Ah, com os Marotos escrita por Ciba


Capítulo 27
Expecto Patronum




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Patrono. Essa era a palavra que animava os estudantes do sétimo ano naquela manhã ainda fria, gelada e nublada. O ciclo "peludo" de Remus já havia acabado há uma semana. E, graças às poções de Lily, ele já não se sentia tão mal quanto às outras transformações.

Agora a turma do sétimo ano da Grifinória estava na aula de herbologia, com os da Corvinal. Sim, James estava desconfortável naquela aula, já que perdera o último jogo de quadribol para a casa das águias. Mas, enfim, era terra pra lá. Luvas pra cá. E gritos acolá. Uma zona. Não só por causa da ansiedade para a próxima aula de DCAT, mas também pela dificuldade em tirar as vagens dos Arapucosos. A professora sofria com aquilo.

–Ei, senhorita Edgecombe, cuidado! Os chicotes do Arapucoso vão te machucar desse jeito! -gritou a professora para um corvinal que tentava se livrar da fúria da planta. A professora suspirou e olhou em volta. -Ah não, Senhor Potter. -reclamou indo em direção aos Marotos. -Você tem que espetar a planta e não cutucá-los! -explicou a professora para o moreno de óculos, que estava totalmente confuso.

Quando a professora saiu, Peter, Sirius e Remus começaram a rir da cara de perdido de James.

–É, Senhor Potter, não a cutuque! -debochou Peter tentando imitar a Sra. Sprout.

–Tome isso. Ahh, e a espete. -falou Sirius, ainda rindo, entregando uma agulha para James, que reclamava "não sei do que estão rindo", mas pegou a agulha da mão de Sirius. Pontas foi com cautela. Não é uma tarefa fácil espetar uma coisa que está quase te matando com chicotes-galhos. O cuidado não adiantou muita coisa, quer dizer, mais ou menos. Ao ser tocado pela agulha, a planta chicoteadora, retirando de si os tubérculos. Metade foi para o pote e a outra metade... bem, até que Sirius ficou charmoso com aquelas larvas no rosto. A estufa explodiu em risada, ao ver expressão de Sirius, no momento em que a sineta tocou ao longe.

–Está bem. Dispensados. -anunciou a professora com um gesto com a mão. -E, Black, limpe isto logo! Não recomendo ficar com isso na cara por muito tempo.

Sirius começou a esfregar, rapidamente, o rosto com um pano. O tom que a professora usara não indicava que coisa boa acontecia ao ter tubérculos na cara. Os estudantes deixaram seus potes com as larvas na mesa da professora e saíram em direção ao castelo. Murmurando animados, eles ansiavam para treinar seus patronos.

–Almofadinhas, você é bruxo, esqueceu? -Remus perguntou ao ver Sirius ainda tentando tirar os vermes do rosto. Sirius pareceu se lembrar desse fato e tateou a capa, a procura das varinhas. E, então, seu rosto já estava limpo.

–Eu te mato um dia, Pontas. -murmurou Sirius para James que ria junto a Peter, e riram mais ainda com a ameaça de Sirius. As meninas alcançaram os Marotos quando já estavam subindo as escadas para dentro do castelo. -Você fez falta, ruiva. Alguém precisava ensinar ao James a tirar os tubérculos daquelas plantas monstras. -Lílian revirou os olhos, sorrindo.

–Obrigado pela parte que me toca, cachorro! -falou Remus, abraçado a Dorcas, atrás de Sirius. James e Peter já estavam vermelhos de tanto rir.

A aula de DCAT seria com o 7° ano de todas as casas. Sonserina, Corvinal, Grifinória e Lufa-lufa. Ou seja, quarenta alunos, em uma sala apertada não iria dar muito certo. Então, o professor Mattew ampliara a sala com magia. Já estavam todos sentados no chão quando o professor entrou na sala, surpreso pela ordem em que os alunos se encontravam. Deixou seu material em cima de uma mesa no canto da sala e voltou para o centro da roda dos alunos.

–Bem, como avisei na última aula, hoje iremos praticar o feitiço do Patrono. Alguém aqui sabe do que é preciso para produzir este feitiço? -perguntou o professor, olhando em volta. Ignorou o comentário "de uma varinha" de Sirius e apontou para um lufano que erguia as mãos. -Fale Cauldwell.

–Ahn, de uma lembrança feliz. -respondeu o menino.

–Sim! Uma lembrança feliz! 10 pontos para Lufa-lufa. Mas também podemos usar qualquer memória que lhe traga boas sensações. Não precisa ser uma lembrança, mas pode ser, por exemplo, um sonho. Agora, me digam, para que pode ser usado o feitiço do Patrono?

Lílian foi a que ergueu a mão mais rápida dessa vez e respondeu antes que o professor dissesse alguma coisa ou escolhesse outra pessoa.

–É o único feitiço conhecido que possa repelir Dementadores e Mortalhas-vivas.

–Oh, sim. -disse o professor. -10 pontos para Grifinória. Então, agora vamos praticar. Mas, lembrem-se, muitos podem não conseguir produzir o feitiço. Não se desaminem, é um feitiço complicado. É necessário concentração. É só proferir "Expecto Patronum". -ele agitou a varinha e de lá saiu um pássaro prateado voou pela sala. Até o professor pareceu surpreso com o próprio feito.

