May - Parte VI escrita por PaulaRodrigues


Capítulo 13
Max


Notas iniciais do capítulo

Finalmente saberemos o que aconteceu Max. A razão de ele simplesmente ter desaparecido.



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- Num belo dia fui visitar meu querido neto na saída de uma lanchonete num subúrbio - Magneto dizia com a maior tranquilidade enquanto me mantinha presa. - Eu o vi sair da lanchonete, era como se visse meu Pietro em sua adolescência. Não estava vestido assim, obviamente - Magneto sempre usara sua capa vermelha e aquele capacete estranho, a raiva não me deixou imaginar como ele seria sem aquelas bobagens todas - e me aproximei dele. Max achou estranho de início, mas como você, May, ele não sentia muito medo das coisas.

"Sorri para ele e disse 'Olá Max!', ele me olhou estranho e perguntou, 'Quem é você?', então lhe disse a verdade, 'Sou seu avô'.

"Max ainda olhava pra mim desconfiado e então eu disse as palavras certas, as palavras que ele desejava ouvir: 'Sou o pai do seu pai'. Você devia ter visto como os olhos de Max brilharam ao ouvir aquelas palavras, May. Ao mesmo tempo que ele ficou surpreso ele ficou maravilhado - fiquei com mais raiva e tentei me mexer em vão, ele iludiu o meu garoto com a verdade.

"Então o chamei para que viesse comigo, ele avançou animado, mas parou em poucos segundos e... May, tenho que confessar que você educou bem esse garoto. Max simplesmente parou e disse: 'Espere, preciso avisar minha mãe' - naquele momento eu fiquei surpresa, ele iria me avisar, eu sabia, ele não era idiota como eu, sabia, sabia! - Mas, como você bem sabe, não deixei que ele telefonasse pra você, afinal, você iria atrapalhar meus planos, não é mesmo querida? - dei-lhe um olhar cheio de ódio.

"Então disse a Max que não precisava ligar pra você, pois afinal, iríamos passar lá para te chamar também, para que visse Pietro, afinal, por quais razões você não gostaria de ver Pietro? - olhei para Pietro sem mexer a cabeça, ele retribuiu o olhar meio surpreso. Obviamente ele não tinha ideia do uso do seu nome para o tal feito.

"Max me olhou duvidoso, ah como esse garoto é esperto, não esperava menos dele, afinal, ele tem o meu sangue em suas veias, assim como tem o seu também, não tinha como ele ser um garoto estúpido. Ele então decidiu fugir, mas Pyro foi útil e lhe deu uma pancada na cabeça. Max desmaiou e mandei que Pyro o colocasse no carro. No meio do caminho, Max acordou, ele estava sentado ao meu lado enquanto Pyro dirigia. Então ele me perguntou, 'Quem é você? De verdade', dei uma breve risada e disse a ele que realmente era seu avô. E ele não parou por aí, me encheu de perguntas: 'Por que está fazendo isso comigo?', 'Você é mesmo meu avô e me leva a base de pancada?', 'Como sabe onde meu pai está? Ele está morto', respondi todas elas com a verdade, disse a ele que poderia trazer o pai dele de volta. Ele não acreditou de início, claro. Ele tentou fugir novamente, incríveis poderes o garoto tem, May, mas ele não conseguiu porque o droguei  com algo que afeta o funcionamento do cérebro.

"Chegamos à ilha, ele estava assustado e foi aí que ele viu Pietro. Pietro estava deitado numa câmara de gelo, para que seu corpo ficasse intacto todos esses anos. Max se surpreendeu principalmente com a semelhança entre os dois e depois disse o quanto você ficaria feliz em vê-lo novamente e em como você deveria estar preocupada por ele ter sumido sem dar notícias. Ele me pediu mais uma vez para te ligar, mas não podia deixar, não até ele transferir a imortalidade dele a Pietro. 

"Então expliquei a Max o procedimento de transferência de imortalidade, ele me perguntou se iria morrer depois disso e eu disse a ele que não, disse a ele que iria envelhecer naturalmente como todas as outras pessoas e mutantes diferentes de você, May - aquilo me deu raiva, tentei matá-lo mais uma vez, mas estava bem presa. - Ele se animou com a ideia, mas ficou meio relutante. Dei a ele um tempo para pensar a respeito, ele ficou olhando Pietro e provavelmente pensando em o que você acharia disso, nunca vi um garoto tão fiel a sua mãe dessa forma.

"Uns três dias depois ele pediu para te ligar e eu novamente recusei, ele pensou por mais duas noites desde então e por fim decidiu fazer a transferência. Sorri, alegre com a notícia e fomos fazer a transferência. Max estava nervoso, ele olhou seu pai mais uma vez e então começamos o procedimento, devo confessar que é meio doloroso, mas nosso garoto é bem forte e corajoso. Ele começou a se sentir fraco até desmaiar e a transferência estava pronta, Pietro acordou ofegante, as feridas que Logan lhe deu foram curadas, Max ficou ofegante por um tempo, desconectei a máquina dele e pedi que o levassem para o quarto, afinal, ele não abria os olhos e nem mexia nenhum membro de seu corpo - tentei matá-lo novamente, em vão.

"Acalme-se minha querida, quer que eu lhe mostre o estado final do seu filho?

