Nocturna - Fic Interativa - escrita por Elora


Capítulo 15
Querida Filha


Notas iniciais do capítulo

Olá,pessoal!
Não posso me estender muito,já estou concluindo o próximo capitulo para posta-lo daqui a pouco.
Beijos!



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A nuvem de fumaça espessa flutuante pairava sob nossas cabeças, homens obesos de aspectos grotescos vestidos de couro dos pés a cabeça preenchiam cadeiras antigas, bolsos de tragadas de charutos e cinzeiros transbordados de pontas de cigarros. A música de rock dos anos 80 berrava nos alto-falantes de uma quinquilharia que chamavam de maquina de musica da velha-guarda. E, eu era uma estudante abduzida e levada para o mundo dos valentões que frequentavam bares.

Algumas cabeças se erguiam ao se dá conta da minha presença enquanto passava por suas mesas de apostas permitindo assim rastros de expressões intrigadas e sorrisos maliciosos atrás de mim. A mensagem anônima que recebera está tarde dizia para encontra-lo na sala reservada deste bar.

Há uma semana não tinha noticias de ninguém de Nocturna, o que não fazia nexo algum. Os pesadelos tornaram-se as minhas distrações enquanto a minha estadia na casa de minha avó se estendia, numa madrugada fria havia sonhado com discussões serias entre Alex e Jeremy e combates com mortes comuns. O que significa? Que Jeremy não havia entrado sorrateiramente em meus pensamentos, o que me deixou de mal humor pelo resto do dia.

– Pensei que não viria – anunciou alguém atrás de mim; não precisei encarar o sujeito, pois já tinha reconhecido o tom eloquente de sua voz.Nicholas,o rapaz elétrico. – O pessoal vai ficar surpreso com a sua presença – completou.

– Quem está aqui?

– Viktor, Austin e Neon – ele respondeu.

Franzi a sobrancelhas.

– Isto é uma reuniãozinha masculina? – assinalei, num tom sádico. – Então me diga por que estou aqui?Não sei se vocês perceberam eu sou uma garota – com sorriso irônico.

– Precisamos de você para resolver um problema – articulou, seus olhos azuis lembraram-me a lagoa atrás da casa minha avó; o cabelo ruivo tom de ferrugem desgrenhado parecia ter sido chicoteado pelo vento rebelde e a sua expressão preocupada projetou um arrepio em minha nuca.Algo muito serio tinha acontecido para somente eles estarem aqui.

– Alex ou Jeremy? – interroguei-o, algo me dizia que o motivo destes garotos estarem aqui envolvia um deles numa situação complicada.

– Estão bem em casa – revelou sua voz serena – Por outro lado... Eles não sabem que encontramos o seu numero no celular de Alex e lhe enviamos para você mais cedo – acresce.

– Então por que estou aqui?

– Porque a minha filha foi sequestrada está manhã – disse Viktor o seu tom sarcástico extinto dando espaço a uma voz sombria e profunda; seguido por Austin que lançou-me um piscadela amigável e Neon com a sua típica expressão amarga lado a lado.

– Sem querer ser insensível, mas o que eu tenho haver com isso? – continuei – você nunca gostou muito de mim, pensei que nunca precisaria de mim para alguma coisa.

– Como se fosse fácil para mim está aqui pedindo ajuda a minha magricela indecisa – rebateu Viktor com a expressão endurecida. – Mas as nossas divergências devem ser postas de lado neste momento.

Revirei os olhos.

– Porque é conveniente para você agora me ter ao seu lado – argumentei. Não queria embarcar numa missão suicida com estes lunáticos metidos a herói. Não mesmo. Enfim,não era nenhuma garota super poderosa igual das revistas em quadrinhos;sou apenas uma garota que pode lançar objetos pontiagudos em você se ficar fora de controle.Nada mais.

– Sinto interromper as trocas de elogios de vocês – intrometeu-se Austin – mas não estamos sozinhos aqui,então sugiro que vamos para sala reservada ou damos o fora daqui antes que a senhorita destruição ponha esta especula abaixo – acrescentou,apontando para mim com um sorriso solidário.

Então nos conduziu como um pastor de ovelhas nos levando para um corredor estreito, vozes ásperas vindas dos outros cômodos inundavam os meus ouvidos lâmpadas amarelas oscilavam inconstantes no teto precário. – Isto iria começar a desabar com ou sem a minha ajuda – pensei, um sorriso debochado se apodera da minha face.

– Por que está rindo? – pergunta Nicholas surgindo ao meu lado.

– Nada demais.

Eu disse.

– Pensei que faria uma festa assim que nos visse? – indaga Austin atrás de mim,com uma pontada de decepção entranhada em sua voz. – Ou pelo menos feliz.

– Estou feliz que estejam aqui, só não esperava ser arrastada para uma missão de salvamento de um idiota prepotente – proferi,assim que cruzei o batente da porta da sala minúscula.Tinha a nítida impressão que isto não deveria ser titulada de sala reservada e sim de uma caixa de fósforo com um mesa velha e cinco cadeiras.

– Quem escolheu este lugar para nos entrarmos? – perguntou Nicholas assim que tomou uma cadeira ao meu lado.

– Eu. Têm algum problema – disse Neon que se manterá alheio preso num silencio mórbido a tudo até agora.Não entendia a sua presença ali,sim ele era o tipo de pessoa que você não gostaria de encontrar numa viela a meia-noite,mas fora isto...

– Vamos ao que interessa – entrecortou Viktor dando fim à conversa – Sabemos que Ally está sendo mantida num casebre a seis quilômetros daqui, então iremos de carro até a metade do caminho.

– Como assim até a metade do caminho?E o resto? – perguntei já temendo a sua resposta.

– Depois iremos de barco até o destino final – falou ele,com um olhar depressivo em minha direção.

– Se eu cair na água tchau poder – disse Nicholas num tom monótono. – Tem alguém já a nossa espera no cais? – perguntou.

– Sim, nós iremos nos dividir em dois grupos – prosseguiu – Austin,Nicholas e eu na linha de frente e Lu e Neon serão responsáveis pela nossa retaguarda.Encarei o Neon na outra extremidade da mesa retangular, os seus olhos de cores distintas oscilavam entre vermelho rubro e castanho amadeirado que fundiram-se nos meus,um sensação aterrorizante deslizou gélida em minha espinha.Isto não é bom.Nada bom.

– Não poderíamos trocar o Neon pela Austin?Ou pelo Nicholas – argumentei, a minha a voz soou melancólica – sem querer te ofender Neon – resmunguei para ele.

– Sem chance, Neon é muito bom no ataque, contudo preciso de alguém que possa nos proteger de algum imprevisto – progrediu – como de uma garota perder o controle e causar a morte da minha filha.

Senti-me encolher na cadeira até se tornar meros fragmentos de poeira, apesar de odiar admitir isso ele tinha razão.Poderia em algum momento perder o controle e destruir o lugar.Isto não podia acontecer.

– Tudo bem, posso ficar com Neon – articulei.

Logo em seguida engataram uma conversa sobre estratégias todos vidrados pelo rascunho do mapa do local, exceto eu.Nunca ousaria imaginar que Viktor poderia ter uma filha e que alguém iria querer sequestra-la. Então como uma sirene anunciou a resposta certeira que vibrou alarmante em minha mente; para obriga-lo a seguir as ordens. Quem faria isto? Quem? Está era resposta que eu desejava.


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Notas finais do capítulo

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