Nocturna - Fic Interativa - escrita por Elora


Capítulo 17
Brincando de Deus


Notas iniciais do capítulo

Olá,pessoal!
Eu sei que sumi por muito tempo,mas tantas coisas aconteceram:coração partido,novo amor,chegada de um bebê,provas e trabalhos da universidade.Peço-lhes desculpas por ter desaparecido,eu sei que deveria ter avisado ou algo assim,mas agora estou de volta e não vou abandonar vocês.

Beijos!



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Quando somos usados de maneira imprópria; como um peão, num jogo de xadrez por um desconhecido arrogante; as consequências inesperadas parecem tão irrelevantes. O que eu aprendi nestas últimas semanas?É conquistar o que é seu. Tomá-lo a força e abusar da violência se for necessário. A garota de semanas atrás parecia ter desaparecido, e cedido o seu corpo a um hospedeiro insolente, porque nunca ergueria uma arma a uma pessoa. Mesmo que mereça. Mas eu tinha feito isso, hoje. E não me arrependerei deste feito. Nunca.

– O que ele fez para merecer isso? – perguntou Nicholas.

O sorriso abobalhado no rosto, enquanto observava a ave morta no deck do barco.

O meu objetivo era acertar o Neon, mas a minha natureza nunca permitiria isto, então no ultimo segundo, por acidente atingi uma ave inocente escondida na embarcação.

Eu sorri.

Um doce e irônico sorriso.

– Sabia que você parece um pássaro? – indaguei minha voz soou fria e sádica. Logo, Austin aparentou, num piscar de olhos, ao meu lado e recolheu a pistola da minha mão. Por um segundo sombrio, senti falta do frio metálico e o poder insano, que ela proporciona ao toque.

– Ninguém é passarinho nenhum – interceptou Viktor, agora com uma das mãos alojada na nuca de Neon, que permanecia com uma expressão indiferente. – Apesar de não entender estas ladainhas de vocês... Temos uma missão de resgate aqui... Não se esqueçam disso – enfatizou.

As palavras foram diluídas no vento gélido num suspiro melancólico; como pude esquecer o que me trouxera até aqui? A filha de Viktor está em perigo e precisa urgentemente de nossa ajuda. Repudiei as cenas de atrocidades, que desejavam dominar os meus pensamentos. Uma criança aos prantos num quarto escuro... Homens cruéis com sorrisos impetuosos... E sangue...

Não conseguia entender o porquê das imagens brotarem no meu subconsciente, mas não permitiria, que as mesmas, de conquistar território em minha cabeça e sufocar as minhas motivações de resgatar está garota com vida. Era tudo o que eu queria. Ela viva.

– Então, vamos buscar o filhote do nosso amigo – disse Nicholas, por fim.

...

Os riscos incandescentes dos relâmpagos serpenteavam no céu nebuloso, o instinto primitivo rondava entre as árvores e ameaçava cruzar as barreiras do casebre a quatro metros de distancia de mim; como pólvora incontrolável atiçada num pavio curto disparou faísca a voracidade e a violência de nossos atos desta noite. Como um leão à espera de sua presa, estávamos armados, a espera de um sinal para atear fogo no lugar em busca da libertação de uma pobre criança. A adrenalina alertou os meus sentidos, podia claramente ouvir as conversas amigáveis do repórter no noticiário e ao fundo a movimentação num cômodo mais distante.

– Eu sei que não deveria...

Antes das palavras saltarem dos meus lábios, o Neon me arremessou para além da vegetação rasteira e sacou a arma em direção ao lugar em que estava há poucos segundos e um grunhido de dor e assombro despencou no ar após uma sequência de disparos.

Um homem se contorcia no gramado ressecado entre múrmuros penosos e lagrimas que lambuzavam o seu rosto, um liquido rubro provocava uma monção sanguinária a sua volta, seu corpo retorcido tinha pequenos furos distribuídos em diferentes partes. Antes que pudesse pestanejar, Neon ergueu a arma e seus olhos foi a ultima coisa que o homem viu antes de morrer com bala atravessar a sua cabeça

– Por que você fez isso?

Eu perguntei.

– O jogo começou.


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Notas finais do capítulo

O próximo irei postar esta semana até sexta.
Beijos