Eu o fuzilei com o olhar, era como se milhares de punhais atravessassem seu corpo e ele virasse uma peneira humana. Ele então me levou por um caminho, mas não prestei atenção no caminho, apenas em sua nuca que eu faria de tudo para poder enfiar minhas garras ali e puxar sua cabeça para fora.

Chegamos a uma sala e lá estava Max, meu Max. Sentir Magneto me libertar, meus pés tocaram o chão, meus braços desceram, minha feição voltou ao normal. Magneto saiu da sala e fechou a porta.

- Oi mãe.

A voz de Max estava diferente, estava muito mais grossa que o normal, uma barba mal feita tinha nascido em seu rosto, ele estava mais alto e com certeza não tinha mais o corpo de um garoto de dezessete anos, ele parecia um pouco mais velho que eu agora e eu fiquei em choque.

- Mãe? - ele me olhava, tentando encontrar uma resposta para minha paralisação.

- Max! - eu corri e o abracei forte. Ele me abraçou de volta, ele estava mais alto que eu, bem mais alto. Eu estava batendo em seu queixo. - Você está bem.

- Mãe, eu tentei te ligar é que...

- Tudo bem querido, eu sei o que aconteceu - me afastei para ver seu rosto. - Ainda bem que encontrei você - fiz carinho em seu rosto.

- É muito bom te ver também, mãe.

- E... você... envelheceu...

- Sim mãe - ele sorriu radiante. - Agora sou normal.

Me afastei dele ao ouvir aquela palavra: "normal". Ele me considerava o quê? Uma aberração? Meu próprio filho era como os outros? Senti as lágrimas chegarem.

- Mãe.. calma, não foi isso que eu quis dizer... disse normal no sentido...

- Nunca mais diga essa palavra! Eu a odeio!

- Desculpe, mãe - ele ficou assustado.

Então fiquei olhando pra ele, toquei em seu peito e então uma outra ficha caiu: Max morreria algum dia, sim, meu único filho deixaria de existir um dia. As lágrimas vieram de novo.

- Mãe, o que houve? Foi por que perdi minha imortalidade?

Eu o olhei nos olhos.

- Mãe - ele parecia feliz - eu finalmente poderei ir para a faculdade e poderei namorar a Melissa e...

Fechei os olhos para segurar as lágrimas e percebi que Max parara de falar.

- Mãe, me diga, o que foi?

- Você vai morrer um dia - eu disse rapidamente sem abrir os olhos.

- Mãe, você quer que eu volte com...

- Não - respondi rapidamente.

Andei em direção a porta e tentei abri-la.

- Magneto, abre pra mim, por favor. Tentarei não matá-lo.

A porta então se abriu e depois fechou novamente. Levantei a cabeça e olhei para Logan e então comecei a chorar. Logan veio correndo me segurar para que eu não desabasse no chão. Chorei a seu peito.

- Ele vai morrer Logan, ele vai morrer.

- Mas não agora May, ainda falta muito tempo.

- Mas eu não o terei pra sempre, Logan - olhei nos olhos dele -, não mais. Perderei John, Nick e agora o Max.

- Ei - disse Pietro -, eu posso devolver a ele a imortalidade que nunca pedi.

- Vai mesmo fazer isso May? - perguntou Magneto em sua cordialidade. - Vai mesmo fazer com que seu filho fique preso aos dezessete anos e nunca se case com a garota que ele ama, ou até mesmo frequente a faculdade? Vai impedir seu filho de ser feliz por sua felicidade? 

Magneto tinha razão, detesto dizer isso, mas era verdade, como poderia pedir que ele fosse imortal de novo? Ele está tão feliz sendo mortal, planejando sua vida, a vida que eu não tive oportunidade de ter e agora quero tirar isso dele? Sou uma egoísta sem limites. Apertei meus olhos ao lembrar o quanto sou egoísta, em vários aspectos da minha vida. Então estava decidido. Me levantei, enxuguei minhas lágrimas e pedi que Magneto abrisse a porta. Entrei novamente. Max me olhou assustado. Toquei em seu rosto, fiz carinho e sorri.

- Tudo bem - eu disse com dificuldade.

Ele me olhou, ele me analisava e eu o olhava como se quisesse gravar cada detalhe de seu rosto, eu sorri.

- Prometo que todo feriado estarei em casa e que você sempre terá notícias de mim - ele disse.

Eu dei uma risadinha e me emocionei com suas palavras.

- Eu te amo, Max.

Ele me abraçou bem forte, do jeito que ele sempre fazia quando era criança.

- Eu também te amo, mãe. Muito.

Fiz carinho em seu cabelo e fechei os olhos novamente. Senti que todos os momentos, daquele dia em diante, seriam os mais importantes da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Bom, para todos que viram Wolverine Imortal, sabem que Logan praticamente morreu quando o japinha lá pegou a imortalidade dele. Aqui, Max não morreu com a transferência porque sem o fator de cura, ele chega na idade que deveria ter, ou seja, sua idade natural se não tivesse o fator de cura, como Logan existe há muitos anos, ele morreria ao transferir seu fator de cura, mas no caso de Max, ele simplesmente chegou aos vinte e poucos anos que é sua idade natural.



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