A turma se levantou num pulo e empunharam as varinhas. "Expecto Patronum" pra lá. "Expecto Patronum" pra lá. Uma surpresa nos primeiros minutos, foi um fiapo de fumaça prateada partindo da varinha de um sonserino. Mas nada mais surpreendente até que um cervo prateado saiu galopando pela sala. Todos olharam para o dono do patrono e viram James sorrindo. Ele deu de ombros e voltou a se sentar, conseguindo mais 20 pontos para sua casa pelo seu patrono "perfeito".

–Hunf. Tinha que ser o Potter. -falou Lene revirando os olhos, mesmo sorrindo.

–Você sabe, né Lene? Só bruxos poderosos conseguem. -retrucou James, brincando, de forma exibida, arrumando a gola de camisa. Lene riu e voltou-se a se concentrar no seu feitiço quando ouviu um grito de James. Novamente todos se viraram para ele e viram um cachorro e um lobo prateados pulando em cima do moreno. -Isso, definitivamente, não tem graça. -grunhiu cerrando os dentes enquanto fulminava um Sirius e um Remus risonhos. Porém, James também caiu na gargalhada com os amigos. Mas logo tiveram que parar, pois o professor pediu para que eles tentassem ajudar os outros alunos. Remus foi tentar ajudar um Peter desiludido. Sirius foi em direção a Lene, mas esta se afastou constrangida. Então, Sirius partiu para ajudar uma menina da corvinal. E James olhou em volta para a sala. Encontrou Lílian se esforçando para realizar o feitiço. Chegou mais perto da ruiva e falou: -Dificuldades, ruiva?

Lílian pareceu se assustar com a súbita presença de James ao seu lado. Mas depois sorriu e respondeu suspirando:

–Sim, eu... eu não consigo.

–Epa, calma ai, ruivinha. Que pensamento você está usando?

Lílian olhou relutante para um sonserino de cabelos sebosos do outro lado da sala. E fechou os olhos, triste.

–Uma lembrança de... da minha vida antes de Hogwarts.

James entendeu: "Minha vida com Petúnia". Bem, ele pensou.

–Ah, oras. Olhe a vida aqui nesse castelo perfeito! Tente... ahn, tente alguma coisa daqui. -incentivou James. Lílian concordou com a cabeça, preparou a varinha nas mãos e proferiu as palavras para o feitiço. Sem nenhum feito a não ser uma pequena névoa. Lílian fez uma careta e olhou para baixo, decepcionada. -Ok, não fique assim. É realmente um feitiço difícil.

–Está falando isso só porque conseguiu. -replicou a ruiva, sorrindo fraco. -Agora, vá para outro canto. Não vou conseguir com pressão.

James ergueu as sobrancelhas rindo, mas deu de costas para Lílian, deixando-a tentar produzir seu patrono. Quando o maroto deu um passo, sentiu uma coisa passar ao seu lado. Uma corça prateada. Olhou assutado para trás e se deparou com uma Lílian boquiaberta. Logo depois, a ruiva começou a pular, gritando "eu consegui, eu consegui!" (haha, que coisa clichê).

Depois, quando faltava pouco tempo para acabar a aula, o professor aquietou os alunos e pediu para que sentassem numa roda. Parabenizou James por seu cervo. Lílian por sua corça. Remus e Sirius por seus, respectivos, lobo e cachorro. Também uma corvinal, que executou um gavião prateado. E um sonserino, pela sua raposa-patrono. E colocou confiança naqueles que, pelo menos, conseguiram a névoa prateada.

–... Agora eu peço que os que não conseguiram, não se desaminem. Como eu já havia falado, patronos são difíceis para executar. E, por último, esqueci de uma coisa: as formas dos patronos podem mudar, na maioria das vezes por causa de seus sentimentos, principalmente o amor. -concluiu o professor dando uma piscadela para James e Lílian, que corou. A som da sineta anunciou o fim da aula. -Ok, podem ir. Mas façam um relatório da página 236 para a próxima aula.

Os alunos se levantaram e saíram da sala aos murmúrios. Os grifinórios que passaram nos N.O.M's de poções, seguiram para as masmorras.

–Argh, bendito seja o meu patrono. -resmungou Lene ajeitando sua capa e, depois, cruzando os braços. Ela estava junto à Lílian e Dorcas, pouco atrás d'os marotos -Por que eu não consigo?

–Você deveria ter deixado o Sirius ajudar, cara amiga. -falou Dorcas colocando a mão no ombro de Lene. Lílian soltou uma gargalhada enquanto Lene fechava ainda mais a casa. A morena aproveitou que os meninos agora olhavam para elas e retrucou a risada de Lílian:

–Lílian, seu patrono é uma corça. Que é a fêmea do cervo, o patrono de de James. Me diga, então, quando o casamento?

–Vocês são almas gêmeas. -Peter continuou com a brincadeira de Lene.

–Eu quero ser padrinho. -falaram Remus e Sirius juntos.

James olhou de relance para Lílian e mandou uma piscadela para ela.

–Vocês são uns idiotas, sabiam? -perguntou James, irônico, entrando na sala de poções.

–E é por isso que você ainda anda com nós! -respondeu Sirius, logo atrás do de óculos.


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