Ah, com os Marotos escrita por Ciba


Capítulo 47
Até que a morte nos separe




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/365820/chapter/47

O Nyah! tá de brincadeira com a minha cara. Fica falando que não pode postar notas aqui, mas fica cortando as notas iniciais e finais. Palhaços u.u

Enfim

Desculpe a demora. Desculpe mesmo, é que eu não tenho muito tempo para escrever e esse cap. (por ser muito especial) e exigiu muito da minha criatividade.
Enfim, EU QUERO MUITO AGRADECER "Lady Starlight" PELA LINDA RECOMENDAÇÃO. Muito obrigada, amor. Capítulo dedicado a você, linda.

Tem dreamcast lá no final, hein ♥
Bjss
Ps.: Eu não sabia como escrever um casamento porque (admito) eu não fui em muitos, mas eu espero que gostem.

************

Lily levantou os braços e deixou que seu vestido caísse sobre seu corpo. Ela deixou essa tarefa para Dorcas realizar, pois estava muito cuidadosa com o coque perfeito que havia feito no cabelo ruivo, com direito a pequenas flores enfeitando-o. Quando Dorcas fechou o zíper do vestido, a ruiva se virou para se encarar no enorme espelho do quarto de hospédes da casa dos Potter. Haviam oferecido a ela o quarto da mãe de James, porém Lily recusou, julgando não ser respeitoso. Agora ela estava no cômodo do final do corredor, se encarando no vestido perfeito.

Por ser uma cerimônia simples, ela não pôde escolher aquele vestido que se arrastava pelo chão, mas ainda fica admirada com o vestido que escolheu. O tecido branco ia até um palmo para baixo do joelho, a cintura justa com perólas enfeitando. A parte de cima tinha um decote discreto e as mangas eram transparentse. Lily soltou um suspiro e voltou-se para Dorcas, que também olhava maravilhada para o reflexo da amiga. Porém, antes que Drocas pudesse falar alguma coisa, a porta do quarto se abriu e Lene entrou junto com Petúnia.

–Ah, ufa, você ainda não se maquiou. –disse Lene, aliviada, o que fez com que Lily a olhasse torto.

–Por que está tão...? –Lily deixou a frase incabada no ar, arqueando uma sobrancelha para a amiga morena. Lene e Petúniam se entreolharam rapidamente e Lily arquejou. –Okay, desde quando vocês duas trocam olhares?

Petúnia se sentou em uma poltrona ao lado de uma cômoda, desconfortável, ela varreu o olhar pelo quarto antes de falar.

–Está bem, Lily, só não fique nervosa. –pediu a loira mais velha. Lily arregalou os olhos levemente. –Mas, bem, o Potter está atrasado. Ele e o... o Black. –falou ela, finalmente, pronunciando os nomes com repulsa.

–Como... como assim atrasado? Ele vai se casar na própria casa! Ele não pode se atrasar se está na própria casa! –gritou Dorcas, tirando as palavras da boca de Lily.

A ruiva, por sua vez, cerrou os punhos e fechou os olhos, contando até dez.

–O tradicional não seria eu me atrasar, a noiva. –sussurrou ela com escárnio. –Por que é que o James teve de sair?

Lene revirou os olhos um pouco brava por Lily ter perguntado o que devia manter em segredo, a morena mudou o peso do corpo de um pé para outro, franzindo os lábios.

–Bem, ele precisou resolver um detalhe... de última hora. Com o Sirius. –respondeu Lene, erguendo uma sobrancelha significativa para Dorcas. A loira franziu o cenho e olhou para Petúnia, que encarava o chão, depois voltou-se novamente para Lene, assentindo a cabeça em forma de compreensão.

–Ah, Lily, depois de três anos lutando pra conquistar você, ele não vai desistir na útlima hora, certo? Então não se preocupe. –falou Dorcas, sorrindo de forma amorosa.

Dorcas pediu para que Lily se sentasse na cadeira para poder fazer a maquiagem. Relutante, Lily obedeceu e ficou imóvel para que a loira mais nova fizesse o trabalho final. A ruiva ouviu suas madrinhas conversarem ao seu lado, ou melhor Dorcas e Lene, já que Petúnia só falava uma vez ou outra, mas Lily percebeu o tom forçado na voz das amigas e soube que havia algo errado que as três estavam lhe escondendo. Ela só saiu de seus devaneios quando ouviu a voz da irmã.

