Sara bateu a porta do carro deixando a sua mala por lá, pegaria outra hora. Seus passos até o hall de entrada foram pesados. Ela resmungava baixo enquanto destrancava a porta e foi surpreendida por Cath que estava com a mão na maçaneta querendo sair, as duas se entre olharam assustadas e Sara olhou pros lados e logo depois pra Cath de novo.

- O que você esta fazendo na minha casa? – Sara franziu a testa e cruzou os braços esperando por uma resposta descente e coerente.

- É que eu vim conversar com você. – Cath apertou a bolsa contra o corpo, parecia nervosa.

- Como entrou?

- Bati na porta e estava meio aberta e entrei achando que você estava em casa. – Cath viu que Sara olhava a sua bolsa, que tentava esconder atrás do corpo.

- você esta nervosa! – Sara quase sussurrou.

- Não, só estou cansada e com pressa. – ela deu um sorriso sem graça.

- Por que esta tentando esconder essa bolsa? – a morena apontou pra bolsa atrás de Cath e ela estremeceu – Cath, espero não ter motivos pra levar você a delegacia.

- Por que me levaria? – seu sorriso saiu forçado.

- Eu deixei tudo trancado. – Sara fuzilou ela com o olhar – Não me faça de boba, você não me engana. – ela passou pela a loura, abrindo mais a porta pra entrar, virou um pouco o rosto – Espero que isso a ajude em sua investigação! – ela sorriu fechando a porta e, Cath rapidamente se foi.

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As vitimas o chamavam de mascarado, enquanto os policiais o chamavam de Assassino Garganta.

O homem abriu seus olhos quando ouviu um barulho, começou a soar de medo. Ansiava em ver policiais e realmente viu, um ou dois? Correu o olhar da mulher para o homem que estavam em meio às sombras. A mulher sorriu e colocou uma placa no pescoço da vitima que tentou em vão não deixar. A mulher lhe deu um forte tapa no rosto e ele gemeu de dor. Olhou para o homem nas sombras e sabia que morreria naquele momento.

- Você... – a vitima murmurou – já vi na TV...

- Hoje é o seu dia de sorte, é o primeiro a ver o meu rosto e usar minha mascara. – ela riu.

A vitima ficou mais assustado. A mulher que matava? Uma mulher? E por que ele estava usando a mascara dela? E pra que a placa? Ele queria ver melhor o rosto da mulher, mas seus olhos estavam inchados e sua visão embaçada. Mas isso não o impediu de ver a policial ir até o homem nas sombras e pegar algo reluzente, uma faca. Ele começou a chorar.

- Infelizmente vai doer. – a mulher sorriu e o homem se enfiou totalmente na escuridão. A vitima fechou os olhos e por instinto pediu por sua vida.

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- Te liguei há horas! – Grissom fechou a porta verificando novamente a hora – Onde você estava? São três da manhã. – ele esfregou os olhos com as costas da mão – fiquei bastante preocupado!

- Sara sabia! Ela sabia que eu iria até a casa dela.

- Você foi na casa da Sara a essa hora? – Grissom abriu bem os olhos observando Cath ir até a cozinha e pegar uma garrafa de água.

- Não! Fui mais cedo pra lá, não importa o que fui fazer lá e eu demorei pra chegar porque eu estava... por ai, pensando. – ela pigarreou mudando de assunto – Por que você jogou as fotos fora? – ela deu um longo gole na água na boca da garrafa mesmo e Grissom suspirou.

- De novo esse assunto Cath? – ele se apoiou na bancada, prestando atenção nos olhos nervosos de Cath – Você esta ficando mais pirada que eu! – ele pegou a garrafa da mão dela deixando na bancada e puxou a loura para seus braços, dando-lhe um beijo em sua testa.

- Por que separou de Sara? – a loura sussurrou se lembrando do olhar furioso que Sara lhe lançou.

- porque eu amo você! – os dois se olharam por um longo tempo, até que seus lábios se encontraram. Ficaram assim por alguns segundos, até Cath se afastar.

- Sara não é a assassina, mesmo sendo como ela é. O assassino é um sádico demente. Eu só tenho raiva dela, ódio dela. Sara já foi minha melhor amiga, nos conhecemos há anos e ela nunca faria mal a alguém... – sua voz se perdeu e ela olhou pra Grissom.

- Esqueça tudo isso, deixe o trabalho de lado por um tempinho... – pediu ele.

- O assassino não esta trabalhando sozinho! – Cath se afastou dele pensativa – Claro que não! – ela riu – Seria muito trabalho pra uma pessoa só.

- Cath, esses assassinatos vão parar! – Grissom afirmou.

- como pode ter tanta certeza disso? – ela franziu a testa.

- Não sei. – ele sorriu – Eu tenho esperança nisso.

Cath sorriu de volta e largou sua bolsa na bancada. Foi até Grissom pegando já sua mão.

- Vamos.

- O que?

- Vamos esquecer um pouco o trabalho, a Sara e tudo o mais. – Cath quase sussurrou sensualmente enquanto sorria pra ele. Grissom por um momento viu Sara naquele sorriso.

Cath estava disposta a esquecer somente por aquela noite de tudo, quando se lembrasse da pasta iria pegá-la e da uma bela olhada. Mas aquele momento era somente ela e ele.