ficar corado, Blackwell percebeu isso, mas não falou nada, apenas caminhou em direção a grade e começou a escalar. Deixando os dois para trás sem nenhuma resposta.

Dean olhou para Sam que tinha vontade de matar ele, mas em vez disso ele seguiu o mesmo exemplo de Blackwell subiu na grade e começou a escalar, deixando novamente Dean sozinho. Que por final tomou atitude de fazer o mesmo que eles, escalar as grades.

Quando Dean atingiu o chão a sua frente estava parado Sam, Blackwell estava perto do Impala.

– Ela perguntou se pode ir com a gente de carro?

Dean nem pensou: - Não. -

– Dean.. - Começou Sam, mas acabou não terminando já que Dean soltou mais um – Não.- Categórico.

Mas esse Blackwell ouviu e respondeu:

– Tudo bem Sam, eu vim de moto e posso voltar com ela, só espero que vocês consigam me alcançar. – Assim a loira deu as costas aos dois e seguiu até onde estava escondida sua moto. Dean também não perdeu tempo, foi direto para o Impala e Sam o acompanhou.

Assim que a caçadora deu a partida, Dean fez o mesmo. Blackwell acelerou e arrancou a moto como um jato e Dean tentou fazer o mesmo, mas o Impala não era tão rápido. Assim pouco a pouco ele foi perdendo a moto de vista. Tanto que Sam teve que mandar uma mensagem para a loira voltar, já que ela não havia dito onde era o apartamento. Blackwell então voltou “voando” em sua moto e parou ao lado do Impala que estava estacionado no acostamento. Ela tirou o capacete e desceu da moto, caminhou até a janela e se abaixou na altura da mesma.

– É o seguinte, vocês seguem até chegar na primeira encruzilhada e depois segue até passar mais uma, nessa você dobra a direita e segue e aí vai ter um apartamento é ali, numero 10.

Depois de ter dito a localização a loira subiu na moto e colocou o capacete e assim arrancou com a moto e seguiu até seu destino. Quando chegou lá Dean e Sam não haviam chego, então a mesma aproveitou para ligar para um supermercado que trazia as compras que queria em casa, assim ela pediu tudo que queria.

A campainha tocou alguns minutos mais tarde, e a loira correu para atendê-la era o entregador, um garoto fraco com uma cara de desinteresse. A loira abriu mais a porta para que o garoto entrasse e colocasse as compras na mesa, assim que ele colocou e logo em seguida caminhou para a fora.

– Obrigada. – Disse ela fechando, mas ele a segurou.

– Sim? – Disse ela já desconfiada.

– O pagamento. - A voz do rapaz era fina e assustadora.

Blackwell deu um sorriso falso e apanhou umas notas na carteira e entregou o rapaz, que segurou a mão da mesma e só depois apanhou as notas, a caçadora achou muito estranho, mas naquele exato momento Sam e Dean estavam entrando no corredor. Assim deu tempo do garoto sair andando, e acabar batendo o ombro em Sammy.

– Ei. – Disse o caçador.

– Desculpa.

Dito isso o garoto correu até o elevador, antes que a porta fechasse. Os dois irmãos ficaram olhando, mas logo continuaram a andar em direção a loira que estava parada na porta.

– Garoto estranho. – Disse Sam, apontando para trás.

– Muito. – Respondeu Blackwell

– Um apartamento de luxo? – Perguntou Dean já fugindo do assunto.

Blackwell não respondeu, apenas entrou, forçando ambos os caçadores a fazerem o mesmo. A loira estava já arrumando as coisas que havia comprado enquanto Sam e Dean entravam, o ultimo foi Sam que não estava tão interessado, mas Dean já vasculhava o apartamento todo.

– Esse apartamento é seu? – Perguntou Sam, que se juntava ao lado de Blackwell

– Sim, agora sim. – Ela começou a encher as mãos com as compras

– Como agora sim? – Ele a ajudava a apanhar as coisas que quase caíam.

