At The Ballet escrita por Luiza Brittana4ever


Capítulo 10
Reelembranças


Notas iniciais do capítulo

Ahhhhhhhhhhhh! Espero que gostem e aproveitem!
Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/366375/chapter/10

-Olá Brittany, estou muito contente que seu pai deixara que dormiste aqui! – disse Joanne que fora abrir a grande porta de entrada.

-Olá senhora Kutterin. – cumprimentou Brittany sorrindo.

-Olá filha. Como fora na academia? – perguntou Joanne pondo os casacos de Brittany e Santana pendurados no corredor.

-Tudo bem, e como fora seu dia? – perguntou Santana seguindo sua mãe com Brittany em seus calcanhares para a sala-de-estar.

-Ótimo! Mas não quero lhes importunar com minhas histórias... – disse Joanne sorrindo. – Eu avisarei quando o jantar estiver pronto.

-Mamãe, tia Catarina está na biblioteca? – perguntou Santana.

-Está, não saiu de lá o dia inteiro. – disse Joanne se sentando no sofá de dois lugares e segurou uma velha blusa de George e começou a costura-la.

Santana segurou na mão de Brittany e sentiu, novamente, um arrepio ocorrer por todo seu corpo. Puxou-a escada acima, parou quando chegou no terceiro patamar. Catarina estava sentada na poltrona, na qual dava aulas para Santana, lendo um papel.

-Tia Catarina... – chamou Santana, que soltou a mão de Brittany com uma certa dificuldade. – Lembras de Brittany?

-Não esqueceria nem se tentasse. Não ajudas muito, lembras dela a cada minuto... – disse Catarina.

Santana corou levemente e abaixou a cabeça. Brittany olhou-a e sorriu.

-Olá Brittany, tudo de acordo? – perguntou Catarina tratando de esconder o papel, que estava lendo dentro do envelope aberto com um timbre de cera vermelha, se levantando e indo até as duas.

- Tudo sim e com vóis? – perguntou Brittany.

-Tudo de acordo, obrigada! – disse Catarina. – Mas, então, contem-me sobre a sua apresentação no final do ano.

-Bom, a senhora Palender é quem decidirá se será uma peça ou apenas um número musical. – disse Brittany pensativa. – Achas que será o que, Santana?

-Uma peça. Sabendo, de vóis, que no ano passado fora um número musical. – adicionou Santana.

-Pois bem. Eu estarei lá, seja peça ou número. Quero ver as duas melhores dançarinas da Academia dançarem. – disse Catarina sorrindo. – Brittany, Santana contou-me que adoras histórias com magia.

Brittany corou.

-É, é. Adoro-as. – disse Brittany ainda corada.

-Eu também! Depois das comédias, magia são as minhas preferidas. – disse Catarina. – Já leste o “Mágico de Oz”?

-Não, meu pai gosta mais dos clássicos. Ele admite que entre livro em casa, sempre mais velhos que meu avô. – comentou Brittany.

-Bom, eu tenho um exemplar. Tenho certeza de que vais gostar bastante, eu própria li-o cinco vezes. – disse Catarina indo em direção da mesa, segurou um livro verde em suas mãos e se virou para as duas. – Aqui!

-Nossa! Muito obrigada, Catarina. – agradeceu Brittany.

As três ouviram um leve jazz entrar pela porta aberta da biblioteca. Santana, perdida em seus pensamentos e totalmente desligada, se sentindo capaz apenas de olhar para a loira em sua frente, lembrara de suas irmãs e pais. Que já conheciam Brittany dá outra vez que ela estivera ali, mas não perdia um tempo de se juntar para ouvir uma boa música. Catarina pediu que fossem até o primeiro patamar e que logo desceria para juntar-se.

George e Joanne dançavam de um lado da sala-de-estar perto do rádio, e Rachel e Elizabeth apenas olhavam e sorriam. Do rádio saía melodias rápidas e compassadas com uma voz fina perceptível ao volume em que o rádio se encontrava. Catarina descera e a melodia fora trocada por um arranjo dengoso, lento e sereno. Joanne encostara sua cabeça no ombro de George, os dois balançavam ao ritmo da música. Catarina andou até Rachel , puxou-a e começou a dançar com a sobrinha. Levou-a pelos quatro cantos da sala, e quando chegou perto de Santana, empurrou-a na direção de Brittany. As duas sorriram e com passos iguais, seguiram a música.