–Espere, eu vou entrar ao lado de quem? Do menino com cicatrizes no rosto, não é? –indagou Pétunia, curiosa e com uma voz petulante.

–Não! –Dorcas a cortou, rapidamente e rispída. –Você entra com o Peter. Remus entra comigo.

–Peter é o que está do lado desse Remus?

–É, o Peter é o que está com a franja cheia de gel. –intrometeu-se Lene, com tom de brincadeira.

–Com a franja cheia de gel? –repetiu Lily, rindo, falando pela primeira vez desde que se sentara.

–Bom, eu acharia melhor entrar com o tal Remus, ele parece mais decente. –retrucou Petúnia com desdém, enrolando a ponta do cabelo.

Lily se sobressaltou quando Dorcas bateu a mão com força na caixa de maquiagem, ao abrir os olhos se deparou com a loira mais noiva fuzilando sua irmã. Ela se levantou lentamente e colocou a mão no ombro da amiga, trocando olhares com Lene.

–Ahn, que tal irmos chamar a Sra. Evans? –sugeriu Lene, puxando o braço de Petúnia.

–Ótima ideia. –concordou Lily, cutucando Dorcas e apontando a caixa de maquiagem. –Vamos terminar?

Dorcas assentiu, ainda olhando feio para Petúnia, que seguia Lene. A morena guiou a irmã de Lily pelas escadas até a entrada principal, que levava para o quintal, aonde iria se realizar a cerimônia. Elas atravessaram as cadeiras, que estavam enfeitadas com arranjos de flores e enfileiradas defronte para o altar com um lindo arco luminoso. Lene foi até Remus e Peter, que conversavam, e suspirou ao perceber que Sirius e James ainda estavam ausentes. Petúnia deu meia-volta, alegando que iria chamar sua mãe para ficar um pouco com Lily.

–Últimas novidades: Lily Evans, quase Potter, já está pronta para esntrangular seu marido na primeira noite de casada. –diz Lene, abrindo um sorriso irônico e subindo para ficar ao lado de Remus e Peter.

–Nada fora do normal, não é? –falou Remus, passando uma mão no cabelo.

–Eles vão se casar, mas nunca deixaram de ser James e Lily. –Peter disse, sorrindo.

–Okay. Quanto temp Sirius e James irão demorar a resolver aquele problema? Já está escurecendo. E, vamos combinar, não vai ficar nada tradicional se o noivo se atrasar.

–Um casamento cheio de bruxos. Muito tradicional. –ironizou Remus. –Ah, olha eles ali!

Lene se virou e viu James correndo em direção a eles, com o terno quase voando para trás. Sirius vinha logo atrás dele, caminhando calmamente. James parou em cima do altar, ofegante.

–Estou atrasado? –perguntou, fazendo uma expressão inocente.

–Pergunte isso a Lily. –sorriu Lene.

–Por que você falou que eu não estava aqui?! –falou James, colocando as mãos na cabeça.

–Falta exatamente meia hora para o padre chegar e vocês dois não apareceram! Eu tinha que tomar uma atitude. Não ficaria nada surpresa se Lily aprecesse nesse altar com uma arma na mão por deixá-la nervosa no dia do casamento de vocês.

Sirius chegou junto a eles, sorrindo assim que Lene terminou de falar. O terno preto dele estava apenas abotoado por um botão e a gravata azul e preta listrada frouxa, como sempre, Sirius estava com as mãos nos bolsos da calça, tranquilo.

–Arrume essa gravata, Sirius. Eu vou dizer a Lily que os senhores por fim chegaram antes que ela faça alguma loucura. –disse Lene, parando de analisar Sirius.

–Sim, senhorita. Se isso lhe agrada. –respondeu Black, ajustando a gravata.

–Espera, Lene. Posso ir falar com ela? –questionou James, segurando o braço da amiga.

–O noivo não pode ver a noiva antes da hora! Dá azar! –retrucou a morena.