– Isso é da minha avó e bom creio que ela já morreu. Então eu sou a única parente viva, então é tudo meu. - Caminhou até a cozinha e começou a soltar as coisas em cima da bancada.

– A então foi por isso que você virou caçadora... A-Ah sinto muito, sabe pela sua avó. – Seguiu a caçadora e também largou as compras em cima da bancada.

– A não foi isso, eu tenho um pai e mãe e uma irmã também... Na verdade é uma grande e confusa história. - Disse ela enquanto começava a guardar as coisas na geladeira.

Sam ficou em silencio, ele estava confuso e desconfiado e também não queria ser grosseiro. Então ele começou a ajudar a caçadora a guardar as coisas. Já Dean tinha acabado de descobrir um bar com todo o tipo de bebida fina, ele pegou um uísque envelhecido 12 anos e serviu em três copos e num deles ele botou dois cubos de gelo, já que na cabeça dele Blackwell só tomava com gelo. Assim ele procurou a cozinha e levou os três copos.

– Olha o que eu achei. – Disse ele enquanto entrava.

Blackwell deu uma espiadela e suspirou:

– Achou o bar! Nossa que surpresa. – O final da frase saio quase como um sussurro.

Sam ergueu as sobrancelhas e limpou as mãos na calça e assim pegou o copo que Dean o entregava. Já a loira terminou de guardar as ultimas coisas e só depois se virou e pegou o copo.

– Isso é gelo? – Perguntou ela rindo.

– Sim, não precisa se preocupar eu conheço os gostos das mulheres. - Falou Dean dando uma piscada no final.

– Babaca. - Murmurou Blackwell, que enfiou a mão no copo e pegou o gelo e em seguida o jogou na pia.

Dean ficou perplexo enquanto Sam não conseguiu se segurar e soltou uma gargalhada, já Blackwell apenas deu um sorriso e tomou um gole de seu uísque.

– Sam, vai lá no bar e trás a garrafa de uísque, por favor. - Disse Dean enquanto olhava para Blackwell.

– Mas ainda há uísque no seu copo. – Disse Sam enquanto também olhava para a loira.

Dean deu um sorriso sarcástico e num gole só bebeu todo o uísque que havia em seu copo.

– Por favor. – Disse ele novamente.

Sam suspirou e passou pelo mesmo, deixando sozinhos na cozinha Blackwell e Dean, que se aproximou da mesma e disse:

– Olha garota, essa história está muito mal contada, ninguém nunca ouviu falar de você, aí a gente te encontra e você sabe tudo de nós e depois nos leva a um apartamento do luxo... Eu não sei o que você está tramando, mas eu juro que se acontecer algo comigo ou com o Sam, você vai pagar. - Ele a agarrava pelo braço, para que ela prestasse muito bem a atenção.

Mas a única coisa que a loira fez foi terminar de tomar seu uísque e só depois tornou-se a responder:

– Dean, diferente dos monstros e demônios eu não tenho medo de você, sua fama não me assusta nenhum pouco. E você deve tomar cuidado comigo, afinal você não sabe nada sobre mim. - Dito isso a mesma a segurou o pelas costas e deu uma joelhada no meio de suas pernas o que o fez a soltar rapidinho.

– E nunca mais me segure desse jeito... A não ser que eu queira. - Falou rindo.

Blackwell abandonou a cozinha deixando Dean caído no chão, e assim ela foi até o bar onde Sam tinha dificuldades em achar o uísque aberto.

[...]


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai gostaram? O que achara de Blackwell ser uma mulher? E também de ser tão misteriosa?

OBS: Queria agradecer a Red Coat! Pelo apoio que ele vem dando através dos comentários e também dizer por aqui que sua fic é ótima, foda e diva! Se quiserem ver o perfil dele é só entrar nos meus favoritos. XOXO