-O jantar está servido! – anunciou Felícia ficando surpresa com a cena que estava presenciando.

Os setes seguiram, de má vontade, até a copa. Felícia havia preparado travessas com legumes e verduras, arroz e frango. Brittany havia elogiado a refeição quatro vezes, quando ia elogiar mais uma vez George perguntara sobre o pai de Brittany. Brittany respondeu tranquilamente, fazendo algumas piadas. Certamente, alegrara a refeição, disse Elizabeth para Brittany ao deixarem a mesa.

Na hora de dormir, nem Brittany e nem Santana estavam dormindo ou com sono. Estavam sentadas na cama de Santana conversando.

-Falas muito sobre seu pai e sua mãe? – perguntou Santana curiosa.

Brittany se levantou, parecia atordoada. Andou até a janela do quarto, e começou a fitar a Lua.

-Minha mãe morrera no parto. Ela era frágil, uma princesa, era caridosa e humilde... Em toda a sua vida obedecera seus pais, faria de tudo para vê-los felizes... Tampouco lembraram destes momentos quando mandaram-na embora de casa. – disse Brittany  com dificuldade, puxando o ar tentando liberar o pesado em seus pulmões.

-Por que mandaram-na embora? – perguntou Santana sem conseguir sair da cama, apenas abaixou a cabeça.

-Porque ela conheceu meu pai. Eles se apaixonaram, mas ele não era pertencia ao mundo do qual ela vinha e já era acostumada. – respondeu Brittany. – Eram os que eles diziam.

Santana levantou a cabeça e fitou-a. Viu o quanto ela precisava de um abraço e levantou-se.

-Sinto muito, Britt. – sussurrou Santana dando-lhe um abraço.

-Essa é a primeira vez que conto isso para alguém, é libertador. Meu pai não gosta de tocar no assunto, quando mais nova ele me contava sobre minha mãe com mais facilidade. – disse Brittany sorrindo ao contato dos braços de Santana. – Sant, posso lhe contar um coisa?

Santana confirmou com a cabeça e começou a fitá-la.

-Sou apaixonada pelos seus olhos. Desde que vira eles brilhando do outro lado da rua, sonhei com eles mais de uma noite. Eles são os mais belos que já vi. – disse Brittany num tom mais alto que um sussurro.

-Lembras do dia que nos vimos pela calçada? – perguntou Santana contendo uma certa euforia que nascia dentro de si.

-Não poderia esquecer... – sussurrou Brittany pondo delicadamente a mão na face de Santana, que fechou os olhos.

-Eu também não esqueci. Contive uma vontade enorme de anunciar que te conhecia de algum lugar. – disse Santana com a voz começando a falhar.

-Outro momento que não tiro da minha cabeça foi o da escada... – sussurrou Brittany pondo a outra mão na cintura de Santana. – Acho que poderíamos dar um final feliz para aquele dia. O que achas?

Santana nem respondeu, apenas avançou. Seus lábios levemente inchados estavam sob os finos e rosados de Brittany. Santana sentiu seu estômago dar um giro completo e sua boca pedindo por contato. Brittany sentiu o famoso arrepio percorrer pelo seu corpo, acontecia sempre que tocava em Santana. O beijo começara calmo, e terminara, alguns minutos depois, calmo e atrevido. Brittany deu mais dois selinhos sobre os lábios mais inchados de Santana e colou sua testa na de Santana.

-Sabes porque nunca vou me esquecer do dia da calçada? – perguntou Brittany abrindo os olhos.

-Humm. – disse Santana também abrindo os olhos.

-Porque no outro lado da calçada estava a pessoa pelo qual estou perdidamente apaixonada. – disse Brittany sorrindo.

-Oh, Britt... – disse Santana surpresa. Ela sorriu, contraiu os lábios e soltou-os de novo. – Eu também estou perdidamente apaixonada por vóis.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando, eu estou adorando! Qualquer opinião...
Beijos e até logo!