–Você acredita nisso, Lene? –falou Remus, rindo.

–Eu não quero que Lily case comigo querendo me matar! –gritou James.

–Resolva isso com ela depois. –Lene pôs fim à conversa.

Assim que ela se virou teve que se apoiar em Peter para não cair com a visão que acabara de ter. Piscou repetidas vezes e a cada piscada o convidado indesejado chegava mais perto. Lene prendeu a respiração, recuperou a postura e olhou para trás, mas Sirius estava conversando com James e Remus, de costas para ela e Lene sabia que Regulus já tinha visto ela ali, não tinha como disfarçar. Então ela olhou para Peter, que se boquiabriu quando viu o caçula Black. Antes que Lene pudesse fazer alguma coisa que impedisse Peter, este cutucou Sirius.

Quando Sirius se virou junto com Remus e James, ficou praticamente roxo. Lene viu Potter se entreolhar com Lupin, mas estava surpresa demais para fazer alguma coisa.

–Ahn, o que é que Regulus está fazendo aqui? –perguntou Lupin, curioso.

–Como é que ele soube do meu casamento? –completou James, dando um passo para frente.

–Meninos! Calma. Eu... eu vou falar com ele, vou mandá-lo embora. Relaxem. –decidiu Lene, dando um sorriso forçado.

–Hm, não, você fica. –retruca Sirius, empurrando Lene devagar para o lado. –Ele é meu irmão caçula do coração, não é?

Remus segura o braço de Lene quando ela tenta dar mais um passo em direção a Regulus, que se aproximava mais, e deu um olhar de advertância, pedindo calma, Lene se debateu, mas por fim cedeu, pois faltavam apenas dez passos para Sirius chegar a Regulus.

–Boa noite, Regulus. –cumprimentou Sirius, abrindo os braços. –Bem, esse casamento é um event, hm, reservado e pelo o que eu saiba você não recebeu convite. Agora, dê meia-volta, por favor. Ah, você não irá guardar rancor, certo? Quer dizer, você não é muito desejado por aqui.

Regulus parou de andar e olhou para o irmão, com a cara fechada. Então olhou para baixo, estava usando uma antiga e surrada blusa de Sirius e uma calça jeans. Não poderia simplesmente fingir que estava ali para ver o traidor de sangue realizar o sonho de ter a pequena sangue-ruim. Bem, ele não queria pensar assim, mas isso é apenas convívio da casa dos Black. Regulus voltou a levantar o olhar, erguendo um pouco mais o queixo.

–Não estou aqui para ver você, maninho. Quero falar com Marlene, se me der licença. –retorquiu, dando um tapinha no braço estendido de Sirius e passando por ele, mas Sirius apenas segurou o ombro do irmão e o fez dar meia volta, invertendo as posições.

–Você não vai falar com Lene. Seja lá o que você tenha feito para ela, Lene não está muito à vontade com a sua presença sombria. Então, você pode sair. A saída é por ali. –Sirius apontou para o portão da casa, onde a Sra. Evans e o Sr. Potter estavam recebendo os convidados. –Alías, como foi que você entrou se não está não tem convite?

–Prazer, sou Estúrgio Podmore. –Regulus sorriu com escárnio. –Vocês deveriam ter mais atenção com a segurança daqui. O pai do Potter não estava ali quando cheguei, por isso pude passar como um convidado. Um comensal da morte pode muito bem entrar aqui e acabar com a festa, não acha? –Sirius apenas encarou o irmão, pensando se caso ele fizesse Reguls vomitar ratos com enquanto dança valsa por meio de magia lhe traria problemas no estágio de auror. –Okay, acho que estou certo. Agora irei falar com Marlene e você não vai me impedir.

–Você não precisa estragar mais uma chance no amor novamente, Black. –grunhiu Sirius e a sombra em seu rosto lembrou a de sua forma animaga.

O irmão se virou lentamente, desnorteado por Sirius tê-lo chamado de Black e pelas palavras dele. Não conseguiu acreditar que Sirius ainda guardava rancor de quando havia se apaixonado por uma menina trouxa quatro anos atrás. Regulus ainda se sentia mal por ter contado isso para sua prima Bellatrix, que deu um fim ao namoro de Sirius com a trouxa de uma maneira um pouco trágica. Ao voltar a olhar para o mais velho, Regulus percebeu que Sirius estava realmente falando daquele acidente.

