Doce Sacrifício escrita por Jessica Hitachiin


Capítulo 6
Capítulo 6 - Lying is the most fun




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/366650/chapter/6

Musica: Heart attack

– Hoje não é o dia de levar a filha para o trabalho?

Jessica estava sentada em um dos bancos da cozinha, com os braços cruzados em cima do balcão, a cabeça deitada ali.

– Não, agora pare com as desculpas – o Sr. Everdeen estava sentado à bancada ao seu lado, lendo seu jornal. – Vai acabar se atrasando para a escola.

– Por que vocês me odeiam? Sabem que eu não nasci para estudar.

– E nasceu para o que então? – diz sua mãe, guardando a louça no armário. – Para nos incomodar?

– Sim, e para gastar o dinheiro de vocês.

– Pois saiba que esta fazendo isso muito bem – brinca seu pai.

– Agora levanta essa bunda daí que eu vou te levar pro colégio.

Relutantemente Jessica segue sua mãe até a porta. Ficar duas aulas com David ao seu lado era a ultima coisa que ela queria hoje.

#

– O que você vai fazer Rachel? – ela pergunta a si mesma, olhando para a foto em seu celular. Esperar David lhe contar era igual pedir pela paz mundial: inútil, uma espera à toa. Perguntar diretamente para ele? Com certeza acabaria em briga. –G lhe mandara aquela foto e provavelmente era isso o que ela queria. Rachel não daria esse gostinho a ela. Era melhor ignorar aquilo por um tempo.

#

Se você quer apostar em uma matéria que Jessica vai provavelmente se ferrar, meu palpite é em filosofia.

Após alguns minutos sendo ignorado, David percebeu que ela não estava de bom humor e resolveu calar a boca e fazer as atividades sozinho enquanto Jessica rabiscava qualquer coisa na capa de seu caderno. Ela olhava para o outro lado da sala às vezes; no início encontrando os olhos de Josh, que mantinha o olhar dela por alguns segundos e depois o voltava para os livros. Mas nas duas ultimas vezes tudo o que ela encontrou foi um Josh que conversava e ria com a garota ruiva sentada ao seu lado. Naomi. Que deveria ter algum problema mental, porque não parava de sorrir.

Depois do que pareceram séculos, a aula acaba e os alunos começam a se dispersar. Jessica se levanta e vai até a professora. Se ela não a convencesse a trocá-la de lugar, Jessica seria obrigada a faltar a todas as aulas de filosofia até tudo se resolver.

– Srta. Fray tem um minuto?

– Claro. O que foi?

– Sei que você disse que não trocaria, mas eu preciso mudar de dupla. David e eu não estamos dando certo.

– Jessica, tem um motivo para cada escolha das duplas. Você não foi muito bem na minha matéria, já David é um ótimo aluno, ele pode te ajudar. E ano passado ele quase reprovou em cálculo, já você é ótima, pode ajudá-lo em troca.

Jessica suspira, ela não a convenceria. E ela continuaria indo mal senhorita Fray.

– Nada do que eu diga vai te fazer mudar de ideia, não é?

– Não. Desculpe – a professora Fray sorri, solidaria.

– Bem, eu tentei. Licença – ela sai da sala, fechando a porta atrás de si. Quando ela se vira, dá de cara com quem ela menos gostaria de ver agora: David.

– Minha companhia é tão ruim assim?

– Você estava ouvindo?

– Estava – ele diz calmo, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. – Pensei que estivéssemos superando isso

– David, eu...

– Antes que eu me esqueça, eu não consigo me lembrar o que aconteceu sábado, você por acaso...?

– Não – ele não parecia ciente dos fatos. Será que o problema tinha ficado todo para ela? – Rachel não...?

– Eu não contei. Seria meio estranho – ele coloca as mãos nos bolsos da calça. – De qualquer forma, seja lá o que for que está te incomodando, será que você poderia resolver diretamente comigo?

– Eu... – ela olha por cima do ombro dele e vê Josh parado no meio do corredor, os observando. Ele dá meia volta e começa a andar para longe dali. – Josh!

Ela sai correndo atrás dele, deixando David falando sozinho.

– Josh! – ele para, e ela anda apresada até ficar de frente para ele. – Nós só estávamos conversando.

Ela não sabia por que tinha começado a explicar sobre isso. Eles já haviam conversado sobre aquilo, ela explicara o que aconteceu na festa. Menos a parte de ter sido armação de –G, ela não queria Josh envolvido nisso.

– Tudo bem Jess, não me importa. Preciso ir agora – ele tenta passar, mas ela o impede.

– Se você quer terminar, só faça isso! Mas não fique brincando comigo!

– Eu não estou – ele engole em seco antes de continuar. – terminado com você. Eu só preciso de espaço o.k.? – então ele vai embora.

Jessica da um chute na parede, irritada.

– Merda!

~”~

– Eu deveria me preocupar?

Raphael estava sentado numa mesa do lado de fora da lanchonete. Ele ergue a cabeça para olhar a garota loira de pé na sua frente.

– Com?

– Você aparecendo em todo lugar que eu vou – ela toma um gole de seu capuchino para parecer despreocupada.

– Talvez. Ou você pode se sentar aqui comigo e apreciar essa bela tarde – ele aponta para a cadeira a sua frente, fazendo um gesto para que ela se sentasse ali, mas ela permanece de pé.

Bela? As nuvens estão escurecendo, tem trovões ao longe e o transito está um inferno.

– Bem... nada é perfeito, não é? – ele volta a apontar para a cadeira. – Senta aí Michie.

Michelle suspira, cedendo. Ela se senta na cadeira de frente para Raphael e ele sorri.

Aquele era Raphael Duncan! O que ela estava fazendo?!

#

Alexandra para em frente à porta da casa dos Marshall e toca a campainha. Instantes depois, Jeremy aparece na porta, abrindo-a para a garota entrar.

– Hei Jer. Nick está?

– Não, ele saiu – Jeremy fecha a porta atrás de si, amaldiçoando o irmão mentalmente. Jeremy era horrível mentindo, Nick sabia disso. Por que ele pediu para ele fazer isso?

– Foi aonde? – Lexis se escora no vão da porta entre a sala e o corredor. Jeremy passa por ela e se senta no sofá, tentando parecer o mais casual possível.

– Foi fazer algum trabalho da escola.

– Sozinho?

Ótimo! Agora fudeu tudo!

– Não sei Lexis. Por que você não liga pra ele e pergunta?

– Eu tentei, mas ele não atende o celular. É por isso que eu vim aqui.

– Bem, então eu não posso fazer nada...

– Tudo bem, obrigada mesmo assim. Tchau – ela vai até a porta, e ouve um “tchau” vindo da sala antes de sair dali. Lexis anda dois quarteirões antes de tentar ligar para Nick novamente, e mais uma vez cai na caixa postal.

– Mas que porra! Por que você não atende o telefone seu filho da puta?! – ela guarda o celular no bolso antes que a vontade de tacá-lo longe falasse mais alto.

– Nossa! Quanto amor!

Alexandra olha na direção em que veio a voz e encontra Harry no gramado de alguém, sentado embaixo de uma árvore. Ela senta-se ao seu lado.

– O que você faz aqui?

– Passando o tempo. Com seu pai viajando e o E-Zine fechado, eu fiquei um pouco entediado e sem opções.

O E-Zine é? Talvez fosse a convivência com David, e Alexandra sabia que a ideia que lhe passou pela cabeça agora era loucura total, mas...

– Harry, você poderia me fazer um favor?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doce Sacrifício" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.