Naquele reino não havia ninguém mais feliz que o Príncipe. Em lugar algum havia alguém mais feliz que o Príncipe!
Ele não precisava de uma ligação de alma ou de um amor para que sorrisse de orelha a orelha todos os dias.

A detetive Berta Gonçalves, contra as ordens de seu chefe, decide investigar o desaparecimento das crianças de Santana, um influente político da cidade.

Quanto mais essa nossa cumplicidade crescia mais iludida eu ficava. Passava noites em claro pensando no que poderia acontecer e isso me deixava totalmente inconsequente.
Durante os momentos que não estava com ele era como se estivesse presa ao chão, com um enorme caroço na garganta e o sono era como meu inimigo.
Mas quando ele estava por perto era como se todo o mal do mundo tivesse ido embora, tudo eram nuvens fofinhas e aconchegantes.
Sentir isso tão fortemente por uma pessoa me deixava assustada e as vezes eu me sentia fora de mim mesma. Não sabia nem se aquilo que sentia era real ou se era apenas delírio. Não confiava nem em mim mesma.
Era como se estivesse me afogando em meus próprios sentimentos.

Na noite do solstício, o salão real de Muhrander é palco de um crime tão imperdoável que a própria Rainha Noturna precisa intervir na tentativa de aplacar a ira das vítimas.

Com o primeiro choro de cada criança para ela é designado um bicho-papão – alguns desses temíveis monstros vagam a Terra a incontáveis eras e gerações tendo dezenas, centenas ou milhares de anos de experiência em assustar e amedrontar... Papão, por outro lado, nasceu hoje e – como um bicho-papão de primeira viagem – não tem a mínima ideia do que está fazendo.
Papão só sabe que, talvez, não queira assustar ou apavorar essa criança.

Berlim, 1989.

No dia da queda do muro, uma americana e uma soviética entram em plena rota de colisão após uma noite confusa e o desaparecimento de alguns documentos que poderiam mudar completamente o curso da História.


{Mini-desafio de Drabbles 2021}

O amor tem várias formas, e senti-los em sua maior intensidade é o que nos torna tão humanos. Mesmo quando ele vem acompanhado da dor.

A rainha Anna, de Berkatia, estava partindo em sua esperada viagem de lua de mel, delegando a seu irmão mais novo, Adam, a administração do reino pelos próximos trinta dias. Mesmo com os conselhos de seus ministros. Mesmo com as advertências de qualquer um que conhecesse o caçula da família real. Mesmo que ela própria sentisse que isso poderia dar muito errado. Talvez sua intuição estivesse errada.
Confiante em si mesmo — mesmo que não tenha sido capacitado igual sua irmã —, Adam estava certo que seria motivo de orgulho para Anna durante aquele mês. O que ele não esperava, porém, era que a coroa poderia ser mais pesada do que imaginava.

Em meio a uma tempestade, uma exilada tenta fugir do passado.

Milorde é um gato. Não, ele é mais do que isso. Milorde é um rei. E como todo gato rei, há uma coisa que ele detesta: concorrência.
É por isso que quando um rival surge bem no meio do seu domínio, ele sabe exatamente o que precisa fazer: enfrentar o inimigo até as últimas consequências.
Milorde só não esperava que o outro gato fosse tão desaforado a ponto de imitar cada golpe e cada olhar ameaçador dele.