–Você não devia ainda estar bravo por isso, Sirius. Está parecendo uma criança. –riu Regulus, disfarçando o nervosismo. –Por que está tão preocupado com Marlene? Ela te odeia.

Sirius cerrou os punhos e trincou os dentes, chegando mais perto do irmão.

–Realmente não me importa se ela me odeia. –sussurrou no ouvido de Regulus. –Eu cometi um erro com Lene. Mas com certeza não foi forte o bastante para que eu possa competir com o que você fez. Se tornar um Comensal da Morte não é perdoável, certo? Cadê sua marca negra, hien? Ou Você-Sabe-Quem ordena que você se jogue de um penhasco para se juntar a ele?

Regulus ficou paralisado por um momento e quando Sirius se afastou, ele empurrou o irmão mais velho com força.

–O que está acontecendo aqui?! –berrou uma voz feminina. Dorcas se aproximava dele, com os cachos loiros voando para trás. –Segure Lene ai. –pediu a loira olhando por cima do ombro de Regulus e depois encarou o ex-namorado da amiga. –Não sabia que havia sido convidado. Não são muitas pessoas que sabem do casamento. –disse com uma voz fria.

–Tenho meus contatos. Nada que lhe importe. –cuspiu Regulus, olhando feio para Dorcas.

–Não fale assim com Dorcas! –rosnou Sirius. –Volte para sua roda do cara sem nariz e nos deixe em paz!

–Eu não tive escolha, ‘tá legal, Sirius? Eu fiquei naquela casa e arquei com as consequências!

–Foi você que não quis ir comigo! Você que foi um covarde!

–Meninos, parem! –mandou Dorcas, se colocando no meio dos dois. –Mais respeito, por favor.

–Está bem. Acho que não vou poder falar com Lene agora. –disse Regulus olhando para Lene, que falava com um padre, mas que lançava olhares nervosos para ele. –Então entregue isso aqui para ela, Dorcas? –pediu, tirando uma carta do bolso da calça.

Dorcas pegou o papel da mão de Regulus e analisou por um instante. Depois levou a outra mão à carta e a rasgou em dois, depois voltou a rasgar mais até fazer picadinho da carta e jogá-los no chão, pisando em cima.

–Ela está muito magoada por sua causa, Regulus. Fique longe dela! –falou Dorcas, dizendo cada palavra lentamente de forma ameaçadora enquanto Regulus olhava para o que restara da carta que fizera para Lene. Ele deu um passo para frente e tentou passar novamente por Sirius, mas este o segurou com mais força.

–Por que você não volta correndo e chorando para a mamãe? Já chega! –gritou o mais velho.

–Ah, isso que eu vou fazer! –retrucou o outro. –Agora que eu saí de lá, nossa mãe deve estar chorando pelos cantos por causa do primogênito rebelde!

Sirius recuou um pouco com as palavras do irmão, mas depois voltou a sorrir irônico.

–Ótimo, é só juntar a ela, não é?

Depois de lançar mais um olhar para Lene, Regulus suspirou, derrotado, e foi até o portão de entrada, saindo sem olhar para trás. Sirius olhou para Dorcas, que encarava o lugar onde Regulus estava e depois se virou para ir até o altar.

–Nem pergunte, Lene. –disse, Dorcas, erguendo a mão para a amiga que já abrira a boca para perguntar algo. –Enfim, o que passou, já passou. Por isso vamos lá para cima começar o ínicio de uma eternidade.

–O quê?! –gritou James, com a voz fina. –Lily já... já vai...

–Uma hora ela vai vir né, cara. –disse Remus, descendo do altar junto com Dorcas.

James se boquiabriu e uma gota de suor desceu pelo seu rosto. Lene riu e lhe desejou boa sorte ao seguir Dorcas e Remus junto a Sirius e Peter. Eles encontraram Petúnia subindo as escadas e ela disse que a Sra. Evans acabara de subir para ficar com Lily. Os garotos ficaram esperando do lado de fora do quarto enquanto as meninas entravam.

A Sra. Evans e Lily conversavam aos sussurros em um canto do quarto. Quando a porta foi aberta a mãe da noiva deu um pulo e olhou para trás, deixando à mostra os olhos vermelhos e lágrimas descendo por seu rosto. Ela o limpou o rosto com as costas da mão e se pôs de pé.

–Já está na hora? –perguntou a Sra. Evans.

–É. Sim. –respondeu Lene, quase pulando no lugar.

–Eu... estarei lá embaixo com o Po... James. –riu a senhora e voltou a olhar para a filha mais nova. –Eu te amo, filha, amo muito. E, apesar de tudo, estou feliz por vê-la feliz.

Ela piscou com força e foi em direção à porta, parando para dar um beijo na bochecha de Petúnia. Ao sair, Lily imediatamente se colocou de pé.

–Ele está lá embaixo. Relaxa. –Petúnia disse, rapidamente poupando a irmã.

Lily fez cara de alívio e sorriu, mas logo o sorriso desapareceu.

–Acho que minha mãe ainda não aceitou muito bem. Duas filhas se casando com 18 anos, deve ser demais para a cabeça dela. Então eu expliquei a situação em que nosso mundo se encontra para ela. –suspirou ela, engolindo em seco. Porém voltou a sorrir. -Está tudo certo? Nenhum fio fora do lugar? Maquiagem borrada? –questionou ela para as amigas.

–Nada, Lily. Você está linda. –disse Dorcas, pegando no braço da amiga. –Ai, meu Deus, Lily. Daqui meia hora você já vai estar casa com o James!

–Você está apavorando ela, Doe. –ralhou Lene. –Ah, está faltando uma coisa, Lily.

Lene pegou uma caixa do lado da poltrona e tirou de lá o véu. Se aproximou da ruiva e o colocou junto ao arranjo de flores. Depois ela levou as mãos no rosto, emocionada.

–Okay. Vamos lá? –disse Petúnia com uma sombra de sorriso no rosto.

–É. Eu vou tentar não desmaiar. –prometeu a ruiva, entrelaçando as mãos com força.

–É bom mesmo. Essa casa tem muitos lances de escadas. –resmungou Petúnia, saindo do quarto.

Um riso nervoso escapou pelos lábios de Lily e as amigas deixaram o quarto. Ela se virou para o espelho e se analisou. Seus pensamentos a levaram ao seu futuro marido no andar de baixo. Agora, era ele só para ela e ela só para ele. Até que a morte os separe. Lily sorriu e foi para o corredor. Seu pai a esperava no topo da escada. Sirius e Lene seriam os primeiros a irem para o jardim, depois Dorcas e Remus, seguidos por Petúnia e Peter. Antes que Lily terminasse de abraçar seu pai, uma música começou a tocar no jardim. Olhando para baixo, a ruiva viu o vestido vermelho de Lene desaparecer pela porta. Voltou a encarar o pai e este lhe deu um sorriso de confianaça. Quando Petúnia seguiu o mesmo caminho que as amigas, ela entrelaçou o seu braço com o do pai e pegou o buquê que ele segurava. Eram lírios brancos. Sorriu no mesmo momento em que a múscia mudou, dando sinal que a noiva pode entrar. Então, pai e filha desceram as escadas.

Assim que Lily apareceu no meio da fila de cadeiras, as pessoas se levantaram para vê-la e ela pôde se sentir corar, mas não era por causa dos olhares nela, era para o homem de preto lá na frente. James estava sorrindo daquele jeito encantador e teve que segurar para não correr dali e beijar sua noiva antes que o padre dissesse que podia. Ele esperou. E não foi só naquele pequeno trajeto em que Lily e seu sogro caminhavam até ele.

O Sr. Evans encarou Lily quando chegaram ao altar e beijou o topo da cabeça da filha, depois pegou a mão dela e a ergueu para que James pudesse pegar. Lily olhou bem no fundo dos olhos do pai e percebeu que estava quase chorando; e ao olhar para James viu que o noivo também se segurava para não chorar. James pegou a mão da ruiva e ela subiu no altar.

O padre proferiu palavras e Lily e James só voltaram à realidade ao escuterem seus nomes.

–James Charlus Potter e Lily Evans, vieram aqui para celebrar o vosso Matrimônio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo? –indagou o padre.

–É, sim. –responderam os noivos.

–Vós que seguis o caminho do Matrimônio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?

–Estou, sim.

– Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento.

O moreno e a ruiva unem as mãos direitas e James começa a falar, com a voz falhando:

–Eu, James Charlus Potter, recebo-te por meu esposo a ti, Lily Evans, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. E... Nem a morte vai me separar de você.

Lily, sem aguentar, deixa as lágrimas escorrerem por seu rosto enquanto repete as mesmas palavras de James, sem mudar nada. Eles trocaram as alianças com as mãos trêmulas.

–O noivo pode beijar a noiva. –permite o padre.

James chega mais perto, coloca o rosto molhado de Lily entre suas mãos e a beija, romântico. Os convidados batem palmas até que os dois se desgrudam, sorrindo um para o outro. Lily se virou e viu as pessoas sorrindo. Petúnia estava sorrindo. Seus pais e amigos estavam sorrindo. Todos estavam sorrindo. E isso a fazia sorrir. Ainda mais ao ver o marido sorrindo.

Eles descerem do altar, James ainda abraçando a esposa pela cintura, mas ele foi forçado e deixa-la um pouco quando as pessoas começaram a abraça-los. Apesar de serem apenas alguns membros da Ordem, amigos da época de Hogwarts e pouco (muito pouco mesmo) de familiares, os recém-casados perderam a conta de quantas pessoas cumprimentaram e abraçaram.

Depois dos votos de felicidades, todos caminharam para o jardim do fundo, onde mesas estavam dispostas e uma música lenta tocava. James fez uma reverência para Lily e a levou para o meio do jardim, dançando com ela ao ritmo da música.

–Quais serão suas primeiras palavras como Srta. Potter? –perguntou James, sorrindo maliciosamente e girando Lily.

–Hm, quem sabe? –Lily fingiu pensar. –Que tal: por que você chegou atrasado na própria casa?

–Ah, isso? Poderia ser algo mais... interessante, não acha? –disse James, mas Lily apenas arqueou uma sobrancelha para ele. –Okay. Bem... é surpresa, ruiva. Só depois da festa.

Lily revirou os olhos, mas sorriu e continuou a dançar. Outras pessoas se juntaram a eles. Molly e Arthur Weasley seguiam o ritmo, tímidos. O Sr. Potter dançava com a mãe de Lily. E Dumbledore levou Minerva para a pista também. Remus e Dorcas também. Já Lene e Sirius, para a surpresa, conversavam ao lado da mesa de doces como pessoas civilizadas.

Depois de conversarem sobre seus planos como casados, James e Lily deram uma pausa e foram conversar com os convidados. James foi até Peter e Sirius, já que Remus ainda dançava com Dorcas. Lily ficou conversando com alguns membros da Ordem até ver Petúnia caminhando para o portão de entrada. A ruiva pediu licença e saiu atrás da irmã.

–Ei, Túnia! –chamou ela e a irmã se virou. –Não é falta de educação ir embora sem dar adeus para a noiva?

–Valter está me esperando lá fora, Lily. –resmungou a irmã.

–Ah, sério? Então chame ele. Tem uns doces ali que acho que ele...

–Não! Não vou deixar meu marido se misturar com essa gente. –exclamou Petúnia, alarmada e o ânimo de Lily vacilou. –Não faz essa cara! Lily, eu estava comendo um doce e veio uma mulher com um bebê. Eu tentei conversar, juro! Mas aquele o cabelo daquele bebê mudou de cor!

–Oh, Merlin! Andrômeda está aqui com Nymphadora? –a expressão de Lily se iluminou.

–Ótimo. Andrômeda e Nymphadora. Até o nome dessa gente é anormal. Entende porque não quero ficar aqui? Muito menos que meu marido entre aqui.

Lily mordeu o lábio inferior e encarou a irmão por um tempo. Petúnia revirou os olhos e voltou a caminhar pelo jardim até ouvir a voz de Lily:

–Não poderia fazer isso... por mim? Eu lhe chamei para ser madrinha porque te amo, Túnia. Você é minha irmã. Fique aqui, isso realmente me faria feliz.

As duas ouviram uma buzina na rua em frente a casa e um carro estacionou. Um homem saiu e encostou-se no carro, batendo os pés, impaciente. Petúnia olhou para o marido e se virou para a irmã novamente:

–Escuta, Lily. Eu aguentei um dia inteiro com essas pessoas. Chega! Eu quero ir para casa. Eu sou sua madrinha porque a mamãe me obrigou a aceitar! –assim que terminou de falar, Petúnia se arrependeu e olhou para Lily, que recuou um pouco com uma expressão totalmente abalada. –Lily, você sabe que eu não gosto desse povo. Eles são anormais! E você faz parte desse grupo estranho. Eu nunca vou entender porque mamãe e papai se sentem tão... à vontade com a ideia de ter uma filha com problemas. –ela só parou de falar quando viu a irmã limpar discretamente uma lágrima. –Boa noite, Lily. A gente se vê qualquer dia.

A ruiva não voltou a falar com a irmã e deu a volta para voltar à festa. Ela avistou Andrômeda com sua filha perto de Sirius e James e foi conversar com eles. James a abraçou de lado e os dois ficaram observando o bebê de cabelo rosa, que depois mudou para ruivo. Lily riu e se virou para dar um beijo no marido, escondendo a cara triste, mas a tristeza de Lily não passou despercebida por James, porém Dorcas chegou com Remus, saltitante.

–Ei, Lily. Hora de jogar o buquê. Vem! –exclamou Dorcas, puxando a mão da amiga. –Vamos lá, solteiras. Se juntem aqui que a noiva vai jogar o buquê. –gritou ela e as solteiras de plantão apareceram, mais de uma dúzia das convidadas.

A noiva sorriu e pegou seu buquê perto da mesa de doces. Ela olhou para trás e viu que todas estavam prontas. Ameaçou jogar três vezes e quando finalmente jogou, se virou rapidamente para ver que havia pegado. Os lírios voaram direto para as mãos de Dorcas, que abriu a boca em um perfeito “O” e corou um pouco. Lily foi até o marido, Sirius, Remus e Peter para que pudessem brincar com a cara de vergonha de Remus quando Dorcas olhou para o namorado. A noiva ficou conversando com eles até seus pais falarem que já estavam indo. E quando todos os convidados partiram, os Marotos e as meninas entraram para a casa dos Potter.

–Está bem. Cadê a surpresa, Potter? –perguntou Lily, abraçando o marido pelo pescoço.

–Você é muito persistente, Srta. Potter. –disse James, entrelaçando seu braço na cintura da ruiva.

–Acho que está na hora da noite de núpcias, não é Lily? –falou Sirius, abrindo um sorriso malicioso.

Lily ergueu uma sobrancelha para James.

–Venha cá. –James a guiou de volta para o jardim. –Adeus, pessoal. –gritou por cima do ombro e pegou a mão de Lily. Antes de aparatar, James mandou uma piscadela para a esposa.

Seus pés bateram no chão em frente a uma porta. Os olhos de Lily vasculharam o lugar e percebeu que estava dentro de um prédio.

–O que é isso, James? –questionou, curiosa.

–Você realmente acha que nós iríamos ficar na casa de meu pai? –James levou a mão ao bolso interno do terno e tirou de lá uma chave. –Bem-vinda ao lar, minha querida.

Ele abriu a porta sob o olhar surpreso de Lily. Sem rodeios, James pegou-a no colo e passou pela soleira da porta, carregando a noiva porque, a partir de agora, era o trabalho dele fazer com Lily não pise mais em mal algum.

*************

Eae, gostaram? Eu espero que sim ♥ Mereço reviews.

Agora o dreamcast do cap. é: Sirius e Lene ♥

Sirius (só meu) Black: Ben (também meu) Barnes (http://media.tumblr.com/tumblr_m9kpjh0SB01rrtdrj.gif)
Lene (sortuda) McKinnon: Nina (sortuda também) Dobrev (http://data3.whicdn.com/images/58468711/large.gif)

Bjs da diva.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!